Perguntas simples

Qual a percentagem de votantes no Chega que, em voto secreto, aprovaria a pena de morte, as execuções públicas, a segregação racial, uma polícia política, a tortura para obter confissões?

14 thoughts on “Perguntas simples”

  1. Ouvindo o Miguel Carvalho, e o Vitor Matos, diria que a pergunta podia ter respostas muito diferentes dependendo se a vírgula deve ser interpretada como um OU ou como um E :)
    Aparentemente, e ao contrário da maior parte dos outros partidos políticos, a percepção deles é que a maior parte dos votantes do chega apenas concordam com 20% das bandeiras do Ventura, sendo que cada votante tem os seus 20%…

    De facto, os votantes mono-tema, ou onde poucos temas são relevantes, que se vêem cada vez mais na América, parecem-me um fenómeno interessante do ponto de vista de comunicação política.

    Não deixa de ser engraçado pensar que provavelmente um votante do chega e um não votante do chega possivelmente concordam com mais coisas entre si, do que dois quaisquer votantes do chega!

  2. Manuel Martins, sem dúvida. Há uma grande diversidade motivacional no voto do Chega, precisamente por ser um partido sem propostas de governação, apenas reactivo e alucinante.

  3. “pena de morte, as execuções públicas, a segregação racial, uma polícia política, a tortura para obter confissões” – isto é o Hamas, portanto 100% dos flotilheiros querem ou votariam nisto!

  4. Então o Martins e o valupi não conseguem retirar das observações que acabam de fazer que as bandeiras avulsas do chega o alimentam exatamente porque os restantes partidos as abandonaram por populismo tático, independentemente da validade e contribuição para a discussão que elas possam ter.
    Como é que um valupi rasga a camisa pelo vazio do chega, quando o que quer é usufruir do silêncio estratégico onde a coisa magoa e gritar quando lhe convém ser um populista muito mais barato que os mais baratos que vocês gostam de invocar e combater. Começa pela pena de morte e vai a caminho do apedrejamento publico, quando sabe perfeitamente que a 1ª, tal como a prisão perpetua, podiam ter, para certo nível de crimes, algum tipo de discussão/aceitação e as 2ªs são desonestidade pura e conversa de maganas. É pá, é ao exato nível dos André Carvalho Ramos, Xicão e Junior Bacorinho.

  5. coitado do zezito , preso político , torturado para confessar , segregado por corrupto , coberto de penas e alcatrão e quase enforcado na praça pública.
    tu tens um problema , não te trates , não.

  6. “pena de morte, as execuções públicas, a segregação racial, uma polícia política, a tortura para obter confissões” – isto é Israel, portanto 100% dos judeus querem ou votariam nisto!

  7. Talvez menos do que a percentagem de votantes no PS que, em voto secreto, preferiria Dick Cheney a Donald Trump.

  8. O problema do “preferir” é preferir para quê? Para seu Guru espiritual? Para presidente da república portuguesa? Para presidente da república francesa, se eu fosse francês? Para parceiro sexual? E sobretudo, quais são as consequências de me abster da escolha?

    Consigo ver coisas em que prefiro ver Dick Cheney a Donald Trump? Sim.
    Consigo ver coisas em que prefiro ver Donald Trump? Sim, fácil, até porque um está vivo e o outro morto. Por exemplo, mil vezes o Trump para parceiro de golf do que o Cheney, quer dizer ao menos com o Trump a probabilidade de levar com uma bola na cara parece ser mais baixa…

  9. A pena de morte, não sei, mas as outras medidas, muito provavelmente uma percentagem bastante baixa. Isto pode facilmente ser verificado por sondagens.

    Sempre defendi que não devemos dizer que as pessoas que votam no Chega são todas idiotas irresponsaveis, fascistas funcionais, simili-racistas, anti-democratas e inimputaveis politicos. O que devemos defender, e que me parece insofismavel, é que as pessoas que votam no Chega são todas idiotas irresponsaveis, fascistas funcionais, simili-racistas, anti-democratas e inimputaveis politicos… quando votam no Chega.

    Boas

  10. Dado que, para mim, as perguntas são como as cerejas,
    (e porque ando danado e só me apetece é morder)
    desato esta:
    -Por que é que o pessoal do PS não vai à bola com Miguel Prata Roque?
    (Perceção minha)

    Para mim, um dos mais valiosos militantes do partido, neste momento. Muitas similitudes, cá na terra, com Mamdani.
    (As chaves das delegações do PS por esse país afora – as que não encerraram, melhor dizendo, as que não foram encerradas… – estão nas mãos de presidentes de câmara ou de junta eleitos. Só lá entram outros militantes quando lhes apetecer e para o que lhes aprouver)

  11. Sabem que pergunta – ou resposta – simples nunca terão do volupi? Esta: que percentagem de votos teria o Chega se o centrão, e sobretudo o PS, não fosse tão podre?

    Noutros países, como a Inglaterra, a Holanda ou a Alemanha, a grande causa da chamada extrema-direita é sempre a mesma: limitar ao mínimo a imigração. O que leva um eleitor inglês, holandês ou alemão a votar no palhaço Farage, no Wilders ou na Weidel não é apenas isso, mas é fundamentalmente isso. Se amanhã por magia os imigrantes desaparecessem, isso mudaria tudo.

    Em Portugal não é assim. O chunga usa também a imigração, mas é mais por oportunismo e imitação dos exemplos estrangeiros do que por clamor do eleitorado. Até há pouco tempo pouco se falava disso. Sim, também temos racistas e xenófobos e quem sonhe com a pena de morte e afins, mas todos juntos jamais dariam 60 deputedos ao chunga. O seu grande trunfo é outro.

    Esse trunfo chama-se Partido Sucateiro. Se amanhã todos os imigrantes desaparecessem, o chunga ficaria pouco preocupado. Se o PS desaparecesse ficaria em pânico.

  12. bastava dizerem que era em nome dos valores “do ocidente” e nem sequer era preciso serem votantes do chega para aceitarem isso tudo sem pestanejar, vide intervenções no iraque e afins. muitos aqui até batiam palmas!
    às vezes a visão completamente eurocêntrica e orientalista no sentido edward said da palavra deste blogue supostamente progressista ainda me surpreende

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