Rui Rio voltou a despejar a sua cassete pré-populista, ou neo-populista, a qual consiste numa caixa cheia de fantasmas que é aberta de quando em vez para entretenimento da audiência. E estamos perante variações do populismo porque o exercício não passa da descrição intencionalmente vaga – portanto, impalpável, intangível – de circunstâncias e características onde há espaço para toda a minha gente abanar a cabeça em assentimento e dizer “Pois é, os políticos deram cabo disto, essa malandragem…“
Aparentemente, Rio não tem consciência do seu papel no espaço público. Impante de boas intenções, não passa de mais um que, a coberto dos “avisos” urgentes e pungentes que garantem holofotes apontados, anda a contribuir para a anemia cívica que torna mais provável e aceitável a anomia política. Pensemos: que é suposto o cidadão pagador de impostos fazer depois de ouvir um político com mais de 30 anos de experiência, apontado como o desejado futuro líder do PSD, dizer que os partidos e os políticos actuais não prestam? Qual é o efeito, primeiro, e as consequências, depois, deste discurso que enche a boca a qualquer papagaio da extrema-direita e da extrema-esquerda há décadas, se não forem séculos? Consoante variegados factores de base em cada indivíduo, as respostas tenderão na sua enorme maioria a escoarem-se entre duas alternativas equitativamente lógicas: a apatia, pois a esperança desaparece, ou a pulsão destrutiva, pois só começando de novo desde as fundações haverá salvação.
O populismo deu a vitória a Cavaco, Passos Coelho e Portas nas eleições de 2011. Fizeram o que tinham a fazer para garantirem o único objectivo que ambicionavam, o poder. Por isso mentiram do princípio ao fim, caluniaram e distorceram dentro dos limites da legalidade, e aproveitaram-se das golpadas que uma certa imprensa e uma parte da Justiça desenvolveram e exploraram juntas ou paralelamente. Perante esta força, que também juntava o larguíssimo grupo de eleitores manipulado pelo PCP, BE e certas figuras do PS, uma delas o actual secretário-geral, o Governo socialista foi completamente impotente, nem sequer conseguiu coligir informação que desmontasse com eficácia, e em tempo útil, a propaganda desvairadamente irracionalista que encheu a comunicação social ininterruptamente desde 2008. O que importa realçar, para ligar a História às histórias de Rui Rio, é que num olhar sociológico tal fenómeno não tem nada de exclusivamente português. É algo que acontece nas democracias um pouco por todo o Mundo, e é a tendência que mais consistentemente vem marcando a política no Ocidente neste começo do século XXI.
A globalização trouxe consigo novas oportunidades de desenvolvimento e negócio, o que foi bom, mas também uma crescente separação entre o poder económico e o poder político, o que é sempre, sempre e sempre mau. Para piorar o cenário, a complexidade dos problemas que os países e as governações enfrentam aumenta ao ritmo do crescimento da sua escala geográfica, tecnologias envolvidas e quantidade de humanos em causa. Isto cria o ambiente propício para discursos redutores e promessas simplistas que, por se pretenderem politicamente válidos e se saberem sem fundamento factual ou científico, servem como trampolins para radicalismos os mais variados. A repetição continuada das mensagens extremistas faz o seu caminho e leva as populações – tanto nas classes menos educadas como nas elites – a identificarem-se com uma fórmula vendida como panaceia para as inseguranças, medos e pavores inerentes a uma crise de longa duração causada pela alteração de paradigma económico. O aumento da abstenção e o ataque ao centro político, o lugar da negociação e onde o bem comum se expressa concretamente, estão visceralmente ligados ao crescimento da violência interna onde os membros de uma dada comunidade vão desistindo de se ajudarem uns aos outros, optando por se refugiarem e barricarem à volta daqueles que instiguem os mais básicos instintos de sobrevivência.
Que nos resta? Convocar a coragem para ousar ser inteligente. E convocar a inteligência para saber onde ser corajoso. Foi assim em qualquer momento do nosso milenário passado onde possamos reconhecer um qualquer laivo civilizacional. No que à situação portuguesa diz respeito, o que está e estará sempre por fazer é aquilo que o Pedro Adão e Silva verbalizou no Fórum da TSF dedicado à rábula do Rui Rio: falar dos factos, discutir os números, decidir a partir de uma inteligência que seja consensual na forma e criativa nos resultados – ou, para recuperar uma feliz expressão de Herman Heller, introduzir fair play no jogo político democrático, sem o qual os adversários se tratam como inimigos e, nessa disfunção alimentada pelo ódio, se boicota o interesse nacional. Ora, Rio, alguém que pelos vistos convive tranquilo com o modo como Cavaco, Ferreira Leite e Passos transformaram Portugal num chiqueiro onde valeu de tudo, está longe de ser uma autoridade em honestidade intelectual.
um político que tenta injectar de veneno o povo contra a política é que é malandro e ougado como os outros que não detalhou – ougado de poder. mas o texto diz isto, e mais, bem melhor do que eu.
Um bom entretenimento: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/12/blog-post_9814.html
João Lisboa, olha que podes consultar especialistas nesse tipo de taras. Vê lá… Se estiveres a adiar a consulta por falta de carcanhol, conta com dois euros que já tenho aqui de lado como contributo para o tratamento.
dois euros dá e sobra para comprar um bom esguichador de amoníaco para o melhor tratamento possível: olhar para o espelho bem limpo até ficar opaco e repetir a operação até acabar a embalagem. :-)
Grande e oportunissima análise do momento que vivemos em Portugal e no Mundo!
Pela parte que me toca, tenho ainda o dever de um agradecimento particular: é que estava hesitante entre ir ou não ir amanhã a um debate político em que é convidado especial o Rui Rio. O que acima li, ajudou-me a decidir: Nunca dei nem espero vir a dar para peditórios da natureza daquele a que, pelos vistos, iria assistir!
Mais uma excelente análise Val.
O Rio vai nu.
“que é suposto o cidadão pagador de impostos fazer depois de ouvir um político com mais de 30 anos de experiência, apontado como o desejado futuro líder do PSD, dizer que os partidos e os políticos actuais não prestam?”
O mesmo que depois de ler o Aspirina B. Aqui não se diz nada de diferente.
Resumindo, só um político se avista no horizonte como um gigante do século XXI. Não creio que seja muito difícil de adivinhar!
Pronto, como estou bem disposto vou dar umas dicas: nasceu em Vilar de Maçada, é portanto um político português mas não usa pasta medicinal Couto.
carmo da rosa, conta-nos lá como é que chegaste a essa genial conclusão.
olha que dois cromitas, lucas galuxo e carmo da rosa, a canalizarem o texto para o que não diz. isso costuma acontecer quando os raivosos lutam com todas as suas forças para esconderem o que não querem que se saiba ao mesmo tempo que destilam as entranhas. é uma grande frustração, portanto.
Donde se depreende que a História da Pulhice em Portugal, teria começado em 2008…Não está mal, como análise fundamentada. Um prato, este Valupi!
Não percebo o Ruizinho. Temos um Presidente sério e competente. Um Governo honesto e capaz. Uma maioria sólida e determinada no Parlamento. Para que quer ele os xuxas?
Então agora que estamos no bom caminho, que vencemos a recessão técnica, que baixámos duas décimas no desemprego, que exportamos que nos fartamos, que até vamos voltar aos Mercados (e ser Campeões do Mundo?) em Junho-Julho de 2 014, que temos estabilidade política e um Povo maravilhoso e feliz, ele quer estragar tudo voltando a chamar os xuxas para a área do Poder? Mas para quê, senhores, não me dirão?
É preciso fingir que há alguém a fazer Oposição em Portugal. É uma vergonha ter de ser o Bagão Félix, a Ferreira Leite e o Capuchinho Vermelho a falar contra o Governo.
Parabéns ao Rui Rio, que sempre vem animar as hostes ao pessoal e dar a entender que, se a cartada Passos Coelho falhar (esperemos que não, que o rapaz é um novo Sá Carneiro, como disse o sábio Mário Crespo), o PSD tem um segundo homem à altura para derrotar limpamente o senhor doutor António Joséro Seguro.
O Rui Rio não está bom da cabeça, pois não? Por este andar, ainda nos destapa a careca a todos. E tanto trabalhinho que ela deu a tapar…
Rui Rio, queres vir trabalhar aqui para o pé da malta, no nosso “Escritório”, grande gozão?
Quem não conseguir um bom emprego na sua área, recomandamos que saia da sua zona de conforto…
SInta-se desconfortável à sua vontade.
Emigre (ou emagreça, tanto faz…)!
Não precisamos de mais tempo, nem de mais dinheiro!
AVISO:
Estamos a poucas horas de saír da recessão técnica.
(oh, não saias, pá, fica mais um bocadinho, oooooooooooooohhhh!…)
Papai, esse cara Rui Rio, ele é dos nossos, ou é dos inimigos?
Poxa, já não entendo nada, mesmo!
Abração fofo…
Prof. Karamba, o que devo fazer?
Coligo-me, ou não me coligo?
Valha-me Santo António, de Lisboa…
Rui Rio não é nenhuma ameaça à liderança do PSD. É uma voz respeitável e traduz uma saudável pluralidade de opiniões dentro do Partido e carreia para a discussão política uma mais-valia assinalável. Nós saudamos as diferenças e apreciamos o debate estimulante.
Ah, porra, já não estavas a gravar? O que é que saíu para o ar? A voz estava bem colocada? Obrigadinho, ó Colega.
Um abraço,
Moreira de Sá e Cónegos.
O Dr. Rui Rio, com toda a sua experiência, é uma voz prestigiada e que deve ser ouvida pelos atuais responsáveis do PS. O Partido Socialista faz parte do arco da governação, deve por isso assumir as suas responsabilidades e ter em conta que o que se diz em Portugal é ouvido com muita atenção em Berlim, Washington e Bruxelas.
Não acredito que o Partido Socialista não seja sensível a este apelo do Dr. Rui Rio, que aliás faz eco das conhecidas preocupações do senhor Presidente da República, no sentido de envolver as forças políticas que subscreveram o Programa de Ajustamento acordado com as instâncias internacionais, o qual deve ser cumprido integralmente e no prazo previsto, sob pena de se agravarem ainda mais as duras condições que têm sido suportadas pelo Povo português, que tem dado lições de coragem e reisitência a todo o Mundo.
Portugal tem hoje um prestígio internacional muito superior ao da Grécia e de Chipre, está a fazer um grande esforço de ajustamento e não pode agora comprometer tudo por falta de concertãção e de diálogo interno.
O PS um dia pode até, eventualmente, voltar a governar Portugal e temos de estar perfeitamente Seguros de que não vai voltar a repetir os erros dum Passado recente, que puseram Portugal no caminho da insolvência, é só isso que pedimos ao Partido Socialista: um compromisso patriótico no sentido de permitr a substituição da maioria que governa sem que isso acarrete qualquer alteração, por mínima que seja, do rumo oportunamente traçado e que tem de ser mantido nas próximas DÉCADAS.
Temos a certeza de que o Dr. Ant.º José Seguro compreenderá muito bem que este objectivo é que melhor defende também os seus interesses e os do seu Partido. Tal como já compreenderam muitos outros eminentes socialistas, alguns deles integrantes até dos anteriores Governos PS, e dirigentes sindicais da UGT, por exemplo.
Nunca é demais repetir esta lenga-lenga, que acabará por vencer a todos, quanto mais não seja pela SATURAÇÃO!
Será mesmo?
Concordo no essencial.
Excelentes, os dois primeiros parágrafos.
Uma discordância apenas: entre “a apatia” e “a pulsão destrutiva” não me parece adequado usar o “ou”, mas sim o “e”!
É que uma não é alternativa à outra, pelo contrário: a primeira pode conduzir naturalmente à segunda.
Pois, como já dizia um Sábio da Antiguidade, cujo nome agora me escapa, «a violência é sempre a pior das alternativas, excepto quando se torna a última»!
Nunca o esqueçam.
@ Val: “….como é que chegaste a essa genial conclusão.”
Muito simplesmente, por exclusão de partes. Mas, ao mesmo tempo que lemos o genial Valupi, é preciso meditar em posição lótus com o polegar de cada mão colado ao indicador, de outra forma não funciona – ainda nos sai o Gaspar na rifa….
VAL o teu ódio é irracional, Rui Rio ainda nem começou e já lhe estás a chamar intelectualmente desonesto. Não sei se tens família ou amigos, mas não tens vergonha que eles leiam as mentiras sobre a história recente que aqui debitas?
Continuas a achar que o Mundo inteiro se uniu para derrotar Sócrates, não percebendo que com isso dás uma imagem de que aceitas muito mal a democracia.
Não há dúvida que estes imberbes irresponsáveis que estão no governo deviam ser corridos o mais rápido possível, mas voltar à alucinação do mundo paralelo que Sócrates montou, só se perdêssemos de vez a razão.
Cumprimentos
tanto cabeçudo que por aqui anda, chiça-penica. cabeçudos e raivosos e estúpidos.
Politólogo reformado, tens razão, mas não tens a razão toda.
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carmo da rosa, exclusáo de que partes? Não tenho nada contra os monólogos, mas quando eles ocorrem nas minhas caixas de comentários sinto que mereço algumas explicações.
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José Soares Pinto, o Rui Rio ainda não começou o quê? De que falas, sendo que falas de um homem que está na política desde o princípio dos anos 80?
Qual é a parte em que não aceito a democracia? Acaso leste alguma coisa do que escrevi?
Fala-nos lá desse mundo paralelo que Sócrates montou. Quero muito aprender contigo.
Ó VAL não te faças desentendido, podes ter defeitos, como eu, mas burro não és. Sabes muito bem do que falo, quando digo que Rio ainda nem começou. A parte em que não aceitas a democracia é básica: Foi o povo que escolheu este governo (infelizmente) não uma qualquer cabala de todas as forças do Universo.
O mundo paralelo de Sócrates é a realidade quando ela nos bateu à porta. As auta-estradas que se pagavam elas próprias, a festa da parque escolar, as energias renováveis, o investimento público mandado por Bruxelas, etc… Eu sei que não aprendes nada comigo, nem tenho pretensão de ensinar ninguém, só não quero que continues a enganar a malta com as tuas piruetas argumentativas.
José Soares Pinto, se achas que eu sei do que falas, tens de largar o vinho. Mas deu para perceber que és leitor do Correio da Manha. Espero que te limites a ler as sobras no café e não andes a gastar do teu dinheirinho nesse esgoto a céu aberto.
José Soares Pinto: não quero que me defendas – quero muito, oh tanto, continuar a ser enganada.
Olinda: Ganha vida própria.
VAL: Largar o vinho não posso, é das poucas coisas boas que ainda me restam. Quanto ao correio da manhã, nem para limpar o c…
se ganhar vida própria é ser populista e alérgico à inteligência, José Soares Pinto, então terás de continuar a fazer-me o apelo.
Não querendo meter a colher em discussão alheia, sabendo-se que muitos lêem estes comentários sem nunca se pronunciarem, gostaria apenas, não estereotipando conceitos, de perguntar a José Soares Pinto por que razão fala ele de «Auto-estradas que se pagavam [a] elas próprias, a festa da parque escolar, as energias renováveis, o investimento público mandado por Bruxelas, etc.…», a propósito de Sócrates, quando haveria tantas outras coisas de que poderia também falar?
Por que motivo só se invoca Sócrates a propósito destas e doutras coisas, como as PPP’s, o TGV, o Novo Aeroporto de Lisboa, ou o Aeroporto de Beja, sabendo-se que tudo isso já vinha de MUITO ANTES DE SÓCRATES, quando haveria coisas muito mais relevantes a falar sobre os seus Governos?
Estamos aqui a falar, creio eu, sem interesses não declarados, como Cidadãos intererssados em falar verdade e com genuína preocupação com o Futuro do seu País.
José Soares Pinto, a minha pergunta concreta para si é: não considera mais relevante para caracterizar o tempo de José Sócrates à frente do Governo português a redução do défice do Estado para menos de 3% – quem o conseguiu antes dele, nas mesmas condições de normalidade? Ou a taxa de desemprego de Portugal nesse tempo? Ou os indicadores de esperança média de vida? De qualidade da Educação? Da (inexpressiva) Emigração? Do nível de Impostos? Ou dos próprios valores do PIB/capita?
Pense assim: se vir dois homens à sua espera para, por exemplo, uma qualquer reunião executiva, um de fato cinzento e gravata, com os documentos metidos numa pasta de pele, e outro de bermudas e sandálias, com a papelada à solta dentro de um saco do “Continente”. O primeiro tem uma ferida na testa com um penso, o segundo não.
Qual a descrição que irá fazer deles? “Tive hoje uma reunião com dois gajos, mas um era um energúmeno que parecia ter andado à porrada e o outro era uma pessoa normal”, é isto?
Já tentou fazer uma análise isenta, desapaixonada e séria aos dois períodos históricos que Portugal viveu mais recentemente, os Governos de José Sócrates e a era Passos Coelho? Faça-a. E depois tire as suas próprias conclusões.
Não tenha medo, pode sempre continuar a odiar o Sócrates à sua vontade. Emoções e raciocínos não têm que se contaminar, como bem sabe…
jóse soares pinto, és uma especie de macaco de imitaçao.repetes o que a direita andou a impingir aos portugueses.o aeroporto de beja dentro de pouco meses está a exportar produtos do alqueva e a trazer turistas.as ppp rodoviarias,são uma fdp mas dão muito jeito,para levarmos para o estrangeiro a mercadoria e quando vamos visitar os nossos pais ao interior,pois foi no portugal profundo que socrates as mandou construir.a maior ppp deste pais é o centro cultural de belem que alem dos 30 milhoes do custo há mais de 20 anos.tem um custo de funcionamento e de manutenção que dava para por algumas scuts a preço mais barato a beneficio da economia.o pagamento desta vias retirou milhoes a economia local deste pais.quem iniciou a conversa do tgv foi a direita ao assinar o acordo de quatro linhas com os espanhois.soares pinto,tu entras na estatistica, que nos diz que portugal tem a direita mais estupida da europa.por serem estupidos! é que o pcp faz coligaçoes com voçes nas autarquias.
Odisseu,
Não querendo meter a colher em discussão alheia, mas sabendo-se (a partir do que se lê constantemente neste blogue) que no tempo de José Sócrates à frente do Governo português o país ia de vento em popa, como se explica que o mesmo José Sócrates tenha entregue (ou consentido) as chaves do estaminé ao FMI ?
Os nossos queridos analistas deviam perceber que todos os países do mundo só fazem um apelo ao FMI quando já não têm dinheiro para pagar ao padeiro e ao merceeiro…
Enquanto o Val e outros não perceberem esta verdade, tão simples, vão continuar a malhar dia sim dia sim, e anos a fio, na partidarite: destribuíndo fastidiosamente elogios a UM e afirmando que todos os outros não prestam! Resumindo, uma pincelada tão chata como a Festa do Avante, e, como dizia o amigo do poeta:
Se ao menos isto tudo se passasse
numa Terra de mulheres bonitas!
Mas as mulheres portuguesas
são a minha impotência!
carmo da rosa, explica lá como é que Sócrates levou Portugal, a Grécia e a Irlanda a chamarem o FMI, tudo de rajada, já para não falar do que Sócrates andou a fazer em Espanha, na Itália e no Chipre, entre tantos outros lugares por onde esse desgraçado Sócrates passou e deixou a sua marca.
carmo da rosa, não vás ao especialista e depois diz que é por causa das mulheres. A mesma coisa se aplicando, se ainda fosse a tempo, ao Almada, que por acaso inicia esse mesmo poema identificando-se como Pederasta. Mesmo que seja o teu caso, é abusivo pôr a causa nas mulheres.
oh rosa, o enxerto do poema vem a propósito de quê? não tou a ver, só se for para impressionares a bécula.
já vi tudo, carmo da rosa, de onde vem a tua raiva: o Sócrates tem sempre ponta. ponta por onde se lhe pegue, claro. :-)
Val, explica lá tu primeiro porque razão ele entregou as chaves do estaminé ao FMI…
Quando até ao último dia afirmava, para quem queria ouvir, que tudo corria às mil maravilhas, insultando de tremendistas e velhos do Restelo os que na altura já avisavam a malta com a devida antecedência que íamos bater com os cornos na parede… E foi o que aconteceu!
É evidente que o Sócrates não tem culpa da crise (mundial), nem de todas as asneiras cometidas em Portugal – eu nunca disse isso. Mas a tacanhez demagógica e a falta de honestidade intelectual irrita-me. Se ele tivesse afirmado em público que na altura (realmente) pintou a situação do país demasiado cor de rosa, tinha ganho dez pontos na minha consideração… E talvez o meu voto, quem sabe?
Grécia, Espanha e quejandos é outra conversa.
“Val, explica lá tu primeiro porque razão ele entregou as chaves do estaminé ao FMI…”
oh rosa! não é nada comigo, mas será que não deste pelo chumbo do pec4 ou isso não passou aí no canal dos emigras.
Olinda,
Peço imenso desculpa, mas afinal mudei de ideias. Não me reconheço no poema do Almada Negreiros, porque tu, pelos vistos, tens muita ponta por onde se lhe pegue…
carmo da rosa, explicarei, e com todo o gosto, mas primeiro terás de apresentar uma qualquer citação dessas declarações de estar tudo a correr às mil maravilhas enquanto à sua volta a gente séria o tentava chamar à realidade. Deverão existir dezenas ou centenas, quiçá milhares, pelo que não terás dificuldade em encontrar uma. E só te peço uma, a que achares melhor para comprovar o teu raciocínio.
“oh rosa! não é nada comigo,”
É claro que não é nada contigo pá, porque eu não respondo a racistas de pacotilha, só a racistas convictos que argumentem minimamente – esses sim.
Mas lembra-te que são os emigras que ainda vão equilibrando as contas da nação, porque a mesada que recebes da tua tia de Cascais não dá pró tabaco…