Balada das locomotivas paradas

(a Francisco José Viegas)

Comboios em cemitério
Tanto tempo enferrujado
Segundo novo critério
Já não vão a todo o lado

Debaixo dos pavilhões
Ou nas linhas canceladas
Há memórias de estações
Despedidas, namoradas

Beijo cortado na pressa
Que um apito anuncia
Amor dos pés à cabeça
A bandeira é a alegria

Comboio para a História
Duas guerras mundiais
A certeza é a memória
Da guerra de nunca mais

Despedidas de soldado
Chamado pelo regimento
As cartas do namorado
Perfume do sentimento

Tal como as linhas vazias
Dos comboios a vapor
Há no olhar destes dias
A memória dum amor

8 thoughts on “Balada das locomotivas paradas”

  1. isso não é balada, é contorcionismo comuna a tentar apanhar o comboio do ministro da cultura em movimento na linha de bragança. deves ter em mente um tgv poético subsidiado pelo viegas.

  2. «quando optas pelo metro curto»
    ó joão pedro costa, o poema é sobe comboios, não é sobre o metro.

  3. Um poema dedicado ao Francisco José Viegas? Cheira-me a pedido, pela certa. O jcfrancisco não dá ponto sem nó. Favores com favores se pagam. É ou não é? Graxa…

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