O que escreve Baptista-Bastos no DN não me esclarece quanto à legitimidade, ou lisura, da sua situação de arrendatário municipal, mas confirma que o homem é um buraco negro narcísico, onde a realidade se afunda infinitamente na sua fome de protagonismo.
Olha lá, ó Armando, para chover no interior de uma casa basta ter a janela aberta, e sobre os perigos vários é ter mais atenção às quinas dos móveis e aos patins no corredor. Se achas que esta conversa a teu respeito é uma conversa que te falta ao respeito, tenho de perguntar: em que gaveta meteste o 25 de Abril?
Andas com um cabrão dum feitio…
Mas entendo o teu ponto de vista. Se armam ao pingarelho têm mesmo que ser intocáveis.
Concordo com o shark no que acaba de dizer. O que me chocou a mim na história banal do BB foi sobretudo compará-la com o texto que ele escreveu para o DN no passado dia 17, “O Argumento da Honra” http://dn.sapo.pt/2008/09/17/opiniao/o_argumento_honra.html
A armar-se em apologeta das “virtudes republicanas” e da “matriz ética”, mas achou que tinha direito a uma casa da Câmara, quando aparentemente não lhe faltava dinheiro para comprar outra.
A legitimidade é a mesma que legitimava os almoços no Solar dos Presuntos e o escritório no Pátio do Tronco. Todo o poder corrompe, o poder absoluto corrompe de modo absoluto – já os clássicos diziam e é verdade.
shark, antes isso. Se fosse defeito é que era mau. E quanto a esta cena do BB, é triste ter de explicar o básico a quem sempre vimos defender o fundamental.
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Nik, vês como neste caso já não te salta a tampa? Basta que apareça um zunzum contraditório com a história do próprio para te sentires no direito à indignação ou, pelo menos, à explicação.
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jcfrancisco, sim, corrompe, mas tens também de esclarecer de que poder se está a falar (já para não falar dos incorruptíveis, que existem). Isto porque há poderes que salvam, igualmente de modo absoluto.
É incrível que BB se coloque nesta ridícula posição e não percebe que nós percebemos muito bem que existe uma abissal diferença entre a maioria dos pobres deste país e a possibilidade de alguns, terem conhecimentos e cunhas, suficientes para lhes garantir trabalho bem remunerado, exposição mediática, poder nos media, e ainda por cima ganhar uma casa propriedade do Estado, a preços que ninguém consegue sem essas cunhas e esses conhecimentos de gente bem colocada.
A isso chama-se tráfico de influências e falta de vergonha na cara.
MFerrer
E como é que se chama oferecer casas aos artistas dos Coruchéus e de Belém e aos jornalistas da Casa dos Jornalistas e aos etc dos etc?
MFerrer, exactamente.
Que eu saiba não é casa mas sim bairro em Alfragide. Os meus amigos Mário Ventura e Jacinto Baptista moravam lá. Falei dessa história do solar dos presuntos e do pátio do Tronco (onde esteve preso Camões) porque ao tempo eu tinha sido do Júri das Marchas de Lisboa e escrevi um poema sobre o cavalinho que fui entregar com o Dinis Machado ao BB. Era para sair no «DN» mas foi rejeitado. Anos depois foi publicaod no aspirinab…
Um bairro é um conjunto de casas, JCF.
Mas Alfragide é no concelho da Amadora, não tem nada a ver. Eu durmo descansado pois moro numa casa que paguei em longos 25 anos de prestações mensais 1980-2005. Por isso estou descansado em todos os aspectos: é um valor que tenho a deixar aos meus filhos quando o pâncreas começar a enlouquecer. E ao meu neto que também é portugues – descobri isso quando o vi aos pinotes num coreto como qualquer puto portugues.
Gostava de acrescentar que depois destes casos, e de todos os outros 3000 que estão fechados a sete chaves nas gavetas da CML, como é que é possível que se exija renda a pretos anlfabetos e a ciganos sem emprego?
É que aqueles “artistas” são jornalistas , arquitectos, escultores, pintores pseudo-qualquer coisa e têm casas de borla que passam tranquilamente de geração em geração.
Só em Belém, em plena 24 de Julho ( ou Av. da Índia), ao pé da passadeira aérea para a Torre de Belém, todos aqueles armazens verdes estão cedidos há anos a famílias de artistas que os usam como bem entendem e com rendas do tempo do D. Sebastião…
É só ver que empresas e que profissionais ali trabalham…
Os outros, cuja actividade não sai nos jornais, os que não têm amigos bem colocados, esses podem concorrer aos lugares da praça de Marvila e vender couves inspeccionadas pela ASAE.
É preciso exigir que isto acabe.
MFerrer
Mas o que é que para aqui vai? Perderam a cabeça?
Já não há respeitinho pelos camaradas? Ãh? Ai,ai,ai
Não tarda nadam começam para aí a ter ideias, a pensar e o camandro.
Ferrer, ateliers de Belém que fazem festas a que acorrem putos da Casa Pia. Veio nos jornais, se calhar já ninguém se lembra.
MFerrer, tens toda a razão.
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Dutilleul, larga o vinho.
Está bem.
Pelo meu lado não tenho objecção nenhuma a que continues a enfiar pó no nariz. Na condição de que me digas se abichas.
Abichas ou não abichas, Valupi?
Nem de propósito o Dinis Machado acaba de morrer. Foi ele que me levou ao BB no Pátio do Tronco com o tal poema sobre o «cavalinho» das marchas de Lisboa. O Mundo é pequeno.
Dutilleul, se fores escrever, não bebas.
Ao menos não ando para aqui a inventar amigos …
Ó Valupi, agora a sério, experimenta o “Quinta da Esperança” (encontras no Pingo Doce, acho eu) e vais ver… Relação qualidade/preço imbatível! Não me digas que não gostas…
Mas como abichas, não deves preocupar-te com este tipo de coisas. (Tu abichas, não abichas?)
Dutilleul, embora te convenças que há mérito em escrever alcoolizado, o resultado é invariavelmente desastrado.
Pois eu disponho-me a jurar que se beberes uns copitos aumentas ligeiramente as probabilidades de não me enfadares.
Agora começas a curar a puta. Pois bem, presta atenção: só tu te podes livrar do teu enfado. Mais ninguém, acredita, porque já estás crescidinho.
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