Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Eles bem que me avisaram que a aspirina era “antianalgésica, pirética e inflamatória”. Lá vou eu ter que recorrer aos “enfermeiros de plantão”.
Obrigada pelas recomendações mas eu como a sopinha todos os dias e bebo o suminho de laranja todas as manhãs. E os meus camaradas comem e bebem o que lhes apetece. Até no comer e no beber a malta não vai em conversas.
E eu a pensar que a B.B. andava numa de defensora de focas. Afinal, agora defende é tubarões e abutres.
Viver a vida intensamente pode ter os seus custos, mas sempre é mais interessante do que a pasmaceira burguesa. Aliás normalmente qualquer burguês consegue viver muito mais tempo à custa da vida de muitos outros que nem tem oportunidade de decidir se são comunistas ou cristãos-democratas, ou lá o que sejam e que ainda morrem mais depressa.
“Although this research isn’t the final word, it suggests, nevertheless, that the way people live and how healthy they are is strongly influenced by the society in which they live, including its politics.”
Hipotese alternativa: são as condições sociais em que as pessoas vivem que determinam, tanto as suas ideias politicas, como o seu estilo de vida. Ou seja, não é por serem pró-comunistas que têm um “estilo de vida pouco saudável” – provavelmente, os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.
Da mesma maneira, não são os dedos amarelecidos que causam cancro do pulmão (embora as pessoas com dedos amarelecidos de certeza que têm mais cancro do pulmão do que a média).
Miguel Madeira: lembro-me que o Josué de Castro na sua Geopolítica da Fome contava que havia 3 ou 4 alimentações saudáveis em todo o mundo: uma era em determinadas regiões de África em que a base de alimentação era funge (farinha de mandioca) cozinhada com lagartas da couve e com óleo de palma. Outra era numa zona dos Andes em que a alimentação era à base de favas e de queijo de cabra…
Isso não é novo, para mim. Tenho um amigo, comunista, precisamente, que só come carne vermelha (lá está..) e que começa a ficar com níveis de colesterol preocupantes. Tenho-lhe dado a ler o Hayek e o Popper, a ver se o gajo começa a comer mais frutinha.
Caramelo: Tout est poison. Rien n’est poison. La poison c’est la dose.
E os maoistas comem toucinho amarelo. Dai o Pacheco Pereira ser gordo. Anda a tratar-se com a biografia do Churchill, que lhe foi receitada pela médico, mas ainda vai às escondidas à salgadeira, na clandestinidade, o camelo.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
António Silva, sabias que a dieta mediterrânea, mais pobre, é mais saudável que a nórdica? Pois…
O povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe. A vida era, apesar de tudo, mais dura que hoje. É natural que se apresentassem menos saudáveis e mais embrutecidos. Em contrapartida, hoje, têm mais variedade que nós…
Só mais uma coisa: gosto muito da “pasmaceira” burguesa. Bom era que todos a pudéssemos disfrutar e não apenas alguns…
Bluegift: há que estar atento aos dois pesos e duas medidas …então não diziam (dizem) que os comunistas “nesses países” eram os privilegiados? E agora vem dizer que são “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”? Em que é que ficamos, afinal?
E quando fala de o povo russo não ter acesso a carne e peixe, a que época é que se reporta? À dos romances de Tolstoi?
E lembrei-me agora que o Josué de Castro dizia que outro exemplo de alimentação saudável era a que havia nalgumas zonas de Portugal à base do caldo de couves, nabos, cenouras e batatas, com um pingo de azeito e um pedaço de carne (quando havia), ou a das migas alentejanas…
Caro Valupi, para quê comer quando te podes divertir a fazer a revolução?
O comentário das 12:03 é para o Miguel Madeira.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
Este encadeamento de ideias parece-me confuso. Mais pobres, logo isto, e logo aquilo, ainda vá. Agora, mais idosos, logo com menos instrução, logo com estilos de vida menos saudável, não lembra ao diabo. Viver muito parece-me bom. Eu acho que é porque os comunistas comem muito alho. Pelo menos, havia antigamente umas caixas de cápsulas de alho, que apresentavam um velhinho búlgaro, acho eu, a mastigar alho. Enfim… mas eu acho que vamos todos, mailo gajo do artigo, ser candidatos sérios ao IgNobel do próximo ano.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
Este encadeamento de ideias parece-me confuso. Mais pobres, logo isto, e logo aquilo, ainda vá. Agora, mais idosos, logo com menos instrução, logo com estilos de vida menos saudável, não lembra ao diabo. Viver muito parece-me bom. Eu acho que é porque os comunistas comem muito alho. Pelo menos, havia antigamente umas caixas de cápsulas de alho, que apresentavam um velhinho búlgaro, acho eu, a mastigar alho. Enfim… mas eu acho que vamos todos, mailo gajo do artigo, ser candidatos sérios ao IgNobel do próximo ano.
Se fizerem o mesmo estudo no Alentejo verificar-se-á exactamente o contrário.
Margarida, não fui eu quem afirmou: “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”.
Quanto à carne e ao peixe. Os romances de Tolstoi retratam uma realidade preferível à que me é dada a conhecer. Não é com toda a certeza o relato de algumas famílias russas nem as visitas à Rússia que me vão dar uma imagem fiel das diferentes realidades vividas e actuais, mas é mais fiável que a imagem (positiva ou negativa)que a maior parte das pessoas transmite.
Deixo-te com a resposta que um russo me deu, na primeira vez que lhe falei da existência de um partido comunista ainda muito “activo” em Portugal: “É muito fácil ser comunista quando se vive fora de um país comunista”…
E sim, só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade, e a artigos “capitalistas”, muito ao gosto do partido, mas proibidos ao povinho ;).
Em que é que ficamos então Bluegift? Não se reconhece afinal na conclusão do estudo de os comunistas serem “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”?
REPRESSÃO EM CUBA. ‘O calor da Primavera’, de Raúl Rivero.
«No autocarro que nos levava para a prisão, uma manhã de Abril de 2003, perguntei ao poeta e jornalista Ricardo González Alfonso qual havia sido para ele o momento mais duro durante o fulminante processo que nos condenou a passar 20 anos na prisão por escrever e dar opiniões no país em que nascemos. ‘A noite em que puseram na minha cela o rapaz que iam fuzilar no dia seguinte’, disse-me, e meteu a cabeça entre as mãos, muito juntas por obra e graça das algemas. Muito juntas, como se fosse começar a rezar. ‘O que é que lhe disseste, de que é que falaram essa noite?’
Fiquei calado, não falamos de quase nada. Ele era um homem sem crenças religiosas e iam matá-lo ao amanhecer. O que é que lhe podia dizer? Creio que, quando o foram buscar e ele se levantou do beliche, senti que algo de mim ia com ele. É assim, a vida. O azar ou a ambição e a maldade de um ditador levam-te a lugares que não queres, em viagens reais ou sonhadas.
Este sábado [18 de Março], eu, que sou só um homem livre devido à Espanha e por vontade de muitos homens livres no mundo, viajo às prisões onde 60 amigos meus, 25 deles jornalistas, estão há 36 meses fechados a cadeado apenas porque a sua maneira de ver o mundo (o seu mundo) não coincide com a do Governo que Cuba tem desde os anos 50 do século passado. Fazem hoje três anos que aconteceu ali a Primavera Negra e continuam obscuros e nocturnos os Verões e os leves Invernos, e o Outono, desapercebidos.
Lá estão Ricardo González e Pedro Pablo Alvarez, no Combinado do Leste, de Havana, empenhados em escrever poemas atrás do ferro das grades pintadas com alcatrão. Lá estão Luís Milán e José Rámon Castillo, a rabiscar sonetos na prisão de Santiago de Cuba, e Normando Hernández e Horácio Piña, na de Pinar del Rio, doentes, amontoados, em perigo. No centro do país, próximo de Varadero, com os seus 22 quilómetros de espuma e água azul, Ariel Sigler Amaya, condenado a 25 anos, mas mais atormentado por a sua mãe, uma anciã octogenária, ter a casa cercada por turbas governamentais que a insultam [os chamados ‘actos de repúdio’, frequentes nos anos 80, agora de regresso]. Lá estou, com todos eles, hoje e até ao dia em que chegue a liberdade.»
Veilchen: confundiu as coisas. O título deste post é “Uma doença chamada comunismo” e não uma doença chamada anti-comunismo que é do que sofre.
É que logo por azar seu, em Cuba não só não há fome como ainda têm um dos melhores serviços públicos de saúde do mundo…
Doença e mentira será uma ditadura disfarçada de democracia, aqui mesmo em Portugal.
Não. Isso foi o que Miguel Madeira afirmou. Ora lê lá o artigo:
“In interviews of more than 8,400 people in Russia, Belarus and Ukraine, sociologists found that respondents who were against restoring communism had healthier lifestyles and rated their health better than pro-communists.
Newswise — In interviews of more than 8,400 people in Russia, Belarus and Ukraine, sociologists found that respondents who were against restoring communism had healthier lifestyles and rated their health better than pro-communists. Specifically, pro-communists ate fewer vegetables and were 1.6 times more likely to be heavy vodka drinkers than anti-communists. The study was published recently in the journal Social Science and Medicine. “This result is consistent with studies that maintain democracy is better for an individual’s health,” said UAB medical sociologist William C. Cockerham, Ph.D., who led the study. “Although this research isn’t the final word, it suggests, nevertheless, that the way people live and how healthy they are is strongly influenced by the society in which they live, including its politics.””
O meu comentário é um pouco mais inconveniente… ;)
Cuba tem “um dos melhores serviços públicos de saúde do mundo…” ???
Essa agora… médicos, aparelhos, medicamentos e tudo? Ou é por ser grátis?
Tudo o que menciona, além da investigação científica que não menciona. Apesar do bloqueio…
Os cubanos apesar do ploqueio ainda conseguem ter na industria farmacêutica uma fonte de rendimentos. Eu só gostava era que alguém me mostrasse um poema destes poetas que são presos em cuba, é que tenho para mim que as agencias americanas anti-cubanas tem um fetiche qualquer com poetas, porque é que será? Será que o aumento da longevidade e da tacha de natalidade em Portugal a seguir ao 25 de Abril tem alguma coisa a ver com os comunistas e com o facto de alguns deles morrerem prematuramente antes dessa data?
Bluegift: parece que temos que voltar a uma discussão recente, mas inconclusiva, lá mais em baixo. Vou deitar mãos novamente ao artigo do Luís Carapinha sobre o Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1999.
Diz ele às tantas:
(…) “A combinação da quebra no rendimento médio com o ascenso da desigualdade social resulta no aparecimento da pobreza (pobreza de rendimentos e humana) como realidade social. “A pobreza na Europa de Leste e CEI (Comunidade de Estados Independentes) aumentou de 4% da população em 1988 para 32% em 1994, ou seja de 13,6 milhões de pessoas para 119,2 milhões” (p. 21). Conforme nota o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, “antes da transição para a economia de mercado a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. A pobreza aflige agora cerca de 20% da população na Europa Central e Oriental. Nos países da CEI (Comunidade de Estados Independentes) o nível máximo é registado no Azerbaijão (2) com 62% da população pobre (p. 21). Na FR (Federação Russa) a pobreza afecta cerca de 31% da população (p. 21); e em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência (quadro de balanço da FR).
O relatório, refere a subnutrição como um dos factores que reflecte a pobreza de modo directo (p. 22) e salienta que, na generalidade, a quantidade e qualidade da ração alimentar das famílias decaiu face à liberalização dos preços e à quebra de rendimentos (p. 23). Assim, na Polónia, 60% das crianças sofrem de alguma forma de subnutrição e 10% das crianças estão permanentemente subnutridas (p. 22). Este é um problema que afecta igualmente de modo muito sério a FR (Federação Russa). Neste país, entre 1989-1994, praticamente triplicou o número de mulheres anémicas na fase final da gravidez (p. 23).” (…)
Notas:
1. Transição, Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 1999;
2. O Azerbaijão é, por sinal, um dos países da ex-URSS onde é maior o investimento ocidental designadamente no sector da exploração petrolífera;
“então não diziam (dizem) que os comunistas “nesses países” eram os privilegiados? E agora vem dizer que são “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”? Em que é que ficamos, afinal?”
Pois é, “eram” (passado). Os priviligiados do regime passaram-se para a “nova ordem” e só sobraram a apoiar o PC alguns operários e veteranos de guerra.
Miguel Madeira: já se calculava desde o príncípio que precisamente o objectivo deste tipo de posts era passar a ideia que isso de comunistas era coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.
Claro que me estou a referir principalmente aos comunistas que conheço, os de cá. Eu gosto sempre de falar do que conheço. E destes eu sei que são de todo o país, que são de todas as idades, que são na sua imensa maioria trabalhadores de todas as áreas, que também têm os mais variados gostos e interesses, mas que os anima o desejo de lutarem por uma sociedade livre e mais justa. E aos comunistas doutros sítios estendo a minha solidariedade com as suas lutas e a compreensão com as dificuldades que atravessam. E a confiança que o ideal comunista está vivo, prevalece e prevalecerá. E que o socialismo é a alternativa.
Margarida,
Há quase 24 horas que anda por aqui a emitir opiniões! Não tenho nada contra, mas não se esqueça de agradecer ao Valupi o passatempo que ele lhe proporcionou.
É verdade, que é feito da Margarida? estará a ver o Sporting-Porto? não, futebol não que aliena o povo, devem-se-lhe ter acabado as pilhas.
Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.
Quem construiu Tebas de sete portas?
Quem construiu Tebas de sete portas?
Nos livros estão os nomes dos reis.
Foram os reis que arrastaram os blocos de pedra?
E as várias vezes destruída Babilónia —
Quem é que tantas vezes a reconstruiu?
Em que casas da Lima fulgente
de oiro moraram os construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que ficou pronta
a Muralha da China? A grande Roma
está cheia de arcos de triunfo. Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os césares?
Tinha a tão cantada Bizâncio
Só palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu bramavam os
afogados pelos seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os Gálios.
Não teria consigo um cozinheiro ao menos?
Filipe da Espanha chorou, quando a armada se afundou.
Não chorou mais ninguém?
Frederico II venceu na Guerra dos Sete Anos —
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhou o banquete da vitória?
Cada dez anos um Grande Homem.
Quem pagou as despesas?
Tantos relatos
Tantas perguntas.
(Bertoldt Brecht, tradução de Paulo Quintela)
Margarida, vá descansar que bem precisa.
COMUNISTAS NEVER DIE !!!!
Ó Zé ninguém
“Margarida,
Há quase 24 horas que anda por aqui a emitir opiniões! Não tenho nada contra, mas não se esqueça de agradecer ao Valupi o passatempo que ele lhe proporcionou.”
Não será exactamente o contrário? Não será o Valupi que tem que agradecer à Margarida o passatempo que esta hoje lhe prporcionou ontem às 3:48 da matina?
“Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.”
Falava-se de… fraternidade? Pois…
Margarida, a discussão foi inconclusiva para ti. Eu percebi logo que estavas a fugir às questões lançando o mesmos textos, sem relação directa com a discussão. É o princípio da cassete, quando a questão não convém lança-se a cassete. É um truque com barbas…
Já te disse que não contesto esse relatório, pelo contrário, a situação é facilmente confirmada. Mas também te disse que a situação presente é consequência da ditadura comunista e que os tipos a preferem claramente a voltar ao comunismo. Os russos nunca conheceram a democracia. Só agora começam a caminhar nesse sentido. A culpa é do regime comunista!
Dizes que 70 anos não são suficientes: mentira e da grossa. São mais que suficientes, e a prova disso é o estado de desenvolvimento em que se encontra a Europa do pós guerra. O LR creio, deu e muito bem o exemplo da alemanha de leste. A diferença foi assustadora. E com a grande diferença de os ocidentais poderem circular livremente e os de leste, tal como em TODOS os regimes comunistas (Rússia incluída), não o poderem fazer. A polícia e a tropa colocam-se acima do povo e não ao lado dele como os comunistas tanto gostam de afirmar. É pura mentira e descarada !
A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se sim, mas à custa de enterrar o passado, disso podes ter a certeza. que é como quem diz: Comunismo, nunca mais !
Agora quanto ao papel dos comunistas como força política da oposição, aí acho que o vosso papel é importante para travar os excessos do capitalismo. E ponto final parágrafo. A governar, já está mais que provado que são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas. Respeitam a multiculturalidade desde que ela seja comunista ou a ela se converta, isso sim.
Fica-te lá pela oposição que ficas muito bem, mas poupa-me a afirmações ridículas acerca do sucesso do comunismo no governo de um país.
Sim, Bluegift, a Margarida poupa-te. Ela gosta de ter sempre um burro ou dois de direita em reserva, para os periodos de escassez de conversa neste blogue. Não te vás embora que ainda podes fazer falta.
Bluegift: afinal você ainda não respondeu directamente a que época é que referiu quando afirmou que “o povo russo não tinha acesso a carne e peixe”; nem clarificou se se reconhece ou não na conclusão de os comunistas serem “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”. Mas tem a lata de me acusar de fugir às questões…e agora até eleva um relatório da ONU ao estatuto da cassete.
Mas pelo menos a cassete da ONU teve a virtude de o obrigar a reconhecer que “a pobreza na Europa de Leste e CEI (Comunidade de Estados Independentes) aumentou de 4% da população em 1988 para 32% em 1994, ou seja de 13,6 milhões de pessoas para 119,2 milhões”. E que no tempo do regime socialista “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. E que desde a implantação do capitalismo a “pobreza aflige agora cerca de 20% da população na Europa Central e Oriental. Nos países da CEI (Comunidade de Estados Independentes) o nível máximo é registado no Azerbaijão com 62% da população pobre” e que na “Federação Russa” a pobreza afecta cerca de 31% da população. E que meia dúzia de anos de capitalismo saldaram-se por “em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência” nessa mesma Federação Russa.
Isto é, você não tem coragem de admitir o óbvio: que só no tempo do regime socialista a generalidade da população da Europa do Leste e dos países da Ex-URSS tiveram de facto acesso à “carne e ao peixe” e também à manteiga no pão. E a alguns sumos de laranja e até a férias pagas e a serviços de saúde e pensões de reforma e à educação e à cultura.
Sim falava de fraternidade no seio dos comunistas, como também falei de tolerância e de respeito. E acho piada à sua tentativa de amalgamar esses valores que nós prezamos com a necessidade de combater quem nos ataca. Pelo que por aqui tem visto eu não me tenho acanhado nem a defender os meus pontos de vista nem a atacar pontos de vista contrários. E este provérbio “Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre”, lancei-o a quem entendia que eu devia estar grata a quem tinha chamado “doença” ao comunismo.
Mas não tenha dúvidas bluegift que a libertação dos povos está na mão dos próprios povos, que é aos trabalhadores a quem compete libertar-se da exploração, que atrás dos tempos tempos vêem, e que o futuro está no socialismo.
E já agora, em homenagem aos meus compagnons e camaradas:
Os que lutam
“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.”
(Bertold Brecht)
Épa, depende daquilo por que lutas e a quem é que és imprescindível.
Margarida, tens a certeza? ai essa cabecinha, ora lê lá:
22/03 às 10.45
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
É uma frase do Miguel Madeira, mas tu insistes que é minha. E sou eu que fujo…
22/03 às 12.03
“O povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe.”
