A crise, sim. E a pobreza, pois. Os políticos que não prestam, claro. E a legião de trafulhas, javardos, moinas e pilha-galinhas que nos oprimem e esmagam sem terem de mexer uma palha, basta aparecerem nas nossas desculpas. Mas história continua a mesma, exactamente igual há uns bons, excelentes, milhares de anos: saber é poder.
Se dizes que não podes, não sabes o que dizes.
Bom post Valupi,
Não sei qual foi a ocasião, se é que houve uma, mas o que dizes esta certissimo : saber é poder, e vice-versa. Donde se depreende que :
– de nada vale o saber que nada alcança ;
– quem promete e não cumpre fa-lo porque existe um ignorante, por vezes o beneficiario da promessa, por vezes o autor, sendo que às vezes os dois se confundem ;
– quem quer poder quer saber ;
– quem quer saber quer necessariamente saber o que pode ;
– quem quer saber procura saber o que não pode para medir melhor o que pode ;
– quem se contenta com apontar nevroticamente para o que não pode não esta a dizer nada, esta so a falar
– quem não sabe o que diz, sempre diz alguma coisa, sobre si mesmo.
Sabias palavras e, por isso mesmo, um pouco mais que palavras.
PS : bom dia
O saber para ser poder tem de ser competência. E se a competência tem na base o saber, só se declara se houver mais uns ingredientes à mistura, que permitam realizar com êxito uma determinada acção. Obviamente que, entre os ingredientes tem de aparecer pelo menos uma pitada de ética, sob pena de o bolo não interessar nem ao menino Jesus, mesmo que com ingredientes de mercearia finíssima e alta tecnologia na cozinha!
Digo eu de que…
:))))
Saber é poder
Dizes que não podes
Não sabes o que dizes
Ora aí está um raciocínio falacioso! :)… (AOO) porque a conclusão não constitui um ponto de chegada que decorra com ‘necessidade’ das permissas.
No entanto, como a lógica não é a vida ou a Vida, na Sua maior parte, não é lógica, este raciocínio, poderá ser parcialmente verdadeiro… ;)
E, ironia, sendo parcialmente verdadeiro e também parcialmente falso. Pois a Verdade implica totalidade.
Este João Viegas cheira-me a GIROFLÉ…
Caro L*,
Bem visto. De facto a ultima frase não esta enunciada de forma logicamente correcta porque “podes sempre dizer que não sabes x” (desde que x não seja a proposição “não sabes x”, sob pena de contradição).
Ha uns meses (?) o Valupi tinha postado um grafico engraçado sobre a questão, mas que lhe tinha valido objecções (pelo menos da minha parte).
Seria mais correcto concluir :
“Se dizes que não podes, dizes que não sabes.”
Mas (ascrescento eu), muitas vezes, nomeadamente nos casos a que alude o Valupi (tanto quanto percebo), o que queres dizer com isso é que não queres saber, ou seja, que não queres…
Este é que é o problema, ético antes de ser logico.
Como todos os problemas !
Os belgas dizem, por acaso, “Désolé, Madame, je ne sais pas vous aider.” Ou ainda: “Tu sais ouvrir la fenêtre, s’il te plaît?”
Mistura-se o saber, o poder e o querer. Só as circunstâncias, ou uma nova pergunta, poderão esclarecer o sentido…
O joão viegas até diz bom dia. Educado. Passa por cima de um cheiro a giroflé. Estranho, muito estranho.
Ó Eçagora o que é que tem o cheiro a giroflé não gostas é?
Diz lá Ó Eçagora num gostas? É que parece que gostas num é? Parece que andas mesmo atrás do cheiro a giroflé. Num me digas que és um gajo educado e num dizes que gostas do cheiro a giroflé…é que o cheiro a giroflé é tum vom que num queiras saver. E tu andas maluquinho de todo para ber num é ó Eçagora. Ora conta lá…
Ó jardim da Celeste, pois não entendo a linguage de Vocemessê. Pois eu até acho que o dito do Giroflé tinha uns escritos engraçados e bué da giros. Portantos, não sei qual é o teue problema, tás a ber? Ai, que desconbersamos, é? Vai meter-te cum o bute do Jfrancisco das estrofes. Eçagora!
Donde saíste tu ó jardim da Estrela? Cunta áie, pá? Atãoe eu peço pelo giruflée, e apareces-me tue ó manganãoe?
E quem é que te disse que estabas a falar cum manganum? Toute a ber é a falares comigo e trata mas é de seres inducadinho óbiste?
Olha que se num és inducadinho comigo inda te dou cum uma flore na cabeça óbiste?
Ó Eçagora já num talembras o que é um “negócio de saias” ó MEU manganaoe? Queres que te expilique o que é um negócio de saias? Um negócio de saias é uma coisa que mete um cheiro muita vom. Daqueles que te dão a volta à caveça e num te deixam atolar aí numa bodega qualquer tás a ber
Então Eçagora onde andas meu?Num respondes?
Jardim, meu badalhocu, entãoe, cufundes-me, seu manganaoe, oube lá, tu é que ése o toute aber, seu vacalhau miudu, debes tere aíe uma time de rosase murxase a travalhare pra tie, pá, que tue bens-me a falare de xeiru.
Parceves vem du métiêe , seue trambolhoe, buta daquie, cuando naoe boue a xamare o franciscu dos puemas de cambridje e olha que ele te corre a nomese muita feius, seu cara de nalga cum furunculuse.
eçagora, a materes-te cumigo, olha láe, bai apanhare unde apanham as galinhase, seu porteiro de casa de xeirose.
Bolta cá, bolta, keu amandu-me a tie bais a parar a velém e punho-te a cumer o vacalhaue do Caracu Silba, e ainda tobrigu a cumeres os gafanhotoses daquele cara de algu mole. Manganãoe bai a travalhare, e num mobrigueses a interrupere a cadeia da produçãoe.
Eue só falu com o giruflée, meu manganãoe anaoe.
Oube lá meu cara de cue á paisana, atãoe, tue queres amandar-me cum uma flore à caveça, seu camandru desconsoladue. Bai a mandare rosase ao gaju do péeche, pá, ou ao fedelho do passus. Eue soue fachista páe, e se mandasse nesta xoldra, punha-te a lambere os diários da repuvlica sempre que houbesse numeações dus boyes e das garles. Cabalaoe.
Em homenage a tie, ó jardim da estrela, toma lá um sonetu do Hédois, pá, que bem mesmu a calhare pró teu negóciu de saiase xeirosase:
O soneto da cagada
Vai cagar o mestiço e não vai só;
Convida a algum, que esteja no Gará,
E com as longas calças na mão já
Pede ao cafre canudo e tambió:
Destapa o banco, atira o seu fuscó,
Depois que ao liso cu assento dá,
Diz ao outro: “Oh amigo, como está
A Rita? O que é feito da Nhonhó?”
“Vieste do Palmar? Foste a Pangin?
Não me darás notícias da Russu,
Que desde o outro dia inda a não vi?”
Assim prossegue, e farto já de gu,
O branco, e respeitável canarim
Deita fora o cachimbo, e lava o cu
Jardim, manganãoe,
oubiste? Tu mateste-te cumigu, toma aíe pra decifrarese
Qual é a cousa qual é ela, mas digu-te já ka tem que ber cum o teu negóciu de saiases
Tamém é do Hédois!
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu
Se quiserese, pede ao balupi que ta faça o desenhu, que o gaju da beze em quando manda aí uns raviscus.