Marcelo Rebelo de Sousa tem 61 anos. Encontramos no homem uma raríssima síntese: genuína elite genuinamente popular. Isso faz dele, virtualmente, um mediador inigualável entre os poderes fácticos e o Povo. Está à-vontade com os mais ricos e os mais pobres, os mais cultos e os mais ignorantes, os extremistas e os moderados. Com todos consegue comunicar, a todos consegue entender. Ainda por cima, pelo berço, transporta um pedaço do Estado Novo, o que lhe permitiu estabelecer ainda mais pontes e consensos. Já era uma estrela em ascensão na política antes do 25 de Abril e nunca mais se afastou da ribalta. Pergunta que nos interessa: que tem feito com tamanho tesouro cultural, social e político à disposição? Face ao que o vemos fazer na televisão, nas homilias, faz manigâncias. Tão-só.
No domingo passado, assistimos a mais uma. Falando de um caso que tem uma pública origem política, e alimentou caluniosamente dois ciclos eleitorais, Marcelo nem sequer toca ao de leve nessa teia de causalidades. Não pede responsabilidades, não identifica cúmplices. E pior, muito pior: ao falar da estratégia da asfixia democrática, a qual estava montada em cima do aproveitamento dos ataques ao carácter de Sócrates, mostrou-se pesaroso por ter falhado. Foi esse o único problema, o azar de o eleitorado não ter engolido as patranhas. Nenhuma censura de ordem moral há a fazer, depreende-se tanto do tom como do silêncio. É isto a política para o Professor e para a direita sem alma – os truques, as rasteiras, os golpes palacianos que mantêm a dopamina em níveis suportáveis.
A respeito do despacho dos procuradores desasados, Marcelo apontou as armas num único alvo: Pinto Monteiro. O actual Procurador-Geral da República é persona non grata junto dos sociais-democratas desde que resolveu cumprir a Lei e a Constituição, recusando entregar Sócrates aos carrascos da Lapa. Está marcado para cair por ter ousado fazer frente aos barões do PSD. Só isso explica o extraordinário de ouvirmos um dos portugueses que mais e melhor conhecerá os bastidores do Ministério Público, e a complexidade e melindre dos seus conflitos internos, a aumentar o clima de intriga à volta do caso. A sua referência a Cândida Almeida, sugerindo que ela aprovou a inclusão das perguntas por fazer, não tem como objectivo esclarecer seja o que for, é apenas o instinto do escorpião a picar o sapo que o carrega até à outra margem. Cândida, também alvo de difamações por se dizer que protegeu Sócrates nestes anos todos, ficou de repente como cooperante da armadilha que o quer continuar a entalar. Como é óbvio, Marcelo não tem medo que a Procuradoria se afunde ainda mais em suspeições e boataria, quer é gerar a maior confusão para castigar Pinto Monteiro. Candidamente.
Mas,não é MRS,o campeão da boataria,da intriga e da aldrabice.
Falemos também da incompetência do Procurador-Geral da República…
Acho que já é tempo de darmos-te a taça deste ano para o teórico mais escrituràriamente activo da conspiração-sem-fim. Só o que gostaria, mas não consigo, era de determinar com precisão os motivos que te impedem de mencionar o ligeiro speech impediment do homem. À gente do Estado Novo não se pode perdoar nada, meu chapa. Se fosse da Ordem Nova, pois, aí já seria diferente.
Marcelo Rebelo de Sousa é cumo o binho. É bom que sa farta. Giru, giru, giru. Pode dizer a merda toda, que a dize sempre cum sorriso na carinha, eu fazia-lhe umas festinhas.
dapoje aquela pronuncia meio belfa, tamém lhe dá muita graça.
Não o acho nada giro. Eu diria até que a carinha meia sonsa dele não engana ninguém.
tou-te a ber, eu não tenho blogue, mas pergunto-me se não deverei voltar a criar um, nem que seja para publicar momentaneamente as fotos que tiro. O mosteiro é lindo. Utensílios e ornamentos pessoais das freiras clarissas, não pude tirar. Proibido. Elas misturavam – quem diria – paganismo com religião. Encontraram-se inúmeras figas em azeviche contra o mau olhado.
