De Manuel Castro a Sema Çulam – da festa do vinho ao jardim do chá
Em Manuel Castro tudo começa num rumor de alegria. À frente do grupo da adiafa da vindima vem um pequeno abegão, um jovem descalço a conduzir os bois que puxam o carro com a tina cheia de uvas. Ao lado do rapaz um cão olha de soslaio para o homem do bombo. A concertina, as violas e o cavaquinho, ouvem-se apenas no intervalo das pancadas do bombo. Há mais ritmo que harmonia na frente do rancho de rapazes e raparigas. No dia da adiafa o trabalho parece que custa menos: além da música ficamos a saber que á noite vai haver rancho melhorado na mesa.
No jardim do chá de Sema Çulam são quatro mulheres que trabalham numa plantação. Elas colhem o chá, ou seja, os gomos terminais e por cima do quadro, surgem quatro casas envoltas numa bruma suspensa que parece de algodão em rama. Não admira a importância do chá na Turquia: depois da Índia e da China, do Sri Lanka e do Quénia, da Rússia e da Indonésia, é neste país que se situa uma das maiores produções de chá verde e de chá preto. Tanto na vindima como na colheita do chá, tanto nas searas de trigo como nas de alfazema ou de girassol, há uma gramática de vida: só há colheita com sementeira, só há prémio com sacrifício. As pinturas são memórias resgatadas de um tempo onde a alegria se convocava devagar, no lugar da terra, algures entre a manhã do último dia da vindima e a tarde suspensa por quatro mulheres que não se cansam de colher os gomos terminais do chá.
Dito de outra maneira – são quadros de uma exposição na Allarts Gallery na Rua da Misericórdia nº 30 ao Chiado.
no jardim do chá eu vou no de camomila – o verde e o preto fazem-me tremer.:-)
Só não se pode tremer de medo, Sinhã !
Chá por chá, sai um de parreira, não sem antes ter lido, com prazer, JCF e os quadros que nos mostra.
Bom dia !
Jnascimento
Bom dia, apesar de tudo – o tempo da meteorologia não está famoso. Quando não vejo a Serra da Arrábida é mau sinal…
bom dia.:-)
pode-se e deve-se, Jnascimento. vê lá bem assim: o medo, inibidor filho da puta de coisas felizes para tanta gente, tem de sair e deixar-se tremer para desaparecer. de resto, sou destemida, sim, mas sem chá de parreira – gosto das uvas leoas ao natural. :-)
oh francisco! hoje não tens cá disto?
Ó grande palhaço, o meu nome é José. Vai morrer longe, cararu!
grande palhaço josé! só com dois devotos, o bêbado e agorda, não consegues elevar isto a paróquia. o people gosta é de transar garinas das coisas que m’acontecem e tass marimbando prás tuas galdérias d’artolas, allarves & outras misericórdias ao chiado. tem dó e vai fazer relatos de pintura naif para os camones do bairro alto. já agora quem é que ganhou este portugal vs turquia, não percebi se foi o tinto ou o chá e pelo comentário das claques parece que empataram.
(excito-me quando me tentam insultar. hum.) :-)
Bêbeda a mãezinha dele que é filho de pai “económico” !
Jnascimento
Bêbedo será ele, o bandido, o monte de esterco. O que ele diz vale menos do que o peido de um condutor de carroças com o cão por baixo da roda!