12 Angry Men_Sidney Lumet
Este tempo de triunfo da extrema-direita nos EUA e na Europa, de culto de ditadores e criminosos, de perseguição a minorias e de apelos às escâncaras à violência política, tem pedagógicas vantagens. Por exemplo, permite voltarmos a desfrutar de obras artísticas clássicas onde o liberalismo que deu origem ao Estado de direito democrático, herança de milénios de fulgor intelectual e heróica coragem, é apresentado num formato narrativo deslumbrante. Como neste filme, quase tão actual em 2025 como em 1957.
Quase, mas não totalmente, porque é impossível reviver o inaudito trauma colectivo ainda fresco da Segunda Grande Guerra e do Holocausto. Tal como já não se está numa América onde a segregação racial era uma prática oficial nalguns Estados. Porém, contudo, todavia, as personagens de ficção que aqui ficamos a conhecer são gémeas das personagens reais que preenchem o nosso quotidiano, inclusive em Portugal — inclusive políticos, jornalistas e comentadores. O que dizem, os argumentos que elaboram, os valores (ou falta deles) que exibem, estão em perfeita sintonia com esta fase da história da liberdade em que os fundamentos constitucionais das democracias liberais estão sob gravíssimo, quiçá cataclísmico, ataque.
Quem tem menos de 40 anos, ou até 50, nunca viu este filme. Não sabe sequer que existe, um entre muitos outros similares no seu idealismo prático. Obras nascidas em contextos onde eram peças de combate pelo que mais importa. É gente que não tem culpa dessa e de tantas mais ignorâncias que lhe vão moldando a cognição, o voto, o mundo. A culpa fica para aqueles que não recuperarem e divulgarem estes tesouros civilizacionais; ainda por cima, porque assim se podem formar bravos cidadãos a partir do sofá e de uma taça com pipocas.
Um grande filme, com certeza (e um dos grandes papeis de H. Fonda). Mas é exagerado afirmar que “Quem tem menos de 40 anos, ou até 50, nunca viu este filme”. O filme continua a ser considerado, e bem, como um classico, é regularmente exibido, nomeadamente nos ciclos sobre cinema e justiça, tal com o “anatomia de um crime” e outros.
boas
joão viegas, pois claro. E até se pode ver nos canais de “streaming” (pelo menos num). Mas isso não impede que seja um filme cada vez mais ignorado porque quem tem menos de 50 anos já não consome cinema clássico, pois já formou o seu gosto no universo vídeo e digital, com outras influências sociológicas. Gasta o seu tempo livre noutros produtos culturais.
Há excepções, sim. São excepcionais.
Vi há não muito tempo a versão russa, é de 2007 e chama-se apenas ’12’. O jovem acusado de matar o pai (russo) é um checheno; em 2007 a guerra era ainda recente. Não sendo mau, é demasiado longo e perde o foco: cada jurado conta a sua história à vez e as histórias tornam-se cada vez mais rebuscadas. O original americano é mais plausível e escorreito.
O volupi deve ter alguma razão quanto a ser cada vez menos conhecido; não é provável que a malta de hoje se interesse por uns cotas a falar à volta duma mesa. Vivemos num tempo em que filmes de super-heróis e clips de 30 segundos no TikTok são a norma.
Claro que isto o inspira a cantar loas às «democracias liberais», leia-se capitalistas, e ao seu caro «Estado de direito democrático», leia-se a partidocracia (des)governada e saqueada pela classe política da sua cor. Quem a rejeita só pode ser ignorante. Ou facho. Na cabeça dos volupis não há quem veja filmes assim, seja democrata e recuse ser saqueado por sucateiros.
falha de comunicação o caralho, tentaram foder mais uma eleição a favor do montedemerda e agora sem dar a cara desculpam a merda que fizeram com falhaste comunicação. comunicação foi o que não faltou: o observador publicou a notícia e o pinto luz convocou uma conferência de imprensa, antes da pgr fazer a comunicação oficial.
acho bem que pedro nuno não pare de malhar nos spinumvivos e agora exiga explicações ao amadeu. o anónimo original foi o ventrulhas segundo confissão pública do próprio.
” Falha de comunicação: Ministério Público do Porto já tinha arquivado denúncia sobre as casas de Pedro Nuno Santos ”
https://expresso.pt/politica/2025-04-17-falha-de-comunicacao-ministerio-publico-do-porto-ja-tinha-arquivado-denuncia-sobre-as-casas-de-pedro-nuno-santos-1c319754#Echobox=1744972463-3
O Lumet nunca falha. Só grandes filmes.
Primão, luminosa verdade.
