Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Esta fábula é boa, mas, para este efeito, prefiro a do “Cidadão Honesto” do Ambrose Bierce:
“Uma Promoção Pública, marcada com o respectivo preço, andava a percorrer o Estado à procura de comprador. Um dia ofereceu-se ao Homem Bom que, após examinar o preço e descobrir que era exactamente o dobro do que estava disposto a pagar, a expulsou sobranceiramente de casa. Foi então que as gentes disseram – Vede! Eis um cidadão honesto! O Homem Bom reconheceu humildemente que assim era”.
Um abraço,
JP, na tua fábula o animal presente é a Promoção Pública, o comprador ou o Homem Bom?
(Eu apostaria no último, pois nos nossos dias um homem bom equivale a um camelo…)
:)
(Ou talvez a um pato. Ou a um urso, enfim…)
Caro Shark,
Para tornar a coisa mais clara e ainda a propósito da Coelha, do BPN e do Presidente da Liga de Amigos do FMI, cito, então, com a devida vénia, outra fábula do Ambrose Bierce:
“Encontraram-se um dia o Princípio Moral e o Interesse Material, no leito de uma ponte tão estreita que só podia dar passagem a uma pessoa de cada vez.
– De rastos, vil criatura! – gritou, tonitroante, o Princípio Moral. – De rastos, para que eu te possa passar por cima.
O Interesse Material limitou-se a fitá-lo bem nos olhos, sem proferir palavra.
– Bem – admitiu o Princípio Moral, num tom hesitante – tiremos à sorte, para sabermos qual de nós dois deve recuar até que o outro haja passado a ponte.
O Interesse Material continuou sem abrir a boca e a fitar o seu interlocutor.
– Para se evitar um conflito – parlamentou o Princípio Moral, não sem um certo mal estar – vou estender-me no chão e consentir que o senhor passe por cima de mim.
Foi, então, que o Interesse Material tomou a palavra, para afirmar:
– Pois eu penso que você não é bom piso para mim. Sou muito exigente quanto ao que calco aos pés. Acho melhor que você se atire ao rio.
E assim se fez…”
Um abraço,
Mas o Coelho é o da Madeira ou o Passos Perdidos???
JP,
é de morte.
Xeque-mate.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
Bouazizis?
Caro Val,
Esta fábula é boa, mas, para este efeito, prefiro a do “Cidadão Honesto” do Ambrose Bierce:
“Uma Promoção Pública, marcada com o respectivo preço, andava a percorrer o Estado à procura de comprador. Um dia ofereceu-se ao Homem Bom que, após examinar o preço e descobrir que era exactamente o dobro do que estava disposto a pagar, a expulsou sobranceiramente de casa. Foi então que as gentes disseram – Vede! Eis um cidadão honesto! O Homem Bom reconheceu humildemente que assim era”.
Um abraço,
JP, na tua fábula o animal presente é a Promoção Pública, o comprador ou o Homem Bom?
(Eu apostaria no último, pois nos nossos dias um homem bom equivale a um camelo…)
:)
(Ou talvez a um pato. Ou a um urso, enfim…)
Caro Shark,
Para tornar a coisa mais clara e ainda a propósito da Coelha, do BPN e do Presidente da Liga de Amigos do FMI, cito, então, com a devida vénia, outra fábula do Ambrose Bierce:
“Encontraram-se um dia o Princípio Moral e o Interesse Material, no leito de uma ponte tão estreita que só podia dar passagem a uma pessoa de cada vez.
– De rastos, vil criatura! – gritou, tonitroante, o Princípio Moral. – De rastos, para que eu te possa passar por cima.
O Interesse Material limitou-se a fitá-lo bem nos olhos, sem proferir palavra.
– Bem – admitiu o Princípio Moral, num tom hesitante – tiremos à sorte, para sabermos qual de nós dois deve recuar até que o outro haja passado a ponte.
O Interesse Material continuou sem abrir a boca e a fitar o seu interlocutor.
– Para se evitar um conflito – parlamentou o Princípio Moral, não sem um certo mal estar – vou estender-me no chão e consentir que o senhor passe por cima de mim.
Foi, então, que o Interesse Material tomou a palavra, para afirmar:
– Pois eu penso que você não é bom piso para mim. Sou muito exigente quanto ao que calco aos pés. Acho melhor que você se atire ao rio.
E assim se fez…”
Um abraço,
Mas o Coelho é o da Madeira ou o Passos Perdidos???
JP,
é de morte.
Xeque-mate.