Em defesa da educação da liberdade

Em resposta à audiência concedida pelo Presidente da República a Manuel Braga da Cruz e Mário Pinto, primeiros subscritores do abaixo-assinado ‘Em defesa das liberdades de educação”, surgiram duas tomadas de posição que argumentam a favor da disciplina Educação para a Cidadania: o documento “Cidadania e desenvolvimento: a cidadania não é uma opção” + o Manifesto em Defesa da Educação para a Cidadania

Que se está a passar? De um lado, temos a direita no fundo do poço, o poço está seco, e eles continuam a escavar – cada vez mais febris com sede, mais exaustos, mais emporcalhados, mais afundados num ciclo em que trocaram a decência e o bem comum pelo ressentimento e o ódio. Do outro, vemos a esquerda a ocupar o centro, pois o princípio supremo da política é o do espaço do poder nunca ficar vazio.

O que se ensina na disciplina Educação para a Cidadania é, nem mais nem menos, a ideologia do centro numa democracia liberal onde o Estado tem eficácia soberana. Precisamente por estarem em causa valores morais eclécticos e universalistas, mas não neutros pois não existe tal coisa na axiologia, o lado que abriu as hostilidades ao usar como casus belli «Artur Mesquita Guimarães e sua Mulher, pai e mãe de dois filhos alunos da escola pública de Famalicão» barricou-se na figura legalmente ilegítima da “autoridade da família” contra o resto do mundo. Colocaram-se a jeito para serem bombardeados com noções básicas de História, de constitucionalismo e de bom senso.

Sonho com uma escola pública que tivesse como finalidade primeira formar alunos que no final da escolaridade obrigatória recebessem o título de cidadãos, após terem passado 12 anos a estudar a Constituição da República Portuguesa – todas as restantes disciplinas a serem subsidiárias deste eixo central de aprendizagem: descobrir donde veio a liberdade, onde e com quem está, e para onde nos pode levar.

28 thoughts on “Em defesa da educação da liberdade”

  1. só o facto de termos de ir à escola é contra a liberdade individual. na rússia fizeram uma cena parecida ao que querem fazer aqui , não é ? a juventude hitleriana era uma cena assim , também não era? cenas que correram lindamente.
    mil vezes a religião normal , pelo menos tem carácter voluntário. não se percebe como gente com 3 neuronios acha a homogeneização da malta uma boa ideia.

  2. aturar ranhosas com argumentos de sopeira pindéricóventurete tamém é contra a liberdade individual de quem frequenta os caixotes de comentários do aspirinas, mas faz parte da tolerância democrática que a brigada do reumático quer destruir.

  3. bom , se as aulas de cidadania forem para civilizar/educar tipos/as como o pasteurizado lá de cima , até é capaz de ser boa ideia.

  4. Em algumas pessoas é tal a cegueira relativa à liberdade dos outros que é bom que leiam a Constituição. E não queiram impor os seus valores de esquerda aos outros. Nada de carneirada.

    Artigo 43.º
    Liberdade de aprender e ensinar
    1. É garantida a liberdade de aprender e ensinar.
    2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
    3. O ensino público não será confessional.
    4. É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.

    E, já agora, também:

    Artigo 41.º
    Liberdade de consciência, de religião e de culto
    1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
    2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.
    3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.
    4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.
    5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.
    6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei.

  5. A questão da disciplina de Cidadania não devia, num país com índices civilizacionais evoluídos, suscitar tanta polémica. Num Portugal assim pintado, a disciplina seria, naturalmente, um pilar absolutamente intransponível no processo educativo. Todavia, para isso acontecer, seria também necessário que o próprio Ministério da Educação se deixasse de pseudo-consciencialização cívica e levasse a sério o construto programático da disciplina. Poderia fazer isso, por exemplo, conferindo à disciplina uma orgânica interdisciplinar que ela, desgraçada e pragmaticamente, não possui. Por outro lado, os professores de Cidadania teriam de ser professores com critérios de escolha mais rigorosos. Ou seja: não “dar” a disciplina àquele professor que lhe faltam umas horas para completar o horário ou porque é diretor de turma.

