Quem as não tem?

“Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.”

F.P. (A.C.)

Sobre o tema, e para além de poder asseverar que tem razão o heterónimo, cujo criador, de resto, era perito no magnífico rídiculo das ditas (pobre Ophelinha, “Meu amorzinho, meu Bébé querido”), dei hoje por mim a tresler o D’este viver aqui neste papel descripto.

Entre as já usuais “minha gazelinha adorada, meu diamante querido, minha pérola e minha estrela”, dei com esta, à laia de despedida.

“Coloco o meu pénis na forquilha do teu corpo.
António”

PENIS_RED_CLOSE.jpg

(Todas as cartas de amor são
Ridículas)

Esta malta (que escreve de escrever) também fode.

“Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.”

F.P. (A.C.)

PS – Por falar em cartas de amor, recebi esta agora mesmo.

7 thoughts on “Quem as não tem?”

  1. Caro (…), se assim o entender, pode consultar os resultados da exegese hermenêutica de um texto de José Luís Peixoto no novíssimo blog “Não li nem quero ler”, onde (coisa inimaginável!) se demonstra a argúcia literária do autor e do leitor!

    http://naolinemqueroler.blogspot.com/

  2. Alto lá, anónimo. Aqui, burrices, só há a sua, de miúdo parvo, mas altamente chateado da vida, que toca a campainha e deita a fugir.

  3. (só vim cá de raspadinha – no meio de um cigarro – entretanto fiquei a pensar: será que já é altura de destruir uma gaveta de ridícularias que tenho ali? Um dia tenho de pensar nisso: só preocupações, ou melhor, preocupões)

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