É estultícia querer explicar Trump apenas recorrendo à dimensão psicológica. A deriva do Partido Republicano para um populismo nativista, isolacionista e carismático começou, no século XXI, com o Tea Party — este, uma resposta ao choque provocado pela eleição de Obama, o qual representava uma força política e cultural imbatível. Trump só conseguiu derrotar os candidatos Republicanos nas primárias de 2016 porque o eleitorado do partido já estava disponível para uma fase de mudança revolucionária interna. Por cima deste substrato, a comunicação social construiu uma marca Trump monopolizadora da atenção das audiências. O efeito, irónico, foi o de termos um editorialismo que achava estar a gozar com Trump enquanto, simbólica e pragmaticamente, o entronizava como o candidato preferido para um ciclo de combate identitário sem tréguas nem limites. Como exemplo desta dinâmica, entre tantos, o ataque de Trump a John McCain foi, na verdade, um ataque à racionalidade ideológica que se filiava numa tradição patriótica a remontar a George Washington. Um traste imoral a quem os papás ricos safaram de fazer o serviço militar no período da Guerra do Vietname aviltava um dos maiores heróis militares vivos dos EUA e do Partido Republicano num contexto de corrida eleitoral para a Casa Branca, sem ter sofrido qualquer penalização por isso na sua base eleitoral. Ninguém previu, nunca, que tal pudesse vir a acontecer.
O populismo na América não é uma engenharia social, é uma antropologia. Mas, como tudo o resto na esfera política, tem a sua evolução na descontinuidade. O espectáculo circense que está montado, com o Joker a ser Joker, irá fatalmente seguir as leis arcanas que lhe deram a oportunidade de ter nascido.
tudo nasce cresce e morre. não são leis arcanas , são naturais -.)
e à ordem segue-se o caos , e depois novamente a ordem e depois o caos
porque : toda a instituição humana passa por 3 fases : a utilidade , o privilégio , o abusos. na “democracia” é bem visível , na medicina também , em tudo basicamente , até na deco , que inunda os consumidores de spam -:)
Fazes bem lembrar McCain. Nesta semana, na Síria, os terroristas apoiados por McCain já executaram milhares de civis. Há imagens de regozijo de assassinos filmando-se a metralhar crianças ou a arrancar o coração de pessoas vivas. A UE já veio defender o regime de Jolani. A administração Trump já condenou e exige a punição dos responsáveis.
És uma desilusão, Valupi.
Lucas Galuxo, e tu não passas de um pobre coitado.
Da série: a democracia valupiana expande-se
https://twitter.com/Glenn_Diesen/status/1898760286724563037
«Um traste imoral a quem os papás ricos safaram de fazer o serviço militar no período da Guerra do Vietname aviltava um dos maiores heróis militares vivos dos EUA»…
Ou seja, um traste a aviltar outro traste; mas os volupis só vêem um deles – e nem sequer o maior.
O ‘heroísmo’ de McCain provém da sua captura no Vietname durante a operação Rolling Thunder, na qual ajudou directa e voluntariamente a deitar quase um milhão de toneladas de bombas que mataram dezenas de milhares, na maioria civis. A única coisa nisto que choca a canalha americana é, claro, a cruel prisão do seu herói – que direito têm os bombardeados, ou seja quem for, de destratar um cidadão americano?
Ao atacar McCain o Trampa só aparentemente subverteu esta admiração carneirista-jingoísta; na verdade transferiu-a dos ‘losers’ – os que foram apanhados, sobretudo numa guerra vista como uma vergonhosa derrota americana – para winners como ele, que nem lá põem os pés. A mensagem implícita, a mesma que agora usa explicitamente sobre a Ucrânia, é que com ele nem há guerra, mas se houver será ganha.
Dois dos mitos, talvez os principais, que sustêm o nojento edifício americano são o American Dream e o American Excepcionalism. O Trampa promete reviver o primeiro, ligado na imaginação da carneirada a um passado algures nos anos 50/60, e pretende refazer o segundo – já sem tretas de superioridade moral, apenas ganância pura e dura, e a ‘might makes right’ de quem, como ele, sempre mandou no mundo.
Olhem os suecos a dar o exemplo:
https://euroweeklynews.com/2025/03/09/swedes-boycott-american-brands-in-protest-over-washingtons-latest-policy-shifts/
É isto que devíamos estar a fazer há anos, não apenas quando aparece um Trampa.
Tal como não teremos uma democracia sem rebentar com a partidocracia vigente, não é viável um mundo melhor enquanto a canalha americana e os seus fantoches mandarem nisto tudo.
