As mais belas colchas nas janelas
Flutuam como bandeiras dum país
Nas filas da Filarmónica paralelas
Eu sou de novo um menino feliz
Vi o rapaz da Biblioteca no andor
Reconheço um anjinho disfarçado
O vento que nos refresca do calor
Diz que já andou por todo o lado
Perdido entre andores e bandeiras
Entre o pálio e pendões dispersos
Sinto logo saudades verdadeiras
Da poesia sem linhas e sem versos
Um tempo onde tudo era imenso
E a morte na verdade não existia
Na mistura do sol com o incenso
A procissão era o lugar da alegria
Poema belo, amigo!
Obrigado, só faltou dizer que o ponto de partida foi a Ericeira…
Inspiras-te na Ericeira? Fantástico!
Pois… a procissão foi ontem à tarde, andei com o poema na cabeça toda a noite e hoje nasceu assim, sem forcéps nem ventosas.
E fez brotar um lindo texto!
boa inspiração.
até as “beatas” devem gostar, JCF…
Meu Caro José do Carmo:
Eu por mim só acrescentava: “Viva a música de Custóias” obrigatório nesta festa, como na festa da minha aldeia , entre dois foguetes bem lançados !
Ainda no Sábado último, Albufeira dos camones e do Allgarve de Pinho, surpreendeu com uma festa deste tipo, quase só para iniciados, sim cheirava a incenso na tarde intensa, sol, pálio, estandartes, andores, música alinhada com seu mestre e sua bandeira, mais mulheres do que homens, por sinal, todos vestidos de cor de vinho, avinhados oxalá. E foguetes não ali mesmo ao pé, bem puxados por um entendido destas coisas mas respeitosamente deitados do largo e esta medo era a única nota dissonante.
Era a Senhora da Orada que é a mesma da Boa Viagem, ou da Lapa ou da Assunção, tantos nomes para a mesma virgem que de filhos só teve um .
Um abraço, amigo !
Jnascimento