Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Há muita inovação nessa área do cultivo em ambiente urbano, é uma alegria.
Há qualquer coisa que ainda não consegui identificar nesta ideia e que me desagrada. Bem sei que os conceitos de aquaponics e hidroponics são completamente revolucionários, mas verão o que os tios belmiros deste mundo farão desta ideia aparentemente muito ecológica e trendy. O que acontecerá à agricultura tradicional? E quando integrarem as águas dos viveiros de peixes no sistema de aquaponics – se é que isso é possível, confesso a minha ignorância? Para que servirão os campos? Campos de golfe ou pejados de torres eólicas e painéis solares para alimentar as necessidades energéticas cidades? O que será da nossa ligação à terra, ao mar e à natureza se cada vez precisamos menos deles? Não precisamos de alguns,muitos, seres humanos neste mundo que não se limitem à perspetiva de uma vida inteira na cidade?
não sei bem se é ruralizar a urbanidade ou urbanizar a ruralidade – mas vou mais para a segunda hipótese, uma alegria triste.
Albatroz, a agricultura urbana será sempre um complemento da agricultura rural. E as próprias cidades vão alterando a sua estrutura e ambiente. O mais certo é que os espaços naturais, sob as suas diferentes tipologias, sejam cada vez mais valorizados, porque cada vez mais preciosos para a nossa saúde física e mental.
e é por isso que é, sendo acrescento, alegria. mas também tristeza: natureza só há uma – a da selvagem largueza.
Pois para mim tudo é natural, até a cidade.
e parece-me bem que gostes, Teresa. quero dizer: já nem sequer se fazem festas sem foguetes. é a vida. é o futuro, filho da puta do futuro, que vive em frequência de presente.
:-)
albatroz, tens motivos para duvidar. Em Espanha a cultura massificada em centenas de quilómetros quadrados com as “aquaponics e hidroponics”, de morangos, e outros frutos que não vêem terra nem sabem o que seja, dá direito a produtos que não sabem a nada, a não ser a água com aditivos. Crescem ultra rapidamente, ficam muito grandes e iguais, dispensam o custo do terreno, mas não são verdadeiramente frutos da terra, são umas merdas sem nutriente ou sabor.
Para efeitos de decoração de exteriores, já acho bem.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
http://negocios.verportugal.net/Publicacoes/Arte-Design/Herb-Pack-vasos-para-cultivar-aromaticas-na-vertical-fazem-furor-em-Portugal=006215
Há muita inovação nessa área do cultivo em ambiente urbano, é uma alegria.
Há qualquer coisa que ainda não consegui identificar nesta ideia e que me desagrada. Bem sei que os conceitos de aquaponics e hidroponics são completamente revolucionários, mas verão o que os tios belmiros deste mundo farão desta ideia aparentemente muito ecológica e trendy. O que acontecerá à agricultura tradicional? E quando integrarem as águas dos viveiros de peixes no sistema de aquaponics – se é que isso é possível, confesso a minha ignorância? Para que servirão os campos? Campos de golfe ou pejados de torres eólicas e painéis solares para alimentar as necessidades energéticas cidades? O que será da nossa ligação à terra, ao mar e à natureza se cada vez precisamos menos deles? Não precisamos de alguns,muitos, seres humanos neste mundo que não se limitem à perspetiva de uma vida inteira na cidade?
não sei bem se é ruralizar a urbanidade ou urbanizar a ruralidade – mas vou mais para a segunda hipótese, uma alegria triste.
Albatroz, a agricultura urbana será sempre um complemento da agricultura rural. E as próprias cidades vão alterando a sua estrutura e ambiente. O mais certo é que os espaços naturais, sob as suas diferentes tipologias, sejam cada vez mais valorizados, porque cada vez mais preciosos para a nossa saúde física e mental.
e é por isso que é, sendo acrescento, alegria. mas também tristeza: natureza só há uma – a da selvagem largueza.
Pois para mim tudo é natural, até a cidade.
e parece-me bem que gostes, Teresa. quero dizer: já nem sequer se fazem festas sem foguetes. é a vida. é o futuro, filho da puta do futuro, que vive em frequência de presente.
:-)
a fusão é natural. Eu gosto:
http://www.youtube.com/watch?v=v56VNOVhpoU
albatroz, tens motivos para duvidar. Em Espanha a cultura massificada em centenas de quilómetros quadrados com as “aquaponics e hidroponics”, de morangos, e outros frutos que não vêem terra nem sabem o que seja, dá direito a produtos que não sabem a nada, a não ser a água com aditivos. Crescem ultra rapidamente, ficam muito grandes e iguais, dispensam o custo do terreno, mas não são verdadeiramente frutos da terra, são umas merdas sem nutriente ou sabor.
Para efeitos de decoração de exteriores, já acho bem.