A 1ª comissão de inquérito parlamentar ao caso BPN, em 2009, reuniu a direita da verdade e a esquerda verdadeira no tiro ao Constâncio, tendo exultado com a grande conclusão que milhares de páginas e centenas de horas permitiram alcançar: o mau da fita, no fundo e para o que importava, era o Banco de Portugal.
Depois disso, alguma arraia-miúda tem ensaiado a paranóia auto-reflexiva de que a nacionalização do BPN foi decidida apenas para ficar a conhecer os segredos de Cavaco.
Agora, Cadilhe avança com mais uma seríssima teoria da conspiração:
Miguel Cadilhe, antigo presidente do BPN até à nacionalização, declarou hoje no Parlamento que, em 2008, “muitas pessoas” lhe referiram existir uma “relação causa-efeito” entre a nacionalização do banco e um processo em curso de denúncia ao Ministério Público de vários atos suspeitos da gestão de Oliveira e Costa. “Mas não foi possível colocar uma pedra, ou calhau, no assunto, porque os processos eram imparáveis”, declarou Cadilhe.
O antigo presidente do BPN recordou que, dias antes da nacionalização, uma equipa de inspectores tributários liderados pelo juiz Carlos Alexandre e pelo procurador Rosário Teixeira fez uma busca às instalações do banco. “Eu e a minha equipa ficamos com a percepção, sem confirmação, de que a investigação já sabia que a nacionalização iria acontecer e que, antes que acontecesse, queria recolher informação no banco”, declarou Cadilhe, após ter sido questionado pelo deputado João Almeida do CDS/PP.
Ora, vamos lá fazer a soma das parcelas: havia roubalheira colossal no BPN, a qual era do conhecimento do Banco de Portugal ou que este se recusava a investigar, por isso as coisas chegaram onde chegaram, e depois, como rebentou a bronca, Oliveira e Costa, Dias Loureiro e/ou Cavaco foram a correr pedir a Teixeira dos Santos e/ou Sócrates para se sacrificarem numa nacionalização que iria prejudicar gravemente a sua governação tanto na dimensão política como na económica, e de cujo estigma não mais se livrariam, apenas para salvar a pele dessa malta amiga do PS.
A gente séria diz isto e nem procura disfarçar a risota. São muitos séculos a virar patos na grelha.
tudo o que tem carlos alexandre e rosario teixeira demora vinte anos a investigar e no fim é arquivado porque as provas desapareceram e se houverem dúvidas já prescreveu. as televisões não falham uma busca chefiada por estas almas e quem refila leva com processos nos queixos que são julgados em tempo record.
Até parece que não leram o Diário de Notícias, os palermas…
«A gente séria diz isto e nem procura disfarçar a risota» A risota maior, é que isto é suficiente como explicação e ninguém contesta isto…nos lugares próprios.
Vi no noticiário os excertos das declarações do todo-esperto cadilhe. O bandido, mais uma vez foi o Constâncio que não viu, não denunciou, logo não supervisionou como era sua obrigação.
E o senhor cadilhe que era administrador do jardim gonçalves no bcp, esse exemplo modelo de honestidade, e como administrador banqueiro, colega de governo e amigo de grande parte dos patrões do bpn, não sabia de nada? Ao banqueiro cadilhe nunca chegou ao ouvido rumores do que se passava no bpn?
E porque não denunciou logo no momento a nacionalização, porque não apontou logo na altura a culpa à falta de supervisão?
Não, na altura primeiro arrecadou a garantia bancária dos nove milhões que exigira como garantia de perda da pensão do bcp: deste modo encaixou a totalidade duma só vez da pensão a receber a dez anos. Depois exigiu do Estado seicentos milhões (ou oitocentos, cito de memória) para viabilizar o bpn. Como o Estado não lhe concedeu tal verba rebelou-se até hoje: provavelmente queria fazer pagamentoos a amigos e eram mais esses milhões que iam à viola.