  6. Os textos do valupi estão cada vez mais delirantes. Maior prova do desespero do sistema é barrica-se numa questão inconstitucional que atenta contra os direitos humanos. Boa sorte com isso. Que muitos pais consigam sacar dinheiro ao estado graças a este atropelo. Com sorte o Valupi nem filhos tem.

    Ps: O secretário de estado João Costa tem um belo futuro pela frente ?

  7. Doze anos a estudar a Constituição …
    E depois ficavam bem “constituídos” não?
    Eles querem é jogos de computador.
    Também houve quem depois do 25 de Abril sonhasse levar ballet e opera a Trás-os-Montes, e eles preferiram os caretos, o dia do criança fumadora, e o butelo . E o Quim Barreiros também.
    Qual Constituição?
    A de 75, que está arquivada e substituída pelo farrapo vigente ?
    Qual versão, a interpretada pelo constitucionalista A, B, ou C ?
    Numa certa ocasião aquando das reuniões semanais entre o PR e o PM, o general Eanes advertiu Sá Carneiro de que as reformas que este então queria encetar eram inconstitucionais, ao que o falecido retorquiu : “ a Constituição é um papel “.
    O que é preciso e essencial é educação e esta começa em casa, no meio familiar . Transmitir principios, valores e respeito, os pilares fundamentais para a vida em comunidade ou Sociedade . Chama-se educação cívica. Diverge da ministrada nas juventudes partidárias, porque esta deu no que deu, e já nem tanto por causa da carga ideológica inerente, mas mais pelo molde sócio-económico em que fomos todos colocados, em que o direito ao trabalho ( e à inerente estabilidade e ao justo salário ) foi posto em grave crise, e a sobrevivência em sociedade depende do “ou mato ou morro”, por outras palavras, de um salve-se quem puder . Daí, que valha tudo .
    O molde sócio-económico ( capitalismo selvagem, última etapa do capitalismo ) é que ditou o molde sociológico em que vivemos, ou … vegetamos .

  8. Os meus dois netos (um e uma), tendo frequentado ambos a dita disciplina, informaram-me, um pouco surpreendidos pela pergunta, que a mesma servia apenas e simplesmente para discutirem os problemas da turma. Perguntados pela avaliação, mais me informaram que “pois, quem se portava bem tinha 4 e quem se portava menos bem tinha 3”.
    Até se pode discutir o programa (e eu fui ler e também acho que há por lá umas coisas menos de programa aberto e mais de catecismo), mas, se calhar, seria mais interessante discutir-se a prática concreta nas escolas.

  9. Muito bem, Eu Mesmo!
    Repitamos:
    “2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”

    “2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”

    “2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”

    “2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”

    e assim sucessivamente…

  10. “O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”

    resumindo: o estado não pode programar aquilo porque é responsável e que tem de garantir.
    nova fórmula da separação de poderes a “chegar” ao povo, o governo passa cheques aos filósofos, esteticistas, políticos, ideólogos e padres e eles gastam-no de acordo com liberdade contratualizada com o cliente final. juízes mandam na justiça, médicos mandam no governo, enfermeiros querem ser médicos, polícias fazem o que querem e a tropa é um caso à parte, tudo em crescendo até à bandalheira total até aparecer um salvador da pátria chamado ventura que nos libertará dos males do socialismo neo-marxista que nos tem governado.

