Lembro-me do António José Seguro (AJS) como um líder do PS na oposição hesitante, temeroso, disparatado (como quando declarou a “abstenção violenta” do PS na votação do OE da AD), defensor de uma aliança com o governo troikista de Passos Coelho, e que merecia ser corrido, como foi. Claramente um líder de transição, embaraçoso, mas que agradava imenso ao PSD, que lhe costuma tecer elogios. Depois de derrotado por António Costa, retirou-se da vida política e voltou aos estudos, à família e às oliveiras de Penamacor, nunca mais se lhe tendo ouvido uma palavra. Se aproveitou o ensejo para fazer alguma introspecção e autoavaliação não sabemos, mas, se fez, não enxergou.
A comprová-lo o facto de, a uma menção do seu nome para PR feita por PNS (surpreendente, também ela, estouvada?), logo se precipitou, deslumbrado com a ideia, excitadíssimo por ter sido desenterrado, inchado por dar uma entrevista. Não sei a que propósito ou talvez saiba, passa agora a ter um programa de conversa semanal na CNN, sempre atenta às novidades no mercado. E o que diz AJS sobre a situação política actual, mal abre a boca? Ora, elogia este governo de golpistas, oportunistas, aldrabões e incompetentes por ter resolvido os problemas do país.
“Que primeira leitura é que faz deste Governo da Aliança Democrática?
Mas começou por resolver bem, ou não?
Sim. É inegável, isso são factos.
Não acha que isso é crédito a favor do primeiro-ministro?
Claro que sim, claro que é. Quando há um Governo que entra e que resolve problemas, o crédito naturalmente tem que ser associado neste caso ao dr. Luís Montenegro e ao Governo.”
(Ver entrevista aqui)
Estamos conversados quanto à perspicácia política, capacidade de análise e noção de quem o está a propor deste calhau. Aliás, se lermos a entrevista toda ficamos sem dúvida nenhuma de que continua a derrapar de forma aflitiva nas situações de maior aperto. É ver. Portanto, bela ideia que teve o actual líder do PS ao propor um seu militante de má memória para candidato… se calhar do PSD! Mas então qual será o candidato do PS? Uma pessoa fica confusa.
Bom, imaginemos que a ideia tenha sido tirar votos ao Marques Mendes, que também já se pôs em bicos dos pés para a corrida à Presidência. Nesse caso, desculpem, mas ”Olha que dois!” Pior seria quase impossível. Mesmo assim, eu até arrisco dizer que o AJS seria melhor para o PSD do que o MM.
O almirante Gouveia e Melo vai candidatar-se, tudo o indica, pois já declarou não querer ser reconduzido no actual cargo. O Pedro Nuno não devia ter previsto que tal ia acontecer? O AJS é candidato que se apresente? A partir de agora, será sequer possível recuar, Pedro Nuno?
1 – quem é que o autorizou a anunciar a candidatura pelo ps.
2 – o ps discutiu esse assumpto ou foi converseta entre uma beleza local e um santo chico-esperto?
3 – quem é que paga a campanha.
Quase meio século passou desde que o povo português teve o seu “grande salto” da escuridão para a luz, ou assim se conta nos manuais escolares. No entanto, é impossível não notar que a pequenez mesquinha que o estado novo engendrou mantém-se.
Veja-se o caso de António José Seguro, que agora reaparece, uma década depois de sair de cena, com um doutoramento quase terminado. Nem por um minuto ele falou sobre o tema do seu trabalho. Abrir as portas da universidade ao espaço público? Partilhar ideias? Nem o pretexto de estar onde estava serviu para isso! O que pode então servir? Seguro, em pleno espírito do homem sério português, “desterrado da política” “obrigado a abandonar o sacerdócio da universidade”(tão Salazar), carrega consigo um sentido quase salazarista de que a vida pública não precisa de ser partilhada; precisa apenas de parecer ordenada.