Volúpia, foste um dos dez da manifestação anti musk de hoje, certo?
Em novembro de 2023 o Ministério Público abriu um processo-crime contra o então primeiro-ministro com fundamentos que ainda hoje não se conhecem exatamente. O primeiro-ministro demitiu-se, o Governo caiu, a maioria absoluta esfumou-se e cinco meses depois a direita regressava ao poder. Um golpe perfeito.
Estamos agora em 2025 e o país ficou a saber que o atual primeiro-ministro recebeu avenças de grupos privados durante todo o tempo em que exerceu funções – e o Ministério Público não abriu nenhuma investigação. Dizem que estão a analisar. As avenças provocarão uma crise política, isso é certo. Mas o caso está a evoluir. Não são apenas as avenças, mas a motivação política por detrás das investigações criminais: contra os Governos socialistas, toda a violência; contra os Governos do PSD, toda a compreensão.
Segundo ponto, Manuel Pinho. São absolutamente indecentes as tentativas de confundir a situação de Manuel Pinho com a do atual primeiro-ministro. Não, não é a mesma coisa. No caso de Manuel Pinho os pagamentos que recebeu do BES resultam de trabalhos anteriores à sua entrada em funções públicas; no caso do atual primeiro-ministro, os pagamentos à sua empresa resultam de trabalhos prestados durante o exercício de funções públicas.
Mais ainda: na circunstância de Manuel Pinho os pagamentos recebidos eram resultado de um contrato de rescisão que pôs fim à sua relação profissional com o banco; no caso do atual primeiro-ministro, os pagamentos à sua empresa resultam de avenças que estão em vigor. Manuel Pinho foi investigado, foi preso e foi condenado injustamente. Ao atual primeiro-ministro não foi aberta nenhuma investigação.
Terceiro ponto. Em 2018 o Ministério Público português enviou ao seu congénere brasileiro uma carta rogatória pedindo informações sobre a Odebrecht e a construção da Barragem de Baixo -Sabor. Em resposta, o Ministério Público brasileiro transmitiu às autoridades portuguesas a seguinte suspeita:
“Há indicação ainda de que Pedro Passos Coelho candidatou-se a reeleição para primeiro-ministro de Portugal em 2015, e que campanha política foi capitaneada por André Gustavo Vieira da Silva.”
“Em tal contexto, considerando-se as provas apresentadas no evento 1, há indicativos de que os valores descritos na planilha ‘Paulistinha’, que seriam um “saldo” de pagamentos pendentes na obra da barragem portuguesa do Baixo-Sabor, possam ter sido pagos “por fora” a André Gustavo Vieira da Silva como remuneração dos serviços de marketing eleitoral e publicidade prestado ao Partido Social-Democrata na eleição para o cargo de primeiro ministro de Portugal.”
“( …) Deste modo, é possível que os pagamentos descritos na planilha ‘Paulistinha’ com referência à obra da Barragem de Baixo -Sabor, em Portugal, possam-se referir ao financiamento da campanha eleitoral do Partido Social-Democrata para eleição do cargo de primeiro-ministro, disputada em 2015 pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.”
Esta suspeita, concreta e definida, nunca foi investigada. Um pouco por todo o mundo foram investigadas dezenas de campanhas políticas financiadas pela Odebrecht – em El Salvador, no Perú, na Argentina, no Equador, na Venezuela, em Angola e por aí fora. Não em Portugal. Em Portugal foi tudo abafado. Tudo esquecido. O Ministério Público nem se deu ao trabalho de fazer perguntas.
Estamos agora em 2025, passaram dez anos, mas o comportamento é o mesmo: as avenças não merecem investigação. A crise das avenças é também a crise da dupla moral das instituições penais: de um lado investiga-se tudo, do outro encobre-se tudo. O critério para distinguir uma da outra é a política.
Antigo primeiro-ministro e principal arguido na Operação Marquês
https://www.dn.pt/opiniao/a-crise-das-avenças
—de um lado investiga-se tudo, do outro encobre-se tudo. O critério para distinguir uma da outra é a política.—
Assim é, o Costa VERBO de ENCHER -os bolsos- na oropa, foi corrido com uma golpada a A BEM DA NAÇAO, agora o pr da AR diz que se deve deixar passar a moção ABUSO de confiança igualmente a bem da nação.
Pois é, de um lado amplia-se ou inventa-se tudo, do outro esconde-se ou inventa-se tudo.
E quando não há mais argumentos que contrariem a realidade, diz-se que nos querem ocupar a casa em ruinas, mas se isso não bastar chamamos putinistas ou outra coisa qualquer aos gajos.
