Gente séria é outra coisa

A taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,2 pontos percentuais em Dezembro de 2012 e atingiu um novo máximo histórico de 16,5%, segundo os resultados divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat. Os números do desemprego voltam assim a subir depois de terem ficado nos 16,3% em Outubro e Novembro.

Desemprego: novo recorde de 16,5%, segundo o Eurostat

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Eu não estou agarrado ao meu lugar, não quero ser Primeiro-Ministro a qualquer preço. Mas ninguém no PSD quer ganhar mais estas eleições do que eu porque numa altura em que o País enfrenta, provavelmente, a última grande oportunidade nos próximos anos de inverter esta tendência de empobrecimento em que tem caído, Portugal tem crescido, nos últimos dez anos, em média 0,5%, o que significa que se não inverter esta situação os 700 mil desempregados que hoje tem crescerão para perto de 900 mil muito rapidamente – o que significa uma situação absolutamente desastrosa e caótica. Nós hoje só não temos 15% de desemprego em Portugal porque temos a maior taxa de emigração dos últimos 90 anos em Portugal. Portanto, ou vamos inverter esta situação rapidamente e as pessoas acham que é importante fazê-lo, e escolher um Governo que, de uma vez por todas, entregue este resultado e lute por ele, ou não temos isso e então o País terá escolhido o seu destino e eu assumirei a minha responsabilidade; é porque eu não fui suficientemente convincente. Mas estou muito determinado em entregar este resultado e não será por falta, nem de preparação, nem por não escolher as pessoas com melhor perfil, nem de levar a maior isenção e abertura para o Governo, que a estratégia não será bem sucedida.

Passos, a 1 mês das eleições de 5 de Junho de 2011

2 thoughts on “Gente séria é outra coisa”

  1. Num país de gente com baixissima cultura e hábitos seculares de submissão e subserviência, qualquer charlatão triunfa. Basta uma propaganda bem feita na comunicação social da socielite endinheirada. Foi assim que o eleitorado elegeu e reelegeu um Cavaco Silva e um Passos Coelho. É um povo-eleitorado que não tem dúvidas e não se engana. A prova aí está: ao fim de trinta e tal anos a experimenetar algo diferente, com facilidade foi convencido de que ia pelo caminho errado. O resultado aí o temos: elegeu uma maioria absoluta que o trata como o burro de carga. E ainda gozam: “Ai aguenta, aguenta!”

  2. O nosso primeiro não perde uma aparição na TV Rural sem tentar enganar o Zé Tuga com os maiores disparates lógicos alguma vez enunciados por um alto dirigente português. Temos visto, da parte de “Paços” Coelho, os coices mais disparatados ao “modus ponens” alguma vez enunciados em televisão.

    “Modus ponens”, que literalmente quer dizer “modo de afirmar” é o mais básico dos silogismos lógicos. O modus ponens diz-nos que:

    Sendo A e P proposições; por exemplo A pode ser “apliquemos austeridade brutal”, e P “Portugal ficará mais próspero”. Admitindo que “se A então P” é verdade, então:
    1) se a proposição A é verdadeira, P também o é.
    2) (contra-recíproco do modus ponens) se P é falsa, então A é falsa.

    O contra-recíproco do modus ponens é a maneira mais óbvia de provar a falsidade de uma premissa de veracidade suspeita. No entanto, na “Lógica” segundo Passos Coelho, P pode-se revelar falsa enquanto A continua a ser tomada por guia da verdade absoluta…

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