    * https://www.portugalvineyards.com/pt/wines/10231-dona-ermelinda-white-2018-5608527000418.html?gmc_currency=2&gclid=EAIaIQobChMIja6ozM_U6wIVlRoGAB0WYgD7EAYYAiABEgKVpPD_BwE

  11. Conforme o texto do Valupi ilustra, os defensores e os detractores da obrigatoriedade da disciplina dividem a Esquerda e a Direita na perfeição. Seria interessante algum cientista político dedicar-se ao assunto e verificar se em Portugal, como nos EUA, os eleitores de Direita têm mais filhos do que os de Esquerda e por isso estes têm tanto desejo de educar os filhos dos outros. Seria corromper a sua função a escola pública servir para fazer doutrinação ideológico-partidária.

  12. A forma como aquele pai utilizou os dois filhos em prol da sua própria ideologia na escola pública não dista muito da forma como aquela mãe utilizou a sua filha adoptada/cartaz na manifestação do Chega. Sem que também tivesse sido detida logo no próprio dia como mais uma vez manda a Lei e a Constituição. E este parece que é hoje talvez o maior calcanhar de Aquiles do Estado de Direito Democrático em Portugal e no Mundo. Uma ideia peregrina que se foi enraizando ao longo dos anos nas Democracias Ocidentais, segundo a qual todos cabem na Democracia. Todos e tudo. Democracias que nos retiraram literalmente do Inferno da censura e talvez também por isso.

    Não é verdade, em Democracia ninguém está acima da Lei. Mas talvez devido a uma má interpretação de um direito humano fundamental como a liberdade de expressão. Também inscrito e pedra angular de qualquer Constituição de uma Democracia Liberal como a nossa. Onde condenamos qualquer tipo de censura mas reconhecemos democraticamente a responsabilização individual e colectiva. E quando se ferem outros direitos fundamentais que merecem uma protecção igual entramos claramente no abuso da liberdade de expressão. Um tema a desenvolver quando tiver finalmente paciência para escrever sobre o fenómeno Chega em Portugal. Mas entretanto queria só deixar claro que nem tudo é admissível em Democracia. Onde ninguém está acima da lei.

  13. Gosto de saborear esta lista requentada do Portugal à Frente, com Universidade Católica, Opus Dei, colégios católicos, CIP, CAP, RR, a Choné, o Abominável Homem das Neves, os bispos, o rei sem coroa e o idiota útil Sérgio Sousa Pinto:

