Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Gadamer (em 1960) pergunta a Heidegger o que é a COMPREENSÃO. E afirma que a resposta está para além daquilo que o ‘método científico’ ou as ‘ciências naturais’ conseguem responder. Considera que não se alcança, também, pelo metodologismo e positivismo de Dilthey, ou pelo cientismo e naturalismo da fenomenologia de Husserl.
O que nós perguntamos a Gadamer é, onde está esse local que designa por ‘profundo’ e por ‘oculto’ (onde estaria a compreensão)?
Para Wittgenstein, “se se pode fazer uma pergunta, então, também se pode respondê-la” (L. Wittgenstein, 1918, ‘Tractatus Logico-Philosophicus’, 6.51) … “Sentimos que mesmo quando todas as possíveis questões da ciência fossem resolvidas os problemas da vida ficariam ainda por tocar. É claro que não haveria mais questões; e esta, é a resposta” (ibidem, 6.52) … “Existe, no entanto, o inexprimível. É o que se revela, é o místico” (ibidem, 6.522).
Logo, a resposta de Wittgenstein à questão de Gadamer é, de que a COMPREENSÃO é uma coisa “mística”. Acrescenta Wittgenstein: “O método correcto da Filosofia seria o seguinte: SÓ DIZER O QUE PODE SER DITO (isto é, as proposições das ciências naturais)” (ibidem, 6.53).
Ora, tanto Gadamer como Wittgenstein, e outros algozes semelhantes, que isolam a palavra e o dizer (a pronuncia, a fonética) como sendo o místico, o oculto, ou o inexprimível, e que se comprazem a imaginar um limbo onde estariam os segredos por descobrir ou revelar, são simplesmente os que nos condenam a ser humanos para sempre.
No início não foi o verbo, nem o fim da Vida que nos habita terminará nele. A época do Palavrismo há-de acabar, e os humanos hão-de ficar presos a ela para sempre (enquanto ‘espécie’, tal como as bactérias, os peixes, e as outras espécies).
Gadamer quer que usemos as palavras para conversarmos uns com os outros para construirmos o sentido de comunidade. Ou seja, quer que lhes demos um uso político comunista (ideologia de que Gadamer foi militante). Quer converter a Pessoa e a sua Liberdade numa Comunidade, e quer que usemos as palavras para se alcançar esse objectivo ideológico. Ora, termos de viver uns com os outros não é um aborrecimento? Essa prisão de termos de viver no ‘social’ não é, para além de um enfado, uma afronta à Liberdade da Pessoa e da Vida? Vivermos todos em rebanho, como pintos num aviário, eternamente como ‘representados’ por ‘representantes’ que nos indicam o que pensar e decidir no bem e no mal, na paz e na guerra? Era o que faltava, sermos obrigados a conservar com os outros, para sermos seus cúmplices no caminho que escolhem na Vida. O objectivo, que moral e eticamente a Vida exige à Pessoa, é perseguir a «propriedade SAP3i».
IMPRONUNCIÁVEL, sinceramente, então não é porreiro vivermos uns com os outros? Se não fosse o outro, nem sequer existíamos. Ou acha que Cogito ergo sum?
(Olhe que eu não percebo nada de latim…)
ó Impronunciável , o que temos de fazer é não seguir os outros ; viver com eles , se conservarmos a nossa identidade única , se não cairmos no erro da hiper socialização . é bom. ovelhas é que não , isso realmente é um frete.
Fernando, que mais além desse “porreiro”? Não é muito pouco para aquilo que temos de aturar a esse social (comunidade)?
Yo, somos obrigados a viver com os Outros, queiramos ou não. Essa ‘obrigatoriedade’ não é uma ‘inabilidade’, como nos quer convencer Gadamer neste vídeo. É um frete a que fomos condenados, por alguém nos ter feito nascer (e obrigar a morrer) sem nos ter pedido autorização.
A Vida e nós (naquilo que nos diferencia e identifica) é só isso? Fomos feitos só para esse destino social e comunitário? Nascemos para morrermos apenas com isso?
não sei , suponho que alguns estamos aqui para termos uma experiência corpórea… mas concordo que aqui é muito pouco , às tantas um tédio. as ligações , no geral , entre humanos são frouxas e superficiais por mais voltas que deem à comunicação , talvez de aí um sentimento difuso de desintegração. encontrar uma alma para comunicar é difícil -:)
conste que eu não conheço o ambiente de outras épocas , só desta , onde a espiritualidade foi expulsa para podermos dedicar-nos com mais afinco a construir pirâmides materiais e a consumir matéria a potes e também onde as interrogações filosóficas super divertidas foram substituídas , e rotuladas de palermices , pela material ciência .