“tinha” refere-se ao passado, penso eu de que…
22/03 às 12.59
” Quanto à carne e ao peixe. Os romances de Tolstoi retratam uma realidade preferível à que me é dada a conhecer. Não é com toda a certeza o relato de algumas famílias russas nem as visitas à Rússia que me vão dar uma imagem fiel das diferentes realidades vividas e actuais, mas é mais fiável que a imagem (positiva ou negativa)que a maior parte das pessoas transmite.
Deixo-te com a resposta que um russo me deu, na primeira vez que lhe falei da existência de um partido comunista ainda muito “activo” em Portugal: “É muito fácil ser comunista quando se vive fora de um país comunista”…
E sim, só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade, e a artigos “capitalistas”, muito ao gosto do partido, mas proibidos ao povinho ;).”
A esta também não respondeste…
23/03 às 10.07
“Já te disse que não contesto esse relatório, pelo contrário, a situação é facilmente confirmada. Mas também te disse que a situação presente é consequência da ditadura comunista e que os tipos a preferem claramente a voltar ao comunismo. Os russos nunca conheceram a democracia. Só agora começam a caminhar nesse sentido. A culpa é do regime comunista!
Dizes que 70 anos não são suficientes: mentira e da grossa. São mais que suficientes, e a prova disso é o estado de desenvolvimento em que se encontra a Europa do pós guerra. O LR creio, deu e muito bem o exemplo da alemanha de leste. A diferença foi assustadora. E com a grande diferença de os ocidentais poderem circular livremente e os de leste, tal como em TODOS os regimes comunistas (Rússia incluída), não o poderem fazer. A polícia e a tropa colocam-se acima do povo e não ao lado dele como os comunistas tanto gostam de afirmar. É pura mentira e descarada !”
Está respondido?
“A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se sim, mas à custa de enterrar o passado, disso podes ter a certeza. que é como quem diz: Comunismo, nunca mais !
Agora quanto ao papel dos comunistas como força política da oposição, aí acho que o vosso papel é importante para travar os excessos do capitalismo. E ponto final parágrafo. A governar, já está mais que provado que são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas. Respeitam a multiculturalidade desde que ela seja comunista ou a ela se converta, isso sim.
Fica-te lá pela oposição que ficas muito bem, mas poupa-me a afirmações ridículas acerca do sucesso do comunismo no governo de um país”.
Já respondeste a esta ou vais “por a rodar” novamente o relatório das NU?
Gostei da frase:
“Mas não tenha dúvidas bluegift que a libertação dos povos está na mão dos próprios povos, que é aos trabalhadores a quem compete libertar-se da exploração, que atrás dos tempos tempos vêem, e que o futuro está no socialismo.”
Muito bem, gostei. Mas não te esqueças que socialismo não é comunismo. É preciso “reformar” o comunismo e não é à custa de cabeças duras agarradas ao um passado ilusório e caduco que o vão conseguir. Só por golpes de estado, bem ao gosto das minorias extremistas; Mas desses, felizmente e por enquanto, estamos bem protegidos… pelos “porcos imperialistas da NATO”… ;)
As melhoras…
Bluegift: é óbvio que para Brecht os imprescindíveis são todos – incluindo os comunistas – que lutam toda uma vida (e por cá já muitas gerações desde há 85 anos) na construção de uma sociedade nova, liberta da exploração do homem pelo homem, liberta da opressão, desigualdades, injustiças, por uma sociedade em que o desenvolvimento das forças produtivas, o progresso científico e tecnológico e o aprofundamento da democracia económica, social política e cultural assegurarão aos cidadãos liberdade, igualdade, elevadas condições de vida, cultura, um ambiente ecologicamente equilibrado e o respeito pela pessoa humana. Isto é Brecht, o comunista alemão que morreu na sua pátria, a RDA, chamava de imprescindíveis todos os que têm como objectivos supremos a construção do socialismo que é uma etapa para o comunismo.
Sim, confirmo que essa frase (“os comunistas nesses países são mais pobres…”) é do Miguel Madeira. Mas você não se demarcou dela, pois que escreveu “o povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe. A vida era (…) mais dura que hoje. È natural que se apresentassem menos saudáveis e mais embrutecidos. Em contrapartida, hoje, têm mais variedade que nós”.
E ao mesmo tempo que afirma isto diz que concorda também com as conclusões da ONU, que asserta que “em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência” na Federação Russa”, quando antes, “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.
E tanto que percebi que se referia ao passado que perguntei “a que época é que se reporta?” Ao que desconversou respondendo com a treta que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”, em completa contradição com o relatório da ONU que, relembro dizia que antes da transição para o capitalismo “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.
É que não são compatíveis dizer-se que a “pobreza em massa era desconhecida” com a sua afirmação de que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”. Quem não tem acesso regular a artigos de primeira necessidade passa fome e frio, no mínimo.
Como também não é compatível dizer-se que a “situação presente é consequência da ditadura comunista”, quando foi a consequência precisamente da implantação do capitalismo (ou como diz a ONU da “transição para a economia de mercado”).
E não acha que quando afirma que “os russos nunca conheceram a democracia” está a ser arrogantemente racista e ignorante? Sabe que URSS quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas? E sabe que soviético, é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética (conforme o Dicionário da Porto Editora)?
Está agora a trazer para aqui a discussão lá de baixo que o Luís Rainha despachou para o arquivo. O Luís Rainha que reponha o assunto em discussão aqui em cima que eu lhe responderei.
Mas sobre a alegada liberdade “de os ocidentais poderem circular livremente” nem ainda reparou que nem todos os cidadãos dos 25 da UE podem circular livremente nos 25 países dessa mesma UE? Pergunte a um polaco, ou a um húngaro se pode entrar em todos os países da UE, assim sem mais nem menos…
E sobre os comunistas só servirem para estar na oposição, pergunte quem está no governo de Chipre, por exemplo. Ou de Cuba, China, Vietname ou Laos…
E compare por exemplo o nível de vida dos povos desses países com os dos povos dos vizinhos mais próximos…
E a propósito, repare que na Bielorrússia, onde travaram há 12 anos a “transição para a economia de mercado”, segundo o Banco Mundial, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1996 a 2004 chegou aos 77,4 por cento, equivalente a uma média de 6,6 por cento.
Em 2005, o PIB aumentou 9,2 por cento, um dos indicadores mais elevados à escala mundial, segundo a ONU. E já o Banco Europeu confirma que a população bielorrussa que vive na pobreza representa menos de dois por cento da população total do país, enquanto na Letónia chega aos 11,5 por cento, na Lituânia é de 6,9 e na Ucrânia ascende a 31,4 por cento.
Da Letónia e da Lituânia, membros da UE e da Ucrânia que teve a sua “revolução colorida” há pouco mais dum ano…”revolução” essa acompanhada duma impressionante quebra do PIB!
Venham, venham,senhores
estudantes de economia política, história e sociologia, acompanhem de perto este tremendo duelo entre um liberal teimoso e “une femme statisticienne” da velha guarda!
“é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética”
Desde 1936 (pelo menos) que os “sovietes” não eram nada disso – sobre a Constituição de 1936 e as seguintes, um “soviete” era tal e qual um parlamento “burguês”, só que eleito em lista única – no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista.
Quanto a, nos paises em questão, os comunistas serem “mais pobres que a média”, não vejo o que leva a Margarida a contestar isso (já compreendo que conteste o “idosos”) – não são vocês mesmos que se apresentam como os “defensores dos explorados”?
O Miguel Madeira não rebateu nenhum dos meus anteriores argumentos, nomeadamente que a ideia deste tipo de posts é passar, mais uma vez a ideia de que isso de comunistas é coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.
Mas agora com a afirmação de que “um “soviete” (…) no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista”, o Miguel Madeira revela-se como um émulo de Goebbels o ministro de propaganda de Hitler que advogava como método para transformar mentiras em verdades que as mentiras fossem grandes e mil vezes repetidas.
Mas por muitas e grandes mentiras que diga, melhor seria que o Miguel Madeira saísse dos seus lunáticos devaneios e reconhecesse o que toda a gente sabe: que os nazis perderam a guerra e que quem os derrotou foi o sacrificado e heróico povo da URSS.
Esse Desemprego
Meus senhores, é mesmo um problema
Esse desemprego!
Com satisfação acolhemos
Toda oportunidade
De discutir a questão.
Quando queiram os senhores! A todo momento!
Pois o desemprego é para o povo
Um enfraquecimento.
Para nós é inexplicável
Tanto desemprego.
Algo realmente lamentável
Que só traz desassossego.
Mas não se deve na verdade
Dizer que é inexplicável
Pois pode ser fatal
Dificilmente nos pode trazer
A confiança das massas
Para nós imprescindível.
É preciso que nos deixem valer
Pois seria mais que temível
Permitir ao caos vencer
Num tempo tão pouco esclarecido!
Algo assim não se pode conceber
Com esse desemprego!
Ou qual a sua opinião?
Só nos pode convir
Esta opinião: o problema
Assim como veio, deve sumir.
Mas a questão é: nosso desemprego
Não será solucionado
Enquanto os senhores não
Ficarem desempregados!
(Bertold Brecht)
Margarida, desculpa lá, mas só falta começares a cantar a internacional!
Então agora eu tenho que me demarcar do que os outros afirmam? Tu tens pancada, ai tens tens, e forte!!!
Mais uma vez te respondo que o conceito de imprescindível depende de quem o aplica. Pelo que afirmas, para um comunista, só os comunistas são imprescindíveis. Pois, já se desconfiava.
E olha lá, faz algum sentido o que afirmas aqui: “tanto que percebi que se referia ao passado que perguntei “a que época é que se reporta?””
então se percebeste porque é que perguntaste?
“Ao que desconversou respondendo com a treta (olha quem fala…) que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”, em completa contradição com o relatório da ONU que, relembro dizia que antes da transição para o capitalismo “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.”
Tu sabes o que significa “desconversar”? Não parece…
O relatório não fala em parte alguma de artigos de primeira necessidade. Fala em garantia de subsistência, o que não significa que o povo tivesse e, na realidade, não tinha, acesso regular a muitos artigos de primeira necessidade, como a carne e o peixe, fundamentais numa dieta equilibrada. Não sabes ler português ou qual é a tua ideia?
Para ti o povo deve ter o mínimo para sobreviver e os tipos do partido e do poder (militares e policia), podem ter tudo o resto? Isso é que é respeitar o povo? Ou é porque eles não fazem parte dos “imprescindíveis”?
Vais desmentir o povo que vivia nessa época? Desmentir as filas intermináveis para arranjar comida, os mercados miseráveis que tinham sempre os mesmos produtos, vendidos por gente embrutecida sem a mínima noção de serviço? O mercado negro que vendia os produtos “capitalistas” a preço de ouro?
Mas a mais hilariante ainda é esta: ” E não acha que quando afirma que “os russos nunca conheceram a democracia” está a ser arrogantemente racista e ignorante? Sabe que URSS quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas? E sabe que soviético, é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética (conforme o Dicionário da Porto Editora)?”
Vais-me agora dizer que o Nacional-Socialismo também era Socialista, é isso? Tem juízo! Isto já não é fanatismo nem ignorância, é demência!
O governo comunista era um tirano em nome da defesa do povo. Proibia livros, perseguia intelectuais, jornalistas, artistas que contestassem as suas ideias. Muitos fugiram para o ocidente comprando os fiéis comunistas, e a preço de ouro! Muitos outros, centenas, foram cobardemente assassinados ou enviados para “reabilitação”, vulgo tratamento com electro-choques. É mentira isto? Vá, responde e diz que é mentira para eu ou alguém não comunista acreditar. Sim, é bom recordar os crimes dos “santinhos” dos comunistas.
Mais: “Mas sobre a alegada liberdade “de os ocidentais poderem circular livremente” nem ainda reparou que nem todos os cidadãos dos 25 da UE podem circular livremente nos 25 países dessa mesma UE? Pergunte a um polaco, ou a um húngaro se pode entrar em todos os países da UE, assim sem mais nem menos…”
É preciso ter lata. Sabes quantos caros polacos existem estacionados só na minha rua? Muitos deles a fazerem a viagem Polónia-Bélgica mais que uma vez por mês? Mas tu estás a enganar quem? Não havia (está melhor agora, mas mesmo assim é complicado) liberdade de circulação e muito menos para sair do país, e porquê? Queres explicar ?
Sim, o Chipre, Cuba, o Laos, a Bielorússia, têm governos bestiais! Os tipos vivem muito bem, creio que fazem mesmo parte da lista de países mais desenvolvidos do mundo! É uma maravilha! E a China, até que nem se transformou em capitalista nem nada. Não, que ideia, impressão minha… Ridículo.
Está descansada que, dentro de uns aninhos, não só os comunistas vão ser corridos ou diluídos pelo mercado, como os que entraram na UE vão desenvolver-se muito mais que qualquer um dos desgraçados que ainda vive a ditadura comunista. Não te preocupes.
Não há dúvida que o partido comunista pode ter sido muito importante antes do 25 de Abril, mas o que hoje resta dele está mesmo doente.
“que os nazis perderam a guerra e que quem os derrotou foi o sacrificado e heróico povo da URSS.”
Mais uma mentira a juntar às restantes. Foram os ingleses, os americanos, a resistência e os russos. E quantos russos não morreram em experiências destinadas a testar materiais e equipamentos, só porque não se podia gastar muito dinheiro e era necessário “dar a vida pela pátria” (bem à moda fachista) para conseguir suplantar os americanos? Quanto do avanço tecnológico da Rússia não se deveu à morte inglória destas cobaias humanas? Simplesmente nojento.
Em derrapagem, o bluegift deita mão ao insulta e espalha-se ao comprido, mostrando-se como é. Tal como Bush, vê o mundo a preto e branco, os bons dum lado e os maus do outro, e segue a dicotomia do “ou estão connosco, ou contra nós”.
Mas nós os comunistas sabemos que quando querem fechar uma escola numa freguesia, connosco na luta pela escola está a maioria dessa população, ou quando querem encerrar uma maternidade concelhia, também connosco está o grosso dessa população. Ou quando o governo quer alargar a precariedade laboral, connosco estão não só a maioria dos trabalhadores, como também da população.
Nós os comunistas consideramos como imprencindíveis os que lutam toda a vida pelos direitos da maioria. Por cá houve quem toda a vida lutasse por manter escolas abertas e jornais legais, nem todos eram comunistas, mas esses também são (foram) imprescindíveis. Se o bluegift acha que só os comunistas o são, está a ser injusto com democratas que também toda a vida lutaram, umas vezes sozinhos, outras juntamente com os comunistas.
O bluegift continua a fazer-se desentendido e a não querer assumir que a época histórica em que os povos soviéticos tiveram mais direitos foi precisamente aquele período de 70 anos (1922-1991) em que existiu a URSS. Este é o passado a que eu me refiro, mas que nunca o bluegift mencionou.
E também tenta agora tresler o relatório da ONU apesar de lá estar escrito com todas as letras que “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. Eles podiam ter só uma marca de arroz, leite, açúcar, farinha, mas toda a gente tinha arroz, leite, açúcar e farinha. Hoje podem ter dez, vinte marcas, mas têm 20%, 30%, 60% da população sem dinheiro para comprar qualquer uma.
Acabar com a pobreza e com a fome – uma conquista de que poucos povos se podem orgulhar, só merece desdém do bluegift. Não só nunca a passou como nunca sequer se apiedou de quem a sofreu. E menoriza o facto de todos os cidadãos terem a mesma oportunidade de emprego com direitos, habitação, cultura, educação, desporto, saúde, etc…
E deita mão a peças de propaganda da guerra-fria que fazem sorrir quem viveu nesses “paraísos”. Sim por aí há muitos canais de TV e de rádio e jornais e semanários – mas escrutinando os seus conteúdos topamos que todos dizem o mesmo e que todos vendem o mesmo peixe. Nesses paraísos, como cá, até há uma dúzia de personalidades que ocupam vários palcos – umas vezes nos media – simultaneamente com a bancada do governo umas vezes, outras em bancadas da oposição, ou com as cadeiras de conselhos de Administração de grupos económicos e financeiros. Mas só debitam o que interessa ao sistema. E se uma vez por outra convidam um opositor é porque sabem que uma andorinha não faz a primavera.
Fala em censuras, quando hoje se sabe, que por exemplo o Patriot Act nos USA obriga os bibliotecários a entregar ao FBI os ficheiros dos leitores (e dos livros/revistas/jornais que consultam); que o Presidente dos USA autoriza escutas sem autorização judicial; que nos USA (e noutros “paraísos” ocidentais) se fazem buscas domiciliárias sem mandato legal; que prendem cidadãos (e os mantêm presos anos a fio) sem acesso a advogados, sem contactos com as famílias e sem sequer os informar de que crimes são suspeitos – e que isso acontece em Guantanamo, em prisões do Afganistão e do Iraque e em prisões secretas em ilhas do Pacífico e em certos países europeus (que hoje o Conselho da Europa está a investigar) mas de que consta a Ucrânia, Polónia, Roménia, República Checa, pelo menos.
Aos mais de 100.000 iraquianos mortos (estimados em 2004 pelo British Medical Journal Lancet ), não houve “reabilitação” que valesse, que a invasão das tropas dos USA e seus companheiros da civilização “ocidental”. Nem aos dezenas de milhares de mortos no Afeganistão, na Colômbia e em todas as ditaduras da América Latina suportadas pelos USA.
Já para não falar das centenas de milhares de comunistas e democratas indonésios dizimados com o apoio norte-americano, ou nos duzentos mil timorenses, ou nas centenas de milhares de cambojanos, laocianos, filipinos e nos milhões de vietnamitas e norte-americanos assassinados em guerras desencadeadas pelos USA. Ou ainda nos milhares de mortos da Jugoslávia bombardeados pela NATO. E quanto a crimes praticados pelo capitalismo estes são só alguns dos mais recentes. Porque se recuarmos vem-nos à memória a escravatura (quantos milhões?), a exploração colonial em continentes quase inteiros: na África, na Ásia, na América. E o genocídio dos índios norte-americanos. E as duas guerras mundiais no século XX.
E na II Guerra Mundial basta atentar nas perdas humanas para ver quem mais se sacrificou. Morreram em todos os cenários da II Guerra Mundial:
Na URSS 27 milhões
Na China 10 milhões
Na Alemanha 6,5 milhões
Na Polónia 5 milhões
No Japão 2,35 milhões
Na Jugoslávia 1,7 milhões
Em França 600 mil
Na Itália 500 mil
Na Roménia 500 mil
Na Grécia 450 mil
Na Hungria 430 mil
Na Áustria 374 mil
Na Checoslováquia 340 mil
Na Inglaterra 350 mil
Nos USA 300 mil
O PC Alemão em 1933 tinha centenas de milhares de membros. Em 1945 eram pouco mais de mil. De 1940 a 1944, setenta e cinco mil comunistas franceses morreram torturados, fuzilados ou em luta directa com o ocupante. A história repetiu-se em Itália, na Checoslováquia, na Polónia, na Albânia, na Jugoslávia, na Hungria, na Bulgária, nas Repúblicas Bálticas. Na China, no Vietname, nas Filipinas, etc., etc., etc. Dos 27 milhões de mortos da URSS, três milhões eram comunistas.
E basta ainda atentar nalgumas perdas materiais na URSS, onde os hitlerianos destruíram 1.710 cidades, 70.000 aldeias, 32.000 empresas industriais, 100.000 empresas agrícolas. Desapareceram 65.000 Km de vias férreas, 16.000 automotoras, 428.000 vagons. As riquezas nacionais da URSS foram reduzidas em mais de 30%.
