Do alto deste ginger ale com limão
Uma paisagem povoada pelo vazio
Estas areias trazidas em turbilhão
Não deixam passar as águas do rio
Bolinhas que entram na espuma
A atravessar o areal tão povoado
Na festa de fazer coisa nenhuma
No mundo que fechou a cadeado
Do alto deste ginger ale com limão
Sobejam bolas de prazer e frescura
Na cultura do chinelo e do calção
Não fazer nada é uma licenciatura
Muitos ficam até já não haver luz
Altar do ócio, liturgia terminada
A praia é fábrica que não produz
Férias são a indústria mais pesada
O que posso dizer, que o vale do Lizandro (vale do arquiteto) é fantástico, a Sra do Ó é um sitio magnífico, que a vista do forte das Linhas de Torres para esse vale é deslumbrante, pena é que tenha levado com uma ponte da nova AE.
Lembrei-me das vezes que fui anónima na Sociedade Anónima……………….
POis eu também gosto muito; ainda outro dia fui à SEnhora do Ó mesmo sabendo que a porta estava fechada, andei por ali a olhar e a ver. O poema não é contra o lugar mas sim contra a cultura do chinelo e do calção, o não fazer nada como projecto de vida…
:-) descalços e ao léu era bem pior, né jcfrancisco?:-)
obviamente que me estou a referir à atitude, podia falar da geladeira e do arroz de frango e das mulheres irem enterrar os ossos do frango na areia da praia…
Para tudo é preciso estômago: para fazer e para desfazer.