Adler, Masoch, Homero

Ricardo Costa foi acintoso na entrevista a Sócrates. O cúmulo, de vários exemplos, e exemplo especialmente imbecil, foi quando lhe disse O banco é seu, referindo-se ao BPN. Não fazendo a menor das mais pequenas ideias de como seja a sua relação pessoal, estou à vontadex para especular. Imagino-os íntimos. Amigos de farra, de bebedeiras, de confidências. Percursos brilhantes, no topo das carreiras, estilos de vida sofisticados, conforto e segurança vindos do conúbio com o poder político e económico. O mano Costa braço-direito de Sócrates, e o mais seguro sucessor para a chefia do PS aquando do inevitável salto do actual líder. Impecável e fodido: como simular a isenção, visto esta ser impossível? Talvez através da simetria: se gostam um do outro, vão tratar-se mal, para telespectador ver, na exacta medida da proximidade. Foi essa a escolha do Ricardo, a qual recebeu de Sócrates uma atitude de santa paciência, tolerância e até cumplicidade divertida. Mas o Ricardo tem outro problema: o excesso de informação, e as dinâmicas familiares, criaram-lhe um complexo de inferioridade. No fundo, inveja o mano e sabe que não tem o seu peso, literal e figuradamente, nem virá a ter. Resultado? Passa o tempo todo a pôr-se em bicos dos pés. O modo como o faz é através das previsões. O Ricardo está convencido de que consegue adivinhar o futuro com maior acerto do que aqueles que o rodeiam, e tem um especial prazer em anunciar essa sua putativa capacidade. Terá isso algum mal? Não. Terá isso algum interesse? Não.

Ver os actuais directores do Público e do Expresso a falarem sobre Sócrates é penoso. Mas vê-los juntos, seja qual for o assunto abordado, é perigoso. O perigo é o de acabar por aceitar tamanho sofrimento. Porque há um conflito insanável entre a importância histórica desses dois jornais e a inenarrável miséria intelectual e política dos seus directores, a qual condiciona fatalmente a qualidade do jornalismo praticado pelas equipas. Que se passará com Balsemão e Belmiro? Será a idade, a casmurrice de fim do caminho? Ou haverá um prazer secreto em sentir a dor da crescente decadência?

Augusto Santos Silva é o maior. Esteve só contra todos e terminou fresco como se tivesse acabado de sair do banho. Portugueses como ele são raros; tão raros como aqueles que aprenderam a fazer política – ou a amar, que é o mesmo – com a Ilíada.

34 thoughts on “Adler, Masoch, Homero”

  1. Gostas do Socras, acha-lo corajoso, eu não tive pejo nenhum de elogiar publicamente os resultados dos incêndios florestais, quanto ao resto mantenho reserva entre a retórica e os factos.

    Com o caso político aberto pelo Cavaco, chamando à liça o regular funcionamento das instituições, o vector da dissolução, quando não mandou a lei para o tribunal constitucional como supostamente devia ter feito, mostra que o PSD está aí todo esgatanhado para saltar para o Governo e para os bancos, afinal a nata política do cavaquismo está toda metida no dominó,

  2. Valupi
    O caso do Ricardo talvez seja algo diferente. Ele ataca sempre que pode, com ou sem Sócrates à vista.
    Para mim, a questão é esta: conhecida a relação com o António, Ricardo pretende demonstrar tanta independência que, quanto a isto, fica nada, como a querer garantir-nos que, apesar de ser quem é, sabe dar forte e feio no governo. Foi assim ontem, é assim no Expresso da Meia Noite, continua a ser assim noutras intervenções.
    Claro que a isto tb se poderá acrescentar o que referes, quanto a ciúmes do mano António, um outro peso-pesado com quem quer comparar-se.
    Quanto a Fernandes & Monteiro, para mim trata-se da mesma luta, conforme escrevi aqui
    http://azereiro.blogspot.com/2009/01/fernandes-monteiro-mesma-luta.html.
    São mesmo uns marretas, sem graça alguma.

  3. 1. Vi a entrevista,

    e anteriormente, pensava que só a Judite é que se não sabia comportar com os entrevistados,

    assumindo-se como a vedeta maior das ditas entrevistas…

    2. Estes dois senhores entrevistadores,

    realmente mui pequeninos

    tambem no respeito pelo primeiro ministro

    “atropelavam-se” na ânsia do brilho fácil das perguntas e comentarios amiude feitos

    no meio do “meio tempo” das respostas do PM.

