«História da vida privada em Portugal – A época contemporânea» – Direcção de José Mattoso e Coordenação de Irene Vaquinhas
O objectivo deste terceiro volume é reconstruir a história da vida privada em Portugal entre 1820 e 1950. O livro parte de duas perguntas: «Como captar o silêncio, o íntimo, as nuances dos afectos, o que não se diz e permanece oculto? Como aceder aos monólogos interiores; às orações, aos medos, aos desejos e aos sonhos de vida futura?». De Benjamin Constant a Jean-Claude Kaufmann, os vários autores coincidem num ponto: «a vida privada emerge na segunda metade do século XVIII no momento em que despontam os sistemas políticos democráticos que definem uma nova categoria de cidadãos». Em 190 havia no Continente e nas Ilhas apenas 9,6% de casas com casa de banho, 24,2% com electricidade, 17,9% com água e 16,2% com esgoto de rede pública. Por outro lado entre 1944 e 1950 houve 48.709 casamentos em Lisboa e apenas 12.643 novas casas. É neste pano de fundo que se joga o intervalo entre conflito e bem-estar: do fado de Marceneiro («A mulher só vai a soco / Pois doutra forma faz pouco / Dum homem que ela não tema / E um bom murro nos queixos / É inda o melhor sistema / Para a fazer entrar nos eixos») ao louvor da conversação por Castilho – «é para tantos o seu único teatro, a sua única filarmónica, a sua única literatura».
E também o intervalo entre doença e felicidade: a tuberculose («De noite acordei e lembrei-me de todos os Natais e, sem querer, vieram-me as lágrimas aos olhos») e as férias nas Caldas da Rainha: «não tinham as instalações luxuosas de Baden-Baden ou Wiesbaden mas a povoação tinha algumas vantagens: uma estadia mais descontraída e informal, uma alimentação simples, saudável e barata, uma população simpática e afável». Também o intervalo entre pão («para Júlio Dinis, D. João da Câmara ou Raul Brandão o pão dos pobres é sempre o pão negro») e vinho: «Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses». Sem esquecer os três tipos de casais lusitanos do fim do século XIX: «varão – manda ele e ela não; varela – manda ele e manda ela; varunca – manda ela e ele… nunca».
(Editora: Temas e Debates/Círculo de Leitores, Design: Leonor Antunes)
:-) e os do século vinte podem ser os varonta – os que andam os dois a brincar ao faz de conta.:-)
Sinhã já está na calha. Vamos a isso…
«Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses».
ó pá, ó chiquo, andas bem alimentado pá. Cada bezana, pá, olha lá, tu pertences ao casal varunca pá, manda ela e ele nunca, pá. já percebi purque é que tu andas sempre a chamar nomes a todos pá, não tens voto lá no bairro alto, pá.
vais dissertar sobre os varonta? :-)
Não Sinhã o que eu escrevi é que está na calha o livro da vida privada do século XX. OK?
Quanto ao outro palhaço fica a falar sozinho, o monstro…
espelho, espelho meu
diz lá por favor
se há maior palhaçinho
que o josé francisquinho
Não há, pois não?
Eu sei, que é assim,
mas o francisquinho
só sabe fazer chinfrim
volta prá feira ó chiquinho
pró pé dos animais
canta-lhes uma história
mas não esqueças o binho
não passes fome, pá, ó chiquo, pá, já vistes, é um classico, queres falar da carpintaria da pontuação, pá?
Vai morrer longe, charolês! Por tua causa já várias pessoas comentam directamente para o meu «mail» pois não estão para te aturar. És um bandalho…
a cgtp já enviou o pré-aviso de greve geral por causa desta situação, a deolinda vai gravar um disco de apoio à luta do carmorada & o sol brilhará pra todos nós.
Tu de «aragão» não tens mesmo nada; o mais parecido ainda é barregã mas não rima. Safa!
Como é que sae comenta directamente para o teu mail? Não o vejo aqui no blog.
Quem o faz são pessoas que me conhecem – em Santarém, Lisboa, Guimarães, POnta Delgada além de Londres e Amsterdão. E além disso rejeitam as porcarias do «anónimo» e seus travestis.
i’m with you, count on me minstrel francis and piss off bastards.
o município escalabitano está contigo oh bardo inspirador da feira da agricultura, do tomate e pepino à borliú.
Vai levar onde levam as galinhas, ó palhação! Vai chamar «moita flores» ao teu avô torto, xarope!
me mijn naam en verklaar mijn onvoorwaardelijke steun aan de onderwerpen Francisco in haar strijd tegen de maniacs die volharden in denigrerende de dichter en zijn werk. julienne leeft!
apesar do poeta estar a recusar declarações de apoio, não posso deixar de exprimir a minha solidariedade e do povo de guimarães com esse martim moniz entalado em comentários maometanos.
apesar das inscrições já estarem fechadas. estamos contigo e com cavaco, jamais te abandonaremos.
ó pá, ó chiquinho, que fostes a fazer pá,tenho as virgulas e as estrofes todas histéricas a ameaçar com greve, pá, tu estás a usa-las pá só pra insultares as criaturas de Deus. é o mesmo que vestires saia e salto alto com pelos na perna, pá, cuidado com o SEF inglês, que eles andem aí e não deixam passar gajos com a barba por fazer, e barriga de enchidos pá. granda torino, pá, malhado. fanfarrão, a tua londres e amsterdão devem ficar no algarve, pá, e schipol no alentejo, pá.
ó africanista de massamá, pá, volta pra feira e faz um ensaio de enxadas e de sachos, pá, e deixa as letras em paz, caneco.
eu sou o chuiquinho,
o besta do bairro alto
chamo nomes a todos
estou sempre no engato
ólraite! outro classico pá, feito na hora