Na morte de Aurélio Márcio – uma memória antiga para Juventino Freire
A morte (apenas física e de registo civil) do jornalista Aurélio Márcio veio trazer-me memórias felizes dos meus tempos de A BOLA. Conheci Carlos Pinhão através de uma carta que lhe enviei com um poema dedicado a Ruy Belo em Agosto de 1978. Como A BOLA era composta e impressa (ainda a chumbo…) no Diário Popular o meu poema foi entregue por Carlos Pinhão a Jacinto Baptista e de imediato publicado no suplemento cultural das quintas-feiras do vespertino – era assim que se dizia por oposição a matutino. Foi com Carlos Pinhão que vim a conhecer os jornalistas mágicos que Ruy Belo tanto admirava: Aurélio Márcio, Vítor Santos, Carlos Miranda, Alfredo Farinha, Silva Resende, Homero Serpa, Cruz dos Santos, Santos Neves, Vítor Serpa, António Simões. Um nunca acabar de nomes e memórias. Aurélio Márcio (pai do também jornalista e escritor João Alves da Costa) pertenceu a uma geração de jornalistas que reescreveu a história do desporto em Portugal. Às vezes falávamos disso: as Ligas entre 1934/38 que não podem nem nunca poderão «apagar» os campeonatos de Portugal desses anos, a data da fundação do SLB com efeitos retroactivos de 1908 a 1904 e outros temas que nunca nos separaram embora nos opusessem.
A minha paixão pelo jornalismo desportivo tinha nascido muitos anos antes com a leitura das crónicas de Juventino Freire no jornal O Catarinense de Santa Catarina – Caldas da Rainha. No campo do Rio da Pedra eu em 1959 tinha 8 anos mas já gostava de acamaradar com o repórter do jornal da minha terra. Este jornal foi-me oferecido por Virgínia Freire. Não por acaso sobrinha do meu primeiro jornalista desportivo.
Caro José Francisco, Boas Festas!
Obrigada pelo meritório reconhecimento do Tio Juventino. Terei imenso gosto em dar conta destas memórias à Senhora minha tia (por afinidade!) que completará 90 anos no próximo dia Internacional da Criança e que se sente muito honrada por recordarem seu esposo e, também, os seus dotes. Bem haja!