Há uma correlação, atestada pelo legado cultural e histórico da Humanidade e por hodierna investigação psicológica, entre a inteligência e o zelo ético. A correlação é precisamente a inversa daquela que os dirigentes e apoiantes do PSD exibem sempre que resolvem fazer política.
Estejam atentos! Há algo de novo a ser cozinhado. Cavaco, a Manela-voz-de-Cavaco e agora o Bagão Felix, conselheiro de Cavaco, a divergir de Passos Coelho. Que será? Vão dizer que o “prato” que é esta governação, laboriosamente confeccionado, não é seu? Já se deram conta do abismo para onde atiraram o país e não querem ser responsabilizados?
Não há nenhuma no caso dos ávidos assessores órfãos/viúvos de Sócrates.
o rex a coçar a sarna nazi. esfrega com coceirol, que isso passa.
Interessante e oportuna a chamada de atenção Fundamental. Curiosa, de facto, as declarações deste trio que se entrelaça amiudadamente.
Cavaco, hoje, a explicar ao povo aquilo que durante a era Sócrates se esqueceu sempre de explicar: “O sucesso não depende só de nós, mas também da conjuntura internacional e da capacidade que a União Europeia demonstrar para resolver a crise financeira da Zona Euro”.
Cada vez mais vamos ouvir estes gajos a falar da conjuntura internacional e da crise financeira da zona euro, que teimosamente ignoravam quando se tratava de culpar e deitar abaixo o governo de Sócrates.
Cavaco voltou hoje a dizer – grandíssima lata! – que “há limites para os sacrifícios que podem ser pedidos aos portugueses”. Estará a falar daqueles limites que, na opinião dele, já tinham sido ultrapassados pelo PEC que ele ajudou a chumbar, antes do assalto do Coelho ao país, especialmente aos funcionários públicos e aos pensionistas?
“Mudaram os governos mas não mudou a minha posição”, declarou Cavaco. É essa a patranha que agora quer fazer passar. Quando é que o fulano começa a vetar e a suscitar a verificação da constitucionalidade das medidas do governo? Esperem sentados!
Pretendendo dar a ideia bacana de que está quase a passar-se para a oposição, Cavaco declarou aquilo que já toda a gente sabe: que não há equidade fiscal no corte imposto pelo governo à função pública. Ainda anteontem o Gaspar dizia, tentando justificar o imposto iníquo, que os funcionários públicos estavam a ganhar 15 por cento acima do privado, agora vem o gajo de Belém sugerir que, para haver equidade fiscal, se tem que fazer no sector privado idêntico corte ao da função pública. É muito fácil resolver essa questão: é só o Cavaco mandar o Orçamento para o Tribunal Constitucional. Esperem sentados!
É tudo uma treta. Dividem o trabalho entre os dois – o Gaspar faz de pide mau, o Cavaco faz de pide bom.
E Gomes Canotilho, que se passou do PCP para o cavaquismo, faz de pide constitucionalista: disse hoje à rádio que em período de crise se tem que fechar os olhos às inconstitucionalidades do governo. Aos 70 anos, o professor laureado remata a sua carreira com uma cavalada destas.
Carlos Moedas, o governante sensato.
Carlos moedas na sua plenitude de boçal: “Num registo mais pessoal, o secretário de Estado considera positivo que muitos jovens estejam a partir para fora do país, mas diz que também é importante que possam voltar.” In http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1263&did=3518
Ou seja, para esta besta, agora governante, Portugal passou a ser um centro de formação gratuita para jovens técnicos licenciados ou profissionais credenciados, que depois são “exportados” para outros países que lucram assim na parte de formação dos trabalhadores. Ou seja, o facto de estes jovens serem formados na escola pública, que é paga parcialmente com os impostos de todos nós, é irrelevante. E assim que vamos relançar a economia.
Remata com esta pérola: “Espera que não lhes aconteça como ocorreu com a si próprio, que levou quatro anos a tentar voltar para Portugal. “O que é triste é que queiram voltar e não consigam porque o país não lhes dá oportunidade, espero que isso venha a mudar no futuro”. Curiosamente não vi o líder da JSD pedir explicações a este tipo de afirmações irresponsáveis e assassinas, alem de que ninguém o demitiu. Palmas para o governo.