Se aqui entra zangado
Com notícias de jornais
Já sabe que deste lado
O café tem algo mais
Uma força, um perfume
Trazido das plantações
Um calor feito de lume
Com lenha de emoções
Porque o café é diferente
Das bebidas do mercado
Mata o frio com o quente
E o corpo fica encantado
Só me apetece cantar
E entrar no pé de dança
Com a idade a recuar
Quase chego a criança
Uma luz a meio do dia
Intervalo no cinzento
Patrocina uma alegria
Dura além do momento
Saem novos paladares
O calor que se transmite
Há aqui muitos lugares
Neste pequeno limite
Que é o lugar e a mesa
Luciana e seu sorriso
Bebo café na certeza
De que existe Paraíso
*
uau!
abençoada essa tua musa Luciana, que nos põe aos pulinhos,
Ela não é minha, apenas se cruzou comigo num café. Não é de ninguém, é livre e espalha a sua beleza por toda a cidade.
:-) os paraísos são, assim, fardos leves. :-)
(agora vou-me oferecer um passeio de combóio para ler uns textos e vou aterrar com as quatro patas em cima de um cozido que eu cá sei, que até salta o chispe!)
Z publicita o local do cozido que eu estive em Portimão (no Mané) onde comi a melhor favada da minha vida. Nem o Pacheco Pereia que ouvi atentamente me tirou o apetite.
(tem ali no Calvário a fonte dos passarinhos que é a mais augada relação qualidade/preço que conheço na vizinhança daquelas bandas num a priori genérico, e servem a todas as horas, às 16h por exemplo. O melhor bacalhau à braz que conheço é lá, e acho que é às segundas mas não tenho a certeza)