    Adriano Moreira (Prof. Direito e ex Diretor ISCSP; ex Presidente do CDS)
    Alberto de Castro (Professor Economia UCP Porto)
    Alexandre Patrício Gouveia (Gestor de Empresa)
    Amândio de Azevedo (ex constituinte e deputado; ex Embaixador da UE)
    Ana Cid Gonçalves (Associação Portuguesa de Famílias Numerosas)
    André Azevedo Alves (Prof. do IEP Univ. Católica)
    Aníbal Cavaco Silva (ex Primeiro Ministro e ex Presidente da República)
    António Araújo (Jurista, Doutor em História, assessor da Presidente da República)
    António Bagão Félix (ex Ministro das Finanças)
    António Barreiro (Licenciado em Ciência Política)
    António José Sarmento (Diretor de Colégio Escolar)
    D. António Moiteiro (Bispo de Aveiro)
    António Pinheiro Torres (Advogado; ex Deputado)
    António Santos Castro (Médico)
    António Vinagre Alfaiate (Empresário)
    David Justino (ex Ministro da Educação; ex Presidente do CNE)
    D. Duarte de Bragança
    Diogo Costa Gonçalves (Prof. Direito da Universidade de Lisboa)
    Eduardo Oliveira e Sousa (Presidente da CAP)
    Fátima Fonseca (Professora Ensino Secundário)
    Fernando Adão da Fonseca (Presidente do Fórum para a Liberdade da Educação)
    Francisco Carvalho Guerra (ex Vice-Reitor Univ. Porto; Univ. Católica Porto)
    Francisco Vanzeller (Empresário)
    Fausto Quadros (Prof. Direito Universidade Lisboa )
    Graça Franco (Rádio Renascença)
    Guilherme Valente (Editor, Gradiva)
    Gustavo Mesquita Guimarães (Gestor de Empresa)
    Helena Matos (Investigadora e colunista; Observador)
    Henrique Alexandre da Fonseca (Almirante)
    Ilídio Pinho (Empresário, Presidente da Fundação)
    Isabel Almeida e Brito (Directora de Colégio)
    Isabel Jonet (Economista; Banco Alimentar contra a Fome)
    João Borges de Assunção (Prof. Economia Universidade Católica)
    João Carlos Espada (Diretor Instituto de Estudos Políticos Univ. Católica)
    João César das Neves (Professor Economia Universidade Católica)
    João Marques de Almeida (Observador)
    João Muñoz (Colégio S. João de Brito)
    Joaquim Azevedo (ex Secretário de Estado da Educação)
    Jorge Cotovio (Diretor do Colégio; Associação Escolas Católicas)
    Jorge Pereira da Silva (Diretor da Faculdade Direito Univ. Católica)
    Jorge Miranda (ex constituinte; Prof. emérito Direito Univ. Lisboa e UCP)
    José Adriano Souto Moura (Procurador da República)
    José Carlos Seabra Pereira (Prof. Faculdade Letras Coimbra)
    José Luis Ramos Pinheiro (Rádio Renascença)
    José Manuel Cardoso da Costa (Prof. Direito Coimbra; ex-Presidente do Tribunal Constitucional)
    José Manuel Moreira (Prof. cat. Emérito Univ. Aveiro)
    José Maria Dias Coelho (Arquitecto)
    José Miguel Júdice (Advogado)
    José Miguel Sardica (Prof. História Universidade Católica )
    José Ribeiro e Castro (Jurista; ex Presidente CDS)
    José Pena do Amaral (Economista; Administrador BPI)
    Luis Mira Amaral (ex Ministro da Indústria)
    Luis Palha da Silva (ex Secretário de Estado do Comércio)
    Luis Penha e Costa (Jornalista)
    Manuel Braga da Cruz (Prof. Sociologia Política Universidade Católica)
    Manuel Carneiro da Frada (Prof. Faculdade de Direito da Univ. Porto)
    D. Manuel Clemente (Cardeal Patriarca de Lisboa)
    Manuel Porto (Prof. Univ. Coimbra; ex Presidente Conselho Nacional Educação)
    Manuel Vaz (Prof. Direito Universidade Católica – Porto)
    Manuela Ferreira Leite (economista; ex Ministra da Educação e das Finanças)
    Maria do Carmo Seabra (Prof. Economia Univ. Nova; ex Ministro Educação)
    Maria João Avilez (Jornalista)
    Mário Pinto (ex constituinte; Prof. emérito ISCTE e Universidade Católica)
    Miguel Morgado (ex deputado, Professor IEP Univ. Católica)
    Miguel Sampayo (Economista)
    Nuno Rogeiro (Professor Universitário; Comentador de Política)
    Patrícia Fernandes (Prof. Univ. UBI e Minho)
    Paulo Adragão (Prof. Direito Univ. Porto)
    Paulo Tunhas
    Pedro Barbas Homem (Reitor Universidade Europeia)
    Pedro Ferraz da Costa (Empresário)
    Pedro Lomba (Prof. Direito; Advogado)
    Pedro Marques de Sousa (Gestor de Empresas)
    Pedro Passos Coelho (Prof. ISCSP; ex Primeiro Ministro)
    Pedro Roseta (ex Constituinte; ex Embaixador UNESCO; ex Ministro Cultura )
    Pedro Sena da Silva (Empresário)
    Raquel Correia da Silva
    Rita Lobo Xavier (Prof. Direito Universidade Católica – Porto)
    Rita Seabra Brito (Prof. IEP Univ. Católica)
    Rodrigo Queirós e Melo (Associação Estabelecimentos Ensino Particular)
    Rui Machete (Prof. Direito; ex deputado; ex Ministro Negócios Estrangeiros)
    Rui Medeiros (Prof. Direito Univ. Católica)
    Rui Vieira de Castro (Empresário)
    Sérgio Sousa Pinto (Deputado)
    Teresa Ferraz da Costa Teresa Nogueira Pinto (Doutoranda Relações Internacionais)
    Vasco de Mello (Presidente do Grupo José de Mello)
    Vasco Rocha Vieira (Geral; ex. Governador de Macau)

