Eu estou certo que há imensos socialistas, a começar por Manuel Alegre, que têm perfeitamente a consciência de que esta injustiça não se pode manter, foi por isso que ele votou contra o Código do Trabalho e eu elogio a sua coerência.
Louçã explicou ao eleitorado BE o aviltante fenómeno de verem Alegre ao lado de Sócrates na campanha. Eis o que se deve seguir: se Louçã elogia a coerência de Alegre, então que seja coerente e lhe siga o exemplo. Vote PS.
este tipo tem uma elevação impecável. Eu aguentava lá isto.
O Louçã está a explorar, como lhe compete, a duplicidade oportunista do Alegre, que só pensa na sua candidatura a Belém e precisa de que os eleitores socialistas votem maciçamente nele. O oportunista do Alegre apoia agora Sócrates na recta final só e exclusivamente a pensar no seu próprio umbigo, que ninguém tenha dúvidas acerca disso! Se Alegre agora apoiasse o Bloco de Esquerda, como aliás gostaria, os socialistas nunca lhe perdoariam, castigá-lo-iam, e lá se ia a candidatura a Belém pelo cano abaixo.
As eleições presidenciais ainda vêm longe, mas espero que os socialistas arranjem um candidato decente para derrotar Cavaco Silva, se ele ainda tiver a real lata de se recandidatar.
O que realmente convinha a Alegre, bem como à esquerda desmiolada, era que o PS perdesse estas eleições, para entre outras coisas lhes ser mais fácil fazer o pleno dos votos socialistas nas próximas presidenciais. Isto é o que passa pela tola do Alegre, não tenho dúvidas.
Nem eu, Nik. O Alegre como candidato do PS às presidenciais será uma desgraça. E calhando ganhar, uma tragédia.
Exacto Nik. Mas estes chico-espertos alegristas e tudo ainda enganam muita gente. Contudo, conheço pessoas (professores alegristas) que dizem que votam PS se o Alegre apoiar agora o PS. Que se há-de dizer mais?
A este propósito li agora os 2 últimos posts do Vital que me parecem lógicos http://causa-nossa.blogspot.com/
A actuação de Manuel Alegre como deputado e até como membro do governo ainda não está estudada, mas há-de sê-lo, sobretudo quando se candidatar a Belém. O sentido dos seus votos na AR foi muitas vezes contrário à orientação do seu partido e dos governos socialistas. O caso referido por Louçã na frase citada é apenas um dos mais recentes. Já nos anos 70 Alegre se opunha no partido, na AR e no governo à orientação da direcção partidária, por exemplo nas questões sindicais e laborais. Se eu fosse jornalista perguntava a Alegre se em 1976 ele apoiou a revogação da lei da unicidade sindical, a lei gonçalvista-comunista que garantia o monopólio de representação à Intersindical. Perguntava-lhe se ele apoiou a formação da UGT. Tanto quanto sei, Alegre fez oposição às reformas do ministro Maldonado Gonelha e votou contra todos os pacotes legislativos sobre matérias laborais que os socialistas propuseram.