* Poste pedido pelo nosso amigo António P., e ocasião para sugerir este texto; o qual, se não demonstra a tese, pelo menos permite-nos encontrar padrões de disfuncionalidade ideológica exactamente iguais nas sociedades americana e europeia ou portuguesa.
e na disfuncionalidade mais comum em que nada se salva (ou muito pouco) lá vamos sofrendo e rindo….destes “artefactos digitais do contemporâneo” onde trocas e baldrocas trocam as voltas ao que foi e volta ser baralhar para dar.
e saio. vénia V. com um sorriso.
Sim, piano, o jogo (da cultura) continua, por isso temos de voltar a baralhar, para voltar a dar. É isso mesmo que fazemos há 150 ou 200 mil anos.
ora pois, civilizatório, nada como estes amigos para darem outro andamento às palavras,
sim……………………..Val………………….sorrio.
“andando” em allegro expectante.
Val,
Porra, Vale! Lá tens de vir com a treta dos ismos. Dá-te um jeito do caraças. Chama aos bois pelos nomes sem os ismos.
Olha Val, eu sou comunista, mas nunca fui estalinista.
Também não sou o “comuna” do PS, que ainda não actualizou a linguagem, como se tudo tivesse parado em 75, na Fonte Luminosa.
Falando de ismos, vê bem como a História é fértil na matéria. E vendo bem as coisas, devemos fazer política com ideias e nunca com insultos.
Acreditas ou não que devemos tender para o fim da exploração do Homem pelo Homem? Acreditas ou não que cada rico, como nos ensinou já Garrett, custa uma infinidade de pobres? É ou não obsceno que haja gente como Jardim Gonçalves, que, sem produzir seja o que for, recebe aqueles milhões todos, como se fosse a coisa mais normal do mundo?
Ò Val e as roubalheiras que temos comentado ultimamente?
A coisa dos soviéticos foi o que foi, mas achas que esta em que vivemos é a última e melhor forma de pensar o mundo?
Ó Val, acaba lá com a guerra civil, que eu prometo conversar e beber um sereno copo de boa cepa contigo. Vale?
Vale!
Meu caro Val, não são propriamente a mesma coisa. Entre um stalinismo de consumo interno e um trotskismo a favor da revolução universal vão algumas diferenças. Experimenta pensar no caso do stalinismo como um daqueles cagalhões género tronco de carvalho que um gajo quando o caga até se sente orgulhoso, e no trotskismo como uma daquelas cagadas género vareta, como se diz na minha terra, que borrifa todos os sagrados cantos de uma retrete. Um marca bem a sua posição como única e irrepreensível e o outro espalha-se infantilmente por tudo o que o rodeia. Se de acordo com esta minha comparação não te fiz compreender que são merdas muito diferentes, experimenta pensar no seguinte, o stalinismo vence mais cedo ou mais tarde, nem que seja às custas de uma machadada bem aplicada nas longínquas terras do México.
Abençoada a esquerda que tem por ídolos semelhantes facínoras.
Não é a mesma merda, é o cagalhão ao lado.
Eu da teoria da Revolução e Mudança Social nada percebo. Menos ainda de super e infra – estruturas económicas. E, na realidade, sou um explorado, por incompetência minha, desejando ser um explorador.
Partilho, no entanto, a visão revolucionária de Raul Castro, que no seu recente discurso à nação Cubana, disse mais ou menos isto: deixem-se de tangas sobre os imperialistas, e vão mas é trabalhar seus malandros. Realmente em Cuba existem excelentes oftalmologistas.