E há algo de quase poético na sua nova carreira: produtor de vinho e azeite. Um papel perfeito para agradar ao imaginário nacional. Que dona de casa (tão Salazar) não ficou satisfeita por saber que o candidato a presidente republica agora investe naquilo que de melhor produzimos: um bom tinto e um fio dourado de azeite? E o homem sério português, esse pilar da moralidade e da temperança, não há de se sentir reconfortado ao ver o político transformado em lavrador moderno? É o sonho português: aspirar à propriedade rústica e ao vinho engarrafado, enquanto as ideias continuam, convenientemente, engarrafadas em medo. Que “arcaicos pré-modernos”!
O mais irónico, porém, não é Seguro em si, mas a reação de todos nós, leia-se dos media. Porque, 45 anos depois, ainda aplaudimos o discreto, o mediano, o que não incomoda. continuamos orgulhosamente pequeninos.
“Estamos conversados quanto à perspicácia política, capacidade de análise e noção de quem o está a propor deste calhau.”
Esta frase não faz sentido.
Penélope queria dizer:
1- Estamos conversados quanto à perspicácia política, capacidade de análise e noção de quem está a propor este calhau. – Penélope está a criticar Pedro Nuno Santos por ter proposto um calhau para Presidente da República exibindo assim falta de capacidade política, capacidade de análise e noção.
2 – Estamos conversados quanto à perspicácia política, capacidade de análise e noção deste calhau. – António José Seguro é um Calhau sem perspicácia polícia, capacidade de análise e noção,
3 – Estamos conversados quanto à perspicácia política, capacidade de análise e noção de quem o está a propor e deste calhau. – Penélope está a criticar Pedro Nuno Santos por ter proposto um calhau para Presidente da República e, além disso, tanto o dito calhau como o dito Pedro Nuno exibem falta de perspicácia política, capacidade de análise e noção.
era um óptimo presidente de camara prás caldas. mas acha pouco.
ninguém propôs o calhau para promontório.
o gajo aproveitou-se duma resposta vaga e ambígua do neto de sapateiros, quando inquirido às 3 pancadas, algures no meio duma distracção, que lhe perguntaram se já tinha candidato a belém e em vez de mandar os jornalistas para o caralho, bolsou todos os nomes que lhe vieram à cabeça.
vai daí, o calhau e os seus amiguinhos do clube rato mickey, acharam que aquilo era uma cena premonitória e com a pressa interpretativa fizeram-lhe o upgrade de candidato a promontório nacional.
na última vez foi difícil convencê-lo a largar o osso de secretário-general, pode ser que meta a viola no saco e continue a administrar a herança da mulher quando lhe mostrarem o orçamento da campanha e a estimativa do valor da subvenção eleitoral a receber baseada na previsão de votos.
Bom dia
Discussão perfeitamente desnecessária, pelo que a forte campanha eleitoral já iniciada pelo ESTADO PROFUNDO indicia , o xor almirante já afundou a concorrência.
Comecem antes a semana com isto
https://youtu.be/xk7h4K_JSiI?feature=shared
ó mayones , a herança da mulher é ela própria que a administra. e já administrava o património familiar antes de o pai morrer.
bocas foleiras a tentar apoucar o seguro porque ao contrário do zezito nunca precisou de roubar e fingir?
” o xor almirante já afundou a concorrência.”
o candidato dos negacionistas antivacinas apresentado pelo líder dum partido da coligação que vale 1,2% dos votos e não tinha representação parlamentar na legislatura anterior. o queque mal-educado descobriu os planos da pólvora no arsenal da marinha, ad 28,02 + chunga 18,07 + ilusionistas 4,94 = 51,03% à primeira volta, a tal coligação de direita impossível. agora falta convencer o marcel a desistir da “resistência” e o ministério público a reescrever o guião.
acho que não me esqueci de nada.
https://www.youtube.com/watch?v=mjKScimxQbo
” já administrava o património familiar antes de o pai morrer.”
diria mesmo que o avô chegou a dono da praça da fruta graças à neta comer trouxas na zaira ou mesmo o cordeiro ter arrebanhado o negócio das clínicas e farmácias na zona da cascalheira pelos dotes administrativos da secretária da associação nacional das pílulas.