  14. Com relação ao tema, mais que os conteúdos pedagógicas, por exemplo não existirão grandes ou nenhumas diferenças ou divergências ideológicas no que toca ao ensino da Medicina, acho que o que está em jogo é o controle do poder, no que respeita ao acesso ao ensino .
    Porque saber é poder .
    A lista acima parece que confirma isso .
    No essencial, essa gente não quer melhor ensino nem mais acesso ao ensino, quer é selecionar quem . Querem afastar .
    Toda a gente se lembra da regra “filho de doutor vai a doutor, filho de pastor fica em pastor “.
    Não há melhor ensino universitário do que o ministrado nas universidades públicas.
    O acesso das classes mais desfavorecidas à Universidade Pública, ditada pelo mérito e fruto do esforço pessoal ( trabalho de estudo ) levou a que, com excepção da tradicional “cunha”, que sobreviveu do velho regime, os filhos das classes mais favorecidas, tradicionalmente mais relapsos ao estudo, emigrassem para as privadas, com a Católica à cabeça.
    Por isso mesmo, foi criada a questão dos rankings das escolas, coisa que é uma aldrabice . Os colégios privados católicos ocupam os lugares de topo mas se se derem ao trabalho de analisarem o saber de um ser oriundo desse sector verão que é um nabo .
    E ademais, a Universidade Católica está muitas vezes envolvida em estudos encomendados pelo governo e autaquias e sobre os mais variados temas, que se vem a constatar, a final, serem uma bosta.
    Na minha juventude tive a infelicidade de ter tido sempre professores de matemática que eram fracos, a certo passo, não sabia fazer uma raíz quadrada composta, por exemplo, a raíz quadrada de 75.107,283 . Fui levado a um colégio, grande, de freiras, muito reputado na cidade em que vivo, e, claro, no topo dos rankings . A irmã, uma freira velhinha, que me veio dar a explicação, perguntou-me se eu sabia rezar o padre nosso, ao que eu respondi que sim pois tinha sido obrigado a fazer a catequese . Lá rezei o padre nosso, única coisa que foi ministrada, e vim-me embora a saber o mesmo . Nao se riam que é verdade . Chegado a casa o meu pai lembrou-se de pedir ajuda a dois vizinhos, que na altura estudavam Engenharia, na altura eram seis anos, tal como ainda hoje, Medicina. Tocou à campaínha do segundo andar e estava em casa o mais velho, que logo se prontificou, subiu a escada, sentou-se à minha beira e em dois tempos aprendí o raio da raíz quadrada composta . Nunca mais esquecí e mais tarde ainda ensinei a minha irmã que teve o mesmo problema . O vizinho em causa era já à altura comunista, não sabíamos, militante clandestino, e mais tarde veio a ocupar cargos políticos .

