A propósito do Ano Novo chinês, o programa Nós, RTP, fez uma reportagem na Escola Chinesa de Lisboa. Entrevistaram petizes, entre os 6 e os 10 anos (suponho), os quais explicaram a seu modo, espontaneamente, a História e cultura dos seus pais e venerandos avós que assim se celebrava. Mas explicaram através de uma alma lusa, com todos os meneios e particularismos léxicos da Língua observáveis numa outra qualquer criança descendente de Afonso. Uma menina até chegou a ficar envergonhada quando nomeou o ano da Cabra, no que foi uma deliciosa prova de domínio semântico. A prosódia perfeita, para mais servida por singular fluência e confiança na expressão, criava um laço imediato que absorvia as diferenças faciais e etnográficas e as integrava na mesma identidade. Aquelas crianças são portuguesas, temos a mesma pátria. Então, os seus pais também podem ser nossos patrícios. E, indo por aí, chegamos finalmente à consciência de que há muita gente em Portugal à espera de cá chegar.
À espera de uma festa, onde se coma e beba bem. Onde se conviva, para viver melhor.
Valupi,
O posto está muito bem esburgado, do ponto de vista do giroflé da integração das etnias. Mas ninguém precisa ser lardívoro ou apreciador de levianos para achar estranho que nesse mapa o porco tenha o peito muito próximo dos tomates, sem respeito nenhum pelas fronteiras.
Não haverá nenhum marchante ou carniceiro que queira explicar isso à gente?
TT
… e os torresmos?
Esta é velhinha, mas como veio de um português que se passeia pela China…
Novo prato da cozinha chinesa:
Tuga chau chau com azeite de oliveira e figo seco com pinto ao murro…
TT
Levantas uma questão bem importante. Se apanhar o responsável pela chinesice, vai ouvi-las.