“A discutir o último lugar deste “pódio” estão Alenquer e Caldas da Rainha, ambos com 1,17 mil milhões de euros.”
https://gazetadascaldas.pt/economia/empresas-do-oeste-valem-cerca-de-4-do-pib-nacional/
Abelha Mayan: O número 2.
sim , , palerminha, o pai teve um tumor no ouvido e anos antes de morre chéché de todo r passou às cenas à filha mais velha , que já tinha herdado uma farmácia da tia e é altamente trabalhadora.
se calhar achas que não conheço a família toda ? daaaa.
O desprezo dos xuxas residentes pelo Seguro é fácil de entender: rejeitou o v/ herói 44; nunca rosnou o bastante para o v/ gosto; e sempre pareceu incapaz de vos ganhar tachos suficientes.
Quando a Penélope ataca a sua “perspicácia política” o que está realmente a dizer é: não podes elogiar o inimigo, seu palerma! Tens de berrar-lhe os defeitos por todos os jornais, TVs, TikTokes e Feicebuques, inventá-los se necessário e jamais, em tempo algum, admitir seja o que for de bom! Era isto que faria o Bosta, o 44, o Santos Silva, o sapo César, todo o ferro-velho xuxa… menos o Seguro.
(E não só os xuxas, claro; é assim a partidocracia. Se por milagre o PSD resolvesse mesmo os problemas, reinventasse o SNS, triplicasse o PIB, curasse o cancro e descobrisse o sentido da vida, ainda assim o PS teria de dizer que era uma trampa. E se fosse o PS a fazê-lo, o PSD diria o mesmo.)
O Seguro, embora choninhas e medíocre, é daqueles raríssimos xuxas com um pingo de vergonha na cara. Para ele não vale tudo; e nada é mais desprezado pela tribo do que alguém incapaz de tudo para esmagar o inimigo. Que uivos de alegria ecoaram pelo Largo dos Ratos quando o Bosta o lixou daquela maneira sacana… e que triste país permite novo governo PS tão cedo após a bancarrota do 44.
não me parece que conheças, deves ter lido umas cenas na caras e ficaste íntima da família, porque se conhecesses ficavas calada por respeito ao velho.
o apreço da extrema-direita residente pelo seguro é fácil de entender: rejeitou o partido; abanou a cauda aos assobios do cavaco; e sempre foi incapaz de ganhar eleições.
enfim, o líder que o psd gostaria que o ps tivesse.
(E não só os xuxas, claro; é assim a partidocracia. Se por milagre o PSD resolvesse mesmo os problemas, reinventasse o SNS, triplicasse o PIB, curasse o cancro e descobrisse o sentido da vida, ainda assim o PS teria de dizer que era uma trampa. E se fosse o PS a fazê-lo, o PSD diria o mesmo.)
AMEN
Os canalhíadas
Luis Vaz Sem Tostões
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
“Tramados pelo ChatGPT: Juízes do Tribunal da Relação citaram leis que não existem”
https://zap.aeiou.pt/tramados-pelo-chatgpt-juizes-da-relacao-citaram-leis-que-nao-existem-642830
AJS é um daqueles tipos que toda a gente sabe que já morreram, excepto os próprios. Faz-me lembrar o despassarado Cardia quando se quis candidatar a PR, com a grande diferença que ele não era calhau nenhum.
“Seguro nunca se identificou com a esquerda nem com o povo e sempre dialogou com o PSD actual e com Cavaco Silva” – mário soares
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/mario_soares_maior_erro_de_seguro_foi_nao_ouvir_os_socialistas_que_nao_o_bajulassem