Há uma cruz de tinta no teu dedo
Recado, lembrança, não se esqueça
Na tua mão se concentra um segredo
Que eu tento descobrir na promessa
Todos os dias no lugar do santuário
Onde teus olhos são altar principal
Nos lábios um sermão extraordinário
No teu rosto a grandeza da catedral
Há uma cruz de tinta no teu dedo
Que eu procuro decifrar devagarinho
Na abordagem feita quase a medo
Não vá a tua mão noutro caminho
E se perca no bulício desta cidade
O fascínio dum sinal já decifrado
Nas tuas mãos a tinta é a verdade
O segredo vai contigo a todo o lado
Quem anda à chuva molha-se mas é curioso e sintomático do momento – nem um comentário ao poema. Não fala do Freeport…
o poema tá giro