Aviso à navegação

Alguns comentadores que aqui me lêem textos, em vez de deixarem um comentário qualquer, a que terão direito, praticam afanosamente a velha técnica de acrescentar a continuação da história.
Não duvido de que o fazem na maior candura de alma, e de que apenas os move a busca da perfeição.
Mas peço-lhes um favor. Vão-se foder e desamparem-me a loja.
Não é por arrogância que o faço. É que já me falece a paciência.

Jorge Carvalheira

14 thoughts on “Aviso à navegação”

  1. As motivações do Venâncio são muito mais de ordem moral que metafísica. Ele define-se, antes de mais, pelo temor de um líder antropomórfico, obrigado por um determinismo intemporal e, por conseguinte, como o próprio Venâncio, senhor a cada instante dos seus actos e das suas respostas. O Venâncio sofre, porque está disvirtuado pelo uso excessivo do verbo, e já não consegue obter a adesão dos leitores. O seu pensamento está constantemente voltado para uma exasperação moralista da noção de certo, levando-o a uma desconfiança profunda não só em relação ao mundo, como a si próprio. É, literalmente, um pobre de espírito!

  2. Gosto desta abordagem tão franca e intimista, aproxima-nos dos leitores e permite o estabelecimento de relações baseadas na sinceridade e na frontalidade com que se resolvem os problemas.
    Isto não é, de todo, irónico e o meu percurso trauliteiro fala por mim.
    Estiveste bem, é preciso no mínimo podermos manifestar sem reservas o verdadeiro teor das nossas embirrações.
    Este blogue está a viciar-me.

  3. Aplaudo, meu Caro Jorge. E aproveito para deixar aqui recado a esse tal de Brigadax.
    A um chato
    Com dois chás se educava antigamente.
    As “ladies”, à maneira dos ingleses,
    Ensinavam os filhos gentilmente
    A serem pontuais, dóceis, corteses.

    Nas casas da pobreza era corrente,
    Em vez do chá das cinco dos burgueses,
    Os filhos aprenderem a ser gente
    Com chá de marmeleiro, muitas vezes.

    Não seja chato, amigo. Não gozou
    Do efeito de algum chá que lhe faltou,
    E em público o deleita um tal afago.

    Não somos varejeiras nesse engodo.
    A ter de se limpar, limpe-se todo.
    E use torga em faltando saramago.

  4. Também gostei deste desabafo. Aliás, gosto de todos os desabafos, sem critério discriminatório. Fique aqui, ‘et pour cause’, este meu desabafo.

  5. Ai Fernando com esse nome de certeza que é do Seixal. Faça uma operação para passar a chamar-se Nandinho, que é muito menos Cova da Moura. E “Venâncio”, ai querido, que raio de nome de família. De certeza que é da banca das couves. Mas, paciência, cada um nasce no seu meio!

    Beijocas

  6. Temos muitos, e bons, comentaristas. Mas (lembro-o aos recém-chegados) o «Bigornax» e a «Lili» mal contam. São a mesma deprimente pessoa. São a estúpida habitante de Paço-d’Arcos que se agarrou à baleia do Aspirina e não desagarra. Triste destino. O desta parva.

  7. pudesse a gente dizer(-lhes)da mesma maneira em tanto igual momento “Vão-se foder e desamparem-me a loja.” Ri de gosto e levo para o meu recanto de TESOUROS

  8. Daniel
    Forças-me a ser explícito.
    Não andas bem, quando te pões a ladear.
    Fraternalmente, o coice também te abrange.

  9. Meu Caro Jorge
    Não sabia que existiam regras para os comentários. Pensei que, desde que não se ferissem as regras de boa educação, tudo seria lícito. Se por vezes me tenho demorado no que deveria ser um comentário a textos teus e não o é, trata-se de fugir a encher umas quantas linhas apenas repetindo “excelente” ou “muito bom”.
    Fica descansado que o coice não doeu. Os coices mudos é que doem. E, se voltei a ladear, dá outro.
    Um abraço.
    Daniel

  10. Este JC quando resolve ser azedo, fujam-lhe do caminho… Não lhe conhecia era o jeito para o palavreado vulgar… Lá terá de ser assim…

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