Ora, foda-se

«Pode haver quem tenha pena que, num almoço de hoje, num discreto lugar de Lisboa, não tivesse havido um gravador para recolher os testemunhos ali prestados pelos embaixadores portugueses que, nos meses que antecederam e que sucederam ao pedido de ajuda externa, estavam então colocados em três importantes capitais: Berlim, Paris e Londres. Por quase três horas, cruzámos episódios, conferimos versões e olhámos retrospetivamente o que Lisboa significou então para nós, como centro de instruções e de informação. E também o que não significou, as nossas angústias e a nossa solidão. Nessa conversa, solta e sem peias nem baias, falámos livremente da parte que a cada um competiu naquela história. E tudo por ali ficou.»


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4 thoughts on “Ora, foda-se”

  1. Parece que se encolheu….
    Acagaçou-se. Anda muita malta da ribalta a encolher-se. Ou ainda estava com os copitos.

  2. uih… atão o papel da embaixada de paris nesse episódio deve ter custado uma fortuna em patê de canário e rozé com bolhas. nunca prestaram para nada e ainda fazem reuniões para nos lembrarem disso. a salvação da instituição passa pelo rangelito transformar as embaixadas portuguesas em bordéis bdsm.
    podiam ter convidado a avilleza que também esteve por detrás de todas essas cenas a gerir o aluguer de quartos e a cobrar entradas.

  3. Ah, o blog do Exmo. Sr. Seixas. Nunca o frequentei, mas conheci-o através de outro blog – o Irritado – e percebi que o Exmo. Sr. Seixas anda sempre de antenas levantadas a ver quem fala ou escreve sobre ele. Não me espantava que usasse um software ou serviço especializado para isso.

    Cheguei a trocar com ele um comentário ou dois, onde lhe disse umas leves (levíssimas) verdades. Claro que se pirou logo e não mais voltou. Mas acho-lhe piada; é o estereótipo do xuxa mais aburguesado que se pode imaginar: o tom sonso e afectado, o rabo calejado em incontáveis poltronas e caminhas fofinhas pelo mundo, o papo sempre aberto a novos ‘desafios’, i.e. tachos e penachos.

    Estas confidências enigmáticas-diplomáticas são ‘par for the course’: ó pra mim tão experiente e sabedor dos salões e corredores do poder, tão por dentro das coisas, mas tão digno de confiança e dos maiores segredos. Já vos disse como sou também muito modesto? E nada, nada chulo.

  4. «cruzámos episódios, conferimos versões e olhámos retrospetivamente o que Lisboa significou então para nós, como centro de instruções e de informação.»

    Ora bolas! Se Lisboa teve, na altura, um significado importante como centro de instruções e de informação para os senhores embaixadores então, o povo português, passados estes anos todos merecia e devia já ter sido informado desse conteúdo, por livro ou relato de media, tanto mais que esse período da ‘chamada’ da “troika” sob ameaça partidária do Marco António (ou vem troika ou vais tu) e negação de Cavaco (eu não sei de nada) e suas consequências políticas continua uma controvérsia de enigmas e histórias mal contadas.
    Então os senhores embaixadores não estavam ao serviço de Portugal? Não é razão suficiente para nos contarem tudo que sabem a esse respeito para bom esclarecimento?

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