Comecei a ler Comboio da noite para Lisboa. Escreveu-o Pascal Mercier, romancista austríaco. Comecei-o ontem, num comboio já nocturno, a caminho da Suíça.
É a história (longa, 400 páginas em letra pequena) dum exemplar professor de línguas clássicas, de Berna, que um belo dia lê um livro (fictício) dum pensador português e larga tudo para ir a Lisboa. Dizem, e acredito, porque já o estou vendo, que é um livro colossal. Só o pus de lado porque a vida não é só literatura.
Leio-o em tradução neerlandesa. Não acho rasto de edição em português.
Tem estado em grande destaque nas livrarias holandesas, é verdade. Ouvi falar dele pela primeira vez através de uma amiga, que o leu no original alemão. Seria pena que não acabasse por chegar a Portugal (digo-o sem alguma vez o ter lido).
É, de facto, uma obra monumental, amigo Fernando. Mas, vá lá saber-se porquê, sinto-me traído. Como escreveu o Tê pela voz do Veloso, “se tiver de ser ao menos que valha a pena”. É esse, tenho a certeza, o caso.
Imenso abraço amigo.
Olá
Achei um acaso interessante estarmos a ler o mesmo livro ao mesmo tempo :)
Estou a ler a versao original e, aqui na Áustria, esse livro está na lista dos livros mais vendidos.
Boa leitura!
Susy
âncio,
Já que vás de viaje na mentregas um pestalinhe?
http://setevidascomoosgatos.blogspot.com/2008/01/pestalinhe-de-mercrie.html
abraçe.
Desculpe a pergunta parva, mas porque raio aprendeu neerlandês?
Maria, só para o caso de o Fernando não responder: ele vive na Holanda há já uns bons anos e é, salvo erro, professor de português (aqui estou a apalpar) na universidade livre de Amesterdão (mais apalpadelas).
olha Fernando, eu gosto de dizer xurês,
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1317132&idCanal=92
Boa, João André. Se eu fosse rico, punha-te (se calhar tens afazeres bem mais ambiciosos) a meu public relations.
A primeira apalpadela foi óptima. Se alguma coisa sou na vida (eu convenço-me sempre de que sou várias), é professor de português.
Já as apalpadelas à universidade ficaram a tentear. É Universidade de Amsterdão, sim, mas não a «Livre» – que se chama assim, porque era, de início, privada, não do Estado. De resto, a minha também o era, em parte. Era municipal, e assim o foi até aos anos 60.
Uma correcção: o autor é suiço.
E finalmente está nas livrarias a tradução portuguesa. Acho o livro fabuloso e quando o li em francês há cerca de um ano tentei logo descobrir se já tinham vendido os direitos para cá. Só não percebo porque é que a Dom Quixote demorou mais de um ano a editá-lo!