O nosso Presidente da República disse coisas sobre a corrupção: Dia Internacional contra a Corrupção.
5 parágrafos, curtinhos. O primeiro, diz não sei quê do esforço nacional. O segundo, diz não sei quê sobre o bem comum. No terceiro, diz não sei quê de um sobressalto. No quarto, diz não sei quê acerca de não sei quê. E no quinto, diz não sei quê ética e jovens. Há câmaras de vácuo com muito mais substância no seu interior do que a inanidade acima disponível para leitura.
O problema não está no comunicado, este apenas um sintoma. O problema é que, a caminho de 10 anos como Chefe de Estado, ninguém se lembra de Marcelo ter alguma vez dito coisa que valesse a pena reter por alguns segundos na esperança de ter vestígios de relevância acerca do tema. O que contrasta com o seu ainda mais longo passado como comentador-mor, onde gastou centenas ou milhares de horas a gozar à brava com os casos de “corrupção” que foram entalando e queimando magotes de socialistas.
Talvez a corrupção seja uma cena que tenha desaparecido assim que entrou no Palácio de Belém, posto que Sócrates coiso. Pelo menos, no mínimo, não está preocupado com o tal fenómeno que continua a alimentar a indústria da calúnia e a direita decadente. Se estivesse, conseguiria dizer algo de factual, concreto, tangível sobre corrupção em Portugal. Não consegue, caso encerrado.
Honra lhe seja, imita os caluniadores profissionais. Se estes também não conseguem apresentar sequer um número a respeito, por que razão haveria um tipo que ofende os portugueses estar a chatear-se com matéria tão abstrusa e perigosamente definidora do carácter de quem sobre ela discursa?
Imita os caluniadores profissionais e ofende- ou tenta ofender- os portugueses, tal como o retonho comentador-mor actual na ultima homilia urbi et orbi, esqueceu as homilias do passado em que diz uma coisa numa e o seu contrario noutra, e que agora diz que nunca fará comentários sobre o que não domina, e também como os criadores, censores, moderadores, deste sitio, que quando não tem argumentos válidos partem para a agressão -julgam eles- caluniosa da moda, que é entre outros adjectivos, chamar putinista, a quem tem uma visão das coisas diferente.
E aproveito para desejar bom natal e um ano novo cheio de boas festas no corpo todo -a elas- e boas massagens prostáticas -a eles- .
Tudo de bom e do melhor.
E continuem, que rir é o melhor remédio.
Ou um Dia Nacional Contra o Comentariado.
Patrono já temos.
Quase parece que esta canalha política existe só para dizer banalidades, rapar tachos e manter a aparência ‘democrática’ enquanto a banca e outros mamões dominam e saqueiam o país, não é?
se os médicos podem:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/trabalhadores-do-sns-faltaram-em-media-30-dias-ao-trabalho-este-ano_a1622052
porque é que os juizes não podem:
https://www.jn.pt/2302282837/procuradora-condenada-por-deixar-prescrever-89-processos/
ou os polícias:
https://cnnportugal.iol.pt/odair-moniz/cova-da-moura/falsificacao-na-morte-de-odair-investigacao-desmente-psp-e-suspeita-que-relatorio-nao-foi-escrito-por-agente-que-disparou/20241211/6759f055d34ea1acf271b6b0
O que esbandalha este gajo é o seu imenso talento.
A política portuguesa, no dias que correm, está atafulhada de talentos. O que diria Eça, se fosse vivo, deste Pacheco que mereceu distinção avultada do intrigante… Balsemão que com ele começou a planear, em 1972, o semanário Expresso, metendo-o na direção do jornal em 1975?!!! E que amiudadas vezes é referido como um Cabeção.
(Quem eles eram e de onde vinham nunca tive dúvidas. O partido democrata da direita portuguesa, não me canso de repetir, era o CDS de Freitas do Amaral, Amaro da Costa e Basílio Horta)
Mas em 1973 (ele há cada coisa!), um ano depois das referidas movimentações, naquela cartita a Marcelo, caga isto:
“O discurso de Vossa Excelência antecipou-se ao rescaldo de Aveiro e às futuras manobras pré-eleitorais, e penso que caiu muito bem em vários sectores da opinião pública”.
(Será que Caetano, que o conhecia de ginjeira, o mandou 放個屁?)
http://www.poeteiro.com/2021/01/pacheco-e-seu-imenso-talento-cronica-de.html