Mas em contrapartida no território dos EUA, excepção feita a Pearl Harbour, não caiu uma só bomba, não se disparou um único tiro.
O bluegift, também parece um émulo do Goebbels. Mas se a memória dos homens é fraca, já a dos povos mantém-se por muitos e muitos anos, por muitas e muitas gerações. E não é por milhares de propagandistas repetirem milhares de grandes mentiras que os povos esquecerão quem lhes matou a fome e quem matou os seus antepassados. Por isso, lhe repito, com toda a confiança, que o futuro é do socialismo. Porque é o socialismo quem promove a paz, a cooperação com todos os povos, a libertação de todos os trabalhadores e o bem-estar e a felicidade de todos os homens e mulheres de boa vontade.
Correcção: a frase é “ou nas centenas de milhares de cambojanos, laocianos, filipinos e nos milhões de vietnamitas e norte-coreanos assassinados em guerras desencadeadas pelos USA”.
Eu posso estar em derrapagem para a verdade, tu porém pareces-me em queda livre para o abismo da mentira.
Pela tua conversa estou em crer que o PC está em maioria no Parlamento e que afinal o presidente da República é o Jerónimo de Sousa… Só tu, né?
Queres ver o que é que o passado comunista fez e está a fazer aos países por onde passa?
Já que insistes na cassete da ONU, ora toma lá mais esta: Lista dos países mais desenvolvidos do mundo
1 Norway 0.963
2 Iceland 0.956
3 Australia 0.955
4 Luxembourg 0.949
5 Canada 0.949
6 Sweden 0.949
7 Switzerland 0.947
8 Ireland 0.946
9 Belgium 0.945
10 United States 0.944
11 Japan 0.943
12 Netherlands 0.943
13 Finland 0.941
14 Denmark 0.941
15 United Kingdom 0.939
16 France 0.938
17 Austria 0.936
18 Italy 0.934
19 New Zealand 0.933
20 Germany 0.930
21 Spain 0.928
22 Hong Kong, China (SAR)* 0.916
23 Israel 0.915
24 Greece 0.912
25 Singapore 0.907
26 Slovenia 0.904
27 Portugal 0.904
28 Republic of Korea 0.901
29 Cyprus 0.891
30 Barbados 0.878
31 Czech Republic 0.874
32 Malta 0.867
33 Brunei Darussalam 0.866
34 Argentina 0.863
35 Hungary 0.862
36 Poland 0.858
37 Chile 0.854
38 Estonia 0.853
39 Lithuania 0.852
40 Qatar 0.849
41 United Arab Emirates 0.849
42 Slovakia 0.849
43 Bahrain 0.846
44 Kuwait 0.844
45 Croatia 0.841
46 Uruguay 0.840
47 Costa Rica 0.838
48 Latvia 0.836
49 Saint Kitts and Nevis 0.834
50 Bahamas 0.832
51 Seychelles 0.821
52 Cuba 0.817
53 Mexico 0.814
54 Tonga 0.810
55 Bulgaria 0.808
56 Panama 0.804
57 Trinidad and Tobago 0.801
—
O primeiro comunista que aparece é Cuba, e em 52ndo. lugar!!!
Só vejo ex-comunistas na lista, dos tais que já se estão a levantar depois da tirania comunista.
Por aqui fica provado que se há regime que menos se preocupou com “Acabar com a pobreza e com a fome – uma conquista de que poucos povos se podem orgulhar… Não só nunca a passou como nunca sequer se apiedou de quem a sofreu. E menoriza o facto de todos os cidadãos terem a mesma oportunidade de emprego com direitos, habitação, cultura, educação, desporto, saúde, etc…” é, sem margem para dúvidas, o regime comunista.
Já agora, aproveita para verificar quais são os índices de desenvolvimento. Vais perceber melhor a critica que realizo ao auge da política comunista na Rússia.
Falas de todas as atrocidades realizadas aos comunistas, como se eu concordasse com elas. Onde está escrito que eu as apoiava? Sabes o que se chama a isso que estás a fazer? Difamação! Como te faltam os argumentos recorres novamente à mentira e às cassetes do costume.
Se eu sou pela Democracia é evidente que não estou de acordo com a eliminação dos comunistas. Nem sequer estaria para aqui a falar contigo. Mas varrer para baixo do tapete o insucesso flagrante das economias comunistas, e o seu caracter tirano e assassino, isso, tem paciência, não faço.
Mas gosto de te ouvir falar em Socialismo, desde que não seja nem comunista nem nacional-socialista ;)
(acho bem que tenhas feito uma correcção, há que repetir a lição sem erros!)
Continua a táctica de fuga para a frente e de tresler o que não lhe interessa o que em nada abona a sua seriedade. E a propósito, eu não andei consigo na escola, pois não?
Se ler toda a Lista de países ordenada por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que tem por base os dados do Development Programme Report das Nações Unidas elaborado em 2005, com dados relativos a 2004, constatará que dos países com regime socialista, Cuba está na lista dos países com Elevado desenvolvimento humano. Também, nesta lista consta Chipre, governada pelo Partido Comunista. Os restantes países com regimes comunistas (China, Laos, Vietname) estão entre os países com Médio desenvolvimento humano. Também nesta lista está a Bielorrússia.
Há que ter em consideração que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros factores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil.
O IDH é feito desde 1975. Aconselho-o pois a analisar atentamente todos os IDH desde essa data e com mais atenção desde 1990. Verá, por si mesmo que de facto, todos os países com regime socialista, após a transição para o capitalismo, baixaram o seu IDH e os que se mantiveram subiram o seu IDH. Mas veja por si.
Reparei também que não estranhou eu não ter replicado à sua treta sobre a liberdade de circulação dos polacos na Bélgica. Será que já descobriu que de facto aos trabalhadores dos oito novos países comunitários ex-socialistas, nomeadamente Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Letónia, Estónia e Lituânia, foram colocadas restrições à livre circulação por 12 dos 15 antigos Estados-membros? E que essas restrições ainda se mantêm?
Reparei ainda que já reconhece alguns dos crimes do capitalismo. Para lhe refrescar a memória, relembro a lista dos países que os USA bombardearam desde a II Guerra Mundial:
China – 1945/1946
Coreia – 1950/1953
China – 1950/1953
Guatemala – 1954
Indonésia – 1958
Cuba – 1959/1960
Guatemala – 1960
Congo – 1964
Perú – 1965
Laos – 1964/1973
Vietname – 1961/1973
Guatemala – 1967/1969
Granada – 1983
Líbia – 1986
El Salvador – 1980’s
Nicarágua – 1980’s
Panamá – 1989
Iraque – 1991/2003
Sudão – 1998
Afeganistão – 1998
Jugoslávia – 1999
Afeganistão – 2001/2006 – a ocupação continua
Iraque – 2003/2006 – a ocupação continua
AS CINCO DIFICULDADES PARA ESCREVER A VERDADE
Bertold Brecht (*)
Hoje, o escritor que deseje combater a mentira e a ignorância tem de lutar, pelo menos, contra cinco dificuldades. É-lhe necessária a CORAGEM de dizer a verdade, numa altura em que por toda a parte se empenham em sufocá-la; a INTELIGÊNCIA de a reconhecer, quando por toda a parte a ocultam; a ARTE de a tornar manejável como uma arma; o DISCERNIMENTO suficiente para escolher aqueles em cujas mãos ela se tornará eficaz; finalmente, precisa de ter HABILIDADE para difundir entre eles. Estas dificuldades são grandes para os que escrevem sob o jugo do fascismo; aqueles que fugiram ou foram expulsos também sentem o peso delas; e até os que escrevem num regime de liberdades burguesas não estão livres da sua acção. (…)
(*) Texto de 1934.
Tradução de Ernesto Sampaio. Publicado no Diário de Lisboa de 25/Abr/82.
Fica-te bem estares sempre a citar frases feitas pelos outros, então por intelectuais conhecidos ainda te fica melhor…
Não andámos de certeza absoluta na mesma “escola”, até porque eu, não tenho “escola” ;)
Pelos que afirmas acerca dos meus comentários, verifico que continuas a não conseguir (ou a não querer) realizar a interpretação de textos simples, mas paciência. Pena que aqule que utilizas de Bretch não passe de um estereotipo para ti…
Margarida, eu li toda a lista, e se quiseres os dados de 2003, então toma lá: http://hdr.undp.org/reports/global/2005/pdf/HDR05_HDI.pdf
Como podes verificar, os dados contradizem o que afirmas. Uma boa parte dos países que saíram do regime comunista e aderiram à UE estão a recuperar. De tal forma que ainda hoje o telejornal assinalava que Portugal tinha sido ultrapassado por dois deles e está em vias de ser ultrapassado por outros. Ora, queres desmentir a situação?
Cuba está em 52ndo lugar, não leste o que escrevi, nem leste o que está nas listas? A Bielorússia está no cú de judas! Mas brincamos ou o quê? Querem ver que a lista muda a ordem dos países quando aparece no computador da Margarida?!!!!…
Já agora, deixa-me lá ver a lista de comparação dos HDI que possuis. Tenho mesmo imensa curiosidade me consultá-la. É que a verificar-se o que afirmas, e estando os países com regime comunista tão mal classificados… bom… se estão a crescer… dios mio, em que posição é que estavam os desgraçados antes? Para lá do cú de judas, de certeza!!!
Ai ai Margarida, francamente. Não há pachorra.
Relativamente à livre circulação, pois só faltava mais essa. Eu estou com visões! Os tipos que andam por aqui em tudo quanto é rua de Bruxelas, afinal, não são polacos! E os hungaros, os romenos, os moldavos, os russos, todos estes tipos de leste são produto da minha imaginação, então não?!
Desculpa lá mas tens cá uma lata. Não nego que não existam algumas restrições, mas tal acontece porque de outra maneira não haveria capacidade para acolher os milhões que para cá se querem deslocar. Neste momento, apenas quem entra como turista ou tem contrato de trabalho o pode fazer livremente, e também quem tem família ou amigos e no prazo de 3 meses arranje trabalho ou outra forma de subsistência. A segurança social na Bélgica e no Luxemburgo é, apenas, a melhor do mundo. E a Bélgica nunca foi comunista ;) É lógico que hajam algumas restrições. É uma medida aplicada igualmente aos portugueses, espanhóis, todos os outros. Mas podem circular livremente, não é como nos países de regime comunista de onde nem sequer podem sair, a não ser com autorizações muito especiais.
Ainda não me explicaste porquê. É segredo?
E olha lá, o que é que eu tenho que ver com os crimes dos EUA? Já me viste andar para aqui a defendê-los? Eu sou alguma apoiante da política dos EUA? Os líderes de lá não são muito diferentes dos comunistas, a única coisa que falta aos líderes comunistas é o poder e a força económica de uns EUA, porque quando lhes sobra algum poderzinho toca de invadir uns paises para os tornarem comunistas à força, tal como se viu durante as guerras mundiais. Há alguma diferença? E quantos polacos, checos, e mesmo afegãos e outros, morreram às mãos das tropas do regime comunista?
Problemas de memória, será? Ou foram os americanos que os obrigaram? Vai daí a culpa da ocupação comunista feita aos países de leste também é dos EUA… com essa é que me lixaste! LoL !
Meu caro bluegift tenta só explicar-me como seria o mundo hoje sem os comunistas e todo o seu papel na recente história da humanidade???
Ainda estaríamos a viver no tempo do colonialismo? Angola ainda seria nossa? Ainda estaríamos a viver no capitalismo mais selvagem em vez de caminhar-mos a passos largos para lá ??? O planeta seria um imenso farwest com mister Bush e sus muchachos a pavonearem-se por este mundo.
Digo-te uma coisa; os comunistas cometeram grandes erros, de outra forma não se explicaria a actual situação que se vive nos países da antiga União Soviética e de Leste, mas sem a intervenção determinante dos comunistas nos destinos da humanidade, hoje estaríamos de certeza muito pior! Se não acreditas faz um esforço e tenta explicar-me como seria este mundo.
Quanto aos erros cometidos, ainda cá estamos para os corrigirmos e fazer deste mundo um mundo melhor, “uma terra sem amos, a Internacional!”
E apesar de logo no inicio a Revolução de Outubro ter sido atacada por uma coligação de Americanos, Ingleses, Franceses e mais não sei quantos, de em seguida ter sido atacada pelo Nazismo e no fim da segunda guerra ter sido de novo atacada pela América, Inglaterra, Portugal, Espanha…, na famosa guerra-fria, mesmo assim, conseguiram atingir um nível de desenvolvimento que colocaram a URSS na VANGUARDA DO DESENVOLVIMENTO MUNDIAL.
O mundo ainda só assistiu ao principio da experiência do Socialismo, (quantos séculos temos de capitalismo e burguesia no poder????), mas como se pode constatar nestes tempos de neo-liberalismo, o capital é o pior pesadelo para a humanidade, não lhe dá futuro, antes pelo contrário, destrói qualquer perspectiva de um mundo melhor, é a guerra e o mais profundo egoísmo o que nos tem para dar, é a morte, o roubo das riquezas dos povos e destruição do seu património histórico, da cultura, o egoísmo elevado à condição de valor fundamental, o fanatismo, o fundamentalismo, a destruição do planeta. São as autenticas sanguessugas da humanidade, com eles não há futuro!!!!
Mais uma voltinha, mais uma habilidade do bluegift: o que ouviu hoje no telejornal é que em relação ao PIB, a República Checa ultrapassou Portugal. E a lista que o bluegift publicou é a do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano) da ONU que repito “é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros factores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil”, isto é não tem nada a ver com o PIB!
Portanto só são legítimas comparações do IDH de 2004 com as do IDH de anos anteriores e esse foi o desafio que eu lancei ao bluegift para fazer, mas que ele não quer fazer porque sabe que o que eu disse é autêntico. Tanto que assim é que é o próprio Relatório da ONU de 1999 que (comparando o declínio entre 1990 1997): afirma “ser difícil imaginar que algo similar pudesse alguma vez ter acontecido em tempo de paz e numa região tão vasta”. E que “a transição impôs às pessoas um custo pesado não apenas em termos do aumento da doença, da mortalidade e de uma esperança de vida menor, mas também em termos da ruína social que se reflecte no incremento do consumo de álcool, na subida drástica do consumo de drogas e no aumento da taxa de suicídios”.
O bluegift diz que não tem “escola” mas tem é a “escola” toda dos profissionais da desinformação: mistura alhos com bogalhos, faz amalgamas, deturpa, isto é faz propaganda.
Quanto à circulação dos trabalhadores da Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Letónia, Estónia e Lituânia, basta qualquer um fazer uma pesquisa no Google para ver que de acordo com o Tratado de Adesão assinado em 16 de Abril de 2003, os 15 Estados-membro têm de decidir até 30 de Abril de 2006 se levantam as restrições nacionais à livre circulação de trabalhadores na União Europeia. E que essas disposições foram introduzidas em Maio de 2004 por 12 dos 15 (excepto a Irlanda, a Suécia e o Reino Unido).
Mas o bluegift – gato escondido com rabo de fora – acaba por confessar que de facto as restrições existem na Bélgica…por razões económicas.
E continua com os seus delírios lunáticos a menorizar a libertação pelo exército vermelho da Polónia, Checoslováquia, países bálticos, etc., do ocupante nazi.
É tempo do bluegift acordar, de perceber que quem invadiu, destruiu, assassinou foram os hitlerianos nazis e que quem teve o mais importante papel na libertação de quase toda a Europa foi o Exército Vermelho. E que foi a Alemanha nazi quem perdeu a II Guerra Mundial que ela desencadeou!
Discutir com a Margarida é em tudo, mas tudo, igual a discutir com uma Testemunha de Jeová. (sei disso porque já “discuti” muito com as Testemunhas)
A mesma paranóia, a mesma crença religiosa, a mesma virulência ignóbil (refiro-me, em especial, à facilidade com que faz associações ao nazismo, ou, à automática diabolização das opiniões contrárias).
Assim, Bluegift, bom esforço; mas inglório.
Este “desabafo” da Valupi lembrou-me um texto do intelectual brasileiro Emir Sader, “A indústria do anticomunismo”, que por não ser muito extenso e ter relação com o tema aqui posto:
Um escritor judeu residente em Nova York chamou de membros da “indústria do holocausto” os que vivem às custas do massacre sofrido pelos judeus – assim como pelos comunistas e pelos ciganos, tão esquecidos.
São burocratas, “intelectuais”, “religiosos” que vivem da exploração do tema – literalmente vivem: ganham dinheiro, prestígio, espaço na imprensa e nas editoras.
O mesmo se pode dizer do anticomunismo. O fim da URSS e do campo socialista deixou um tipo particular de viúva: os que viviam da “guerra fria”. Na Argentina, no momento da morte de Perón, um antiperonista radical – do Partido Radical – escreveu, desconsolado: “Nesse caixão vai metade da minha vida. Eu que cresci e vivi como anti-peronista, o que vai ser de mim, de onde vou tirar o sentido da minha vida?” No desespero, sentia-se traído por Perón, que o abandonava à sua própria sorte.
Um comunista me dizia outro dia que se deliciava em ler a sobrevivente literatura anticomunista, porque dá a impressão que o mundo está à beira do comunismo, que os dias do capitalismo estão contados. Essa fauna encontra vários exemplares por aí, viúvas da “guerra fria”, que tratam de viver do anticomunismo: colunistas de uma (ainda) bem vendida revista semanal, filho de um marqueteiro; um articulista de duvidosa existência (há quem diga que é pseudônimo de um esquerdista, que criou esse grotesco personagem para desmoralizar a direita), um editor cultural promovido por um assassino – todos personagens jurássicos, deslocados, que têm que criar o fantasma do comunismo para aparecerem como valorosos “salvadores do capitalismo”, cobrando polpudos salários por esse papel que se auto-atribuem.
A mencionada revista semanal, saudosa dos tempos da bipolaridade EUA/URSS, destila periodicamente – entre capas sobre temas de saúde, de compras, de variedades, tiradas de revistas estadunidenses – seus venenos anticomunistas, de que pretende tirar proveito mostrando serviço ao grande empresariado e recebendo vantagens em troca.
Pautas como o MST, Cuba, guerrilhas, PT, Venezuela (lembram-se da grotesca matéria de capa regozijando-se do golpe contra o “ditador” Hugo Chávez, uma das maiores gafes dos últimos tempo na imprensa brasileira) alternam-se com matérias fúteis de propaganda do “american way of life”.
Nesta semana, por falta de pauta – o mundo e o Brasil lhes parecem suficientemente pobres de interesse – publica-se com estardalhaço – como se sugeria nos manuais de propaganda estadunidenses da “guerra fria” para os órgãos financiados e promovidos por eles – uma pífia matéria sobre suposto financiamento das Farc ao PT.
As Farc são um prato cheio para os nostálgicos da “guerra fria”. Guerrilha, América Latina, Partido Comunista, tentativa de criminalização acusando-os de “narcoguerrilhas” – sem nunca mencionar os reconhecidos vínculos do presidente colombiano com os paramilitares e, através destes, com os cartéis (nunca usaram a expressão “narcopresidente”). A matéria não apresenta nenhuma prova concreta, refugiando-se em fontes que teriam desejado não aparecer. Nada ficará quando a espuma da onda baixar. Mas a onda está feita, repercutida em todo o resto da imprensa escrita do fim de semana, com direito a desmentidos e entrevistas na televisão.
