Trata-se de um formato produzido em vários países, cuja versão portuguesa foi lançada na RTP em Junho passado. O conceito é o da apresentação turística de uma cidade, mas com a originalidade de convidarem imigrantes do país onde se exibe o programa para servirem de guias amadores. Ao mesmo tempo que falam da cidade, contam a sua história.
O exemplo que trago, apesar de estar em condições visuais muito deficientes, permite apreciar o grande talento com que se faz esta série, e, acima de tudo, o excepcional casting. As pessoas escolhidas parece que nasceram para fazer televisão tal a naturalidade, fluência e boa onda com que falam do que está fora ou dentro de si. Algo completamente atípico para o português que nunca saiu da terrinha. Mas também os exemplos de vida mostrados são apelativos, até aspiracionais – e não por razões meramente monetárias (que não se referem), mas por ficarmos com a impressão de que estão todos a fazerem o que querem, que se estão a realizar. Não têm qualquer comparação com a imagem estereotipada do emigrante português, polarizada entre as figuras do rústico analfabeto que vai para a construção civil e o filho-família que vai para uma carreira de topo. Estes estão no meio, e são do nosso meio.
O Pedro Caleiro é a simpatia em pessoa. A Bárbara Neves é uma sósia da Catarina Furtado, mas mais descontraída e natural, por isso ainda mais agradável. O João Pamplona é a portugalidade no seu melhor. A Alexandra Cruz é uma queque com quem apetece passar férias, almoçar, jantar e tomar o pequeno-almoço. E o João Friezas é um cromo prototípico que merecia um programa inteiro sobre a sua pessoa – a star is born.
Não sei se sabes, mas alguns dos seres humanos mais bonitos do mundo têm trinta e tal anos e são portugueses.
que bela montagem de cidadania me trazes, Val. gostei muito de ver. mas mudava os adjectivos todos. :-)
(ouve: quando souberes que há casting de espontaneidade e beleza de ser animala, tu avisa, eu já ganhei) :-)
Adorei =D Não fazia ideia que este programa existia! Sabes a que horas dá?
Grraurrr, Sinhã, sua fera!
:)
:-)
eu gosto de adjectivos. muito. :-) e essa fera foi um adjectivo. conta-me tudo, vá, tubarão, que estou curiosa. :-)
Já tinha visto o de Londres e adorei. Agora perdi-me a ver este e o de Nova York. É viciante. Dá vontade de largar tudo e ir conhecer o mundo :)
Sinhã, eu sou apenas um pobre esqualo perdido no meio do gigantesco tanque atafulhado de piranhas, que sei eu? :)
Apenas vi a alusão a animalas e eu, como bicho que sou, nunca consigo ficar indiferente ao call of the wild…
está bem, então: bem-vindo ao fungágádabicharada. :-)
Não há dúvida que faz bem sair de Portugal. Os portugueses ficam mais simpáticos e bonitos. Por que será? Até servir à mesa parece uma profissão altamente artística.
Antonio Parente, fala por ti, que eu sou bonito e simpático… :-)