A apresentação do chamado guião da chamada reforma do Estado, documento que se adivinha repleto de lugares-comuns e slogans eleitorais dois anos atrasados, faz pensar que Portas quis apenas dar-se ares de vice-primeiro para satisfazer o seu inesgotável narcisismo. Ou, quiçá, dar a impressão que é ele agora quem manda.
Porque mais nada se viu ou ouviu ali, senão declarações de intenções vagas, pérolas do mais pio ‘wishful thinking’, desafios à oposição para que não o seja e uma única novidade, a ideia funambulesca de vender escolas públicas a grupos de professores. Coisa certamente assoprada pelo Crato, o tal que quer fazer implodir a educação pública em Portugal.
A cereja do bolo oco foi aquela de que o pomposo Guião da Reforma do Estado, com Portas ao guiador, era afinal uma “proposta aberta”, ou seja, um punhado de dicas chutadas displicentemente para a mesa de café, para estimular a conversa. Teve um ano e tal para parir isto.
Com o governo totalmente remendado, desacreditado e desesperado, em vésperas de apresentar mais um orçamento terrorista, Portas lembrou-se de exibir os seus dotes de menino queque a enganar os malandros. Ele e todo o governo só estão à espera da retoma económica na Europa, mas entretanto é preciso entreter o público.
No final Portas mandou um sacristão à TV dizer que o objectivo é mudar “da lógica dos cortes para a lógica da reforma”. Como se fosse possível mudar seja o que for com mero palavrório estafado.
Tínhamos um governo acéfalo. Agora temos um governo bi-acéfalo.
este novo look do aspiriba, é a prova de que nem sempre as mudanças são para melhor.
aos meninos queques tira-se-lhes os aperaltos de caganço, a mota e conta-se às miúdas que ainda mija no pote. é tirar.
Alcoólico Anónimo, tens de dar uma opinião quando estiveres sóbrio. :-)
http://www.anedotadodia.net/anedotas/bebados/voce-e-muito-feia
Excelente, Júlio.
Mas eu diria mais: temos um “guverno” PLURI-ACÉFALO! E um “prezidento”… ACÉTICO!!
Acho mesmo que deve ser preciso recuarmos até meados do Século XIX, aos piores momentos da nossa conturbada História pós-Napoleão, para encontrar no totpo do Poder tanta “fome” junta com tanta “vontade de comer”…
“topo” (claro…)