Terroristas pela Democracia

Alguns exilados cubanos de Miami, através da sua mais activa organização, a Fundación Nacional Cubana Americana, já andam a ver se se poupam ao incómodo de uma nova Baía dos Porcos, exortando as Forças Armadas de Cuba a aproveitar a maleita do ditador da ilha.
«Os militares têm a oportunidade de prestar um grande serviço à pátria estabelecendo um governo transitório cívico-militar que ponha fim à ditadura dos irmãos Castro»; «Os homens e mulheres cubanos podem aproveitar esta oportunidade para fazer alguma coisa por Cuba e podem contar com o apoio da Fundação Nacional Cuboamericana». Assim falou Jorge Mas Santos, presidente da FNCA.
Para os mais distraídos, impõe-se uma pequena explicação. Esta agrupamento é o mesmo a que pertencia Luis Posada Carriles, ex-agente da CIA e um dos autores do atentado bombista ao voo 455 da Cubana de Aviación, em 1976. Neste acto de terrorismo, morreram 73 pessoas. Isto sem esquecer as bombas que, em 1997, rebentaram em vários hotéis de Havana; outra obra de associados da FNCA. Apesar de comprovadamente saberem disto, as autoridades americanas continuaram por muitos anos a subsidiar a FNCA, através do National Endowment for Democracy.
Pelo que se vê, nem todo o terrorismo é coisa oriunda dos eixos do mal que por aí pululam. E alguns terroristas, como Orlando Bosch, até podem ser boas pessoas, merecedoras de acolhimento caloroso

31 thoughts on “Terroristas pela Democracia”

  1. Acho inacreditável e DESONESTO INTELECTUALMENTE, em 2006, ainda tolerarem o regime cubano procurando justificar erros com outros erros, violações com outras violações… Uma ditadura é uma ditadura, não há margens de manora ou subterfúgios, é a maior violação colectiva aos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos. Isto é tão básico e tão claro, que só lendo algumas imbecilidades se acredita!!!
    Tinha-o em melhor conta, Luis, sinceramente!

  2. Nada é assim tão simples. Só o tolero quando me ponho a olhar para muitas outras nações em redor de Cuba. Só mesmo ao admirar países onde a vida humana nada vale e onde um pobre é apenas um adereço a esconder dos turistas é que a ditadura cubana me parece um mal menor.
    Mas quem tem de explicar se quer tolerar aquilo ou não, é o povo cubano. Em eleições livres e com alternativas reais.

  3. Mao,

    Se me garantir que preferia ser pobre na Cidade da Guatemala do que em Havana, eu acreditarei nisso do “mal menor”.

  4. Mas quem disse (e o que interessa ao caso!) que a Guatemala era um país realmente livre e justo.
    Com esses argumentos, realmente, consegue-se justificar tudo!!! A questão, claramente, não é essa. A questão é simples é só uma: Cuba, é o não um regime totalitário, que se possa tolerar à luz de um mundo livre e democrático?.. A questão é só esta, meu caro.

  5. A guatemala é uma Democracia onde a economia de mercado prevalece. E é um país onde muitos vivem sem um mínimo de dignidade. Isto não é um argumento; é um facto.
    E, no mundo real, as questões que realmente importam nunca são assim, simplistas e unívocas.
    Cuba é uma ditadura? Claro; mas ainda não respondeu à minha questão.

  6. Claro que antes preferia ser pobre na Guatemala e lutar livremente pelos meus direitos. Escrever livremente, criticar livremente, e até fundar um partido político livremente.

  7. Mao,tu pensas que os u.s.a sâo verdeiramente uma democracia?SE SIM PRECISAS DE VER O TEU NEUROLUGISTA

  8. Nunca ouviu falar nos esquadrões da morte guatemaltecos, pois não?
    Bem me parecia. Essa liberdade não ia durar muito, palpita-me.

  9. “…que se possa tolerar à luz de um mundo livre e democrático?..” falta responder a esta parte?..

  10. …e continua a justificar violações com outras violações. Chama-se a isso fundamentalismo, caríssimo!

  11. Continuamos a desconversar. Não estou a justificar a ditadura de Fidel ao dizer-lhe que se vive bem pior em várias nações da vizinhança. É um facto, puro e duro. Se me diz que preferia ser pobre na Guatemala, é porque não conhece nem esse país nem Cuba.
    E, já agora, o que tem isso a ver com o facto de os EUA apoiarem e acoitarem conhecidos terroristas, que era o tema do post?

  12. Mao:

    Se tu visses aquelas raparigas cubanas, saudáveis até dizer chega, é que eu queria ver se não te convertias.

    [eu não sei até que ponto se pode brincar com assuntos tão sérios, mas arrisco]

  13. …e, desculpe-me, mas os seus argumentos “encicolpédicos” ofendem a minha inteligência, por isso, dou por fim a conversa.

  14. este blogue tem vindo a melhorar, depois que ficou orfão das personalidades mais aguerridas,,,
    a prova disso é a aflição do leitor “Mao”
    E é preciso compreender que fazer crítica numa perspectiva moderada é muito mais dificil do que disparar a artilharia toda sobre o “inimigo”.
    a prova disso é que, debaixo do fogo de argumentos inteligentes o guerrófilo Mao” deu às de vila diogo,
    eheheh

  15. Mao:
    Enquanto anda por fora, observe melhor as qualidades e as manias do mundo, e limpe um pouco a vista. Ou ainda acredita que tudo quanto luz é ouro?

  16. Agora muito a sério. Essa dos “esquadrões da morte” e da “Guatemala” é muito boa. Como se o destino das nações se decidisse apenas entre o bondoso paternalismo protecccionista sovietico-cubano-chavesco-islamico-maoista e a barbárie guatemalteca/iraquiana. De tanto cuspirem para o ar, o escarro um dia há-de vos aterrar na cara.

  17. É claro que a Republica Dominicana, o México ou Porto Rico neste caso não interessam nada. Mais valem cubanos miseráveis do que amigos dos ianques.

  18. Descobri na Net uma citação que vos envio:

    “Quer os Esquerdistas quer queiram quer não, o Bill Gates revolucionou mais a vida deles do que o rafeiro do Marx & Companhia”

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