    3. Após a entrevista, acho que se identificam com aquela Judite

    revelam a falta de cultura democratica

    numa guerrilha onde se comportam como uma das partes

    sem freio na “orgia de sangue”

    neste caso, de impedir o pensamento do PM…

    4. Bendita “arrogância” de Sócrates

    que lhe permite sobreviver

    passando suas ideias fundamentais

    minimizando metodos terroristas

    de tais mui “orgulhosos de si” jornalistas

    Abraço e até às proximas legislativas, presidenciais, autarquicas europeias…

  4. mas vocês acham que o nº 2 do PS vai ser o Costa? Não sei não, engordou muito na CMC e isso não fica bem e o Amado anda muito in.

  5. boa análise Valupi, aquilo foi mesmo o raio de uma rábua encenada. Só o derradeiro parágrafo nos faz lembrar a tua costela reaccionária. o Augusto Santos Silva é um bilderberg`er, não havia necessidade do elogio, nem tampouco as dúvidas sobre o Balsemão, que é o chefe da tribo.

  6. Já todos percebemos que o nosso “jornalismo” está rasteiro. Alguns ficam espantados por ver quanto…E são os fazedores deste “jornalismo” que pretendem criticar os “políticos”!
    Soltem a vossa gargalhada!
    A deontologia fica inteirinha nos manuais. Mas como posso eu condená-los, se os homens estão a «fazer pela vidinha»! A boca pede pão e nem todos estão dispostos a jogar por amor à camisola. Como quase todos fazemos!
    Mas pode ser que “isto” melhore. O Saramago não acredita, porque já leu o «livro» todo, que traz escrito palma da mão. É um feliz iluminado!

  7. Concordo com o A. Moura Pinto. Ricardo Costa tem que provar independência, tem sempre de provar ao patrão que não é PS. E faz isso com fúria infantil, não é a primeira vez. Lembram o Prós e Contras com Carrilho? Pensei que ia se levantar e dar um murro em Carrilho.

    Vergonhoso, um profissional que não se recomenda. E quem estava ali ontem era o Primeiro Ministro, representante do governo de Portugal. Fico pasmo com estes jornalistas que falam parece que com um colega de pinga. É degradante.

  8. para o presente paradigma de poder, o petitCosta televisivo é mais importante que o PM, disso não tenho dúvidas (é por causa destas e d`outras que a ETA estourou uma tv)
    agora a única dúvida que persiste na perplexidade do cidadão é a que raio de restaurante teriam ido os três depois da (inter)vista; a mim cheira-me a Gambrinus

  9. Mas, alguem consegue assistir a um espectaculo daqueles do principio ao fim?

    Uma conversa tresloucada.
    Um vendedor de mantas de feira. só faltou o microfone pendurado ao pescoço.
    Dois assistentes que gritam e interrompem para que a assistência se deixe melhor convencer e compre mais mantas.

    Eu que achava um nadinha ridiculo aquela mania dos americanos de controlarem as intervenções nos debates ao segundo, começo achar que talvez não seja assim tão mau.

    Do que ouvi, fiquei a saber o que já sabia.
    Esta crise é a ´mãe’ de todas as crises e vamos andando e sendo governados ao sabor da desgraça que se segue.

  10. Eu sei que é chato… mas uma entrevista é uma entrevista. Aqui os entrevistadores devem fazer perguntas e deixar que se lhes responda.
    Um debate é um debate. Mas não foi para isso que o PM foi convidado ou se fez convidado. Nem faria sentido um debate com jornalistas.
    Já agora: o PM tinha mesmo um micro, embora não pendurado ao pescoço. Por isso, eu comprei mantas porque, num tempo destes, nada como prevenir.

  11. Caro Valupi, a malta amiga não entendeu a minha primeira entrada, não tenho melhor do que isto (ver artigo em baixo) para me fazer entender. Não podes deixar de dar corda à tua bola de cristal ou de lhe dar lustro.Viste por ai a Ilíada? Dá-lhe cumprimentos meus.

    in “fundação república”

    por
    Augusto Santos Silva

    Hoje é dia de recordar o que é o populismo
    17 de Dezembro, 2008 por Outubro

    Populismo quer dizer demagogia infrene, exploração das emoções, primarismo ideológico, culto quase messiânico do líder, cumplicidade activa com a comunicação social tablóide, espectacularização da política, atenção exclusiva ao curto prazo, desprezo pelas regras institucionais.