São passarões destes que, depois dos acontecimentos todos passados e de todas as interpretações possíveis face ao que se passou depois, falam de galo e forte julgando que convencem alguém com o imenso talento de falsos fingidores.
cadilhe também foi à pressa tentar raspar o tacho gigante que era o bpn, só não o conseguiu porque teve pela frente um governo de gente séria. Desde então anda ressabiado e atira para todos os lados. Menos, claro, para os culpados.
o ressabiamento do cadilho está no dinheiro que perdeu por ter trocado o bcp pelo bpn, mas disso não fala.
Cadilhe, queria o banco a preço de saldo,e culpa agora o policia,que não tinha documentação que lhe permitisse fazer uma auditoria às verdadeiras contas.Lembro-me de Dias Loureiro ter ido falar com Antonio Marta (quadro superior do BP) e questionar a perseguição do BP ao Bpn,palavras de Antonio Marta.Agora este banqueiro sem banco…vem dizer que não havia perigo de risco sistemico,para nacionalizar o banco.Mariano Rajoy, devia ter feito a cimeira com Cadilhe,para ser aconselhado a não nacionalizar.A direita, como está em todo lado da vida portuguesa,sinto-me dentro de um colete de forças e com falta de ar.Isto vai acabar muito mal (bem digo eu…)
Val,posso falar de Cadilhe 30 vezes desde que seja em contexto diferente.Se quer que eu ande por aqui,com civismo e conviçoes,não volte por favor a vir com a conversa da treta.para dizer que me estou a repetir.Maria Rita
Ignatz,
O coitadinho não perdeu, pelo contrário ganhou: para tomar conta do bpn exigiu uma garantia bancária do próprio bpn para garantir a sua reforma do bcp de 9.800.000 para receber a 10 anos a 35.000/mês.
Claro, antes de largar o bpn, porque não lhe deram os 600.000.000 que pedia para “salvar” o banco, levantou a garantia bancária e receu inteiro e de uma assentad a massa toda.
É por isso que agora é preciso fazer muito alarido e ganir passa-culpas para os inocentes, uma forma de esconder as pulhices próprias.
Esta malta, bons alunos da escola cavaquista, são uns campeões da desonestidade com ar sério, entretando fizeram-se ricos em três tempos quando para os outros nem que nasçam três vezes vão lá.
obrigado neves, tinha ideia que o teixeira lhe tinha quilhado os planos, mas se é assim retiro o que disse.
A ” esquerda verdadeira” NUNCA transformou o Constâncio em alvo a abater, é chato querer ser revisionista, mas o raio, é que existem as actas da primeira comissão de inquèrito , e o relatório do João Semedo aponta o dedo aos ladrões, mas não deixa calar as criticas á actuação do Banco de Portugal e de Constâncio, aliás não foi só no BPN, a fiscalização do BPP e até do BCP, deixou muito a desejar.
Para o que Constâncio ganhava e a sua equipa ,no minimo era desejável, que fosssem COMPETENTES.
Voltamos sempre ao mesmo. A bandalhice do BPN, do BPP, do Lehman Brothers, do Bank of Scotland, das Caixas Espanholas, Crédit Lyonnais, dos vários Bancos Alemães, Ingleses, Franceses e por aí fora que foram intervencionados e nacionalizados e onde se vieram a detectar as maiores vigarices e desfalques, também foram culpa do SÓcrates, Constâncio e Teixeira dos Santos? Ou isto terá tudo resultado daquilo que acusam o Krugman, o Roubini e outros, a falta de regulação financeira e controlos inexistentes. Lembram-se do Madoff que vendia títulos de participação em valores inexistentes e vendeu muitos milhões a grandes banqueiros com o O Ulrich ou o Ricciardi SALGADO DO bes. E estas sumidades enfiaram o barrete! Também será culpa do B.Portugal, Sócrates e cª? Esta gente “séria” ou ordinária na melhor qualificação, tem uma grande confiança na ignorância dos portugas que tratam como atrasados mentais!
Sousa Mendes, o grave problema é que a maior parte dos portugas, para além de bestas ignorantes, SÃO MESMO atrasados mentais. Basta ler as caixas de comentários da “blogosfera” e da imprensa “on-line” (sobretudo as não-moderadas), ou atentar na votação do Passos Coelho e do PSD, a 5 de Junho transacto…
Quanto à gentinha “séria” em geral e ao finório Cadilhe em especial, por mim, estamos conversados para a vida toda.