É esse o papel da imprensa da “guerra fria”. Desvia-se das pautas essenciais para o povo brasileiro e para o Brasil e resta o que os monopólios privados da mídia impõem. Uma senhora idosa declara, no Estadão, que é bem atendida pelo médico cubano que a atende em uma pequena cidade de 3 mil habitantes no norte de Tocantins – onde nenhum médico da burguesia vai. Mas o artigo publicado – sem uma outra versão, como pede o manual de redacção desse jornal – na Folha de S. Paulo se preocupa com a validação do diploma da primeira geração de médicos pobres no Brasil.
Supostamente preocupados com a saúde do povo brasileiro, sem se dar conta de que esses médicos vão trabalhar em cidades como essa de Tocantins, na saúde pública, e que não vão concorrer com a clientela rica dos Jardins. Se preocupam com o diploma da Faculdade Latino-americana de Medicina, em Cuba, país que têm um dos melhores índices de saúde do mundo, ao contrário do Brasil, onde predomina a medicina privada.
Mas a indústria do anticomunismo precisa levantar os fantasmas da subversão, para poder vender seus serviços para uma burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.”
Estive a ler com atenção. Como sou escrupuloso, li várias vezes. E não encontrei relação entre o que escrevi e o conteúdo do texto. Porque o texto não fala duma “Margarida” obcecada e esquizóide (com o devido respeito para os pacientes dessas patologias).
Por isso, Margarida, e só nas caixas onde sou monarca, ficas a saber que se permite quase tudo numa discussão – menos a falta de ética. Agora, das duas uma: ou me explicas, convencendo-me, a legitimidade de invocares o meu comentário para ires buscar esse texto ou pedes desculpa pela tua falta de honestidade. Caso não o faças, o texto irá ser apagado e dele apenas restará um link.
O Vilupi faz dum título “Uma doença chamada Comunismo” um post (que o link a um artigo em inglês nada acrescenta”). E no seu único comentário diz que discutir comigo é “igual a discutir com uma Testemunha de Jeová” e explica: “A mesma paranóia, a mesma crença religiosa, a mesma virulência ignóbil (refiro-me, em especial, à facilidade com que faz associações ao nazismo, ou, à automática diabolização das opiniões contrárias).”
1- Contudo o Valupi nada replicou quando eu aqui disse: “a ideia deste tipo de posts é passar, mais uma vez a ideia de que isso de comunistas é coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.”
2 – Nem o Valupi qualificou de “paranóia”, “crença religiosa” ou “virulência ignóbil” afirmações do bluegift como:
– “É natural que se apresentassem (os russos) menos saudáveis e mais embrutecidos”, “só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”;
– “Os russos nunca conheceram a democracia”, “A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se”
– “Comunismo, nunca mais!”
– “os comunistas (…) a governar, (…) são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas.”
– “É preciso “reformar” o comunismo (…) por golpes de estado (…)”
– “O governo comunista era um tirano (…).”
– “Não há dúvida que o partido comunista pode ter sido muito importante antes do 25 de Abril, mas o que hoje resta dele está mesmo doente.”
– “o insucesso flagrante das economias comunistas, e o seu caracter tirano e assassino”.
E essas tiradas anti-comunistas do bluegift tiveram como conclusão óbvia que “os líderes de lá (USA) não são muito diferentes dos comunistas”, isto é a equivalência do comunismo ao capitalismo.
3 – Nem o Valupi criticou de “virulência ignóbil” e referiu “à facilidade com que faz associações ao nazismo” quando o Miguel Madeira comparou o comunismo ao nazismo (“um “soviete” (…) no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista”).
4 – Isto é, enquanto a discussão rolava entre as habituais tiradas anti-comunistas e as habituais equivalências anti-comunistas (de comunismo igual a capitalismo e de comunismo igual a fascismo) e a sua contestação, o Valupi deixou rolar. E só acordou quando eu postei o texto de Emir Sader, “A indústria do anticomunismo”, com as fantásticas afirmações de eu ter “falta de ética” e “falta de honestidade”.
É que o Emir Sader explica que “O fim da URSS e do campo socialista deixou um tipo particular de viúva: os que viviam da “guerra fria”. E dando o exemplo do Brasil, referia: “Essa fauna encontra vários exemplares por aí, viúvas da “guerra fria”, que tratam de viver do anticomunismo: colunistas (…), um articulista de duvidosa existência (…), um editor cultural (…) – todos personagens jurássicos, deslocados, que têm que criar o fantasma do comunismo para aparecerem como valorosos “salvadores do capitalismo”, cobrando polpudos salários por esse papel que se auto-atribuem.”
Lembra ainda Emir Sader que: “É esse o papel da imprensa da “guerra fria”. Desvia-se das pautas essenciais para o povo brasileiro e para o Brasil e resta o que os monopólios privados da mídia impõem.”
E conclui Emir Sader que: “a indústria do anticomunismo precisa levantar os fantasmas da subversão, para poder vender seus serviços para uma burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.”
Se o Vilupi é “viúva” ou “órfão”, não sei. Agora o que sei é que enfiou a carapuça do gajo que vivia e continua a viver do anti-comunismo ao serviço da “burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.” E o que o Valupi faz nas caixas de comentários dos seus posts é da sua exclusiva responsabilidade. Como é da minha responsabilidade os comentários que faço.
Concordo com tudo o que a/o Bluegift escreveu. Nada há ali de ignóbil. Ignóbeis foram todas as experiências políticas ditas comunistas ou socialistas. Ignóbeis também podem ser algumas das consequências do capitalismo; apenas ainda não se descobriu sistema económico melhor, por razões que a História vem justificando (isto quer dizer que não se conhece no mundo sistema alternativo, não que não venha a ser conhecido – mas, a ser, implicará uma radical transformação das actuais condições de produção e ecologia respectiva).
A ideia do post foi apenas a de veicular uma notícia. A menos que contestes a veracidade da notícia, ela está aí à disposição da livre interpretação. Acontece, Margarida, que tu lidas muito mal com interpretações livres, pelo que reages paranoicamente e ofendes a tua própria inteligência ao preferires as teorias da conspiração ao diálogo com o diferente, o “outro”.
Satanizas sistematicamente qualquer opinião sobre o comunismo, a URSS e satélites ou o PCP que destoe da tua cassete. Nisso és esquizóide, ficando presa numa realidade que os outros à tua volta não compreendem, não querem entender e não têm pachorra para sequer tentar perceber (excepção, claro, para os teus companheiros de delírio).
Invades as caixas de comentários com lençóis de textos que não são teus, pervertendo a natureza coloquial destas conversas. Actuas no exacto registo das Testemunhas de Jeová, com as suas citações bíblicas sempre prontas a disparar. Tens uma concepção profundamente ingénua e religiosa da política, faltando-te a competência da alteridade para sequer saberes com quem falas e do que deverás falar. Estás condenada ao psitacismo, tal como as Testemunhas (e congéneres, estas apenas um exemplo fácil).
Mas o principal, como outros bem mais autorizados do que eu já te disseram neste blogue, é que tu prestas um péssimo serviço à causa que dizes defender. Foi assustador, para mim, imaginar que o PCP seja (actualmente) maioritariamente (totalmente?…) constituído por pessoas com o teu fanatismo. A ser verdade, vocês são perigosos. E foste tu que me ofereceste esse pensamento.
Consequências? Ao longo da minha vida já votei várias vezes no PCP, APU, CDU, pelas mais diversas razões. Agora, jamais. Vês? Estás, de facto, a interferir no resultado das eleições.
Podes passar o resto da tua vida a despejar os “factos” e opiniões que servem a tua fé. A acção política, neste nosso tempo, é outra coisa.
António Silva, pela lógica indiscutível dos números e dos relatos dos habitantes, parece-me que os países de leste seriam mais desenvolvidos e muitos deles não teriam sofrido a violência de uma ditadura.
Repare, se ler o que escrevi neste post até agora vai reparar que eu nunca afirmo que os comunistas não são necessários. E acredito que foram uma força muito importante no nosso país antes do 25 de Abril. Mas nós não vivíamos num capitalismo selvagem, vivíamos numa ditadura, mas fachista. Hoje os comunistas podem servir de travão aos excessos do capitalismo, tal como já aqui referi, sobretudo os provenientes das políticas mais recentes de liberalismo selvagem. Mas, atenção, nunca, mas nunca, se substituir ao capitalismo e à democracia. Mais ditaduras e atrasos de vida, não obrigada.
Os comunistas não são os principais travões de Bush, pelo contrário, até servem de pretexto para justificar os seus excessos, sabes disso muito bem. O mérito neste domínio não é dos comunistas.
Congratulo-te é por, ao contrário da Margarida (que me lembra o saudoso e hilariante ministro da informação iraquiano a negar a entrada dos americanos em Bagdad enquanto ao fundo do ecrán os tipos entravam pomposamente cidade dentro…), reconheceres que os comunistas cometeram grandes erros. E é esse o caminho certo para que o comunismo ganhe mais credibilidade junto das pessoas. É preciso não só reconhecer os erros como tentar corrigi-los. Mas António, essa da « terra sem amos » é puro delírio. Precisarias de mudar a genética humana para o conseguir e, mesmo assim…
A URSS, os EUA, a Inglaterra, o Japão e outros países estavam realmente na vanguarda do desenvolvimento TECNOLÓGICO, nada de confusões. Só que o preço a pagar na URSS por essa vanguarda feita propaganda do partido, foi bem elevado. Muitos russos foram destruídos em seu nome, muito dinheiro que poderia ter sido investido no povo foi para essa forma de propaganda.
O resto do que afirmas é pura demagogia e mais uma vez se pretende misturar o comunismo com o socialismo. O verdadeiro Socialismo, e não o Comunismo disfarçado de Socialismo, convive bem com o capitalismo e com a burguesia, FELIZMENTE ! E, pelos vistos, a China capitalista/comunista já percebeu isso…
Valupi. Infelizmente, sei que o esforço é inglório. Muitos são pessoas que acreditaram piamente numa causa que pensavam possível, mas a realidade foi cruel e os meios e resultados de aplicação dessa causa utópica ainda mais.
O problema está em assumir esse falhanço e conseguir sobreviver sem o suporte e “carinho” da famiglia ;)
E a culpa é tua ! Falaste na doença do comunismo e eu tratei de desabafar sobre o que pensava da dita doença. A cabeça dura da Margarida fez o resto…
(será que agora entra?)
Pois é Margarida eu sou uma pessoa habilidosa, obrigada pelo cumprimento. Pelo menos sei que o PIB, juntamente com a esperança de vida e o índice educacional, entram no cálculo do IDH – índice de desenvolvimento humano… Ora vai lá ver : http://en.wikipedia.org/wiki/Human_Development_Index .
Tu mostras uma ignorância ou bem que atroz ou bem que intencional. Mas azar o teu, essas tuas táticas, que muito pouco te dignificam, não resultam.
Mas se queres mais uma prova do baixo PIB alcançado pelos regimes comunistas, pois aqui vai : http://ocde.p4.siteinternet.com/publications/doifiles/012005061G002.xls
Estás mais elucidada ? Já conseguiste finalmente perceber um pouco melhor o significado da notícia a que me referi ? Ou queres que eu explique novamente ?
Relativamente a : « Portanto só são legítimas comparações do IDH de 2004 com as do IDH de anos anteriores e esse foi o desafio que eu lancei ao bluegift para fazer, mas que ele não quer fazer porque sabe que o que eu disse é autêntico » Épa Margarida, eu até gostaria muito de o aceitar, mas não estou a conseguir encontrar estes dados que deves, seguramente, possuir (tal é o conhecimento que afirmas deter em relação aos mesmos…). Por isso, mais uma vez te peço, encarecidamente, que os apresentes. Afinal tens ou não esses dados ?
Aliás, mentes, para não variar. No comentário anterior enviei-te os dados de 2003, que continuam a corroborar o que afirmei sobre os de 2005. Se não os vistes, então, andas mesmo muito distraida… Mas mostra lá os outros, não te acanhes, anda !
Não, Margarida, continuas com dificuldades na interpretação de textos. As restrições não são só na Bélgica mas em outros países do espaço UE. As razões são as mesmas. Levar de uma vez só com tal quantidade de população arrasa qualquer país. Qual é o teu problema ? Não entendes ? Ainda não me explicaste é porque é que os países comunistas têm restrições severas à circulação, importaste de explicar ? Já é a 3a ou 4a vez que te coloco a pergunta…
Não foste tu quem afirmou que os países da ex-URSS estavam em declínio económico graças ao capitalismo e etc e tal ? Onde ? Explica lá isso melhor pois eu não estou a entender muito bem. Entre 2000 e 2005, pelo menos a R. Checa, a Polónia e a Eslovénia estão de boa saúde e recomendam-se. Será que andas a consultar as boas fontes ? Ou será só delírio ? Ou será mais uma mentirinha para enganar o Zé Povinho ?
Mostra as tuas fontes os teus quadros, vá ! Estás à espera de quê ? Pode ser que o engano seja meu. Juro que não sou como tu, reconheço os meus erros. Vá, não te acanhes rapariga. Entre os Brecht e o manual das palavras de ordem do costume, vê se arranjas um espacinho para procurar os famosos gráficos, ok ?
Quanto mais esperneias mais te afundas ;)
Outra que também é muito boa : « E continua com os seus delírios lunáticos a menorizar a libertação pelo exército vermelho da Polónia, Checoslováquia, países bálticos, etc., do ocupante nazi. » Bravo, Margarida, tal qual o estilo do governo americano, só que muito mais básico. Mas não eras tu quem defendia a soberania dos povos ? Então como é que agora surges a defender esta alarvice e, pior ainda, a exibi-la triunfalmente ?
O exército vermelho teve o seu papel no combate ao nazismo e na tiranização e assassinato de populações que não pretendiam submeter-se ao imperialismo russo nem ao comunismo. Louvável e condenável, portanto.
Mas enquanto te entretens a procurar as justificações e os gráficos que te peço, deixo-te o actual hino do povo russo (não, não é a internacional nem o Deus salve o czar…) e até quinta-feira que a minha vida, felizmente, existe para além dos blogs ;).
Russia, nossa força santa!
Russia nosso país bem amado!
Uma vontade ponderosa, uma imensa glória,
são os teus atributos eternos.
Sê gloriosa, pátria nossa, livre,
aliança eterna de povos irmãos !
Pelos antepassados, portadora da sabedoria do povo !
Sê glorioso, país nosso ! Nós orgulhamos-nos de ti !
Dos mares do sul ao círculo polar
estendem-se as nossas florestas e campos.
Tu és única na terrra ! Tu és única !
Nossa terra natal protegida por Deus.
Os espaços alargados para os sonhos e a vida
abrem-nos o futuro.
A nossa fidelidade pela Pátria torna-nos fortes.
Foi assim, é assim, e assim será para sempre !
A música, uma das mais belas em hinos nacionais, e o autor, apesar das modificações sofridas (a referência a Lenine e outras mais violentas foram à vida…) são os mesmos e, como deves saber de cor : A.Alexandrov e S.Mikhalkov, respectivamente.
Mais contentinha ? B)
Bom Fim de Semana !
alguém me explica porque é que o comentário à Margarida está “suspenso”?
bonito serviço… e agora quem é que vai limpar a casa?
Blue, tinhas links a mais para o sistema e ele resolveu “perguntar” se estava tudo bem. Entretanto, tens o texto todo aí em cima. Agora, e para não haver duplicação, proponho apagar a versão múltipla. Que me dizes?
acho excelente, please !!! :P
é desta que me vou.
bom fds
Valupi: não se compreende que quem acha que “ainda não se descobriu sistema económico melhor” do que o capitalismo, classifique quem tem convicções opostas de “paranóica”, “esquisóide”, “fanática” e “perigosa”. Pois se o seu sistema é o melhor, não havia razões para tanta nervoseira, pois não? Mas toda esta agitação, este apontar o dedo a quem pensa diferente só mostra insegurança e é o melhor desmentido à alegada superioridade do sistema económico capitalista. Que será superior sem dúvida para uns tantos privilegiados mas que é madrasta para a imensa maioria que vive do seu trabalho. Como é o meu caso.
PS: calculo que também subscreva a nova infâmia do bluegift de associar comunismo a máfia, não é verdade?
Margarida, tu não tens qualquer autoridade moral para te queixares seja de quem for. O que é curioso é que há vários a tentar dialogar contigo, na esperança de serem comunidade. Só que tu preferes o solipsismo ideológico.
E quanto a nervoseiras e infâmias, não me vais fazer perder tempo a citar o que escreves. Está tudo aí em cima e espalhado por este blogue e pelo BdEII. Não tens mesmo a noção, pois não?…
Bluegift: agora o papel que queria que os comunistas desempenhassem era o de “servir de travão aos excessos do capitalismo”, mas de modo a que “nunca, mas nunca, se substituir ao capitalismo e à democracia”.
Isto é, na sua magnanimidade, o bluegift até concordaria que os comunistas podiam “ajudar” os capitalistas, mas nunca poderiam perseguir os seus objectivos de transformação da sociedade. Sorry bluegift, mas quem define o que os comunistas devem ou não fazer são os próprios comunistas e mais ninguém.
Mas já cai no domínio do delírio classificar o desenvolvimento tecnológico na URSS como forma de propaganda. Ou negar à China o que está na sua própria Constituição: “A República Popular da China é um Estado socialista de ditadura democrática popular dirigido pela classe operária e baseado na aliança operária-camponesa, a China se encontra durante um período prolongado na etapa primária do socialismo. A tarefa fundamental do Estado é de concentrar forças para realizar a modernização socialista, caminhando ao longo do caminho socialista com peculiaridades chinesas.”
Pelo menos ficamos a saber, sem margem de qualquer dúvida, que afinal o bluegift defende o “socialismo” que “convive bem com o capitalismo e com a burguesia”, assim como que à moda do do BE ou do PS ou mesmo do PSD…
PS: Afinal quando o bluegift disse que concordava com o Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de 1999, que é objecto do artigo do Carapinha (http://www.pcp.pt/publica/militant/index.html) não só não lera o artigo do Carapinha, como muito menos lera o Relatório. É que os links que ele apresenta não são nem da ONU nem do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, mas sim da wikipedia e da OCDE. Que tal procurá-los no sitezinho próprio, bluegift?
E por fim, se as “considerações económicas” são suficientes para explicar as restrições à entrada de trabalhadores comunitários em doze países da União Europeia, não se entende porque é que as mesmíssimas “considerações económicas” já não são válidas para explicar as restrições à saída de trabalhadores (altamente formados) dos antigos países socialistas? Afinal, a sua educação e formação tinha sido custeada pelo trabalho dos seus co-cidadãos.
Eles bem que me avisaram que a aspirina era “antianalgésica, pirética e inflamatória”. Lá vou eu ter que recorrer aos “enfermeiros de plantão”.
Obrigada pelas recomendações mas eu como a sopinha todos os dias e bebo o suminho de laranja todas as manhãs. E os meus camaradas comem e bebem o que lhes apetece. Até no comer e no beber a malta não vai em conversas.
E eu a pensar que a B.B. andava numa de defensora de focas. Afinal, agora defende é tubarões e abutres.
Viver a vida intensamente pode ter os seus custos, mas sempre é mais interessante do que a pasmaceira burguesa. Aliás normalmente qualquer burguês consegue viver muito mais tempo à custa da vida de muitos outros que nem tem oportunidade de decidir se são comunistas ou cristãos-democratas, ou lá o que sejam e que ainda morrem mais depressa.