    Aquele cromo lá de cima bebeu a garrafa toda do D Ermelinda e deu naquele resultado .
    Que confusão!
    A deputada constitucionalista que de quando em vez “é puxada” para o blog não comenta aquí ? Podia dar uma ajudinha .
    Se ele quer um estado que programe e garanta educação e a cultura segundo directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas e religiosas tem o Estado talibã, que inclusivé, e no tocante à cultura, proíbe a música, por a considerar coisa do diabo.
    Não sei a que propósito o cromo também meteu no comentário “esteticistas” mas saiu de feição, dá-me jeito, o regime talibã também proíbe precisamente essa coisa, assim como salões de beleza e cabeleireiras .
    E as mulheres não podem ir à escola .
    E que eu saiba nem há constituição no mundo talibã.
    Donde, o não proibir, nem permitir, é irrelevante, impera alí a “razão da força”.
    Por outro lado, há constituições que permitem, ou proíbem certas coisas, e por vezes impera a “razão das circunstâncias”, não é cumprido o permitido, e é tolerado ou contornado o proibido.
    Resumindo, quem bebe D. Ermelinda branco, não deve vir imiscuir-se em confusões, porque sujeita-se a levar com tinto .

  15. “filho de doutor vai a doutor, filho de pastor fica em pastor “

    traumas dum gajo que ficou a pastar numa repartição de finanças

    “… os filhos das classes mais favorecidas, tradicionalmente mais relapsos ao estudo, emigrassem para as privadas, com a Católica à cabeça.”

    são tão relapsos como os filhos dos pastores. iam para a católica por elitismo e emprego garantido à saída.

    “… blá…blá… verão que é um nabo .”

    o borda d’água diz para plantar no inverno. eu acho que nascem espontaneamente e não é preciso plantar como se pode ver pelo cromo anexo.

    “E ademais, a Universidade Católica está muitas vezes envolvida em estudos encomendados pelo governo e autaquias e obre os mais variados temas, que se vem a constatar, a final, serem uma bosta.”

    por acaso até nem são dos piores e nas sondagens são os que acertam mais, mas estas não são encomendados pelo governo.

    “Na minha juventude tive a infelicidade de ter tido sempre professores de matemática que eram fracos, a certo passo, não sabia fazer uma raíz quadrada composta, por exemplo, a raíz quadrada de 75.107,283 . Fui levado a um colégio, grande, de freiras, muito reputado na cidade em que vivo, e, claro, no topo dos rankings . A irmã, uma freira velhinha, que me veio dar a explicação, perguntou-me se eu sabia rezar o padre nosso, ao que eu respondi que sim pois tinha sido obrigado a fazer a catequese . Lá rezei o padre nosso, única coisa que foi ministrada, e vim-me embora a saber o mesmo .”

    só conhecia a versão pornográfica. ainda bem que ainda há freiras que não vão na cantiga das raízes quadradas compostas. obrigado por partilhares.

    “Nao se riam que é verdade .”

    tou farto de rebolar

    “Chegado a casa o meu pai lembrou-se de pedir ajuda a dois vizinhos, que na altura estudavam Engenharia, na altura eram seis anos, tal como ainda hoje, Medicina. Tocou à campaínha do segundo andar e estava em casa o mais velho, que logo se prontificou, subiu a escada, sentou-se à minha beira e em dois tempos aprendí o raio da raíz quadrada composta . Nunca mais esquecí e mais tarde ainda ensinei a minha irmã que teve o mesmo problema .

    o teu pai sabia-a toda, primeiro mandou-te às freiras e depois ao mecânico. dois vizinhos? um chegava ou eram mesmo precisos 2, um para te segurar e outro para te meter a raiz quadrada na cabeça. talvez o teu pai fosse um gajo previdente e não arriscou a bater à porta do 2º. andar e um deles ter saído, como se verificou. mas deixa lá, tudo acabou bem e trouxeste a raíz no pensamento.

    “O vizinho em causa era já à altura comunista, não sabíamos, militante clandestino, e mais tarde veio a ocupar cargos políticos .”

    isso é que é preocupante, devias de ir tomar banho e desinfectar-te. corres o risco de “assim só a covid levará avante”.

    “A deputada constitucionalista que de quando em vez “é puxada” para o blog não comenta aquí ? Podia dar uma ajudinha .”

    tu querias era vir para aqui debater raízes ideológicas quadradas com malta importante. contenta-te com o teu vizinho comuna que ocupa cargos públicos.

