O programa que ontem à noite animou a RTP 1 proporcionou-me uma das experiências televisivas mais divertidas da minha vida.
O espectáculo foi entregue a meia dúzia de mentes brilhantes que supostamente iam discutir a alma lusa ou coisa que o valha. O professor Adelino Maltez ficou com o papel de dizer umas banalidades isentas de conteúdo com voz ribombante e condizente expressão grave e intensa; acabava uma frase — invariavelmente sem conclusão — e ficava a olhar com ar de mau para as câmaras e para os comparsas, não fosse algum ter a ousadia de lhe perguntar o que queria afinal dizer. Clara Pinto Correia entretinha-se a demonstrar a sua erudição com umas historietas medievais e a falar dos filhos a propósito do estado deplorável do ensino, do bom que é morar no Bairro Alto, local onde as crianças podem brincar à vontade na rua (talvez a ver qual encontra mais seringas), da maravilha que foi ir a pé a Fátima (pobres petizes). Um padre velhinho muito simpático dava ideia de se ter enganado no estúdio: quando lhe perguntavam qual devia ser o perfil do próximo PR, falava de Goa. Um senhor publicitário discorria sobre a falta de gravatas do primeiro-ministro japonês e sobre a miséria que é a “marca” Portugal.
Como guardião da racionalidade ficou, imagine-se, Nandim de Carvalho, que teimava em remar contra a maré e tentar dizer coisas com sentido. Jacinto Lucas Pires, ao longo de todo o programa, não conseguia reprimir um sorriso incrédulo.
Quer dizer que assistimos a mais um milagre de Santa Teresinha. Que eu soubesse o homem já nem carne tem sobre os ossos…
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/efemerides/2003/05/maio22.html
Claro que saiu asneira; falava do filho. Obrigado pelo reparo…
:-)
Eu que sou contra a pena de morte, abria uma excepção com a Fátima Campos Lima ou Ferreira ou qualquer coisa…a mulher começa com os apartes a despropósito e eu já estou à procura do lança-chamas…
Olha, esqueci-me da compère. Tens razão: o show não teria metade da graça sem ela.
bolas, viva o Jacinto vivo, por momentos pensei tratar-s de mais um momento de espiritismo eleitoral. Qualquer dia temos todos de recorrer aos bons ofícios do padre Mário da Lixa, para desmistificar o ambiente
Tanto quanto sei, a senhora depende fortemente das dicas que, duranre o programa, provêm da ‘regie’, quem lá está é o marido. Que seria dela sem o auscultadorzinho.
E, no entanto, que melhor espelho da “alma lusa” que um programa assim?
Bem visto, Jorge. Se calhar, foi mesmo de propósito.
Imperdoável a ausência de um fadista e um jogador da bola, já que sempre que se lembravam do que significa ser português lá vinha a Amália e Figo (note-se que a pantera já foi esquecida).
Cada vez que vejo aquela mulher na TV fico com instintos homicidas…
Até gostei de ver a Fátima campos Ferreira com aquele vestido vermelho (ao contrário da agora disforme Pinto Correia).
O Sr Ramos de Almeida padece de qq doença! E porque tem demasiados rabos de palha devia recuar ao local de onde partiu!
Não que deseje mal aos que o receberem, mas porque desinfectava aqui! A ignominia é coisa feia. A falta de chá..é perdoavel! Só que a sua não é a ultima!
Passar bem!
Esqueci o sr JVC ou JNN ou JCV ou lá o que é, que já esqueci. É do mesmo saco, porem, do sr R.de A.
E por aqui fico, pois não se deve perder tempo com tão ruins defuntos…
E andam bem rodeados!!!!