PREFIRO ARREPENDER-ME DO QUE FAÇO, DO QUE DAQUILO QUE NÃO FAÇO. SE ME ARREPENDER, PODEREI CORRIGIR O ERRO. SE NADA FIZER, NÃO PODEREI CORRIGI-LO – SÓ PODEREI ARREPENDER-ME.
Soledade Martinho Costa
Ontem não paguei a conta da TMN e, hoje de manhã, deixei cair o telemóvel na sanita. Arrependo-me de ambos os gestos, é claro: deveria ter feito o pagamento e não deveria ter feito cair o telemóvel na sanita. Mas como fiel súbdito da nossa querida Soledade, fermenta agora em mim uma esperança e um medo. Esperança de voltar a pôr o meu telemóvel a funcionar (não sei muito bem como, mas sei que ela virá aqui esclarecer-me) e medo de pagar hoje (o prazo, afinal, termina amanhã) a conta da TMN: se o fizer, não estarei eu a colocar em risco a delicada ordem do universo?
Mas quando é que vocês vão acabar com este ping-pong com a senhora? Até já os sádicos já devem andar a achar que aqui há exagero …
O tal telemóvel onde tinhas a buraka como toque? O catita das músicas? Se for esse, não lhe auguro bom futuro. O meu morreu mercê de uma chapinhadela de água salobra de rio. A Nokia não conseguiu fazer nada. Quanto mais modernos mais frágeis, caramba…
JP,
Tu citas: «PREFIRO ARREPENDER-ME DO QUE FAÇO, DO QUE DAQUILO QUE NÃO FAÇO. SE ME ARREPENDER, PODEREI CORRIGIR O ERRO. SE NADA FIZER, NÃO PODEREI CORRIGI-LO – SÓ PODEREI ARREPENDER-ME.»
MAS, continuo eu, AO ARREPENDER-ME, PODEREI, como foi dito, CORRIGIR O ERRO. COMO, PORÉM, NÃO O CORRIGINDO, MESMO ASSIM ME ARREPENDO, MAIS VALE COMEÇAR POR… NÃO FAZER… NADA.
É a mais perfeita trapalhada no que vai de ano.
Primo, contá lá à gente, mazé, como é que mandaste o tele para a sanita. Se a história valer a pena, eu ajudo-te a pagar a conta da TMN.
É mesmo trapalhão.
Para um gajo que anda a cagar com o telefone na mão, que post mais interessantes seria de esperar? O comentário do FV não destoa, mas não lhe digam nada.
Eu cá prefiro não me arrepender do que não faço a arrepender-me do que poderia não ter feito. Às vezes pode ser tarde demais, nem dá para um gajo se arrepender. Como é sempre preferível continuarmos vivos e de boa saúde, inclusive para podermos continuar a arrepender-nos quando quisermos, tratemos sempre de não ter de nos arrepender de erros que podem ser fatais. Vou submeter este pensamento à Soledad, para ela melhorar o cabeçalho.
Vamos por partes:
1) Luís Oliveira: gosto sempre quando uma caixa de comentários começa com perguntas inteligentes. Da próxima vez, pensa nisso, tá bem?
2) cris: é mesmo esse. E o Nokia recebeu uma chamada já depois de ter caído na sanita: «wa-wa-wawaba…». Foi o canto do x, né?
3) Fernando: esqueceste-te de falar no pormenor das capitulares, que é também muito aflitivo.
4) Primito: nem eu sei. Penso que deve ter caído dos calções quando estava a assumir the position. Não dei por ela e, claro, caguei de alto prá cena. Foi só quando estava a limpar meu rabiosque com papel de seda que ouvi o marmanjo a tocar. Imagina meu espanto.
5) Ai, ai…: Ui, ui…
6) Nikita: eu penso que a chave do sucesso é não nos arrependermos do que fazemos ao arrependimento das coisas que, apesar de não as termos feito, a gente se arrepende na mesma.
Era só pra dizer que tou arrependido….de não ter conhecido esta cena marada mais cedo..tou a plagiar, é certo…mas é da emoção…força aspirínicos…
Depois de ter andado às voltas na máquina da roupa (durante o tempo duma lavagem completa), o telemóvel de um filho meu (que depois ainda cheguei a herdar) funcionou lindamente durante um ano, ou assim. O truque é não o ligar sem ele estar perfeitamente seco.
No ano passado, o meu marido emergiu das ondas do mar da Figueira com um Ipod dos mais caros à venda na FNAC. Tentou aplicar a mesma receita, e o bicho ainda soluçou umas coisas no écran, mas o sal deu-lhe cabo dos circuitos. Ou então tinha ido parar ao mar por via de alguma sanita, vendo bem…
Adelaide Chichorro Ferreira