    Populismo é substituir os cidadãos pelas massas, a política pela festa, as ideias pelo glamour. Populismo é fazer-se de vítima e piscar o olho aos ressabiados dos vários quadrantes. É escarnecer dos que têm noção de serviço público. É exibir a mania das grandezas, prometer “obra” e “animação”. É esconder o vazio com a paródia. É cultivar o clientelismo e a dependência. É preferir o truque, o tráfico de influências, a gestão dos interesses, a negociata.

    O populista odeia o trabalho, o estudo, o rigor, o planeamento, o médio prazo, a transparência, a prestação de contas, o compromisso, o escrutínio, o debate de ideias. O populista adora a multidão e a rua tanto quanto aborrece os cidadãos e a cidade.

    O populista não olha a meios para atacar os adversários e procura sistematicamente feri-los na sua honra e dignidade.

    Há quem se renda ao populista porque confia que lhe traz vantagens no imediato, mesmo sabendo que o preço a pagar será enorme. Há quem se renda porque no fundo se revê nele, porque lhe inveja a desenvoltura e o sucesso. Há quem se renda porque desistiu de pensar e agir com responsabilidade.

    Quem se rende ao populismo não ama a democracia.

  12. Cai mal se eu disser (assim a medo) que li “A Ilíada”?
    (Gostei do texto, com as interpretações todas subreptícias que a malta distraída não apanha mas que, depois de dar com elas palasmadas algures, no caso vertente uma página qualquer de um blog, até diz: “Hmm, hmm, está certo, pois… nem nunca tinha entendido as coisas assim…).

  13. Boa análise, mas ainda gostei mais de ler o comment de aires bustorff.

    Os entrevistadores Costa e Ferreira são do melhor que a estação tem, mas desta vez esiveram sobretudo interessados em mostrar distância ao PM, nem que o preço fosse a destruição da entrevista.

  14. A frase da noite: “…não vamos ficar a falar de ventoínhas o resto da noite…” por R.Costa, interrompendo Sócrates quando o PM falava sobre energias renováveis..
    Que elevação!.. Que profissionalismo!…Que elegância!…
    E é este caramelo Director-Adjunto do “Expresso”, depois de ter sido responsável pela SIC-Noticias..

    J.Coelho

  15. “Um debate é um debate. Mas não foi para isso que o PM foi convidado ou se fez convidado. Nem faria sentido um debate com jornalistas.”

    Eusei que não era um debate. Era suposto ser uma entrevista!
    Numa entrevista alguem faz perguntas e o entrevistado responde (ou desvia o assunto).

    Acha mesmo que foi isso que aconteceu?

    “Já agora: o PM tinha mesmo um micro, embora não pendurado ao pescoço”
    Dahhh! Claro que tinha.

    Nunca foi a feiras, nunca assistiu à venda de mantas ou panelas feitas por um vendedor que fala aos berros e para ter as mão livres tem uma engenhoca no pescoço onde encaixa um microfone.
    Mantas de fabrico magnifico!
    Compre 1 e leva 2!
    Este ano quem tiver emprego vai ter uma vida mais facilitada.
    Isto se conseguir não ser assaltado pelos MUITOS sem emprego, sem casa que são cada dia mais.

    E acredito que muita gente neste país comprou e vai continuar a comprar mantas.

    Ou, talvez não…
    Estamos em recessão. É oficial. O governador do banco de Portugal afirmou-o.

    Mais uma ocorrência que levou o seu tempo a detectar.

  16. A definição de populismo por ramalho santos é boa demais. Ele devia estar a pensar em alguém de concreto (Jardim, Santana, Portas ou um misto dos três), de modo que a definição saiu sobrecarregada de traços acessórios e (ou) facultativos. Chegam e sobram os dois primeiros parágrafos.

  17. Ricardo Costa esteve, de facto, arrogante, malcriado e muito pouco profissional. Parecia ter cheirado coca. Grande decepção com este fulaninho, realmente.

  18. Pergunta se o PM respondeu ou se desviou o assunto? Se respondeu, está respondido, se desviou o assunto, pontos para ele, demérito para os entrevistadores. Claro que por vezes queremos as respostas que já temos. Azar quando não é assim.
    Conheço as feiras e o tema que relata. Mantas de fabrico magnífico? Quem é exigente, vai a outro lado, não será? Mas olhe que há por lá pechinchas, não se iluda.
    Pode evitar não ser assaltada pelos muitos desempregados trocando de posição. Este argumento vale, claro, o que vale o seu.
    Claro que estamos em recessão. E mal seria que assim não fosse, depois de tudo o que fez o PM para isso. Quase que se matava a puxar pela recessão.
    Claro que o PM poderia, parece, consultá-la. E nem ele se esforçaria e teríamos a recessão mais cedo. Eu estou já a comemorar, bebendo um copo.