É a pulhitica estupido.
«Antigo primeiro-ministro e principal arguido na Operação Marquês»
Até ao 3º parágrafo o texto podia ser de qualquer xuxa. O que mais o denuncia como xuxa é a frase “a direita regressava ao poder”, como se o PS fosse esquerda. Só xuxas e direitalhas pensam assim; e um direitalha não descreveria a fuga do Bosta como um “golpe perfeito”.
Mas no 3º parágrafo o absurdo branqueamento do Pinho dos Cornichos, o Pinho lacaio do BES, o Pinho mamador da EDP, reduz os suspeitos a dois ou três. Aí começamos a reparar no estilo, na sanha, na sede com que se atira ao MP e à laranjada. Pois é. Só pode ser o Trafulha.
É bem verdade que a máfia laranja escapa impune há demasiado tempo; se calhar devíamos nomear o 44 para investigá-la. Não estou a brincar: nada como um mafioso para topar e caçar outros mafiosos. Não há outro mais qualificado. É pôr-lhe um telefone e um computador na cela.
Sócrates continua em grande forma intelectual e coragem pessoal como desde o primeiro momento em que, a Vidal da PGR e seus rapazes às ordens, o prenderam quando chegava a Portugal para enfrentar a dita corporação de procuradores políticos.
Uma vez perdido o medo de tudo, mesmo da prisão, tortura ou morte, a força que nos dá a prática da injustiça contra nós produz a criação de um combatente feito às balas venham elas donde vierem. Para mais, cada vez menos os valores democráticos são respeitados e os trabalhos golpistas dos medíocres incompetentes cada vez mais são defendidos por instituições estabelecidas, quer eleitoralmente quer de nomeação, com poderes soberanos orientados ideológica e organicamente num sentido único.
Mais uma vez, esta nova denuncia de Sócrates, acerta na mouche do paradoxal comportamento da PGR quando analisa um caso suspeito dos socialistas ou dos sociais-democratas; são como cães de faro apurado num caso e noutro são ratos que nunca caçam ratos ou galinhas que nunca põem ovos. Já é tão evidente e escandaloso o ambivalente comportamento da justiça por cá que, neste caso de Montenegro, o PM avençado, tal qual os jornalistas comentaristas sempre em pé aos microfones dos media para defenderem a ‘avença’, já receiam apoiar abertamente o atual PM afim de não serem completamente descredibilizados perante o povo, pois, este, mesmos os mais simples, modestos e ingénuos também já começam a perceber a marosca justiceira à portuguesa.
O atual caso revela que todo o governo ou, os seus barões políticos, estavam todos preparados para a governança do pote em grande; grande parte deles, colaboradores, fautores e conhecedores do futuro programa do governo, de repente, estabeleceram-se como empresários de ‘imobiliárias’ e mal chegados aos cargos de poder ditaram uma nova ‘lei dos solos’ para aprovação e utilização em urbanizações de construção imediata. O alibi, neste caso, era atacar a ‘gritante’ falta de habitação no país.
Se o PM dava o exemplo porque não, também, eles?
neste momento, depois do que vi e ouvi, não tenho qualquer dúvida que se trata de um ajuste de contas entre os dois maiores gangues políticos da direita, uma cena tipo Isaltino de oeiras. tudo isto era conhecido e estaria perfeitamente controlado política e judicialmente caso o xunga e o aldrabé não tivessem sido traídos com promessas de cargos governamentais e ataques políticos humilhantes que o psd lhes infringiu ultimamente. basta ler ou ouvir a comunicação social e jornaleiros pró-xunga, cm, cmdv e observadores em cada esquina televisiva a malhar forte no montenego e os apanhados desprevenidos a culparem os xuxas e o SÒCRATES. tenho grandes dúvidas se o ps se deve meter nesta guerra de facções irmãs ou se deve só assistir à janela e ir telefonando ao policia de belém a queixar-se que as instituições não funceminam. eleições, cpi, escândalos e os gajos que se comam uns aos outros até que deixem de votar neles, foi o que sempre fizeram.
—-completamente descredibilizados perante o povo, pois, este, mesmos os mais simples, modestos e ingénuos também já começam a perceber a marosca justiceira à portuguesa.—-
Pois o problema com isso, são precisamente os mais simples modestos e ingénuos, que desanimados ou ressabiados, não votam, ou votam em protesto- julgam eles- e com isso não fazem mais do que cagar um pé
50 X por cima da cabeça.
Eu conheço vários que fazem isso desde o PEC 4 chumbado, e como eles devem ser milhares, e vejam no que tem dado.
Acordem.