Marcello não divertido entretainer a dar notas a toda a gente, é um pobre diabo, inteligente, que contudo, tem os seus principais inimigos, dentro do seu proprio partido:
Passos Coelho e Angelo Correia, por um lado, Cavacu que, por nunca o levará a bom porto…
Nestas circunstancias tem que se mostrar melhor que os seus, e mostrar serviço,
batendo nestes poderes sensiveis do Estado, que os jovens turcos do PSD nem sequer entendem o que são e qual o seu papel…
Bastava hoje ouvi-los, assanhados, vomitando ódio, assim comprovando teses do PGR e sempre, do bastonario…
Mas enfim…
Enquanto vai sucessivamente perdendo todas batalhas que se mete, vai de facto contribuindo para o desprestigio das instituições e personalidades do país…
Com essa idade Sartre escreveu “As Palavras” para explicar os circunstancialismos que terão determinado o ser quem foi, na sua intervenção social. E que lição de vida ali está!
Aqui fica um modelo possível e o desafio existencialista a todos quantos no espaço público têm o privilégio de proceder de forma a influenciar comportamentos sociais. Exactamente por isso recordo que, há muito foi chamado de “criador de factos políticos”.
O que se está a passar em Portugal é dar demasiada trela a sonsos.
O Freeport é um armadilha que lançaram contra Sócrates, uma conspiração que teve pernas para andar..e andou.
O problema todo é que os entusiasmos dos pulhas que se aproveitaram deste caso (fabricado por jornalistas, magistrados, pjs e pessoas ligadas ao Psd e ao Cds, sem escrúpulos), o problema desta gente é que se deixaram entusiasmar demais e acabaram por meter os pés pelas mãos.
Pois da maneira a que a coisa chegou alguém de, nem digo de boa fé, digo de bom senso, alguém acha que não estão a perseguir Sócrates ?!
Ganhem juízo! Fizeram de Sócrates um mártir porque quiseram!
Julgam que o efeito que está a suceder é o da queima? Desenganem-se. Esse tempo já passou, teve a sua oportunidade. Não satisfeitos em queimar queríam também derreter – perderam o ‘timing’!
Depois de todo este espectáculo revelador da calhandrice que mobilizou os magistrados do processo (só comparável ao deslize de Passos Coelho e as suas NeoLiberalizações de Despedimentos Sem Justa Causa), depois deste ‘querer tudo com gula’ o efeito que está a produzir nas pessoas com um mínimo de senso e de inteligência já não é o da queima – é o do degelo.
«Quem tudo quer tudo perde».
Ando a ser censurada por não ser da opinião geral! Mas estou-me nas tintas mesmo…
É uma coincidência. Por pouco dava com a Gabriela Canavilhas hoje (já ontem pelas horas). Esteve no mosteiro, mas de tarde. Eu saí de lá por volta das 12:30. Coincidência mesmo.
http://www.acabra.net/artigos/mosteiro-de-santa-clara-a-velha-galardoado-com-europa-nostra-2010
O MRS não parte um prato. O MRS da comunicação social não faz nada, só pensa e fala. Um santinho, um anjo papudo. São os piores. Ainda por cima a oratória não lhe disfarça o prazer de quem consegue a vitória nos bastidores.
apetece-me acrescentar: A Cândida, o cândido, e o idiota (Você).
Nem dá para ler mais a partir da primeira linha.
Começa logo com uma conclusão : ” Encontramos no homem uma raríssima síntese: genuína elite genuinamente popular “.
Nada de mais falso: o homem, de origem popular não tem nada. Pertence a uma elite conservadora (descendente de um ministro de Salazar) e, por exemplo, é um dos mais acérrimos defensores da igreja católica (dos escandalosos privilégios da dita, entenda-se) para além de ser um dos mais emblemáticos ícones da “lei de bronze da aristocracia”.
Claro que se eu tivesse continuado a ler o resto do texto, não me espantaria absolutamente nada se a conclusão com que abriu o escrito, acabasse por a meio do mesmo, já estar negada, e assim por diante …
Tal é a sua enviesada confusão mental ( propositada ), a que acresce, a falta de talento para escriba …
Snr. Merda,
V. Ex-ª. intriga-me, V. Ex.ª é tremendo. Ou tremenda. Seja como for, V. Ex.ª tem tomates! De chumbo! V. Ex.ª. diz-se Snr. Merda, mas V. Ex.ª. não escreve merda, V. Ex.ª realça a merda que os outros escrevem.
Estou a anos -luz de V. Ex.ª. V.Exª. tem de voltar aqui SEMPRE, porque eu aprendo consigo.
Valupi,
Fiz link para “A Carta a Garcia”.Obrigado.Abraço,
OC