Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Hoje de manhã chamaram-me chefe (como em «podia-me dizer as horas, ó chefe?»).
Como é óbvio, a minha vontade foi demitir, logo ali, o submisso interlocutor.
6 thoughts on “Chefe”
Um amigo meu viu-se uma vez confrontado com um namorado da filha que teimava em tratá-lo assim…
E deverias tê-lo mesmo despedido. Essas merdas são inadmissíveis, chefe.
(Há um belíssimo texto do MEC sobre esse mesmo tema).
Chefe,
Para quando as propaladas transferências.
E SE O SUBMISSO INTERLOCUTOR TE TIVESSE CHAMADO GRANDE CHEFE ÍNDIO, COMO TE PODERIAS TU CHAMAR?
Mau, mau, era se te chamassem de “mestre.”
ZM,
Não é para estragar o episódio (uma boa anedota nunca deveria explicar-se), mas existe uma linda tensão nesse uso de «chefe». Por um lado, há uma ousada familiaridade, por outro, um recuo, uma reserva mental. É esse entrecruzar de sentimentos que cria, por instantes, entre essas pessoas, uma relação problemática. E o nosso cérebro delira com esses curto-circuitos.
Portanto: aceita, não o despeças, e faz-lhe um sorriso de entendimento. Mesmo que ele, agora, não entenda mesmo nada.
Um amigo meu viu-se uma vez confrontado com um namorado da filha que teimava em tratá-lo assim…
E deverias tê-lo mesmo despedido. Essas merdas são inadmissíveis, chefe.
(Há um belíssimo texto do MEC sobre esse mesmo tema).
Chefe,
Para quando as propaladas transferências.
E SE O SUBMISSO INTERLOCUTOR TE TIVESSE CHAMADO GRANDE CHEFE ÍNDIO, COMO TE PODERIAS TU CHAMAR?
Mau, mau, era se te chamassem de “mestre.”
ZM,
Não é para estragar o episódio (uma boa anedota nunca deveria explicar-se), mas existe uma linda tensão nesse uso de «chefe». Por um lado, há uma ousada familiaridade, por outro, um recuo, uma reserva mental. É esse entrecruzar de sentimentos que cria, por instantes, entre essas pessoas, uma relação problemática. E o nosso cérebro delira com esses curto-circuitos.
Portanto: aceita, não o despeças, e faz-lhe um sorriso de entendimento. Mesmo que ele, agora, não entenda mesmo nada.