Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Sobre a subconcessão dos EN de Viana do Castelo, e assente a espuma das explicações de Aguiar Branco (os jornalistas de serviço à conferência de imprensa de ontem estavam francamente hipnotizados ou tinham-se esquecido de estudar o assunto), há amigos do Governo que não deixam de estranhar a decisão e o processo.
5 thoughts on “Fixem bem: já citamos Ricardo Arroja”
esses arrasta são uns pandegos, ainda não há muito, oricardo batia palmas com os pintelhos do cu à navalria, da tal martiferrugem, que entretanto deve ter contratado outra empresa de consultoria mais barata e eficiente que a pedro arroja gestão de patrimóinas.
Tudo isto é muito fácil de entender. Vamos por partes.
A partir de agora a Martinfer passa a ter onde ir buscar os soldadores de que precisa, para erguer torres de aerogeradores e outras estruturas em aço, e que não tinha onde ir buscar. São o última grande concentração de operários especializados em metalomecânica pesada que o norte do país (ainda) tem. Tal como o palheto do merceeiro Evaristo, no filme “A Canção de Lisboa”:
— Deste, não há mais!
Assim serão os últimos moicanos oferecidos à Martinfer, a preço de saldo; o Estado português — isto é, o Zé Tuga — fica a pagar as indemnizações de despedimento para que os trabalhadores possam, depois, ser subcontratados precariamente pelas subcontratadas da Martinfer… É genial para a Martinfer, mas negativo para o país.
Todas as empresas portuguesas de metalomecânica pesada e construção naval que tinham escolas de formação ou foram desmanteladas (casos da Mague e da Lisnave) ou estão em estado de hibernação (casos da Setenave e dos EN de Viana do Castelo). Não houve, como na Coreia do Sul, reconversão a técnicas de produção mais modernas. Houve desmantelamento, puro e simples.
A culpa dessa situação recai na adesão ao euro, como sabemos ou deveríamos saber. Enquanto a Coreia do Sul enfrentou (após a crise financeira de 1997) uma desvalorização da sua moeda de mais de 50%, nós suportámos um processo inverso. Isto tornou pouco competitivas as indústrias de mão-de-obra intensiva mais qualificada.
Como ninguém fez o que se deveria ter feito, em 2011, falta agora pouco tempo, muito pouco tempo, para ficarmos um país cuja mão-de-obra não estará à altura de suportar a indústria pesada. Em termos deste tipo de indústria, estaremos em breve ao nível dos sul-americanos.
Os principais culpados políticos desta situação foram os governos do partido laranja; a começar pelos de Cavaco Silva.
joaopft,a martinfer já vai há muito tempo buscar mão de obra aos estaleiros de viana, para fazer os seus barcos.quanto à formaçao profissional,falo da de soldadores,que permitiu a muitos que lá se formaram trabalharem em estaleiros e plataformas petroliferas em muitas partes do mundo a ganhar pipas de massa.
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Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
esses arrasta são uns pandegos, ainda não há muito, oricardo batia palmas com os pintelhos do cu à navalria, da tal martiferrugem, que entretanto deve ter contratado outra empresa de consultoria mais barata e eficiente que a pedro arroja gestão de patrimóinas.
http://oinsurgente.org/2012/03/07/no-estaleiro/
“Soares e Sócrates estão com esquerda reacionária renascida” disse um jotinha no parlamento e o partido socialista ficou calado.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3569507
“Ele vai para cozinha, é a grande conquista do homens do século XXI é serem pais fantásticos e ótimos donos de casa” diz a laura cachupa, que está a ficar chalupa.
http://www.dn.pt/inicio/pessoas/interior.aspx?content_id=3568402&seccao=ntv
Tudo isto é muito fácil de entender. Vamos por partes.
A partir de agora a Martinfer passa a ter onde ir buscar os soldadores de que precisa, para erguer torres de aerogeradores e outras estruturas em aço, e que não tinha onde ir buscar. São o última grande concentração de operários especializados em metalomecânica pesada que o norte do país (ainda) tem. Tal como o palheto do merceeiro Evaristo, no filme “A Canção de Lisboa”:
— Deste, não há mais!
Assim serão os últimos moicanos oferecidos à Martinfer, a preço de saldo; o Estado português — isto é, o Zé Tuga — fica a pagar as indemnizações de despedimento para que os trabalhadores possam, depois, ser subcontratados precariamente pelas subcontratadas da Martinfer… É genial para a Martinfer, mas negativo para o país.
Todas as empresas portuguesas de metalomecânica pesada e construção naval que tinham escolas de formação ou foram desmanteladas (casos da Mague e da Lisnave) ou estão em estado de hibernação (casos da Setenave e dos EN de Viana do Castelo). Não houve, como na Coreia do Sul, reconversão a técnicas de produção mais modernas. Houve desmantelamento, puro e simples.
A culpa dessa situação recai na adesão ao euro, como sabemos ou deveríamos saber. Enquanto a Coreia do Sul enfrentou (após a crise financeira de 1997) uma desvalorização da sua moeda de mais de 50%, nós suportámos um processo inverso. Isto tornou pouco competitivas as indústrias de mão-de-obra intensiva mais qualificada.
Como ninguém fez o que se deveria ter feito, em 2011, falta agora pouco tempo, muito pouco tempo, para ficarmos um país cuja mão-de-obra não estará à altura de suportar a indústria pesada. Em termos deste tipo de indústria, estaremos em breve ao nível dos sul-americanos.
Os principais culpados políticos desta situação foram os governos do partido laranja; a começar pelos de Cavaco Silva.
joaopft,a martinfer já vai há muito tempo buscar mão de obra aos estaleiros de viana, para fazer os seus barcos.quanto à formaçao profissional,falo da de soldadores,que permitiu a muitos que lá se formaram trabalharem em estaleiros e plataformas petroliferas em muitas partes do mundo a ganhar pipas de massa.