Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Há cerca de 12 anos que a Moody’s não revia a notação de risco portuguesa. Até parece que alguma coisinha mudou nos últimos meses.
4 thoughts on “In the mood for Moody’s”
val, não vou discutir se portugal merece o downgrading ou não. agora atribuir, e manter, notação aaa a países com défice superior ao português e com uma subida da dívida maior que a portuguesa, é que não faz nenhum sentido. fica mais uma vez à vista que o preconceito é dos factores mais importantes para a atribuição de ratings.
O que esta fase da crise tem mostrado, assis, é que as agências de rating são parte do problema, não da solução. Funcionam com um achómetro, e a ideia é a de que fazem o que querem ao arrepio do interesse da recuperação económica dos mesmos países que avaliam. Enfraquecem os fracos, é incrível.
Quando ouço falar destas empresas recordo uma palavra: Islândia, para aferir da credibilidade desta tropa fandanga!
Quem nos garante a nós que daqui a 1/2 anos estas mm empresas de rating não dizem algo como, o vosso déficit baixou, mas agora nós achamos que os mercados valorizam mais o PIB e como o PIB português quase não cresce (devido provavelmente às medidas contraccionistas para tentar conter o deficit) a notação volta a descer!
As agências de rating, têm donos que certamente estão ao serviço de alguém.
O que me parece é que ninguém assume a disposição de desmontar esta trama. Coisitas que vão sendo publicadas aqui e ali, indicam-nos a desonestidade que anda por aí.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
val, não vou discutir se portugal merece o downgrading ou não. agora atribuir, e manter, notação aaa a países com défice superior ao português e com uma subida da dívida maior que a portuguesa, é que não faz nenhum sentido. fica mais uma vez à vista que o preconceito é dos factores mais importantes para a atribuição de ratings.
O que esta fase da crise tem mostrado, assis, é que as agências de rating são parte do problema, não da solução. Funcionam com um achómetro, e a ideia é a de que fazem o que querem ao arrepio do interesse da recuperação económica dos mesmos países que avaliam. Enfraquecem os fracos, é incrível.
Quando ouço falar destas empresas recordo uma palavra: Islândia, para aferir da credibilidade desta tropa fandanga!
Quem nos garante a nós que daqui a 1/2 anos estas mm empresas de rating não dizem algo como, o vosso déficit baixou, mas agora nós achamos que os mercados valorizam mais o PIB e como o PIB português quase não cresce (devido provavelmente às medidas contraccionistas para tentar conter o deficit) a notação volta a descer!
http://krugman.blogs.nytimes.com/2010/07/13/dani-rodrik-is-insufficiently-radical/
As agências de rating, têm donos que certamente estão ao serviço de alguém.
O que me parece é que ninguém assume a disposição de desmontar esta trama. Coisitas que vão sendo publicadas aqui e ali, indicam-nos a desonestidade que anda por aí.