Destaque pelas piores razões – a Linha do Oeste não é em Abrantes
O jornal gratuito «Destak» apresenta hoje dia 23-5-2012na página 3 a seguinte notícia: «Colisão na Linha do Oeste faz um morto – Uma mulher encontrava-se ontem hospitalizada em estado estável, assim como duas crianças de quatro e dois anos que seguiam no automóvel que colidiu com uma máquina de inspecção dos carris numa passagem de nível, perto de Abrantes. Recorde-se que do acidente na Linha do Oeste resultou ainda um morto».
Penso que não é por ser gratuito que um jornal pode ser desculpado por um erro tão crasso: de facto a Linha do Oeste liga (ligava) Lisboa à Figueira da Foz tendo como paragens emblemáticas Cacém, Malveira, Pero Negro, Dois Portos, Torres Vedras, Outeiro, Bombarral, São Mamede, Óbidos, Caldas da Rainha, São Martinho do Porto, Valado-Alcobaça, Martingança, Marinha Grande, Leiria, Monte Real, M. Redondo, Guia, Louriçal e Figueira da Foz. Aberta em 1888, teve o seu prolongamento a Alfarelos em 1891.
Outra coisa é a Linha do Leste que tem a ver com o acidente referido na notícia deste jornal (Destak) como tendo acontecido «perto de Abrantes». Essa mesma Linha do Leste que faz o comboio chegar a Portalegre depois de passar por Torre das Vargens, surge no livro de José Régio (1901-1969) «Davam grandes passeios aos Domingos…». A paisagem era monótona e árida e o empregado gritava «Chança! Mata! Crato!» quando Rosa Maria ia ao encontro do primo Fernando. Do Oeste é o poema de João Miguel Fernandes Jorge (n.1943): «O comboio correio das 10 da noite partia da / minha terra para Lisboa. Fui tantas vezes / com o meu pai levar as cartas. Esperávamos na gare. Se havia chuva ouvíamos o apito / quando passava á Granja vindo de Óbidos / e depois de correr o vale de S. Mamede».
manda prá erc que eles tratam do assumpto e de caminho faz uma poisia com os apeadeiros da linha do tua, oh meu! caralhostafodam, se não tens mainada pra escrever, faz um ensaio sobre o impacto das políticas culturais no cinema amador da benedita e na carreira cinematográfica da judite disfarçada, com óculos ray ban aviadora, de sonhos húmidos.
Esta notícia do Xico Francisco é muito importante. Ora então confundir o Leste com o Oeste. Isto é o mesmo que confundir a Estrada da Beira com a Beira da Estrada, ou a obra prima do mestre com a prima do mestre de obras ou em última análise também há quem confunda Os amigos da Natureza com os amigos da Ana Tereza.
Por isso o Xico tem toda a razão.
Mais ainda. Eu vi o chefe da estação de Abrantes muito mal humorado e deveria ser por causa dessa troca.
Olhei p’ró chefe e sorri,
cara de mal humorada,
dizia: venham p’raqui
pois qu’a gare é deste lado!
Que achas a um chefe destes, oh Xico!
Ò pa´, bou agora dormir pá, e querio dizer-te o seguinte, ó gajo, pá, meu garanda filho da indecencia pá, atãoe há um acidente, e tu bens falar de linhas férreas, pá?! atãó anotícia num debia ter outro ocnteúdo, ó jurnalista do catano? Hein, vai pró caraças, pá, deixa tar cámanhã bolto aqui e´bais ber. Trambolho.
Um pequeno lapso que todos perceberam, cultos como são.
Olhei p’ró chefe e sorri,
cara de mal humorada,
dizia: venham p’raqui
pois qu’a gare é deste lado!
Claro que queria escrever “cara de mal humorado”. Só assim a quadra faz sentido. As minhas desculpas.
Mas ainda sobre o que o Xico deveria publicar aqui e porque Abrantes faz parte dessa história era a construção da estátua de D. José no Terreiro do Paço. Isso sim valia a pena. Mas já que o Xico não conta conto eu.
Quando da construção dessa estátua várias cidades do país quiseram dar o seu contributo para a sua construção. Ficou decidido que por serem as maiores, Lisboa daria o D. José e o Porto o cavalo. As outras partes menores da estátua seria então oferecidas por outras cidades. E, assim, por exemplo, calhou: Beja o caralho. Abrantes o cu e Guarda os colhões.
Ó POETA DA TRETA, cada baile, cada baile, cu XiCÚ FrancisCÙ anda de lado, o tipo até já se baralha nos trabestis. Bom post – o do POETA DA TRETA, claro, bom post, este és em dúbida o melhor espaço do vlogue.
Ó XICÙ, pá, olha e já agora podes dizer-nos onde descobristes a quinta pata do cão do Relbas, meu, tás aber, tu que saves tanto de história e até cunheces a Barateira, eheheh.
Claro que o post do IGNATZ tamém é especial, esse gajo faz cada metáfora, que é de partir coco a rir, fogo, já ganhei estrias na varriga de tanto ma rire carago.
Tás a ber oh Boltaren! Eu bem queria educar o Xico Francisco, chamá-lo à realidade, que tibesse as quatro patas bem assentes no chão mas o trambolho ainda não percebeu que o melhor dos seus posts são os comentários. Por norma não leio o que ele escrebe, leio uma palabra aqui, outra ali, mas aquilo não tem qualquer interesse. Era só ir à Barateira comprar uns 50 livros por atacado que custaria quanto muito uns 60 cêntimos e a partir daí é só mostrar cultura. Só que o Xico Francisco confunde, ou melhor pensa que a cultura é como ele aprendeu a cultura da batata. Não foi ele que respondeu ao professor que os Lusíadas tinham 4 cantos? Pois claro sr. professor qualquer livro, incluindo os Lusíadas, só tem 4 cantos. Como qualquer sala.
É assim o Xico Francisco e não há nada a fazer.