    “Se ele quer um estado que programe e garanta educação e a cultura segundo directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas e religiosas tem o Estado talibã, que inclusivé, e no tocante à cultura, proíbe a música, por a considerar coisa do diabo.
    Não sei a que propósito o cromo também meteu no comentário “esteticistas” mas saiu de feição, dá-me jeito, o regime talibã também proíbe precisamente essa coisa, assim como salões de beleza e cabeleireiras .”

    tu mesmo o disseste e houve um cromo que o repetiu bué de vez ali em cima. quem sobe ao 2º. andar por causa duma raíz quadrada tamém sobe a página para ver as cenas que escreve.

    “E as mulheres não podem ir à escola .
    E que eu saiba nem há constituição no mundo talibã.
    Donde, o não proibir, nem permitir, é irrelevante, impera alí a “razão da força”.
    Por outro lado, há constituições que permitem, ou proíbem certas coisas, e por vezes impera a “razão das circunstâncias”, não é cumprido o permitido, e é tolerado ou contornado o proibido.”

    deve ser por isto que querias falar com a isabel, cunha para mais um artigo na próxima revisão constitucional.

    “Resumindo, quem bebe D. Ermelinda branco, não deve vir imiscuir-se em confusões, porque sujeita-se a levar com tinto .”

    yah. a ermelinda agradece o jingle e manda-te um caixa de de xarope rozé para beberes na companhia do jim diamond.
    xaú que o sol vai alto

  16. O lençol acima ou é da dama de Formentera, ou da deputada esquelética, ou da Edie chantilly com morangos, ou da(do) Guidinha, ou do Julinho censor, ou do Lucas Galochas ou do J. Ferra aqui/Corvo Negro ou do escarro Inácio/Valupi, tudo gente pseudo-intelectual com pretensões snob-eleitistas, com permissão de voscências, os outros restantes, puta que os pariu a todos eles, deste modo aplico justiça geométrica aristotélica num anfiteatro grego de 180 graus, a paulada está bem disrtribuida por eles todos .
    Até me inventaram um emprego, eu, que sempre estive ligado às artes, vou já reclamar o meu adicional à SS .

  17. “Até me inventaram um emprego, eu, que sempre estive ligado às artes, vou já reclamar o meu adicional à SS .”

    pois, tou a ver. artes marsupiais, tiravas cangurus da cartola lá na repartição. quando fores reclamar às ss pede para falar com o heydrich, diz que vais da parte do andré que és bem atendido.

  18. Foda-se, já dizia o outro, visitar o aspirina e não ser logo insultado é a mesma coisa que ir ao circo e não ver palhaços.
    Puta que o(a) pariu também pra sí, seja Galamba, Serrano, Compra Roupa no Broché e Mistura Deuses Gregos com Romanos Santos Silva, Silva Pereira Adjunto, ou outro filho(a) da puta qualquer, ralé assim já nem da linhagem Barroso-Soares é, é mesmo escroqueria pura e simples, gentalha rouba-Estado, continuem a tomar clisteres de champanhe, e a ir ao cu uns aos outros.
    Mas a ração da cantina “socialista” um dia vai acabar.

  19. Não é só a nossa Constituição a proibir. É um imperativo das directrizes europeias. Mas este tique catequisteiro, moralismo balofo que encontramos nos ditos partidos de esquerda, ignoram sisyematicamente esse aspecto, querendo centrá-lo no Estado

    “A ninguém pode ser negado o direito à instrução. O Estado, no exercício das funções que tem de assumir no campo da educação e do ensino, respeitará o direito dos pais a assegurar aquela educação e ensino consoante as suas convicções religiosas e filosóficas.<\b"
    (Convençao Europeia dos Direitos do Homem, art. 2.° do protocolo adicional, de 20-03-1952).