“Although this research isn’t the final word, it suggests, nevertheless, that the way people live and how healthy they are is strongly influenced by the society in which they live, including its politics.”
Hipotese alternativa: são as condições sociais em que as pessoas vivem que determinam, tanto as suas ideias politicas, como o seu estilo de vida. Ou seja, não é por serem pró-comunistas que têm um “estilo de vida pouco saudável” – provavelmente, os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.
Da mesma maneira, não são os dedos amarelecidos que causam cancro do pulmão (embora as pessoas com dedos amarelecidos de certeza que têm mais cancro do pulmão do que a média).
Miguel Madeira: lembro-me que o Josué de Castro na sua Geopolítica da Fome contava que havia 3 ou 4 alimentações saudáveis em todo o mundo: uma era em determinadas regiões de África em que a base de alimentação era funge (farinha de mandioca) cozinhada com lagartas da couve e com óleo de palma. Outra era numa zona dos Andes em que a alimentação era à base de favas e de queijo de cabra…
Isso não é novo, para mim. Tenho um amigo, comunista, precisamente, que só come carne vermelha (lá está..) e que começa a ficar com níveis de colesterol preocupantes. Tenho-lhe dado a ler o Hayek e o Popper, a ver se o gajo começa a comer mais frutinha.
Caramelo: Tout est poison. Rien n’est poison. La poison c’est la dose.
E os maoistas comem toucinho amarelo. Dai o Pacheco Pereira ser gordo. Anda a tratar-se com a biografia do Churchill, que lhe foi receitada pela médico, mas ainda vai às escondidas à salgadeira, na clandestinidade, o camelo.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
António Silva, sabias que a dieta mediterrânea, mais pobre, é mais saudável que a nórdica? Pois…
O povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe. A vida era, apesar de tudo, mais dura que hoje. É natural que se apresentassem menos saudáveis e mais embrutecidos. Em contrapartida, hoje, têm mais variedade que nós…
Só mais uma coisa: gosto muito da “pasmaceira” burguesa. Bom era que todos a pudéssemos disfrutar e não apenas alguns…
Bluegift: há que estar atento aos dois pesos e duas medidas …então não diziam (dizem) que os comunistas “nesses países” eram os privilegiados? E agora vem dizer que são “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”? Em que é que ficamos, afinal?
E quando fala de o povo russo não ter acesso a carne e peixe, a que época é que se reporta? À dos romances de Tolstoi?
E lembrei-me agora que o Josué de Castro dizia que outro exemplo de alimentação saudável era a que havia nalgumas zonas de Portugal à base do caldo de couves, nabos, cenouras e batatas, com um pingo de azeito e um pedaço de carne (quando havia), ou a das migas alentejanas…
Caro Valupi, para quê comer quando te podes divertir a fazer a revolução?
O comentário das 12:03 é para o Miguel Madeira.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
Este encadeamento de ideias parece-me confuso. Mais pobres, logo isto, e logo aquilo, ainda vá. Agora, mais idosos, logo com menos instrução, logo com estilos de vida menos saudável, não lembra ao diabo. Viver muito parece-me bom. Eu acho que é porque os comunistas comem muito alho. Pelo menos, havia antigamente umas caixas de cápsulas de alho, que apresentavam um velhinho búlgaro, acho eu, a mastigar alho. Enfim… mas eu acho que vamos todos, mailo gajo do artigo, ser candidatos sérios ao IgNobel do próximo ano.
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
Este encadeamento de ideias parece-me confuso. Mais pobres, logo isto, e logo aquilo, ainda vá. Agora, mais idosos, logo com menos instrução, logo com estilos de vida menos saudável, não lembra ao diabo. Viver muito parece-me bom. Eu acho que é porque os comunistas comem muito alho. Pelo menos, havia antigamente umas caixas de cápsulas de alho, que apresentavam um velhinho búlgaro, acho eu, a mastigar alho. Enfim… mas eu acho que vamos todos, mailo gajo do artigo, ser candidatos sérios ao IgNobel do próximo ano.
Se fizerem o mesmo estudo no Alentejo verificar-se-á exactamente o contrário.
Margarida, não fui eu quem afirmou: “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”.
Quanto à carne e ao peixe. Os romances de Tolstoi retratam uma realidade preferível à que me é dada a conhecer. Não é com toda a certeza o relato de algumas famílias russas nem as visitas à Rússia que me vão dar uma imagem fiel das diferentes realidades vividas e actuais, mas é mais fiável que a imagem (positiva ou negativa)que a maior parte das pessoas transmite.
Deixo-te com a resposta que um russo me deu, na primeira vez que lhe falei da existência de um partido comunista ainda muito “activo” em Portugal: “É muito fácil ser comunista quando se vive fora de um país comunista”…
E sim, só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade, e a artigos “capitalistas”, muito ao gosto do partido, mas proibidos ao povinho ;).
Em que é que ficamos então Bluegift? Não se reconhece afinal na conclusão do estudo de os comunistas serem “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”?
REPRESSÃO EM CUBA. ‘O calor da Primavera’, de Raúl Rivero.
«No autocarro que nos levava para a prisão, uma manhã de Abril de 2003, perguntei ao poeta e jornalista Ricardo González Alfonso qual havia sido para ele o momento mais duro durante o fulminante processo que nos condenou a passar 20 anos na prisão por escrever e dar opiniões no país em que nascemos. ‘A noite em que puseram na minha cela o rapaz que iam fuzilar no dia seguinte’, disse-me, e meteu a cabeça entre as mãos, muito juntas por obra e graça das algemas. Muito juntas, como se fosse começar a rezar. ‘O que é que lhe disseste, de que é que falaram essa noite?’
Fiquei calado, não falamos de quase nada. Ele era um homem sem crenças religiosas e iam matá-lo ao amanhecer. O que é que lhe podia dizer? Creio que, quando o foram buscar e ele se levantou do beliche, senti que algo de mim ia com ele. É assim, a vida. O azar ou a ambição e a maldade de um ditador levam-te a lugares que não queres, em viagens reais ou sonhadas.
Este sábado [18 de Março], eu, que sou só um homem livre devido à Espanha e por vontade de muitos homens livres no mundo, viajo às prisões onde 60 amigos meus, 25 deles jornalistas, estão há 36 meses fechados a cadeado apenas porque a sua maneira de ver o mundo (o seu mundo) não coincide com a do Governo que Cuba tem desde os anos 50 do século passado. Fazem hoje três anos que aconteceu ali a Primavera Negra e continuam obscuros e nocturnos os Verões e os leves Invernos, e o Outono, desapercebidos.
Lá estão Ricardo González e Pedro Pablo Alvarez, no Combinado do Leste, de Havana, empenhados em escrever poemas atrás do ferro das grades pintadas com alcatrão. Lá estão Luís Milán e José Rámon Castillo, a rabiscar sonetos na prisão de Santiago de Cuba, e Normando Hernández e Horácio Piña, na de Pinar del Rio, doentes, amontoados, em perigo. No centro do país, próximo de Varadero, com os seus 22 quilómetros de espuma e água azul, Ariel Sigler Amaya, condenado a 25 anos, mas mais atormentado por a sua mãe, uma anciã octogenária, ter a casa cercada por turbas governamentais que a insultam [os chamados ‘actos de repúdio’, frequentes nos anos 80, agora de regresso]. Lá estou, com todos eles, hoje e até ao dia em que chegue a liberdade.»
Veilchen: confundiu as coisas. O título deste post é “Uma doença chamada comunismo” e não uma doença chamada anti-comunismo que é do que sofre.
É que logo por azar seu, em Cuba não só não há fome como ainda têm um dos melhores serviços públicos de saúde do mundo…
Doença e mentira será uma ditadura disfarçada de democracia, aqui mesmo em Portugal.
Não. Isso foi o que Miguel Madeira afirmou. Ora lê lá o artigo:
“In interviews of more than 8,400 people in Russia, Belarus and Ukraine, sociologists found that respondents who were against restoring communism had healthier lifestyles and rated their health better than pro-communists.
Newswise — In interviews of more than 8,400 people in Russia, Belarus and Ukraine, sociologists found that respondents who were against restoring communism had healthier lifestyles and rated their health better than pro-communists. Specifically, pro-communists ate fewer vegetables and were 1.6 times more likely to be heavy vodka drinkers than anti-communists. The study was published recently in the journal Social Science and Medicine. “This result is consistent with studies that maintain democracy is better for an individual’s health,” said UAB medical sociologist William C. Cockerham, Ph.D., who led the study. “Although this research isn’t the final word, it suggests, nevertheless, that the way people live and how healthy they are is strongly influenced by the society in which they live, including its politics.””
O meu comentário é um pouco mais inconveniente… ;)
Cuba tem “um dos melhores serviços públicos de saúde do mundo…” ???
Essa agora… médicos, aparelhos, medicamentos e tudo? Ou é por ser grátis?
Tudo o que menciona, além da investigação científica que não menciona. Apesar do bloqueio…
Os cubanos apesar do ploqueio ainda conseguem ter na industria farmacêutica uma fonte de rendimentos. Eu só gostava era que alguém me mostrasse um poema destes poetas que são presos em cuba, é que tenho para mim que as agencias americanas anti-cubanas tem um fetiche qualquer com poetas, porque é que será? Será que o aumento da longevidade e da tacha de natalidade em Portugal a seguir ao 25 de Abril tem alguma coisa a ver com os comunistas e com o facto de alguns deles morrerem prematuramente antes dessa data?
Bluegift: parece que temos que voltar a uma discussão recente, mas inconclusiva, lá mais em baixo. Vou deitar mãos novamente ao artigo do Luís Carapinha sobre o Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1999.
Diz ele às tantas:
(…) “A combinação da quebra no rendimento médio com o ascenso da desigualdade social resulta no aparecimento da pobreza (pobreza de rendimentos e humana) como realidade social. “A pobreza na Europa de Leste e CEI (Comunidade de Estados Independentes) aumentou de 4% da população em 1988 para 32% em 1994, ou seja de 13,6 milhões de pessoas para 119,2 milhões” (p. 21). Conforme nota o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, “antes da transição para a economia de mercado a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. A pobreza aflige agora cerca de 20% da população na Europa Central e Oriental. Nos países da CEI (Comunidade de Estados Independentes) o nível máximo é registado no Azerbaijão (2) com 62% da população pobre (p. 21). Na FR (Federação Russa) a pobreza afecta cerca de 31% da população (p. 21); e em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência (quadro de balanço da FR).
O relatório, refere a subnutrição como um dos factores que reflecte a pobreza de modo directo (p. 22) e salienta que, na generalidade, a quantidade e qualidade da ração alimentar das famílias decaiu face à liberalização dos preços e à quebra de rendimentos (p. 23). Assim, na Polónia, 60% das crianças sofrem de alguma forma de subnutrição e 10% das crianças estão permanentemente subnutridas (p. 22). Este é um problema que afecta igualmente de modo muito sério a FR (Federação Russa). Neste país, entre 1989-1994, praticamente triplicou o número de mulheres anémicas na fase final da gravidez (p. 23).” (…)
Notas:
1. Transição, Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 1999;
2. O Azerbaijão é, por sinal, um dos países da ex-URSS onde é maior o investimento ocidental designadamente no sector da exploração petrolífera;
“então não diziam (dizem) que os comunistas “nesses países” eram os privilegiados? E agora vem dizer que são “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”? Em que é que ficamos, afinal?”
Pois é, “eram” (passado). Os priviligiados do regime passaram-se para a “nova ordem” e só sobraram a apoiar o PC alguns operários e veteranos de guerra.
Miguel Madeira: já se calculava desde o príncípio que precisamente o objectivo deste tipo de posts era passar a ideia que isso de comunistas era coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.
Claro que me estou a referir principalmente aos comunistas que conheço, os de cá. Eu gosto sempre de falar do que conheço. E destes eu sei que são de todo o país, que são de todas as idades, que são na sua imensa maioria trabalhadores de todas as áreas, que também têm os mais variados gostos e interesses, mas que os anima o desejo de lutarem por uma sociedade livre e mais justa. E aos comunistas doutros sítios estendo a minha solidariedade com as suas lutas e a compreensão com as dificuldades que atravessam. E a confiança que o ideal comunista está vivo, prevalece e prevalecerá. E que o socialismo é a alternativa.
Margarida,
Há quase 24 horas que anda por aqui a emitir opiniões! Não tenho nada contra, mas não se esqueça de agradecer ao Valupi o passatempo que ele lhe proporcionou.
É verdade, que é feito da Margarida? estará a ver o Sporting-Porto? não, futebol não que aliena o povo, devem-se-lhe ter acabado as pilhas.
Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.
Quem construiu Tebas de sete portas?
Quem construiu Tebas de sete portas?
Nos livros estão os nomes dos reis.
Foram os reis que arrastaram os blocos de pedra?
E as várias vezes destruída Babilónia —
Quem é que tantas vezes a reconstruiu?
Em que casas da Lima fulgente
de oiro moraram os construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que ficou pronta
a Muralha da China? A grande Roma
está cheia de arcos de triunfo. Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os césares?
Tinha a tão cantada Bizâncio
Só palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu bramavam os
afogados pelos seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os Gálios.
Não teria consigo um cozinheiro ao menos?
Filipe da Espanha chorou, quando a armada se afundou.
Não chorou mais ninguém?
Frederico II venceu na Guerra dos Sete Anos —
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhou o banquete da vitória?
Cada dez anos um Grande Homem.
Quem pagou as despesas?
Tantos relatos
Tantas perguntas.
(Bertoldt Brecht, tradução de Paulo Quintela)
Margarida, vá descansar que bem precisa.
COMUNISTAS NEVER DIE !!!!
Ó Zé ninguém
“Margarida,
Há quase 24 horas que anda por aqui a emitir opiniões! Não tenho nada contra, mas não se esqueça de agradecer ao Valupi o passatempo que ele lhe proporcionou.”
Não será exactamente o contrário? Não será o Valupi que tem que agradecer à Margarida o passatempo que esta hoje lhe prporcionou ontem às 3:48 da matina?
“Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre.”
Falava-se de… fraternidade? Pois…
Margarida, a discussão foi inconclusiva para ti. Eu percebi logo que estavas a fugir às questões lançando o mesmos textos, sem relação directa com a discussão. É o princípio da cassete, quando a questão não convém lança-se a cassete. É um truque com barbas…
Já te disse que não contesto esse relatório, pelo contrário, a situação é facilmente confirmada. Mas também te disse que a situação presente é consequência da ditadura comunista e que os tipos a preferem claramente a voltar ao comunismo. Os russos nunca conheceram a democracia. Só agora começam a caminhar nesse sentido. A culpa é do regime comunista!
Dizes que 70 anos não são suficientes: mentira e da grossa. São mais que suficientes, e a prova disso é o estado de desenvolvimento em que se encontra a Europa do pós guerra. O LR creio, deu e muito bem o exemplo da alemanha de leste. A diferença foi assustadora. E com a grande diferença de os ocidentais poderem circular livremente e os de leste, tal como em TODOS os regimes comunistas (Rússia incluída), não o poderem fazer. A polícia e a tropa colocam-se acima do povo e não ao lado dele como os comunistas tanto gostam de afirmar. É pura mentira e descarada !
A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se sim, mas à custa de enterrar o passado, disso podes ter a certeza. que é como quem diz: Comunismo, nunca mais !
Agora quanto ao papel dos comunistas como força política da oposição, aí acho que o vosso papel é importante para travar os excessos do capitalismo. E ponto final parágrafo. A governar, já está mais que provado que são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas. Respeitam a multiculturalidade desde que ela seja comunista ou a ela se converta, isso sim.
Fica-te lá pela oposição que ficas muito bem, mas poupa-me a afirmações ridículas acerca do sucesso do comunismo no governo de um país.
Sim, Bluegift, a Margarida poupa-te. Ela gosta de ter sempre um burro ou dois de direita em reserva, para os periodos de escassez de conversa neste blogue. Não te vás embora que ainda podes fazer falta.
Bluegift: afinal você ainda não respondeu directamente a que época é que referiu quando afirmou que “o povo russo não tinha acesso a carne e peixe”; nem clarificou se se reconhece ou não na conclusão de os comunistas serem “mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução”. Mas tem a lata de me acusar de fugir às questões…e agora até eleva um relatório da ONU ao estatuto da cassete.
Mas pelo menos a cassete da ONU teve a virtude de o obrigar a reconhecer que “a pobreza na Europa de Leste e CEI (Comunidade de Estados Independentes) aumentou de 4% da população em 1988 para 32% em 1994, ou seja de 13,6 milhões de pessoas para 119,2 milhões”. E que no tempo do regime socialista “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. E que desde a implantação do capitalismo a “pobreza aflige agora cerca de 20% da população na Europa Central e Oriental. Nos países da CEI (Comunidade de Estados Independentes) o nível máximo é registado no Azerbaijão com 62% da população pobre” e que na “Federação Russa” a pobreza afecta cerca de 31% da população. E que meia dúzia de anos de capitalismo saldaram-se por “em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência” nessa mesma Federação Russa.
Isto é, você não tem coragem de admitir o óbvio: que só no tempo do regime socialista a generalidade da população da Europa do Leste e dos países da Ex-URSS tiveram de facto acesso à “carne e ao peixe” e também à manteiga no pão. E a alguns sumos de laranja e até a férias pagas e a serviços de saúde e pensões de reforma e à educação e à cultura.
Sim falava de fraternidade no seio dos comunistas, como também falei de tolerância e de respeito. E acho piada à sua tentativa de amalgamar esses valores que nós prezamos com a necessidade de combater quem nos ataca. Pelo que por aqui tem visto eu não me tenho acanhado nem a defender os meus pontos de vista nem a atacar pontos de vista contrários. E este provérbio “Quem seu inimigo poupa, nas mãos lhe morre”, lancei-o a quem entendia que eu devia estar grata a quem tinha chamado “doença” ao comunismo.
Mas não tenha dúvidas bluegift que a libertação dos povos está na mão dos próprios povos, que é aos trabalhadores a quem compete libertar-se da exploração, que atrás dos tempos tempos vêem, e que o futuro está no socialismo.
E já agora, em homenagem aos meus compagnons e camaradas:
Os que lutam
“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.”
(Bertold Brecht)
Épa, depende daquilo por que lutas e a quem é que és imprescindível.
Margarida, tens a certeza? ai essa cabecinha, ora lê lá:
22/03 às 10.45
“os comunistas nesses paises são mais pobres e/ou idosos que a média, logo com menos instrução, logo com “estilos de vida menos saudáveis”.”
É uma frase do Miguel Madeira, mas tu insistes que é minha. E sou eu que fujo…
22/03 às 12.03
“O povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe.”
“tinha” refere-se ao passado, penso eu de que…
22/03 às 12.59
” Quanto à carne e ao peixe. Os romances de Tolstoi retratam uma realidade preferível à que me é dada a conhecer. Não é com toda a certeza o relato de algumas famílias russas nem as visitas à Rússia que me vão dar uma imagem fiel das diferentes realidades vividas e actuais, mas é mais fiável que a imagem (positiva ou negativa)que a maior parte das pessoas transmite.
Deixo-te com a resposta que um russo me deu, na primeira vez que lhe falei da existência de um partido comunista ainda muito “activo” em Portugal: “É muito fácil ser comunista quando se vive fora de um país comunista”…
E sim, só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade, e a artigos “capitalistas”, muito ao gosto do partido, mas proibidos ao povinho ;).”
