Mais dum ano já tinha então passado
Do nosso último adeus neste jardim
Ainda o arvoredo não fora derrubado
Só a nossa tarde triste chegava ao fim
Não havia ainda lágrimas escondidas
Entre os táxis e os longos corredores
Batas brancas, decisões, as nossas vidas
Enquanto olhas a chaminé e os vapores
Mas há um bar que não fecha mais além
A vida continua porque não foi suspensa
Quem passa por mim não vê ninguém
A pressa não pode ser só a indiferença
No hospital um corpo vive na solidão
Perto do calor do grupo da enfermaria
Sai para a luz do sol com uma razão
A dar passos na direcção da alegria
Não havia ainda lágrimas invertidas
Dentro de táxis, em tristes corredores,
Sobre peitos de batas encardidas
Pelos bafos de preto sujo de vapores
Perdão, enganei-me ao publicar e não saiu o nome do José do Carmo Francisco.
E uma vez no hospital
no meio da brancura das batas,
apercebi-me realmente de vez
que nunca mais lá poria as patas.
Um original, eheheheheheh
O que interessa é rimar! Dê para onde der! Há que meter a colher.