  20. Valupi, os meus valores podem não ser iguais aos seus valores. Eu posso achar importante que os meus filhos cumprimentem os avós e você não. Eu posso achar importante que tratem a avó por senhora e o valupi não. O cumprimento das normas, a sua obrigatoriedade, é matéria das ciências jurídicas e deve ser dado nesse contexto. Dizer que é importante respeitar os homossexuais é o mesmo que dizer que é importante não roubar. O não cumprimento das normas prevê censurabilidade. Dar destaque à importância de umas e não de outras é graduar uma tabela de valores. E isso não incumbe ao Estado. Se essa graduação tiver a ver com a graduação da censurabilidade e da sua implicação na sociedade, o homicídio devia ocupar a grande parte da disciplina (não matarás). O roubo viria também com grande destaque. O respeitar os homossexuais vinha muito cá para baixo. No catálogo respeitar todas ads pessoas. A religião e moral ensina esses valores e de forma mais universal.

    A disciplina de religião e moral católica ensina a importância da vida, o não matarás, não roubarás, ensina que não devemos agredir ou ofender o próximo. Porque é que não é obrigatória? Estes valores são maus? É contra eles? Ah, mas também ensina que Jesus é o Verbo, que morreu por nós, que ressuscitou ao terceiro dia e por ai fora (cruzes credo). Pois, por entre o ensinar a passar na passadeira e parar no vermelho louva-se, por exemplo, a conquista do direito a abortar. Algo que eu ensinei aos meus filhos ser um mal.

  21. “Pois, por entre o ensinar a passar na passadeira e parar no vermelho louva-se, por exemplo, a conquista do direito a abortar. Algo que eu ensinei aos meus filhos ser um mal.”

    ensinar isso aos filhos é fácil, às filhas é impossível.
    o resto são resquícios de missa do avô cerejeira que o neto quer comercializar no chega. tique catequisteiro, moralismo balofo que referes anteriormente é distorcer o discurso dos outros para os acusar daquilo que praticas.

  22. Ó comentrista P, o gajo(a) louva-se é no erastes e no eromenos, pederastia, estudou sob Testicles, se for gaja é saphho, dá direito a ministério da cultura .
    Gostam de arroz de miúdos, e se for fêmea, de entrecosto ( sexo intercrural, coxa roça na coxa).
    A católica é uma grande universiade sim senhora, inda ontem falei com o monsenhor Airosa e ele assegurou-me que cumprem escrupulosamente as directrizes aristotélicas e as harpas são distruibuídas aos melhores harpistas, mas o melhor é o “licenciado” em órgão que mama (mamava) 700 contos por mês por dar liçoes de organismo, livre de impostos, é padre e inventou que fazia parte do “munus” (mono) espiritual, como é que eu sei disto tudo se não trabalho pràs financas, nem prós gregos ? Foi o meu sobrinho que estudou lá, que me contou, tenho a minha rede de bufos, tal como Valupi e associados(as), ou só ele é que tem direitos ?

  23. ensinar isso aos filhos é fácil, às filhas é impossível

    Porquê? Os homens não têm o dever de assumir a paternidade? Ah, mas muitos não assumem. Idem para as mulheres. Isso é conversinha da ideologia feminista. Só come esses clichés baratos quem não perde mais de 30 segundos a pensar sobre eles. Ouvem-nos e repetem-nos: é espade directo.

    Quanto ao resto são chavões da propaganda anti-clerical. De preconceitos balofos de cabeças sem vitamina.

  24. “Os homens não têm o dever de assumir a paternidade? Ah, mas muitos não assumem. Idem para as mulheres. Isso é conversinha da ideologia feminista.”

    poizé, tinha-me esquecido que o direito ao aborto se resolve com a nossa senhora da assumpção. és calhau todos os dias ou era só a ver se colava?

    “Só come esses clichés baratos quem não perde mais de 30 segundos a pensar sobre eles.”

    deve ser por isso que ainda andas a ruminar palha com 50 anos, stock cerejeira.

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