” Vi há não muito tempo a versão russa, é de 2007 e chama-se apenas ’12’. O jovem acusado de matar o pai (russo) é um checheno; em 2007 a guerra era ainda recente. Não sendo mau, é demasiado longo e perde o foco: cada jurado conta a sua história à vez e as histórias tornam-se cada vez mais rebuscadas. O original americano é mais plausível e escorreito. ”
bostas e comparações de merda entre um filme que retrata o espírito do macartismo e luta contra o período mais negro da história americana até trump e um filmezeco rebuscado e confuso com objectivos duvidosos e lamechas à semelhança do atraso mental de 50 anos do putin. esse broche foi tão mal feito que no fim até cuspiste “rebuscado” e só engoliste “plausível e escorreito”.
mikhalkov é russo, foi dissidente soviético pró-czarista antes do desabamento do muro e hoje é putineiro.
lumet é americano, lutou contra as listas negras do macartismo, foi sempre democrata liberal até morrer.
«bostas e comparações de merda»… «esse broche foi tão mal feito»…
V. será tão estúpido ou tão infantil que não percebe que esse tom, essa trollice e agressividade gratuita para com estranhos, feita à distância segura de quem sabe que a seguir não leva na boca, o classifica a si e não ao seu interlocutor? Faz isto há tanto tempo e não sabe a trope do bully frustrado e cobarde que toda a gente já sabe? E será tão primitivo que essa catarse pífia o satisfaz?
Claro que Mikhalkov é russo, o filme é russo e o tipo é talvez o realizador russo mais famoso das últimas décadas. Não é tanto pró-czarista como um conservador bem sentado que se sabe parte da elite; também cá temos disso. É putinista tal como v. provavelmente também seria se vivesse na Rússia: cá pertence ao Partido Sucateiro porque é o que dá acesso a tacho e pote; lá é Putin.
O filme é realmente algo confuso e lamechas, mas ainda assim melhor que muita americanada que v. sem dúvida papa todo contente, e até certo ponto explora os mesmos temas do 12 Angry Men: o perigo dos julgamentos apressados e baseados em preconceitos, a mob mentality, a paranóia e o medo do outro, a nossa responsabilidade cívica e moral. Isto vai além do macarthismo.
. 1 – o trolha ficou escandalizado por levar o tratamento insultuoso que usa com malta que não conhece de lado nenhum
. 2 – o trolha confirma as falhadas comparações de merda que tentou fazer entre um cineasta a sério com um propagandista do regime patifório e ainda atira o barro à parede que eu trabalho para o partido sucateiro, certamente uma referência à sucata que sobrou dos roubos dos governos de direita. não, mas tenho admiração por sucateiros que trabalham na reciclagem, um negócio de tostões que onde ninguém quer sujar as mãos e onde uma caixa de robalos é suborno. dava vontade de rir, se o sr. manuel godinho doente crónico grave, uma condenação a 17 anos de cadeia por suborno e evasão fiscal em negócios de SUCATA. sim SUCATA foi a actividade que sobrou do gang cavaco.
. 3 – sim. o putin inspira-se no macartismo e vai mais longe na imitação, tal como o plágio do propagandista mikhalkov, ambos propositadamente confusos, para não serem acusados de nada e lamechas no populismo popularacho, mais abrangente e fofinho para não assustar a clientela. a diferença, que tentas omitir, é que lumet denunciava e combatia o sistema opressor e os teus amigos russos copiam para melhorar a repressão.
«o bostas queixa-se»…
Sim, catarse pífia é o mesmo o que v. procura. Como os cretinos que tratam toda a gente por tu para se sentirem ao nível dos outros, e para os trazerem ao seu nível rasca, as suas provocações e insultos pueris fazem-no sentir-se homenzinho e mauzão. Que complexos e frustrações aí vão.
Nunca me viu a insultar quem aqui anda; só a si o trato por merdolas, porque é um merdolas. É sempre v. a abrir as hostilidades comigo e com todos, é a única maneira de sentir-se menos deficiente. E não há aqui quem não saiba que v. é um piaçaba do Partido Sucateiro e do 44 em particular.
Não estou certo de que a confusão e lamechice do ’12’ sejam inteiramente deliberadas para obscurecer a propaganda putinista; o Mikhalkov tem dentro dele nacionalismo bacoco e nostalgia pelos ‘bons velhos tempos’ pré-soviéticos bastante para vinte filmes lamechas mesmo sem putinismo.
Talvez v. tenha razão e seja mais propaganda que outra coisa; mas podemos dizer o mesmo de boa parte dos filmes e séries ocidentais, sobretudo dos EUA, a que a carneirada assiste acriticamente todos os dias. Mas a isso não chama v. propaganda; a doutrinação do capitalismo passa-lhe ao lado.
E gratuito, merdolas, significa também sem motivo; sem fundamento. Fica a saber.