  19. a.moura pinto

    Para mim todos os ‘vendedores de mantas’ têem coisa boas e coisas más.

    E por muito que aprecie alguém não consigo, apenas por esse facto, aplaudir toda e qualquer atitude dessa pessoa.

    Não tenho partido, clube de futebol ou idolos.

    Parece ter entendido o meu comentário como um ataque pessoal ao PM.
    Não foi. Foi um ataque a um programa televisivo que se anunciou como uma entrevista e acabou num discurso exaltado de auto-elogio cortado constantemente por duas pessoas sem cordenação e sem controlo. Quando 2 pessoas ou 3 falam ao mesmo tempo, cada uma tenta falar mais alto e o resultado não é famoso.

    “Claro que o PM poderia, parece, consultá-la”

    Ou a qualquer pessoa que olhe à sua volta, leia as noticias e se interesse pelo que se passa no Mundo.

    Que veja as lojas a fechar, o talho do Pingo Doce a vender orelha de porco, chispe e miudos de galinha, que veja o número de casa à venda, as noticias quase diárias de empresas a fechar e despedimentos a acontecer, planos de biliões a serem injectados para tentar salvar bancos e empresas.

    Comemore e comemore bem enquanto pode…

  20. AChata
    Apenas três questões, para ficarmos por aqui, sem prejuízo de, se quiser, voltar ao assunto.
    a) Um ataque ao PM? Primeiro, é legítimo atacá-lo, esteja à-vontade. Mas a quem se referia quando afirmava que só lhe faltava um micro ao pescoço, qual vendedor de mantas numa feira? Bom! Dirá que isto não é um ataque. Se for o caso, respeito o seu ponto de vista, embora não coincida com o meu.
    b) Eu nem olho à volta, nem leio tudo. Mas a recessão não vem a pedido e temos que decidir quem a estabelece, quem dá crédito à afirmação de que se entrou em recessão, melhor, quem o pode afirmar, de modo fundamentado. O PM dirá que não haverá (não havia), até onde pôde aguentar. A oposição dava-a como sentada à mesa há muito. O BP afirmou-o hoje, explicando / fundamentado. Cada qual escolherá o portador de notícias que mais lhe convenha. Eu prefiro escolher em função da credibilidade. A cada qual o seu critério. É legítimo.
    c) Parece desvalorizar certos petiscos. Por mim, espero que estejam acessíveis por muito tempo. E não lamentarei muito quem se queixe da falta do bife de lombo. Para as empresas a fechar e os despedimentos não nos seria necessária qq recessão. E acontece que não percebi ainda a quem quer imputar responsabilidades pelo sucedido. Ao governo? Como? Por outro lado, se a incomoda o desemprego, porque questiona os “biliões” injectados para tentar salvar bancos e empresas? Para poder afirmar, mais convictamente, que o desemprego aumentou? No que se refere aos bancos, preferiria exactamente o quê? Que falissem e os depositantes ficassem sem o seu dinheiro? Como seria depois quanto a petiscos e bifes do lombo? Claro que peguei no seu “biliões”, embora me pareça que tb confunde empréstimos com avales ou garantias. Será?

    Nisto do preso por ter cão ou por não ter cão, o melhor é mandar o cão fora. E escapamos à prisão.

    Vou beber mais um copo. E se tiver que ser água… paciência. Enquanto houver videiras, mantenho a esperança.

  21. essa de política=amar é muito boa Valupi, nunca tinha visto essa identidade mas faz todo o sentido.

    (PS: uma vez puseste por aqui uma fórmula bonita em html, não podes dar um link onde eu perceba como se fazem essas coisas? Ou pelo menos tento.)

