(a Vítor Salgado com um abraço)
Rua do Ouro, comprida
Trazia câmbios, papéis
Era o princípio de vida
Ganhava trinta mil réis
Agências de navegação
Fretes, confusão tamanha
Facturas em liquidação
O sisal para a Alemanha
Ano de sessenta e seis
Polícia a cada esquina
No Natal os bolos-reis
Eram festa pequenina
Agência Havas, notícias
Jornais de amor e mágoa
Na Boa Hora polícias
Tinham o carro da água
Rua do Ouro onde eu ia
Trabalhar até à uma
No sábado sem alegria
Sonhar a branca espuma
Numa praia de Cascais
Na estação, fim da linha
Adeus vida, nunca mais
Te posso chamar minha
Eram Bancos e Banqueiros
Cambistas e correctores
Central da Baixa, parceiros
Reúnem-se os informadores
«É sério e cumpridor
Nada consta em desabono»
Desconta a letra ao senhor
O homem anda sem sono.
chamava-lhe antes a balada do pide bancário, mas quanto a extorsão e tortura do cifrão nada dizes. mais uma martelada onde ficámos a saber que recebias 30$00 (trinta mil réis parece bués de narta) para fazeres piscinas na rua do ouro.
Jornais de amor e mágoa
Ó pá, caprichos pá, CAPRICHOS! Literatura de cordel! A preto e branco.
Na boa Hora, polícias???
incompleto pá, INCOMPLETO! Polícias, ladroes e juízes, pá!
«Reúnem-se os informadores»
Os bufos, pá, os BUFOS, pá!
Praia de Cascais? Mas tu que tás casado andavas no GUINCHO, pá?
faz lá o poema dos PALITOS pá.
Aí vai o começo
A testa luzidia e alta
numa cara esguia
sobre um nariz adunco
uns olhos de cotovia
O calcio despontava
naquela testa francamente esguia,
que interessava contudo
ele queria era a grila
Vá pa, continua
mete-lhe uma estrofe ao pé da Sé de Lisboa e vais ver que és convidado para escrever no blogue dos literatas.
Bufo será o teu avô torto, grande porco! Vai morrer como morrem os grilos! Não tentes fingir que não sabes que os Bancos tinham informadores comerciais, grande bandalho!
tinham os bancos e a pide, mas o espírito da coisa era o mesmo. da rua do ouro à antónio maria cardoso é um saltinho.
Ó chico dos charros, pá, vai chamar torto ao teu avô que não conheceste nem a tua mãe, seu cavalo.
Morre tu como morrem as pulgas, seu bácoro, bandalho és tu, olha lá, pá, na tua escola comercial, davam-te guardanapadas e pensas que é tudo igual. vai pintar os lábios, bandido e limar o penduricalho, pá, pra ver se cresces.
Aposto que o maior bufo lá do burgo eras tu, era só acenar-te com o metal e aí estavas tu a largar a alpaca para ires comprar água de colónia e ires pra cascais a ver se alguma caía.
Volta lá para a sarjeta de onde vieste, ó monte de merda! Volta para o chafurdo, ó porco! Miserável provocador…
Não vou para um sítio onde tu estás ó chico dos charros. Ocupas tudo com a tua presunção, pá, os meus poisos são outros, seu bácoro, e pára de emporcalhar as estrofes, ó cueta do bataclan.
ACORDAR
Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Acordar da Rua do Ouro,
Acordar do Rocio, às portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare, que nunca dorme,
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.
Toda a manhã que raia, raia sempre no mesmo lugar,
Não há manhãs sobre cidades, ou manhãs sobre o campo.
À hora em que o dia raia, em que a luz estremece a erguer-se
Todos os lugares são o mesmo lugar, todas as terras são a mesma,
E é eterna e de todos os lugares a frescura que sobe por tudo.
Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne,
Um alívio de viver de que o nosso corpo partilha,
Um entusiasmo por o dia que vai vir, uma alegria por o que pode acontecer de bom,
São os sentimentos que nascem de estar olhando para a madrugada,
Seja ela a leve senhora dos cumes dos montes,
Seja ela a invasora lenta das ruas das cidades (…)
Àlvaro de Campos
Se o Alvaro de Campos seguisse o xico dos xarros, já sabiamos quantos réis é que ganhava
Esta maluca diz que é «a bem da poesia» mas nem sabe o que é o bem nem o que é a poesia.
jcfrancisco, explica lá a toda esta gente que lê isto qual é a tão grande ofensa de colocar aqui um poema de Álvaro de Campos. Tu estás a ver coisas onde elas não existem, estás a atribuir intenções a actos que são completamente inofensivos. Essas reacções intempestivas só te fazem cair no ridículo, mas continuas sem perceber nada, mesmo quando alguém como o João Pedro da Costa, que pelos vistos até conheces pessoalmente, te chama a atenção para essas situações.
Estás a cair no ridículo.
xico, pá, eu não sei quem te atirou com a poesia do Álvaro de Campos, mas não enxergaste a mensagem, ainda por cima sabes o que o visitante sabe e que não sabe, pa. és um autentico prato de vulgos, pá. cueta de bataclan.
dize lá o que é o bem e o que é a poesia
Não me digas que bem é chamares nome aos outros e poesia é o que fazes, tens de ser mais original, xico.
Mas ó bacoco, grande bacoco, «cair no ridículo» perante quem??? A outra gansa, ao atirar poemas como se fossem comentários, está a tentar provocar mas os resultadso ficam aquém do esperado. A mim não chega a provocar: eu vou continuar a ser quem sou, ela vai continuar a não ser nada – além de pobre gansa.
Chamar mulher reles (gansa) a quem nunca viu. Ganda besta!
que rua tão bem cantada. é para condizer com o reluzir da fotografia. ao centro, se vires bem, parece uma cabouchon num pendente – de ouro, claro.:-)
Não o insultei, nunca o fiz. O meu comentário foi na melhor das intenções. Arrumo o meu caso.
cabroche abécula d’arribação
ah, sim, abaixo o racismo! viva o anonimo! :-)
Ó Branco, não é nada consigo – como é claro. É resposta ao maluco anterior. O seu texto é muito antes do outro…
“Mas ó bacoco, grande bacoco, «cair no ridículo» perante quem???” era, como é óbvio, comigo. “bacoco, grande bacoco”, incluído.
Faça como quiser, acredita em mim ou não. O que aconteceu foi eu querer responder ao trambolho anterior mas infelizmente misturei as coisas. Ou seja escrevi como se uma frase sua pertencesse ao outro. Foi um erro meu: assumo que nunca quis envolvê-lo na resposta. EStava mal, devia ter dado um tempo. Faltou separar as águas. Erro meu…
Ok, registo o reconhecimento do erro e congratulo-me por ao menos uma vez (tanto quanto dei por isso) reconheceres que erraste. Muitas outras vezes aqui já misturaste as coisas e baralhaste assuntos. Pode ser que este seja um bom precedente e comeces a pensar melhor antes de dizeres certas coisas. Antes de mais, para teu próprio bem.
E já agora, as pessoas bem educadas não se limitam a reconhecer os erros, também pedem desculpa, que não é vergonha nenhuma.
deve ser o cansaço da luta contra as eólicas, qual d. caixote prolixo
Peço desculpa ao «Branco» com todas as letras e toda a dimensão do erro. Foi a quente. Não se volta a repetir com o «Branco». Cuidado de hoje em diante…
oh artolas! o branco é uma criação tua que às vezes sai tinto
ó pá, meu ganda tonto, xico dos xarros, pá, tu bates mal como o gajo do FMI, não tens os cinco alqueires bem medidos, seu papel quimico da má criação. Vai derreter chumbo pá e cunhar a testa. Manga d´alpaca.
Trambolho és tu, car de joanete. Cueta de bataclan. Só te falta o banjo e um chapeu ás riscas.