Ele mora – ao que me dizem – na mesma cidade que eu. Não sendo o burgo nenhuma metrópole, é ainda assim grande o bastante para que não nos cruzemos. Até hoje. Aqui. Na blogosfera.
José Rentes de Carvalho escrevia já no blogue de Rui Ângelo Araújo, o antigo director da Periférica, de nunca suficientemente chorada memória – a revista, entendem.
Pois foi no passeio (quase diário) a A Origem das Espécies que fiquei informado: Rentes tem um blogue dele mesmo, Tempo Contado, título já dum diário seu, aparecido há anos. Mas mais: sabe-se agora quem poderá ser o decano de todos nós, blogueiros. Mais importante ainda: ele é um dos nossos grandes prosadores vivos.
Sirva de engodo este curtíssimo post:
AMAR MENOS
Ela diz:
– Sinto que o amo menos agora do que há três anos,
quando voltámos para a Holanda.
Aceno compreensivo, mas no íntimo pergunto-me:
entre amar menos e já não amar, qual é a diferença?
Descobriu-o pela mesma fonte e, obviamente, fiquei cativado (também) duplamente: pela escrita (que confesso que não conhecia) e pelo facto de ele morar também na Holanda. E relativamente a este aspecto, leva-te uma vantagem caro Fernando: escreve um pouco mais sobre os holandeses (não consigo dizer “vocês, os holandeses”, pareces-me pouco holandês). É bom ler tão boa escrita dedicada a tão marginal causa. Ainda mais quando polvilhada pelos contos/textos/pensamentos. Entrou nos favoritos e de lá não sairá tão cedo.
“Descobriu-o”? Rais’parta. Esta ausência do país dá para coisas estranhas…
Engodo muito apetitoso.
João André,
Podes lê-lo tanto em português como (sobretudo, porque todo editado) em neerlandês. As traduções são boas.
Em Portugal, encontras o essencial nas Edições O Escritor.
Ó Fernando, o Rui já tinha anunciado o blog do Rentes em Janeiro, andas distraido.
Parece que em Portugal não se encontram à venda os livros do Rentes (é incrível este país!), só mesmo falando com o Rui ou o Rentes, que parece que ainda têm alguns exemplares para distribuir!
Parece que na Holanda, o homem vendeu umas centenas de milhares de livros…
Luís,
Falhou-me, pá, que é que queres, ando distraído, dizes bem.