A esta também não respondeste…
23/03 às 10.07
“Já te disse que não contesto esse relatório, pelo contrário, a situação é facilmente confirmada. Mas também te disse que a situação presente é consequência da ditadura comunista e que os tipos a preferem claramente a voltar ao comunismo. Os russos nunca conheceram a democracia. Só agora começam a caminhar nesse sentido. A culpa é do regime comunista!
Dizes que 70 anos não são suficientes: mentira e da grossa. São mais que suficientes, e a prova disso é o estado de desenvolvimento em que se encontra a Europa do pós guerra. O LR creio, deu e muito bem o exemplo da alemanha de leste. A diferença foi assustadora. E com a grande diferença de os ocidentais poderem circular livremente e os de leste, tal como em TODOS os regimes comunistas (Rússia incluída), não o poderem fazer. A polícia e a tropa colocam-se acima do povo e não ao lado dele como os comunistas tanto gostam de afirmar. É pura mentira e descarada !”
Está respondido?
“A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se sim, mas à custa de enterrar o passado, disso podes ter a certeza. que é como quem diz: Comunismo, nunca mais !
Agora quanto ao papel dos comunistas como força política da oposição, aí acho que o vosso papel é importante para travar os excessos do capitalismo. E ponto final parágrafo. A governar, já está mais que provado que são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas. Respeitam a multiculturalidade desde que ela seja comunista ou a ela se converta, isso sim.
Fica-te lá pela oposição que ficas muito bem, mas poupa-me a afirmações ridículas acerca do sucesso do comunismo no governo de um país”.
Já respondeste a esta ou vais “por a rodar” novamente o relatório das NU?
Gostei da frase:
“Mas não tenha dúvidas bluegift que a libertação dos povos está na mão dos próprios povos, que é aos trabalhadores a quem compete libertar-se da exploração, que atrás dos tempos tempos vêem, e que o futuro está no socialismo.”
Muito bem, gostei. Mas não te esqueças que socialismo não é comunismo. É preciso “reformar” o comunismo e não é à custa de cabeças duras agarradas ao um passado ilusório e caduco que o vão conseguir. Só por golpes de estado, bem ao gosto das minorias extremistas; Mas desses, felizmente e por enquanto, estamos bem protegidos… pelos “porcos imperialistas da NATO”… ;)
As melhoras…
Bluegift: é óbvio que para Brecht os imprescindíveis são todos – incluindo os comunistas – que lutam toda uma vida (e por cá já muitas gerações desde há 85 anos) na construção de uma sociedade nova, liberta da exploração do homem pelo homem, liberta da opressão, desigualdades, injustiças, por uma sociedade em que o desenvolvimento das forças produtivas, o progresso científico e tecnológico e o aprofundamento da democracia económica, social política e cultural assegurarão aos cidadãos liberdade, igualdade, elevadas condições de vida, cultura, um ambiente ecologicamente equilibrado e o respeito pela pessoa humana. Isto é Brecht, o comunista alemão que morreu na sua pátria, a RDA, chamava de imprescindíveis todos os que têm como objectivos supremos a construção do socialismo que é uma etapa para o comunismo.
Sim, confirmo que essa frase (“os comunistas nesses países são mais pobres…”) é do Miguel Madeira. Mas você não se demarcou dela, pois que escreveu “o povo russo não tinha acesso fácil a numerosos produtos, entre eles a carne e o peixe. A vida era (…) mais dura que hoje. È natural que se apresentassem menos saudáveis e mais embrutecidos. Em contrapartida, hoje, têm mais variedade que nós”.
E ao mesmo tempo que afirma isto diz que concorda também com as conclusões da ONU, que asserta que “em 1997 cerca de 30,7 milhões de pessoas – perto de 21% da população – vivia abaixo do limite mínimo de subsistência” na Federação Russa”, quando antes, “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.
E tanto que percebi que se referia ao passado que perguntei “a que época é que se reporta?” Ao que desconversou respondendo com a treta que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”, em completa contradição com o relatório da ONU que, relembro dizia que antes da transição para o capitalismo “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.
É que não são compatíveis dizer-se que a “pobreza em massa era desconhecida” com a sua afirmação de que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”. Quem não tem acesso regular a artigos de primeira necessidade passa fome e frio, no mínimo.
Como também não é compatível dizer-se que a “situação presente é consequência da ditadura comunista”, quando foi a consequência precisamente da implantação do capitalismo (ou como diz a ONU da “transição para a economia de mercado”).
E não acha que quando afirma que “os russos nunca conheceram a democracia” está a ser arrogantemente racista e ignorante? Sabe que URSS quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas? E sabe que soviético, é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética (conforme o Dicionário da Porto Editora)?
Está agora a trazer para aqui a discussão lá de baixo que o Luís Rainha despachou para o arquivo. O Luís Rainha que reponha o assunto em discussão aqui em cima que eu lhe responderei.
Mas sobre a alegada liberdade “de os ocidentais poderem circular livremente” nem ainda reparou que nem todos os cidadãos dos 25 da UE podem circular livremente nos 25 países dessa mesma UE? Pergunte a um polaco, ou a um húngaro se pode entrar em todos os países da UE, assim sem mais nem menos…
E sobre os comunistas só servirem para estar na oposição, pergunte quem está no governo de Chipre, por exemplo. Ou de Cuba, China, Vietname ou Laos…
E compare por exemplo o nível de vida dos povos desses países com os dos povos dos vizinhos mais próximos…
E a propósito, repare que na Bielorrússia, onde travaram há 12 anos a “transição para a economia de mercado”, segundo o Banco Mundial, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1996 a 2004 chegou aos 77,4 por cento, equivalente a uma média de 6,6 por cento.
Em 2005, o PIB aumentou 9,2 por cento, um dos indicadores mais elevados à escala mundial, segundo a ONU. E já o Banco Europeu confirma que a população bielorrussa que vive na pobreza representa menos de dois por cento da população total do país, enquanto na Letónia chega aos 11,5 por cento, na Lituânia é de 6,9 e na Ucrânia ascende a 31,4 por cento.
Da Letónia e da Lituânia, membros da UE e da Ucrânia que teve a sua “revolução colorida” há pouco mais dum ano…”revolução” essa acompanhada duma impressionante quebra do PIB!
Venham, venham,senhores
estudantes de economia política, história e sociologia, acompanhem de perto este tremendo duelo entre um liberal teimoso e “une femme statisticienne” da velha guarda!
“é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética”
Desde 1936 (pelo menos) que os “sovietes” não eram nada disso – sobre a Constituição de 1936 e as seguintes, um “soviete” era tal e qual um parlamento “burguês”, só que eleito em lista única – no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista.
Quanto a, nos paises em questão, os comunistas serem “mais pobres que a média”, não vejo o que leva a Margarida a contestar isso (já compreendo que conteste o “idosos”) – não são vocês mesmos que se apresentam como os “defensores dos explorados”?
O Miguel Madeira não rebateu nenhum dos meus anteriores argumentos, nomeadamente que a ideia deste tipo de posts é passar, mais uma vez a ideia de que isso de comunistas é coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.
Mas agora com a afirmação de que “um “soviete” (…) no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista”, o Miguel Madeira revela-se como um émulo de Goebbels o ministro de propaganda de Hitler que advogava como método para transformar mentiras em verdades que as mentiras fossem grandes e mil vezes repetidas.
Mas por muitas e grandes mentiras que diga, melhor seria que o Miguel Madeira saísse dos seus lunáticos devaneios e reconhecesse o que toda a gente sabe: que os nazis perderam a guerra e que quem os derrotou foi o sacrificado e heróico povo da URSS.
Esse Desemprego
Meus senhores, é mesmo um problema
Esse desemprego!
Com satisfação acolhemos
Toda oportunidade
De discutir a questão.
Quando queiram os senhores! A todo momento!
Pois o desemprego é para o povo
Um enfraquecimento.
Para nós é inexplicável
Tanto desemprego.
Algo realmente lamentável
Que só traz desassossego.
Mas não se deve na verdade
Dizer que é inexplicável
Pois pode ser fatal
Dificilmente nos pode trazer
A confiança das massas
Para nós imprescindível.
É preciso que nos deixem valer
Pois seria mais que temível
Permitir ao caos vencer
Num tempo tão pouco esclarecido!
Algo assim não se pode conceber
Com esse desemprego!
Ou qual a sua opinião?
Só nos pode convir
Esta opinião: o problema
Assim como veio, deve sumir.
Mas a questão é: nosso desemprego
Não será solucionado
Enquanto os senhores não
Ficarem desempregados!
(Bertold Brecht)
Margarida, desculpa lá, mas só falta começares a cantar a internacional!
Então agora eu tenho que me demarcar do que os outros afirmam? Tu tens pancada, ai tens tens, e forte!!!
Mais uma vez te respondo que o conceito de imprescindível depende de quem o aplica. Pelo que afirmas, para um comunista, só os comunistas são imprescindíveis. Pois, já se desconfiava.
E olha lá, faz algum sentido o que afirmas aqui: “tanto que percebi que se referia ao passado que perguntei “a que época é que se reporta?””
então se percebeste porque é que perguntaste?
“Ao que desconversou respondendo com a treta (olha quem fala…) que só os do “partido conseguiam ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”, em completa contradição com o relatório da ONU que, relembro dizia que antes da transição para o capitalismo “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”.”
Tu sabes o que significa “desconversar”? Não parece…
O relatório não fala em parte alguma de artigos de primeira necessidade. Fala em garantia de subsistência, o que não significa que o povo tivesse e, na realidade, não tinha, acesso regular a muitos artigos de primeira necessidade, como a carne e o peixe, fundamentais numa dieta equilibrada. Não sabes ler português ou qual é a tua ideia?
Para ti o povo deve ter o mínimo para sobreviver e os tipos do partido e do poder (militares e policia), podem ter tudo o resto? Isso é que é respeitar o povo? Ou é porque eles não fazem parte dos “imprescindíveis”?
Vais desmentir o povo que vivia nessa época? Desmentir as filas intermináveis para arranjar comida, os mercados miseráveis que tinham sempre os mesmos produtos, vendidos por gente embrutecida sem a mínima noção de serviço? O mercado negro que vendia os produtos “capitalistas” a preço de ouro?
Mas a mais hilariante ainda é esta: ” E não acha que quando afirma que “os russos nunca conheceram a democracia” está a ser arrogantemente racista e ignorante? Sabe que URSS quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas? E sabe que soviético, é relativo a sovietes que significa Conselho dos delegados dos operários, soldados e camponeses do regime político da antiga União Soviética (conforme o Dicionário da Porto Editora)?”
Vais-me agora dizer que o Nacional-Socialismo também era Socialista, é isso? Tem juízo! Isto já não é fanatismo nem ignorância, é demência!
O governo comunista era um tirano em nome da defesa do povo. Proibia livros, perseguia intelectuais, jornalistas, artistas que contestassem as suas ideias. Muitos fugiram para o ocidente comprando os fiéis comunistas, e a preço de ouro! Muitos outros, centenas, foram cobardemente assassinados ou enviados para “reabilitação”, vulgo tratamento com electro-choques. É mentira isto? Vá, responde e diz que é mentira para eu ou alguém não comunista acreditar. Sim, é bom recordar os crimes dos “santinhos” dos comunistas.
Mais: “Mas sobre a alegada liberdade “de os ocidentais poderem circular livremente” nem ainda reparou que nem todos os cidadãos dos 25 da UE podem circular livremente nos 25 países dessa mesma UE? Pergunte a um polaco, ou a um húngaro se pode entrar em todos os países da UE, assim sem mais nem menos…”
É preciso ter lata. Sabes quantos caros polacos existem estacionados só na minha rua? Muitos deles a fazerem a viagem Polónia-Bélgica mais que uma vez por mês? Mas tu estás a enganar quem? Não havia (está melhor agora, mas mesmo assim é complicado) liberdade de circulação e muito menos para sair do país, e porquê? Queres explicar ?
Sim, o Chipre, Cuba, o Laos, a Bielorússia, têm governos bestiais! Os tipos vivem muito bem, creio que fazem mesmo parte da lista de países mais desenvolvidos do mundo! É uma maravilha! E a China, até que nem se transformou em capitalista nem nada. Não, que ideia, impressão minha… Ridículo.
Está descansada que, dentro de uns aninhos, não só os comunistas vão ser corridos ou diluídos pelo mercado, como os que entraram na UE vão desenvolver-se muito mais que qualquer um dos desgraçados que ainda vive a ditadura comunista. Não te preocupes.
Não há dúvida que o partido comunista pode ter sido muito importante antes do 25 de Abril, mas o que hoje resta dele está mesmo doente.
“que os nazis perderam a guerra e que quem os derrotou foi o sacrificado e heróico povo da URSS.”
Mais uma mentira a juntar às restantes. Foram os ingleses, os americanos, a resistência e os russos. E quantos russos não morreram em experiências destinadas a testar materiais e equipamentos, só porque não se podia gastar muito dinheiro e era necessário “dar a vida pela pátria” (bem à moda fachista) para conseguir suplantar os americanos? Quanto do avanço tecnológico da Rússia não se deveu à morte inglória destas cobaias humanas? Simplesmente nojento.
Em derrapagem, o bluegift deita mão ao insulta e espalha-se ao comprido, mostrando-se como é. Tal como Bush, vê o mundo a preto e branco, os bons dum lado e os maus do outro, e segue a dicotomia do “ou estão connosco, ou contra nós”.
Mas nós os comunistas sabemos que quando querem fechar uma escola numa freguesia, connosco na luta pela escola está a maioria dessa população, ou quando querem encerrar uma maternidade concelhia, também connosco está o grosso dessa população. Ou quando o governo quer alargar a precariedade laboral, connosco estão não só a maioria dos trabalhadores, como também da população.
Nós os comunistas consideramos como imprencindíveis os que lutam toda a vida pelos direitos da maioria. Por cá houve quem toda a vida lutasse por manter escolas abertas e jornais legais, nem todos eram comunistas, mas esses também são (foram) imprescindíveis. Se o bluegift acha que só os comunistas o são, está a ser injusto com democratas que também toda a vida lutaram, umas vezes sozinhos, outras juntamente com os comunistas.
O bluegift continua a fazer-se desentendido e a não querer assumir que a época histórica em que os povos soviéticos tiveram mais direitos foi precisamente aquele período de 70 anos (1922-1991) em que existiu a URSS. Este é o passado a que eu me refiro, mas que nunca o bluegift mencionou.
E também tenta agora tresler o relatório da ONU apesar de lá estar escrito com todas as letras que “a pobreza em massa era desconhecida: todas as pessoas em idade activa tinham um emprego que lhes assegurava a subsistência e um elaborado sistema de segurança social que garantia a protecção dos idosos, doentes e incapacitados”. Eles podiam ter só uma marca de arroz, leite, açúcar, farinha, mas toda a gente tinha arroz, leite, açúcar e farinha. Hoje podem ter dez, vinte marcas, mas têm 20%, 30%, 60% da população sem dinheiro para comprar qualquer uma.
Acabar com a pobreza e com a fome – uma conquista de que poucos povos se podem orgulhar, só merece desdém do bluegift. Não só nunca a passou como nunca sequer se apiedou de quem a sofreu. E menoriza o facto de todos os cidadãos terem a mesma oportunidade de emprego com direitos, habitação, cultura, educação, desporto, saúde, etc…
E deita mão a peças de propaganda da guerra-fria que fazem sorrir quem viveu nesses “paraísos”. Sim por aí há muitos canais de TV e de rádio e jornais e semanários – mas escrutinando os seus conteúdos topamos que todos dizem o mesmo e que todos vendem o mesmo peixe. Nesses paraísos, como cá, até há uma dúzia de personalidades que ocupam vários palcos – umas vezes nos media – simultaneamente com a bancada do governo umas vezes, outras em bancadas da oposição, ou com as cadeiras de conselhos de Administração de grupos económicos e financeiros. Mas só debitam o que interessa ao sistema. E se uma vez por outra convidam um opositor é porque sabem que uma andorinha não faz a primavera.
Fala em censuras, quando hoje se sabe, que por exemplo o Patriot Act nos USA obriga os bibliotecários a entregar ao FBI os ficheiros dos leitores (e dos livros/revistas/jornais que consultam); que o Presidente dos USA autoriza escutas sem autorização judicial; que nos USA (e noutros “paraísos” ocidentais) se fazem buscas domiciliárias sem mandato legal; que prendem cidadãos (e os mantêm presos anos a fio) sem acesso a advogados, sem contactos com as famílias e sem sequer os informar de que crimes são suspeitos – e que isso acontece em Guantanamo, em prisões do Afganistão e do Iraque e em prisões secretas em ilhas do Pacífico e em certos países europeus (que hoje o Conselho da Europa está a investigar) mas de que consta a Ucrânia, Polónia, Roménia, República Checa, pelo menos.
Aos mais de 100.000 iraquianos mortos (estimados em 2004 pelo British Medical Journal Lancet ), não houve “reabilitação” que valesse, que a invasão das tropas dos USA e seus companheiros da civilização “ocidental”. Nem aos dezenas de milhares de mortos no Afeganistão, na Colômbia e em todas as ditaduras da América Latina suportadas pelos USA.
Já para não falar das centenas de milhares de comunistas e democratas indonésios dizimados com o apoio norte-americano, ou nos duzentos mil timorenses, ou nas centenas de milhares de cambojanos, laocianos, filipinos e nos milhões de vietnamitas e norte-americanos assassinados em guerras desencadeadas pelos USA. Ou ainda nos milhares de mortos da Jugoslávia bombardeados pela NATO. E quanto a crimes praticados pelo capitalismo estes são só alguns dos mais recentes. Porque se recuarmos vem-nos à memória a escravatura (quantos milhões?), a exploração colonial em continentes quase inteiros: na África, na Ásia, na América. E o genocídio dos índios norte-americanos. E as duas guerras mundiais no século XX.
E na II Guerra Mundial basta atentar nas perdas humanas para ver quem mais se sacrificou. Morreram em todos os cenários da II Guerra Mundial:
Na URSS 27 milhões
Na China 10 milhões
Na Alemanha 6,5 milhões
Na Polónia 5 milhões
No Japão 2,35 milhões
Na Jugoslávia 1,7 milhões
Em França 600 mil
Na Itália 500 mil
Na Roménia 500 mil
Na Grécia 450 mil
Na Hungria 430 mil
Na Áustria 374 mil
Na Checoslováquia 340 mil
Na Inglaterra 350 mil
Nos USA 300 mil
O PC Alemão em 1933 tinha centenas de milhares de membros. Em 1945 eram pouco mais de mil. De 1940 a 1944, setenta e cinco mil comunistas franceses morreram torturados, fuzilados ou em luta directa com o ocupante. A história repetiu-se em Itália, na Checoslováquia, na Polónia, na Albânia, na Jugoslávia, na Hungria, na Bulgária, nas Repúblicas Bálticas. Na China, no Vietname, nas Filipinas, etc., etc., etc. Dos 27 milhões de mortos da URSS, três milhões eram comunistas.
E basta ainda atentar nalgumas perdas materiais na URSS, onde os hitlerianos destruíram 1.710 cidades, 70.000 aldeias, 32.000 empresas industriais, 100.000 empresas agrícolas. Desapareceram 65.000 Km de vias férreas, 16.000 automotoras, 428.000 vagons. As riquezas nacionais da URSS foram reduzidas em mais de 30%.
Mas em contrapartida no território dos EUA, excepção feita a Pearl Harbour, não caiu uma só bomba, não se disparou um único tiro.
