Observando o Pedro Marques Lopes

Sou fã do Pedro, por isso segue um responso pelas palavras acima exibidas. Palavras que colocam a seguinte interrogação: como é possível, ó pá?

Como é possível carimbares de “referência” esse canal de um radicalismo ideológico serôdio que já nem na Soeiro Pereira Gomes se pratica?

Como é possível considerares de “referência” um canal de redistribuição do Correio da Manhã e de qualquer outro órgão da indústria da calúnia?

Como é possível dizeres que o “jornalismo” do Observador é “equilibrado” quando tanto nas opções editoriais como no corpo dos textos “noticiosos” o viés fanático e persecutório é ostensivo?

Não dou qualquer atenção ao assunto do financiamento do Observador, pouco me importando quem está a pagar as contas. A sua existência como órgão de comunicação é algo positivo, enchendo os bolsos de uns quantos com mais ou menos dinheiro e dando à direita decadente mais um espaço onde se pode rever e procurar alimento. Igualmente me deixa sonolento a questão da violência retórica praticada tanto nos textos de opinião como na cultura narrativa noticiosa. É lá com eles, que se fodam juntos. A quem dou valor é ao Pedro Marques Lopes, porque ele é um exemplo de como é possível usar um palco mediático para tornar mais salubre o espaço público. Este homem, em 2011 (foi ontem), votou em Cavaco, primeiro, e em Passos, pouco depois. Votou neles, fez campanha por eles, apesar de saber o que Cavaco tinha feito na “Inventona de Belém” e o que Passos fez a Portugal com o chumbo do PEC IV. O voto tem razões que a razão desconhece, é sabido. Mas depois, e rapidamente, conseguiu resgatar a sua lucidez e passou a dar nomes aos bois. Isso deixa-o como alguém que coloca a sua integridade intelectual e moral acima dos tribalismos. Virou socialista, comuna ou socrático? Só para os imbecis e os pulhas, para os restantes é uma voz que engrandeceu a sua autoridade. E é esse, exactamente, o busílis nesta opinião acerca do Observador, na qual volta a exibir a mesma cegueira afectiva que lhe manchou o currículo eleitoral em 2011.

Pedro, se fizeres uma busca por “Tecnoforma” nessa coisa onde dizes encontrar “jornalismo equilibrado e de referência”, o único resultado recente é relativo a uma declaração de Ana Gomes. Como é possível, ó pá?

5 thoughts on “Observando o Pedro Marques Lopes”

  1. o observador é o único jornal que leio sem ser as gordas . também gosto de ler os comentários. é descontraído , não faz grandes dramas .

  2. se calhar o que ele quis dizer é que é uma referência em termos de audiência. aguardemos o novo resgate. :-)

  3. Valupi-Valupi-Valupi, deverias partilhar essas confissões na intimidade ou no Twitter que ele também anda por lá a fazer de indignado e a papar os papalvos?

    Aqui surge a parvonear mais uma série de banalidades modernaças, fracturantes e icónicas para os papalvos como tu fazerem o seu jogo. Há dias foi na selva do FB e fê-lo a solo mas poderia ser, em simultâneo, na SIC N entre os nevrótivos moços do Eixo do Mal, no Record, DN, TSF, no Twitter, naquele paraíso [do] selvagem, ou, eventualmente, no Instagram,. E, sei-o, o gordinho até partilha ou partilhava um site…

    E é assim, para além de beberes da mesma malga, ires a correr a uma loja do Celeiro comprar uma sandes gigante de mortadela ou, à noite, ires solitariamente jantar a tortilla ensopada em óleo na tabanca da Esperanza e andares por aí sem descanso, nota-se em ti uma tendência ou um padrão em seres obsessivamente papado e gostares (durante o período febril em que escrevinhavas sobre o João Miguel Tavares acho que atingias o nirvana e comecei a pensar que te passava o sofrimento, mas entretanto passou-te com meditação ou ajuda especializada?).

    Nota, mesmo-mesmo importante que por mim ainda estou à espera de Godot (?). Não é este o tempo de?, ou melhor, poderei manter em mim viva a esperança de que te veremos a ti, Valupi, de braço dado com a Estrela Serrano pelo menos, a agradecerem compungindos aos escribas do CM, na pessoa do Eduardo Dâmaso, à Felícia Cabrita do Sol, ao outrora omnipresente JMT e ao RAP, sei lá a quem mais, quem sabe se à Manuela Moura Guedes ad aeternum, o papel eimportante que a suave imprensa popular portuguesa desempenhou antes e durante a a a… a Operação Marquês? Pensa nisso, se ainda não o fazes.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *