Questionado sobre as declarações de Isaltino Morais a seu respeito, na peça acima acessível, Ventura de imediato vai buscar Sócrates, acrescenta Paulo Pedroso e chega aos terroristas. Todos juntos, todos iguais na sua retórica do ódio. Se sobre Sócrates está apenas a expressar o que a sociedade e o sistema partidário igualmente pensam — que esse cidadão devia estar preso sem direito a defesa num tribunal — já sobre Pedroso estamos perante um outro cidadão que não foi pronunciado por crime algum. E que depois obteve do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos o reconhecimento de ter sido vítima de gravíssimas violações dos seus direitos por exclusiva responsabilidade do Estado português através de agentes da Justiça.
Pedroso não é apenas um inocente, é também um não acusado e alguém que obteve uma indemnização por ter sofrido danos incalculáveis e indeléveis, que continuam a provocar sofrimento atroz. Esse sofrimento estende-se à sua família e amigos, e ainda a qualquer pessoa decente que se sente atingida pelos abusos cometidos e pelas suas consequências para a comunidade. Quando foi detido no Parlamento, com 38 anos, ele era um dos mais promissores políticos do PS, considerando-se que estava destinado a chegar a secretário-geral e, portanto, eventualmente a primeiro-ministro. Hoje, quem o oiça ou leia com honestidade intelectual fica triste por não ter o protagonismo político que merece e nos faz falta.
Ventura terá dificuldades cognitivas que lhe dificultem o entendimento dos factos judiciais relativos a Paulo Pedroso? Não parece. Terá provas que escaparam à Justiça, e que ainda não entregou às autoridades, onde baseie a sua convicção de estarmos perante um abusador sexual de menores ou maiores? Não parece. Então, que resta? Por que razão, ou razões, se tornou num explorador político do sofrimento de alguém que nunca lhe fez mal? Como se permite continuar a violar os seus direitos, e até a ameaçar agravar a violência já infligida desde 2003 até à actualidade? Que podemos, e devemos, concluir a respeito de alguém que fanfarrona ser carrasco de um inocente enquanto líder partidário, deputado, candidato a primeiro-ministro e candidato presidencial?
Ele permite-se fazer isto dado só ver à sua volta cúmplices e cobardes. Atente-se como o título da notícia, da responsabilidade do editorialismo do Ricardo Costa, agarra-se a Sócrates e apaga Pedroso. Ventura falou da Palestina, das creches, das autárquicas. A SIC aproveita para vender o Sócrates criminoso e cala-se sobre a violência de que Pedroso volta a ser vítima, agora também tendo a SIC como canal divulgador e amplificador. De cada vez que isto acontece, e acontece sempre e em todo o lado em que se reproduzem as canalhices do Ventura, o espectador tem bons motivos para considerar que é normal repetir ser Paulo Pedroso um criminoso que devia estar preso porque abusou sexualmente de crianças e jovens. Afinal, se nem sequer os jornalistas gastam uma caloria a rebater as calúnias ditas na sua cara, sequer um político de um outro partido aparece a defender a honra e a liberdade dessa pessoa — os seus direitos fundamentais, aqueles que reclamamos para nós próprios — é porque todos concordam com o pulha.
E tu, também concordas, né?
o pinto da costa foi corrupto a vida toda (e tu tb concordas, né valupi), embora de tal nunca tenha sido condenado
o pcp é putinista (e tu tb concordas, né valupi), embora nunca tenha apoiado putin ou a sua politica
o movimento pela libertação da palestina é antisemita (e tu tb concordas, né valupi), embora nesta altura toda a gente aceite as acusações que ele faz a israel
toda a solidariedade com pedroso, mas era o que faltava estar a ouvir alguém que faz exactamente o mesmo numa panóplia de temas públicos mostrar escandalo sem o minimo de reflexão sobre o seu prórpio comportamento
<<Ventura sobre Isaltino e Sócrates: “qualquer dia temos um líder terrorista a dar entrevistas na televisão”<<
Já temos agora e a toda a hora, mas um milhão e tal de lorpas ainda não deu conta.
CHAMA AOS OUTROS ANTES QUE TE CHAMEM .
PS. viram o chegano na tribuna a mandar beijocas á Isabel Moreira?
Por feliz coincidencia, quando esticava os beiços, a venta do gajo parecia mesmo um focinho de reco.
et tu, brutus, Muito bem!
Respondendo directamente ao volupi, sim, concordo com o pulha quanto à podridão do PS. Em mil temas talvez concorde com o pulha em dois ou três. Este é um deles. Também acredito que a Terra é redonda e que gira em torno do Sol. Devem ser estes os três temas em que concordamos.
Saia à rua, volupi, e pergunte a cem pessoas ao calhas se o 44 é corrupto; se o Peidoso se safou por ser do PS; se a vasta maioria do PS é gente séria ou uma pandilha de chulos. Quer apostar no resultado? Para se consolar, pergunte-lhes depois se o Montetrampa é trafulha; se a D. Portas atacava no Parque Eduardo VII; se a vasta maioria do PSD é gente séria ou uma pandilha de chulos. Que tal?
O problema não é só o PS, todo o regime está podre desde o início, mas o PS é a sua face mais constante e visível. Portugal é ainda um país tacanho e acarneirado onde as pessoas têm medo ou vergonha de falar claro, salvo meia dúzia de malucos (como o Paulo Morais) que todos ignoram, mas tal como nas aldeias – e isto é basicamente uma aldeia grande – as coisas não se dizem, mas sabem-se.
Viúvas xuxas como o volupi ou piaçabas profissionais como o Pedro ‘Cabeça de Porco’ Marques Lopes também sabem que as pessoas sabem, mas como isso não lhes convém cumprem o papel dos intrépidos defensores do mítico ‘Estado de direito’: os únicos que vão com o passo certo contra a turba de fascistas e caluniadores que ousam constatar que o rei vai nu, sempre foi nu, e cheira mal.
Sim, há fachos – mesmo que sejam fachos a fingir, como o chunga Ventura – que usam isto para atingir os seus fins facho-chungas. Mas a solução não é continuar a calar e a tolerar a podridão porque eles a usam; só expondo e atacando de frente a podridão podemos acabar com ela – e com eles.
“Interações inapropriadas” não se exercem apenas corporalmente – cada um… Elas têm lugar em todas as áreas da vida. E na política então…!
Passo a citar:
– D. Sebastião – O enigmático “Desejado”
D. Sebastião é recordado como o rei jovem e destemido que partiu para a batalha em Alcácer-Quibir e nunca mais voltou, dando origem à lenda do “Encoberto”. Contudo, a sua vida amorosa e pessoal também levanta várias questões.
Durante a sua infância, com apenas 10 ou 11 anos, contraiu gonorreia, possivelmente através de interações inapropriadas que ocorreram durante o tempo que passou em Almeirim com a corte. Essa doença provocou-lhe uma condição que muitos associam à impotência, o que pode explicar a ausência de interesse em casar ou em envolver-se com mulheres.
No entanto, há quem acredite que a sua falta de interesse pelo sexo oposto não se devia apenas a esta condição, mas à sua orientação homossexual. Existe até uma história peculiar em que o rei foi encontrado a abraçar um escravo negro, alegando depois que pensava estar a segurar um javali no escuro. Sabendo-se que D. Sebastião era um caçador exímio, muitos consideram esta justificação bastante duvidosa, deixando espaço para especulações sobre a verdadeira natureza dos seus interesses amorosos. –
Felizmente, hoje, em Portugal, a pena de morte não existe. Houve evolução civilizacional.
Mas há por aí pessoal que ainda comete o crime de
“merda na boca”.
Passo a citar:
– Crime de excremento na boca é punível com pena de morte
Uma das histórias mais estranhas das leis do nosso país está associada a uma lei decretada pelo 6º rei português. Sendo um rei conhecido e reconhecido pela sua vasta sabedoria e pelo seu poder diplomático, D. Dinis está ligado a uma lei insólita.
O Rei D. Dinis decretou um castigo temível para algo horrível.… Seja para quem fizesse o ato de colocar excremento na boca, seja para quem enviasse um mandante realizar o ato deplorável, a punição era de pena de morte!
Idade Média
É importante contextualizar: D. Dinis reinou em plena Idade Média, um tempo bem distinto do nosso. Nessa época, havia o “costume” de se colocarem excrementos na boca (ou solicitar a alguém que fizesse esse serviço) com o propósito de ofender de forma bastante grave outra pessoa. Uma agressão conhecida vulgarmente como “merda na boca”.
O rei D. Dinis pretendia erradicar esse tipo de comportamento, por isso decidiu agir nesse sentido, fazendo uma lei que assumisse uma postura intolerante com o vil gesto.
O crime
Ao punir o crime com pena de morte, um castigo feito a homens ou a mulheres, D. Dinis deu um importante passo para erradicar esse comportamento. Diga-se que o termo “merda” não tinha na época a conotação ofensiva que tem atualmente. A palavra aparecia em textos legais nos séculos XI e XII.
Ele surgia mesmo na lei de D. Dinis sobre o dito crime: “Que pena deve ter aquele que meter merda na boca: Dom Dinis (…) estabelecemos e pomos por lei que todo o homem ou mulher que a outrem meter ou mandar merda em boca que morra porém.” –
ó Fernando , vá mas é ler ” crónica del rey pasmado” e fica logo bem disposto -:)
yo, é possível que sim
Desconhecia. Procurei e ouvi Madalena Vilanova, num vídeo de 4 minutos, num resumo rápido sobre o livro.
Depois encontrei o livro na internet, em letras grandinhas.
Vou pensar.
(Só que tenho um hábito danado. Começo a ler um livro e se não estiver a gostar não desisto até ao final)
é muito , muito engraçado , Fernando. sátira e religião -:)
é isto :
“A partir do pasmo extasiado do rei ao ver pela primeira vez uma mulher nua, e ao querer ver nua também a rainha, toda uma intriga se tece na corte, metendo nobres, inquisidores, uma afamada meretriz, um jesuíta português, a superiora do convento; toda uma tela de uma obra que bem justifica o qualificativo de pitoresca, num divertimento de primeira água.”
Ventura cospe para o ar. Pensa que a ventoinha devoradora não o atinge, como antes pensaram Costa, Galamba, Pedro Nuno Santos ou ainda pensa Montenegro.
A sua hora também chegará
bem , terroristas a discursar na onu já temos… o people levantou-se às dúzias , não quiseram olhar e ouvir aquela coisa herdeira de Begin e Irgun, , Lehi e gang Stern,
Yo, Acabei de ver na rtp2 o filme A lei de Teerão.
O regime que apoia o Hamas.
tudo bem , agora devia ver um filme sobre a violência provocada pelos sionistas na palestina desde pelo menos 1920 , para ter uma visão mais alargada da história e de quem começou o quê. ver os filmes a partir do meio ? não dá,
eu não, era o que faltava: combato o ventura e o chega e nos venturistas e os cheguistas todos os dias, olhos nos olhos com a espada que (também) carrego na língua e no viver. faço serviço público e não recebo um tostão.
O avatar da Moura Guedes lança lama a tudo e a todos: não é coragem, é indigência intelectual.
MARKTING AVANÇADO
O chegano e sua muchachos decerto tiraram um mestrado em comunicação da treta, incluindo linguagem de merda na boca ou gestual.
Basta ver as beijocas do fuça de reco á Isabel na AR , mesmo que momentaneamente, interrompeu a a sessão e a discussão do debate.
Objectivo cumprido.
A acrescentar á atenção que lhes é dedicada em todo o lado graças á alarvidade demonstrada.
A MINHA SUGESTÃO
É fazer como se faz quando um puto diz uma caralhada á frente das visitas para chamar atenção, fingir que não se ouviu.
No caso destes vermes seria condená-los á invisibilidade. Eu sei que é difícil, muitos pais dão um doce aos filhos , ou um biscoito ao cão, para se calarem, sem perceberem que estão apenas a premiar o comportamento.
E no caso das crianças, estão também a fazer papel de passador de droga, ao viciá-los na droga mais vendida no mundo e que é legal, o açucar.
«A MINHA SUGESTÃO
É fazer como se faz quando um puto diz uma caralhada á frente das visitas para chamar atenção, fingir que não se ouviu. No caso destes vermes seria condená-los à invisibilidade.»
Em princípio concordo consigo, o correcto e racional seria ignorar as caralhadas do chunga Chega, mas se se dá tempo de antena aos outros partidos – que podem não dizer caralhadas, mas só nos dão demagogia e pulhitiquice – o Chega queixar-se-ia de discriminação e até de censura.
Ou seja, qual o critério para difundir as tretas e banalidades que constituem aquilo a que erradamente se chama ‘política’, mas ignorar deliberadamente as tretas provocatórias do Chega? Falta definir esse critério, e falta sobretudo elevar a política àquilo que devia ser: o debate claro, fact-checked, racional e imparcial de ideias, conceitos e soluções, não de pessoas, cargos ou sound bites.
Palhaços como o chunga Ventura, o Trampa e outros limitam-se a aproveitar o circo que já existia e que se degrada há décadas: se é para fazer palhaçadas, se é a isto que chamamos política e democracia, então eles fazem palhaçadas – até melhor que os outros palhaços, pois têm ainda menos vergonha na cara. Não adianta calar uns palhaços e deixar outros; temos é de acabar com o circo.