  22. ramalho santos, o homem do “Público” não larga a RTP. É curioso…
    __

    Z, a que fórmula te referes?
    __

    a. moura pinto, pois, estamos de acordo em tudo. Os meus considerandos sobre o Ricardo valem nada, são exercícios de especulação televisiva. E é como dizes, ele é sempre lunaticamente vaidoso seja com quem for. Mas neste caso da entrevista a Sócrates, excedeu-se e errou descaradamente. Aquilo não era um jornalista a entrevistar um primeiro-ministro, eram dois gajos a discutir depois do jantar e já com o conhaque a correr.
    __

    aires bustorff, muito bem. E aproveito para esclarecer que também achei uma tonteira a postura do apalermado José Gomes Ferreira, com constantes interrupções inúteis e desfoques.
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    xatoo, é óbvio que não temos o mesmo conceito de “costela reaccionária”. Quanto a Bilderberg, não me digas que és contra o direito de reunião.
    __

    Mario, tal e qual: o pãozinho, que custa tanto a ganhar…
    __

    GL, nem mais.
    __

    AChata, também vejo vantagens em ter o tempo de exposição garantido. Os jornalistas impedem os raciocínios complexos, obrigam os entrevistados às fórmulas mais básicas.
    __

    Blondwithaphd, cai muito bem. Ter lido a “Ilíada” é um motivo de orgulho. Está ali a Civilização.
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    teofilo m., só o vamos saber quando revelares qual foi o livro. É que nem todos os livros justificam que se perca aquela entrevista, ou qualquer.
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    Nik, exactamente. Estavam assanhados, desaustinados. E, sem surpresa, muito imbecil veio louvar essa postura.
    __

    j.coelho, é um caramelo que se cola aos dentes.

  23. o único desafio que vale a pena é Portugal safar-se muito bem da crise, safar-se por cima mesmo, o lastro histórico e poético é uma enorme garantia. Haja imaginação e atitude para isso, roupa de cortiça, produtos online do melhor, Sol e preservação do património, a comida é bem boa, o mar nem se fala, e temos gás da Argélia e não da Russia, pode vir muito estrangeiro rico para cá morar,

    e ainda há umas dívidas antigas que não foram pagas pela Alemanha desde a primeira guerra e sei lá que mais,

  24. a. moura pinto

    Não são queixas, são sinais (gosto muito de uma boa chispalhada).
    Não procuro culpados.
    Primeiro porque acho inútil. Não tenho ilusões de que no Mundo em que vivemos, mesmo que conseguisse encontra-los fosse possivel responsabiliza-los ou que, mesmo que o fosse, isso contribuísse para melhorar a situação.

    E segundo, porque, em ultima análise, culpados somos praticamente todos, os que agiram e os que o permitiram.

    Confesso que tenho uma certa inveja de quem perante a situação actual consegue manter o optimismo e continuar a ‘comprar mantas’ a este ou aquele.

  25. mas pessimismo porquê? Se há coisa que é clara com a imparidade euro/dólar é que o BCE pode injectar muito dinheiro no mercado, e não tem que ser só através dos bancos, pode finaciar Estados. Em contrapartida temos de ser todos mais conscientes nas nossas escolhas, e mais solidários também.

    Temos aí o exemplo do cão chileno esse sim, canis sapiens sapiens soube fazê-la e evitar ser capturado

    O chico-espertismo faliu, a inteligência não, comportando as valências todas incluindo a afectiva.

  26. O Império dos Pardais do João Paulo Oliveira e Costa, um romance histórico no tempo do D. Manuel I.

    Tempo bem empregue para quem goste do género.

    Eu gosto!

  27. Z, não faço ideia do que seja. Mas a minha memória não é de fiar, pelo que podes estar certo.
    __

    Está aprovada a escolha, teofilo m., mas não que tu precises de aprovação, bem entendido.

  28. pois mas a minha é de elefante, e puseste aí uma fórmula toda bonitinha feita em HTML e eu estou a pedir-te um link onde se aprenda a fazer isso, o melhor

  29. A questão principal não está no crítico mas sim no criticado. Houve atentados contra Hitler, houve porém quem atentasse de forma diferente, Hannah Arendt por exemplo. Contra Sócrates, um pequeno nazi-fascista que fossem outros os tempos e lá estaria de mão e sorriso estendidos, não faltando a criança para beijar, vale tudo e até tirar olhos. Os chilenos diziam a propósito de Allende “Este governo é uma merda mas é nosso”. E nós, os abstencionistas activos, diríamos hoje “Este governo é uma merda e nem sequer é nosso”.
    Toda a crítica e sobretudo o seu espírito em permanente ebulição (os incêndios verbais e não só, pois então!), são absolutamente válidos. O sujeito deve ser derrotado nas urnas e em toda a parte para onde vá. É preciso guardar a saliva porque isso humilha mas não critica. Como na Idade Média portuguesa, na Revolução de 1383, deitem-no abaixo do seu castelo, como fizeram com os abades que enchiam o cu dos marchantes. Agora ele enche o cu dos banqueiros.
    Ricardo costa pode ser isso tudo e nós o que somos?

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