Gadamer (em 1960) pergunta a Heidegger o que é a COMPREENSÃO. E afirma que a resposta está para além daquilo que o ‘método científico’ ou as ‘ciências naturais’ conseguem responder. Considera que não se alcança, também, pelo metodologismo e positivismo de Dilthey, ou pelo cientismo e naturalismo da fenomenologia de Husserl.
O que nós perguntamos a Gadamer é, onde está esse local que designa por ‘profundo’ e por ‘oculto’ (onde estaria a compreensão)?
Para Wittgenstein, “se se pode fazer uma pergunta, então, também se pode respondê-la” (L. Wittgenstein, 1918, ‘Tractatus Logico-Philosophicus’, 6.51) … “Sentimos que mesmo quando todas as possíveis questões da ciência fossem resolvidas os problemas da vida ficariam ainda por tocar. É claro que não haveria mais questões; e esta, é a resposta” (ibidem, 6.52) … “Existe, no entanto, o inexprimível. É o que se revela, é o místico” (ibidem, 6.522).
Logo, a resposta de Wittgenstein à questão de Gadamer é, de que a COMPREENSÃO é uma coisa “mística”. Acrescenta Wittgenstein: “O método correcto da Filosofia seria o seguinte: SÓ DIZER O QUE PODE SER DITO (isto é, as proposições das ciências naturais)” (ibidem, 6.53).
Ora, tanto Gadamer como Wittgenstein, e outros algozes semelhantes, que isolam a palavra e o dizer (a pronuncia, a fonética) como sendo o místico, o oculto, ou o inexprimível, e que se comprazem a imaginar um limbo onde estariam os segredos por descobrir ou revelar, são simplesmente os que nos condenam a ser humanos para sempre.
No início não foi o verbo, nem o fim da Vida que nos habita terminará nele. A época do Palavrismo há-de acabar, e os humanos hão-de ficar presos a ela para sempre (enquanto ‘espécie’, tal como as bactérias, os peixes, e as outras espécies).
Gadamer quer que usemos as palavras para conversarmos uns com os outros para construirmos o sentido de comunidade. Ou seja, quer que lhes demos um uso político comunista (ideologia de que Gadamer foi militante). Quer converter a Pessoa e a sua Liberdade numa Comunidade, e quer que usemos as palavras para se alcançar esse objectivo ideológico. Ora, termos de viver uns com os outros não é um aborrecimento? Essa prisão de termos de viver no ‘social’ não é, para além de um enfado, uma afronta à Liberdade da Pessoa e da Vida? Vivermos todos em rebanho, como pintos num aviário, eternamente como ‘representados’ por ‘representantes’ que nos indicam o que pensar e decidir no bem e no mal, na paz e na guerra? Era o que faltava, sermos obrigados a conservar com os outros, para sermos seus cúmplices no caminho que escolhem na Vida. O objectivo, que moral e eticamente a Vida exige à Pessoa, é perseguir a «propriedade SAP3i».
IMPRONUNCIÁVEL, sinceramente, então não é porreiro vivermos uns com os outros? Se não fosse o outro, nem sequer existíamos. Ou acha que Cogito ergo sum?
(Olhe que eu não percebo nada de latim…)
ó Impronunciável , o que temos de fazer é não seguir os outros ; viver com eles , se conservarmos a nossa identidade única , se não cairmos no erro da hiper socialização . é bom. ovelhas é que não , isso realmente é um frete.
Fernando, que mais além desse “porreiro”? Não é muito pouco para aquilo que temos de aturar a esse social (comunidade)?
Yo, somos obrigados a viver com os Outros, queiramos ou não. Essa ‘obrigatoriedade’ não é uma ‘inabilidade’, como nos quer convencer Gadamer neste vídeo. É um frete a que fomos condenados, por alguém nos ter feito nascer (e obrigar a morrer) sem nos ter pedido autorização.
A Vida e nós (naquilo que nos diferencia e identifica) é só isso? Fomos feitos só para esse destino social e comunitário? Nascemos para morrermos apenas com isso?
não sei , suponho que alguns estamos aqui para termos uma experiência corpórea… mas concordo que aqui é muito pouco , às tantas um tédio. as ligações , no geral , entre humanos são frouxas e superficiais por mais voltas que deem à comunicação , talvez de aí um sentimento difuso de desintegração. encontrar uma alma para comunicar é difícil -:)
conste que eu não conheço o ambiente de outras épocas , só desta , onde a espiritualidade foi expulsa para podermos dedicar-nos com mais afinco a construir pirâmides materiais e a consumir matéria a potes e também onde as interrogações filosóficas super divertidas foram substituídas , e rotuladas de palermices , pela material ciência .