O bluegift, também parece um émulo do Goebbels. Mas se a memória dos homens é fraca, já a dos povos mantém-se por muitos e muitos anos, por muitas e muitas gerações. E não é por milhares de propagandistas repetirem milhares de grandes mentiras que os povos esquecerão quem lhes matou a fome e quem matou os seus antepassados. Por isso, lhe repito, com toda a confiança, que o futuro é do socialismo. Porque é o socialismo quem promove a paz, a cooperação com todos os povos, a libertação de todos os trabalhadores e o bem-estar e a felicidade de todos os homens e mulheres de boa vontade.
Correcção: a frase é “ou nas centenas de milhares de cambojanos, laocianos, filipinos e nos milhões de vietnamitas e norte-coreanos assassinados em guerras desencadeadas pelos USA”.
Eu posso estar em derrapagem para a verdade, tu porém pareces-me em queda livre para o abismo da mentira.
Pela tua conversa estou em crer que o PC está em maioria no Parlamento e que afinal o presidente da República é o Jerónimo de Sousa… Só tu, né?
Queres ver o que é que o passado comunista fez e está a fazer aos países por onde passa?
Já que insistes na cassete da ONU, ora toma lá mais esta:
Lista dos países mais desenvolvidos do mundo
1 Norway 0.963
2 Iceland 0.956
3 Australia 0.955
4 Luxembourg 0.949
5 Canada 0.949
6 Sweden 0.949
7 Switzerland 0.947
8 Ireland 0.946
9 Belgium 0.945
10 United States 0.944
11 Japan 0.943
12 Netherlands 0.943
13 Finland 0.941
14 Denmark 0.941
15 United Kingdom 0.939
16 France 0.938
17 Austria 0.936
18 Italy 0.934
19 New Zealand 0.933
20 Germany 0.930
21 Spain 0.928
22 Hong Kong, China (SAR)* 0.916
23 Israel 0.915
24 Greece 0.912
25 Singapore 0.907
26 Slovenia 0.904
27 Portugal 0.904
28 Republic of Korea 0.901
29 Cyprus 0.891
30 Barbados 0.878
31 Czech Republic 0.874
32 Malta 0.867
33 Brunei Darussalam 0.866
34 Argentina 0.863
35 Hungary 0.862
36 Poland 0.858
37 Chile 0.854
38 Estonia 0.853
39 Lithuania 0.852
40 Qatar 0.849
41 United Arab Emirates 0.849
42 Slovakia 0.849
43 Bahrain 0.846
44 Kuwait 0.844
45 Croatia 0.841
46 Uruguay 0.840
47 Costa Rica 0.838
48 Latvia 0.836
49 Saint Kitts and Nevis 0.834
50 Bahamas 0.832
51 Seychelles 0.821
52 Cuba 0.817
53 Mexico 0.814
54 Tonga 0.810
55 Bulgaria 0.808
56 Panama 0.804
57 Trinidad and Tobago 0.801
—
O primeiro comunista que aparece é Cuba, e em 52ndo. lugar!!!
Só vejo ex-comunistas na lista, dos tais que já se estão a levantar depois da tirania comunista.
Por aqui fica provado que se há regime que menos se preocupou com “Acabar com a pobreza e com a fome – uma conquista de que poucos povos se podem orgulhar… Não só nunca a passou como nunca sequer se apiedou de quem a sofreu. E menoriza o facto de todos os cidadãos terem a mesma oportunidade de emprego com direitos, habitação, cultura, educação, desporto, saúde, etc…” é, sem margem para dúvidas, o regime comunista.
Já agora, aproveita para verificar quais são os índices de desenvolvimento. Vais perceber melhor a critica que realizo ao auge da política comunista na Rússia.
Falas de todas as atrocidades realizadas aos comunistas, como se eu concordasse com elas. Onde está escrito que eu as apoiava? Sabes o que se chama a isso que estás a fazer? Difamação! Como te faltam os argumentos recorres novamente à mentira e às cassetes do costume.
Se eu sou pela Democracia é evidente que não estou de acordo com a eliminação dos comunistas. Nem sequer estaria para aqui a falar contigo. Mas varrer para baixo do tapete o insucesso flagrante das economias comunistas, e o seu caracter tirano e assassino, isso, tem paciência, não faço.
Mas gosto de te ouvir falar em Socialismo, desde que não seja nem comunista nem nacional-socialista ;)
(acho bem que tenhas feito uma correcção, há que repetir a lição sem erros!)
Continua a táctica de fuga para a frente e de tresler o que não lhe interessa o que em nada abona a sua seriedade. E a propósito, eu não andei consigo na escola, pois não?
Se ler toda a Lista de países ordenada por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que tem por base os dados do Development Programme Report das Nações Unidas elaborado em 2005, com dados relativos a 2004, constatará que dos países com regime socialista, Cuba está na lista dos países com Elevado desenvolvimento humano. Também, nesta lista consta Chipre, governada pelo Partido Comunista. Os restantes países com regimes comunistas (China, Laos, Vietname) estão entre os países com Médio desenvolvimento humano. Também nesta lista está a Bielorrússia.
Há que ter em consideração que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros factores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil.
O IDH é feito desde 1975. Aconselho-o pois a analisar atentamente todos os IDH desde essa data e com mais atenção desde 1990. Verá, por si mesmo que de facto, todos os países com regime socialista, após a transição para o capitalismo, baixaram o seu IDH e os que se mantiveram subiram o seu IDH. Mas veja por si.
Reparei também que não estranhou eu não ter replicado à sua treta sobre a liberdade de circulação dos polacos na Bélgica. Será que já descobriu que de facto aos trabalhadores dos oito novos países comunitários ex-socialistas, nomeadamente Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Letónia, Estónia e Lituânia, foram colocadas restrições à livre circulação por 12 dos 15 antigos Estados-membros? E que essas restrições ainda se mantêm?
Reparei ainda que já reconhece alguns dos crimes do capitalismo. Para lhe refrescar a memória, relembro a lista dos países que os USA bombardearam desde a II Guerra Mundial:
China – 1945/1946
Coreia – 1950/1953
China – 1950/1953
Guatemala – 1954
Indonésia – 1958
Cuba – 1959/1960
Guatemala – 1960
Congo – 1964
Perú – 1965
Laos – 1964/1973
Vietname – 1961/1973
Guatemala – 1967/1969
Granada – 1983
Líbia – 1986
El Salvador – 1980’s
Nicarágua – 1980’s
Panamá – 1989
Iraque – 1991/2003
Sudão – 1998
Afeganistão – 1998
Jugoslávia – 1999
Afeganistão – 2001/2006 – a ocupação continua
Iraque – 2003/2006 – a ocupação continua
AS CINCO DIFICULDADES PARA ESCREVER A VERDADE
Bertold Brecht (*)
Hoje, o escritor que deseje combater a mentira e a ignorância tem de lutar, pelo menos, contra cinco dificuldades. É-lhe necessária a CORAGEM de dizer a verdade, numa altura em que por toda a parte se empenham em sufocá-la; a INTELIGÊNCIA de a reconhecer, quando por toda a parte a ocultam; a ARTE de a tornar manejável como uma arma; o DISCERNIMENTO suficiente para escolher aqueles em cujas mãos ela se tornará eficaz; finalmente, precisa de ter HABILIDADE para difundir entre eles. Estas dificuldades são grandes para os que escrevem sob o jugo do fascismo; aqueles que fugiram ou foram expulsos também sentem o peso delas; e até os que escrevem num regime de liberdades burguesas não estão livres da sua acção. (…)
(*) Texto de 1934.
Tradução de Ernesto Sampaio. Publicado no Diário de Lisboa de 25/Abr/82.
Fica-te bem estares sempre a citar frases feitas pelos outros, então por intelectuais conhecidos ainda te fica melhor…
Não andámos de certeza absoluta na mesma “escola”, até porque eu, não tenho “escola” ;)
Pelos que afirmas acerca dos meus comentários, verifico que continuas a não conseguir (ou a não querer) realizar a interpretação de textos simples, mas paciência. Pena que aqule que utilizas de Bretch não passe de um estereotipo para ti…
Margarida, eu li toda a lista, e se quiseres os dados de 2003, então toma lá:
http://hdr.undp.org/reports/global/2005/pdf/HDR05_HDI.pdf
Como podes verificar, os dados contradizem o que afirmas. Uma boa parte dos países que saíram do regime comunista e aderiram à UE estão a recuperar. De tal forma que ainda hoje o telejornal assinalava que Portugal tinha sido ultrapassado por dois deles e está em vias de ser ultrapassado por outros. Ora, queres desmentir a situação?
Cuba está em 52ndo lugar, não leste o que escrevi, nem leste o que está nas listas? A Bielorússia está no cú de judas! Mas brincamos ou o quê? Querem ver que a lista muda a ordem dos países quando aparece no computador da Margarida?!!!!…
Já agora, deixa-me lá ver a lista de comparação dos HDI que possuis. Tenho mesmo imensa curiosidade me consultá-la. É que a verificar-se o que afirmas, e estando os países com regime comunista tão mal classificados… bom… se estão a crescer… dios mio, em que posição é que estavam os desgraçados antes? Para lá do cú de judas, de certeza!!!
Ai ai Margarida, francamente. Não há pachorra.
Relativamente à livre circulação, pois só faltava mais essa. Eu estou com visões! Os tipos que andam por aqui em tudo quanto é rua de Bruxelas, afinal, não são polacos! E os hungaros, os romenos, os moldavos, os russos, todos estes tipos de leste são produto da minha imaginação, então não?!
Desculpa lá mas tens cá uma lata. Não nego que não existam algumas restrições, mas tal acontece porque de outra maneira não haveria capacidade para acolher os milhões que para cá se querem deslocar. Neste momento, apenas quem entra como turista ou tem contrato de trabalho o pode fazer livremente, e também quem tem família ou amigos e no prazo de 3 meses arranje trabalho ou outra forma de subsistência. A segurança social na Bélgica e no Luxemburgo é, apenas, a melhor do mundo. E a Bélgica nunca foi comunista ;) É lógico que hajam algumas restrições. É uma medida aplicada igualmente aos portugueses, espanhóis, todos os outros. Mas podem circular livremente, não é como nos países de regime comunista de onde nem sequer podem sair, a não ser com autorizações muito especiais.
Ainda não me explicaste porquê. É segredo?
E olha lá, o que é que eu tenho que ver com os crimes dos EUA? Já me viste andar para aqui a defendê-los? Eu sou alguma apoiante da política dos EUA? Os líderes de lá não são muito diferentes dos comunistas, a única coisa que falta aos líderes comunistas é o poder e a força económica de uns EUA, porque quando lhes sobra algum poderzinho toca de invadir uns paises para os tornarem comunistas à força, tal como se viu durante as guerras mundiais. Há alguma diferença? E quantos polacos, checos, e mesmo afegãos e outros, morreram às mãos das tropas do regime comunista?
Problemas de memória, será? Ou foram os americanos que os obrigaram? Vai daí a culpa da ocupação comunista feita aos países de leste também é dos EUA… com essa é que me lixaste! LoL !
Meu caro bluegift tenta só explicar-me como seria o mundo hoje sem os comunistas e todo o seu papel na recente história da humanidade???
Ainda estaríamos a viver no tempo do colonialismo? Angola ainda seria nossa? Ainda estaríamos a viver no capitalismo mais selvagem em vez de caminhar-mos a passos largos para lá ??? O planeta seria um imenso farwest com mister Bush e sus muchachos a pavonearem-se por este mundo.
Digo-te uma coisa; os comunistas cometeram grandes erros, de outra forma não se explicaria a actual situação que se vive nos países da antiga União Soviética e de Leste, mas sem a intervenção determinante dos comunistas nos destinos da humanidade, hoje estaríamos de certeza muito pior! Se não acreditas faz um esforço e tenta explicar-me como seria este mundo.
Quanto aos erros cometidos, ainda cá estamos para os corrigirmos e fazer deste mundo um mundo melhor, “uma terra sem amos, a Internacional!”
E apesar de logo no inicio a Revolução de Outubro ter sido atacada por uma coligação de Americanos, Ingleses, Franceses e mais não sei quantos, de em seguida ter sido atacada pelo Nazismo e no fim da segunda guerra ter sido de novo atacada pela América, Inglaterra, Portugal, Espanha…, na famosa guerra-fria, mesmo assim, conseguiram atingir um nível de desenvolvimento que colocaram a URSS na VANGUARDA DO DESENVOLVIMENTO MUNDIAL.
O mundo ainda só assistiu ao principio da experiência do Socialismo, (quantos séculos temos de capitalismo e burguesia no poder????), mas como se pode constatar nestes tempos de neo-liberalismo, o capital é o pior pesadelo para a humanidade, não lhe dá futuro, antes pelo contrário, destrói qualquer perspectiva de um mundo melhor, é a guerra e o mais profundo egoísmo o que nos tem para dar, é a morte, o roubo das riquezas dos povos e destruição do seu património histórico, da cultura, o egoísmo elevado à condição de valor fundamental, o fanatismo, o fundamentalismo, a destruição do planeta. São as autenticas sanguessugas da humanidade, com eles não há futuro!!!!
Mais uma voltinha, mais uma habilidade do bluegift: o que ouviu hoje no telejornal é que em relação ao PIB, a República Checa ultrapassou Portugal. E a lista que o bluegift publicou é a do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano) da ONU que repito “é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros factores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil”, isto é não tem nada a ver com o PIB!
Portanto só são legítimas comparações do IDH de 2004 com as do IDH de anos anteriores e esse foi o desafio que eu lancei ao bluegift para fazer, mas que ele não quer fazer porque sabe que o que eu disse é autêntico. Tanto que assim é que é o próprio Relatório da ONU de 1999 que (comparando o declínio entre 1990 1997): afirma “ser difícil imaginar que algo similar pudesse alguma vez ter acontecido em tempo de paz e numa região tão vasta”. E que “a transição impôs às pessoas um custo pesado não apenas em termos do aumento da doença, da mortalidade e de uma esperança de vida menor, mas também em termos da ruína social que se reflecte no incremento do consumo de álcool, na subida drástica do consumo de drogas e no aumento da taxa de suicídios”.
O bluegift diz que não tem “escola” mas tem é a “escola” toda dos profissionais da desinformação: mistura alhos com bogalhos, faz amalgamas, deturpa, isto é faz propaganda.
Quanto à circulação dos trabalhadores da Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia, Eslovénia, Letónia, Estónia e Lituânia, basta qualquer um fazer uma pesquisa no Google para ver que de acordo com o Tratado de Adesão assinado em 16 de Abril de 2003, os 15 Estados-membro têm de decidir até 30 de Abril de 2006 se levantam as restrições nacionais à livre circulação de trabalhadores na União Europeia. E que essas disposições foram introduzidas em Maio de 2004 por 12 dos 15 (excepto a Irlanda, a Suécia e o Reino Unido).
Mas o bluegift – gato escondido com rabo de fora – acaba por confessar que de facto as restrições existem na Bélgica…por razões económicas.
E continua com os seus delírios lunáticos a menorizar a libertação pelo exército vermelho da Polónia, Checoslováquia, países bálticos, etc., do ocupante nazi.
É tempo do bluegift acordar, de perceber que quem invadiu, destruiu, assassinou foram os hitlerianos nazis e que quem teve o mais importante papel na libertação de quase toda a Europa foi o Exército Vermelho. E que foi a Alemanha nazi quem perdeu a II Guerra Mundial que ela desencadeou!
Discutir com a Margarida é em tudo, mas tudo, igual a discutir com uma Testemunha de Jeová. (sei disso porque já “discuti” muito com as Testemunhas)
A mesma paranóia, a mesma crença religiosa, a mesma virulência ignóbil (refiro-me, em especial, à facilidade com que faz associações ao nazismo, ou, à automática diabolização das opiniões contrárias).
Assim, Bluegift, bom esforço; mas inglório.
Este “desabafo” da Valupi lembrou-me um texto do intelectual brasileiro Emir Sader, “A indústria do anticomunismo”, que por não ser muito extenso e ter relação com o tema aqui posto:
Um escritor judeu residente em Nova York chamou de membros da “indústria do holocausto” os que vivem às custas do massacre sofrido pelos judeus – assim como pelos comunistas e pelos ciganos, tão esquecidos.
São burocratas, “intelectuais”, “religiosos” que vivem da exploração do tema – literalmente vivem: ganham dinheiro, prestígio, espaço na imprensa e nas editoras.
O mesmo se pode dizer do anticomunismo. O fim da URSS e do campo socialista deixou um tipo particular de viúva: os que viviam da “guerra fria”. Na Argentina, no momento da morte de Perón, um antiperonista radical – do Partido Radical – escreveu, desconsolado: “Nesse caixão vai metade da minha vida. Eu que cresci e vivi como anti-peronista, o que vai ser de mim, de onde vou tirar o sentido da minha vida?” No desespero, sentia-se traído por Perón, que o abandonava à sua própria sorte.
Um comunista me dizia outro dia que se deliciava em ler a sobrevivente literatura anticomunista, porque dá a impressão que o mundo está à beira do comunismo, que os dias do capitalismo estão contados. Essa fauna encontra vários exemplares por aí, viúvas da “guerra fria”, que tratam de viver do anticomunismo: colunistas de uma (ainda) bem vendida revista semanal, filho de um marqueteiro; um articulista de duvidosa existência (há quem diga que é pseudônimo de um esquerdista, que criou esse grotesco personagem para desmoralizar a direita), um editor cultural promovido por um assassino – todos personagens jurássicos, deslocados, que têm que criar o fantasma do comunismo para aparecerem como valorosos “salvadores do capitalismo”, cobrando polpudos salários por esse papel que se auto-atribuem.
A mencionada revista semanal, saudosa dos tempos da bipolaridade EUA/URSS, destila periodicamente – entre capas sobre temas de saúde, de compras, de variedades, tiradas de revistas estadunidenses – seus venenos anticomunistas, de que pretende tirar proveito mostrando serviço ao grande empresariado e recebendo vantagens em troca.
Pautas como o MST, Cuba, guerrilhas, PT, Venezuela (lembram-se da grotesca matéria de capa regozijando-se do golpe contra o “ditador” Hugo Chávez, uma das maiores gafes dos últimos tempo na imprensa brasileira) alternam-se com matérias fúteis de propaganda do “american way of life”.
Nesta semana, por falta de pauta – o mundo e o Brasil lhes parecem suficientemente pobres de interesse – publica-se com estardalhaço – como se sugeria nos manuais de propaganda estadunidenses da “guerra fria” para os órgãos financiados e promovidos por eles – uma pífia matéria sobre suposto financiamento das Farc ao PT.
As Farc são um prato cheio para os nostálgicos da “guerra fria”. Guerrilha, América Latina, Partido Comunista, tentativa de criminalização acusando-os de “narcoguerrilhas” – sem nunca mencionar os reconhecidos vínculos do presidente colombiano com os paramilitares e, através destes, com os cartéis (nunca usaram a expressão “narcopresidente”). A matéria não apresenta nenhuma prova concreta, refugiando-se em fontes que teriam desejado não aparecer. Nada ficará quando a espuma da onda baixar. Mas a onda está feita, repercutida em todo o resto da imprensa escrita do fim de semana, com direito a desmentidos e entrevistas na televisão.
É esse o papel da imprensa da “guerra fria”. Desvia-se das pautas essenciais para o povo brasileiro e para o Brasil e resta o que os monopólios privados da mídia impõem. Uma senhora idosa declara, no Estadão, que é bem atendida pelo médico cubano que a atende em uma pequena cidade de 3 mil habitantes no norte de Tocantins – onde nenhum médico da burguesia vai. Mas o artigo publicado – sem uma outra versão, como pede o manual de redacção desse jornal – na Folha de S. Paulo se preocupa com a validação do diploma da primeira geração de médicos pobres no Brasil.
Supostamente preocupados com a saúde do povo brasileiro, sem se dar conta de que esses médicos vão trabalhar em cidades como essa de Tocantins, na saúde pública, e que não vão concorrer com a clientela rica dos Jardins. Se preocupam com o diploma da Faculdade Latino-americana de Medicina, em Cuba, país que têm um dos melhores índices de saúde do mundo, ao contrário do Brasil, onde predomina a medicina privada.
Mas a indústria do anticomunismo precisa levantar os fantasmas da subversão, para poder vender seus serviços para uma burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.”
in http://www.correiodobrasil.cidadeinternet.com/br
Estive a ler com atenção. Como sou escrupuloso, li várias vezes. E não encontrei relação entre o que escrevi e o conteúdo do texto. Porque o texto não fala duma “Margarida” obcecada e esquizóide (com o devido respeito para os pacientes dessas patologias).
Por isso, Margarida, e só nas caixas onde sou monarca, ficas a saber que se permite quase tudo numa discussão – menos a falta de ética. Agora, das duas uma: ou me explicas, convencendo-me, a legitimidade de invocares o meu comentário para ires buscar esse texto ou pedes desculpa pela tua falta de honestidade. Caso não o faças, o texto irá ser apagado e dele apenas restará um link.
O Vilupi faz dum título “Uma doença chamada Comunismo” um post (que o link a um artigo em inglês nada acrescenta”). E no seu único comentário diz que discutir comigo é “igual a discutir com uma Testemunha de Jeová” e explica: “A mesma paranóia, a mesma crença religiosa, a mesma virulência ignóbil (refiro-me, em especial, à facilidade com que faz associações ao nazismo, ou, à automática diabolização das opiniões contrárias).”
1- Contudo o Valupi nada replicou quando eu aqui disse: “a ideia deste tipo de posts é passar, mais uma vez a ideia de que isso de comunistas é coisa do passado, que eles estão (estavam) velhos, pobres, ignorantes, doentes e mesmo fanáticos. Mas olha-se à volta e afinal vemos que não é bem assim, que quem anda há mais de trinta anos a debitar o mesmo discurso até nem são eles; que quem estuda o mundo até são eles; que quem tem diversidade de gerações, de culturas e de sectores da sociedade até são eles. Que onde há tolerância, respeito e fraternidade é no meio deles.”
2 – Nem o Valupi qualificou de “paranóia”, “crença religiosa” ou “virulência ignóbil” afirmações do bluegift como:
– “É natural que se apresentassem (os russos) menos saudáveis e mais embrutecidos”, “só sendo do partido conseguias ter acesso regular a artigos de primeira necessidade”;
– “Os russos nunca conheceram a democracia”, “A Rússia dos tsars e dos comunistas vai conseguir levantar-se”
– “Comunismo, nunca mais!”
– “os comunistas (…) a governar, (…) são um verdadeiro atraso de vida, tiranos e oportunistas.”
– “É preciso “reformar” o comunismo (…) por golpes de estado (…)”
– “O governo comunista era um tirano (…).”
– “Não há dúvida que o partido comunista pode ter sido muito importante antes do 25 de Abril, mas o que hoje resta dele está mesmo doente.”
– “o insucesso flagrante das economias comunistas, e o seu caracter tirano e assassino”.
E essas tiradas anti-comunistas do bluegift tiveram como conclusão óbvia que “os líderes de lá (USA) não são muito diferentes dos comunistas”, isto é a equivalência do comunismo ao capitalismo.
3 – Nem o Valupi criticou de “virulência ignóbil” e referiu “à facilidade com que faz associações ao nazismo” quando o Miguel Madeira comparou o comunismo ao nazismo (“um “soviete” (…) no fundo, era igual à Assembleia Nacional salazarista”).
4 – Isto é, enquanto a discussão rolava entre as habituais tiradas anti-comunistas e as habituais equivalências anti-comunistas (de comunismo igual a capitalismo e de comunismo igual a fascismo) e a sua contestação, o Valupi deixou rolar. E só acordou quando eu postei o texto de Emir Sader, “A indústria do anticomunismo”, com as fantásticas afirmações de eu ter “falta de ética” e “falta de honestidade”.
É que o Emir Sader explica que “O fim da URSS e do campo socialista deixou um tipo particular de viúva: os que viviam da “guerra fria”. E dando o exemplo do Brasil, referia: “Essa fauna encontra vários exemplares por aí, viúvas da “guerra fria”, que tratam de viver do anticomunismo: colunistas (…), um articulista de duvidosa existência (…), um editor cultural (…) – todos personagens jurássicos, deslocados, que têm que criar o fantasma do comunismo para aparecerem como valorosos “salvadores do capitalismo”, cobrando polpudos salários por esse papel que se auto-atribuem.”
Lembra ainda Emir Sader que: “É esse o papel da imprensa da “guerra fria”. Desvia-se das pautas essenciais para o povo brasileiro e para o Brasil e resta o que os monopólios privados da mídia impõem.”
E conclui Emir Sader que: “a indústria do anticomunismo precisa levantar os fantasmas da subversão, para poder vender seus serviços para uma burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.”
Se o Vilupi é “viúva” ou “órfão”, não sei. Agora o que sei é que enfiou a carapuça do gajo que vivia e continua a viver do anti-comunismo ao serviço da “burguesia covarde, disposta a qualquer coisa, para não perder nem os dedos, nem os anéis.” E o que o Valupi faz nas caixas de comentários dos seus posts é da sua exclusiva responsabilidade. Como é da minha responsabilidade os comentários que faço.
Concordo com tudo o que a/o Bluegift escreveu. Nada há ali de ignóbil. Ignóbeis foram todas as experiências políticas ditas comunistas ou socialistas. Ignóbeis também podem ser algumas das consequências do capitalismo; apenas ainda não se descobriu sistema económico melhor, por razões que a História vem justificando (isto quer dizer que não se conhece no mundo sistema alternativo, não que não venha a ser conhecido – mas, a ser, implicará uma radical transformação das actuais condições de produção e ecologia respectiva).
A ideia do post foi apenas a de veicular uma notícia. A menos que contestes a veracidade da notícia, ela está aí à disposição da livre interpretação. Acontece, Margarida, que tu lidas muito mal com interpretações livres, pelo que reages paranoicamente e ofendes a tua própria inteligência ao preferires as teorias da conspiração ao diálogo com o diferente, o “outro”.
Satanizas sistematicamente qualquer opinião sobre o comunismo, a URSS e satélites ou o PCP que destoe da tua cassete. Nisso és esquizóide, ficando presa numa realidade que os outros à tua volta não compreendem, não querem entender e não têm pachorra para sequer tentar perceber (excepção, claro, para os teus companheiros de delírio).
Invades as caixas de comentários com lençóis de textos que não são teus, pervertendo a natureza coloquial destas conversas. Actuas no exacto registo das Testemunhas de Jeová, com as suas citações bíblicas sempre prontas a disparar. Tens uma concepção profundamente ingénua e religiosa da política, faltando-te a competência da alteridade para sequer saberes com quem falas e do que deverás falar. Estás condenada ao psitacismo, tal como as Testemunhas (e congéneres, estas apenas um exemplo fácil).
Mas o principal, como outros bem mais autorizados do que eu já te disseram neste blogue, é que tu prestas um péssimo serviço à causa que dizes defender. Foi assustador, para mim, imaginar que o PCP seja (actualmente) maioritariamente (totalmente?…) constituído por pessoas com o teu fanatismo. A ser verdade, vocês são perigosos. E foste tu que me ofereceste esse pensamento.
Consequências? Ao longo da minha vida já votei várias vezes no PCP, APU, CDU, pelas mais diversas razões. Agora, jamais. Vês? Estás, de facto, a interferir no resultado das eleições.
Podes passar o resto da tua vida a despejar os “factos” e opiniões que servem a tua fé. A acção política, neste nosso tempo, é outra coisa.
António Silva, pela lógica indiscutível dos números e dos relatos dos habitantes, parece-me que os países de leste seriam mais desenvolvidos e muitos deles não teriam sofrido a violência de uma ditadura.
Repare, se ler o que escrevi neste post até agora vai reparar que eu nunca afirmo que os comunistas não são necessários. E acredito que foram uma força muito importante no nosso país antes do 25 de Abril. Mas nós não vivíamos num capitalismo selvagem, vivíamos numa ditadura, mas fachista. Hoje os comunistas podem servir de travão aos excessos do capitalismo, tal como já aqui referi, sobretudo os provenientes das políticas mais recentes de liberalismo selvagem. Mas, atenção, nunca, mas nunca, se substituir ao capitalismo e à democracia. Mais ditaduras e atrasos de vida, não obrigada.
Os comunistas não são os principais travões de Bush, pelo contrário, até servem de pretexto para justificar os seus excessos, sabes disso muito bem. O mérito neste domínio não é dos comunistas.
Congratulo-te é por, ao contrário da Margarida (que me lembra o saudoso e hilariante ministro da informação iraquiano a negar a entrada dos americanos em Bagdad enquanto ao fundo do ecrán os tipos entravam pomposamente cidade dentro…), reconheceres que os comunistas cometeram grandes erros. E é esse o caminho certo para que o comunismo ganhe mais credibilidade junto das pessoas. É preciso não só reconhecer os erros como tentar corrigi-los. Mas António, essa da « terra sem amos » é puro delírio. Precisarias de mudar a genética humana para o conseguir e, mesmo assim…
A URSS, os EUA, a Inglaterra, o Japão e outros países estavam realmente na vanguarda do desenvolvimento TECNOLÓGICO, nada de confusões. Só que o preço a pagar na URSS por essa vanguarda feita propaganda do partido, foi bem elevado. Muitos russos foram destruídos em seu nome, muito dinheiro que poderia ter sido investido no povo foi para essa forma de propaganda.
O resto do que afirmas é pura demagogia e mais uma vez se pretende misturar o comunismo com o socialismo. O verdadeiro Socialismo, e não o Comunismo disfarçado de Socialismo, convive bem com o capitalismo e com a burguesia, FELIZMENTE ! E, pelos vistos, a China capitalista/comunista já percebeu isso…
Valupi. Infelizmente, sei que o esforço é inglório. Muitos são pessoas que acreditaram piamente numa causa que pensavam possível, mas a realidade foi cruel e os meios e resultados de aplicação dessa causa utópica ainda mais.
O problema está em assumir esse falhanço e conseguir sobreviver sem o suporte e “carinho” da famiglia ;)
E a culpa é tua ! Falaste na doença do comunismo e eu tratei de desabafar sobre o que pensava da dita doença. A cabeça dura da Margarida fez o resto…
(será que agora entra?)
Pois é Margarida eu sou uma pessoa habilidosa, obrigada pelo cumprimento. Pelo menos sei que o PIB, juntamente com a esperança de vida e o índice educacional, entram no cálculo do IDH – índice de desenvolvimento humano… Ora vai lá ver : http://en.wikipedia.org/wiki/Human_Development_Index .
Tu mostras uma ignorância ou bem que atroz ou bem que intencional. Mas azar o teu, essas tuas táticas, que muito pouco te dignificam, não resultam.
Mas se queres mais uma prova do baixo PIB alcançado pelos regimes comunistas, pois aqui vai : http://ocde.p4.siteinternet.com/publications/doifiles/012005061G002.xls
Estás mais elucidada ? Já conseguiste finalmente perceber um pouco melhor o significado da notícia a que me referi ? Ou queres que eu explique novamente ?
Relativamente a : « Portanto só são legítimas comparações do IDH de 2004 com as do IDH de anos anteriores e esse foi o desafio que eu lancei ao bluegift para fazer, mas que ele não quer fazer porque sabe que o que eu disse é autêntico » Épa Margarida, eu até gostaria muito de o aceitar, mas não estou a conseguir encontrar estes dados que deves, seguramente, possuir (tal é o conhecimento que afirmas deter em relação aos mesmos…). Por isso, mais uma vez te peço, encarecidamente, que os apresentes. Afinal tens ou não esses dados ?
Aliás, mentes, para não variar. No comentário anterior enviei-te os dados de 2003, que continuam a corroborar o que afirmei sobre os de 2005. Se não os vistes, então, andas mesmo muito distraida… Mas mostra lá os outros, não te acanhes, anda !
Não, Margarida, continuas com dificuldades na interpretação de textos. As restrições não são só na Bélgica mas em outros países do espaço UE. As razões são as mesmas. Levar de uma vez só com tal quantidade de população arrasa qualquer país. Qual é o teu problema ? Não entendes ? Ainda não me explicaste é porque é que os países comunistas têm restrições severas à circulação, importaste de explicar ? Já é a 3a ou 4a vez que te coloco a pergunta…
Mas vamos a provas, vamos a outro gráfico. E como gostas muito de PIBs :
http://www.oecd.org/dataoecd/48/4/33727936.pdf
Não foste tu quem afirmou que os países da ex-URSS estavam em declínio económico graças ao capitalismo e etc e tal ? Onde ? Explica lá isso melhor pois eu não estou a entender muito bem. Entre 2000 e 2005, pelo menos a R. Checa, a Polónia e a Eslovénia estão de boa saúde e recomendam-se. Será que andas a consultar as boas fontes ? Ou será só delírio ? Ou será mais uma mentirinha para enganar o Zé Povinho ?
Mostra as tuas fontes os teus quadros, vá ! Estás à espera de quê ? Pode ser que o engano seja meu. Juro que não sou como tu, reconheço os meus erros. Vá, não te acanhes rapariga. Entre os Brecht e o manual das palavras de ordem do costume, vê se arranjas um espacinho para procurar os famosos gráficos, ok ?
Quanto mais esperneias mais te afundas ;)
Outra que também é muito boa : « E continua com os seus delírios lunáticos a menorizar a libertação pelo exército vermelho da Polónia, Checoslováquia, países bálticos, etc., do ocupante nazi. » Bravo, Margarida, tal qual o estilo do governo americano, só que muito mais básico. Mas não eras tu quem defendia a soberania dos povos ? Então como é que agora surges a defender esta alarvice e, pior ainda, a exibi-la triunfalmente ?
O exército vermelho teve o seu papel no combate ao nazismo e na tiranização e assassinato de populações que não pretendiam submeter-se ao imperialismo russo nem ao comunismo. Louvável e condenável, portanto.
Mas enquanto te entretens a procurar as justificações e os gráficos que te peço, deixo-te o actual hino do povo russo (não, não é a internacional nem o Deus salve o czar…) e até quinta-feira que a minha vida, felizmente, existe para além dos blogs ;).
Russia, nossa força santa!
Russia nosso país bem amado!
Uma vontade ponderosa, uma imensa glória,
são os teus atributos eternos.
Sê gloriosa, pátria nossa, livre,
aliança eterna de povos irmãos !
Pelos antepassados, portadora da sabedoria do povo !
Sê glorioso, país nosso ! Nós orgulhamos-nos de ti !
Dos mares do sul ao círculo polar
estendem-se as nossas florestas e campos.
Tu és única na terrra ! Tu és única !
Nossa terra natal protegida por Deus.
Os espaços alargados para os sonhos e a vida
abrem-nos o futuro.
A nossa fidelidade pela Pátria torna-nos fortes.
Foi assim, é assim, e assim será para sempre !
A música, uma das mais belas em hinos nacionais, e o autor, apesar das modificações sofridas (a referência a Lenine e outras mais violentas foram à vida…) são os mesmos e, como deves saber de cor : A.Alexandrov e S.Mikhalkov, respectivamente.
Mais contentinha ? B)
Bom Fim de Semana !
alguém me explica porque é que o comentário à Margarida está “suspenso”?
bonito serviço… e agora quem é que vai limpar a casa?
Blue, tinhas links a mais para o sistema e ele resolveu “perguntar” se estava tudo bem. Entretanto, tens o texto todo aí em cima. Agora, e para não haver duplicação, proponho apagar a versão múltipla. Que me dizes?
acho excelente, please !!! :P
é desta que me vou.
bom fds
Valupi: não se compreende que quem acha que “ainda não se descobriu sistema económico melhor” do que o capitalismo, classifique quem tem convicções opostas de “paranóica”, “esquisóide”, “fanática” e “perigosa”. Pois se o seu sistema é o melhor, não havia razões para tanta nervoseira, pois não? Mas toda esta agitação, este apontar o dedo a quem pensa diferente só mostra insegurança e é o melhor desmentido à alegada superioridade do sistema económico capitalista. Que será superior sem dúvida para uns tantos privilegiados mas que é madrasta para a imensa maioria que vive do seu trabalho. Como é o meu caso.
PS: calculo que também subscreva a nova infâmia do bluegift de associar comunismo a máfia, não é verdade?
Margarida, tu não tens qualquer autoridade moral para te queixares seja de quem for. O que é curioso é que há vários a tentar dialogar contigo, na esperança de serem comunidade. Só que tu preferes o solipsismo ideológico.
E quanto a nervoseiras e infâmias, não me vais fazer perder tempo a citar o que escreves. Está tudo aí em cima e espalhado por este blogue e pelo BdEII. Não tens mesmo a noção, pois não?…
Bluegift: agora o papel que queria que os comunistas desempenhassem era o de “servir de travão aos excessos do capitalismo”, mas de modo a que “nunca, mas nunca, se substituir ao capitalismo e à democracia”.
Isto é, na sua magnanimidade, o bluegift até concordaria que os comunistas podiam “ajudar” os capitalistas, mas nunca poderiam perseguir os seus objectivos de transformação da sociedade. Sorry bluegift, mas quem define o que os comunistas devem ou não fazer são os próprios comunistas e mais ninguém.
Mas já cai no domínio do delírio classificar o desenvolvimento tecnológico na URSS como forma de propaganda. Ou negar à China o que está na sua própria Constituição: “A República Popular da China é um Estado socialista de ditadura democrática popular dirigido pela classe operária e baseado na aliança operária-camponesa, a China se encontra durante um período prolongado na etapa primária do socialismo. A tarefa fundamental do Estado é de concentrar forças para realizar a modernização socialista, caminhando ao longo do caminho socialista com peculiaridades chinesas.”
Pelo menos ficamos a saber, sem margem de qualquer dúvida, que afinal o bluegift defende o “socialismo” que “convive bem com o capitalismo e com a burguesia”, assim como que à moda do do BE ou do PS ou mesmo do PSD…
PS: Afinal quando o bluegift disse que concordava com o Relatório do Desenvolvimento Humano para a Europa Central e de Leste e Comunidade de Estados Independentes, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de 1999, que é objecto do artigo do Carapinha (http://www.pcp.pt/publica/militant/index.html) não só não lera o artigo do Carapinha, como muito menos lera o Relatório. É que os links que ele apresenta não são nem da ONU nem do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, mas sim da wikipedia e da OCDE. Que tal procurá-los no sitezinho próprio, bluegift?
E por fim, se as “considerações económicas” são suficientes para explicar as restrições à entrada de trabalhadores comunitários em doze países da União Europeia, não se entende porque é que as mesmíssimas “considerações económicas” já não são válidas para explicar as restrições à saída de trabalhadores (altamente formados) dos antigos países socialistas? Afinal, a sua educação e formação tinha sido custeada pelo trabalho dos seus co-cidadãos.