De como os ateus só pensam em comida

Imperdível. César das Neves explica-nos hoje, a partir do quarto parágrafo da sua crónica (ou será sermão?), como as necessidades desta vida, mesmo as vitais, pouco são face à realidade que “não vemos e não tocamos”, “o transcendente”.

Depois de um introito sobre as nossas dificuldades e privações atuais, palavras de esperança como estas:

O ser humano participa de um profundo drama existencial. Não é possível viver sem se colocar as perguntas fundamentais: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Que faço aqui? Na turbulência quotidiana estas interrogações apagam-se, mas todos os humanos, de todos os tempos e culturas, inevitavelmente as colocam em alguma forma.

Vivemos a primeira época que faz enorme esforço para silenciar a ansiedade primordial. Desde o Iluminismo um punhado de ideologias tenta defender a tese ingénua de que a realidade se limita ao que vemos e tocamos. Num esforço hercúleo de autodecepção, impõem a limitação do homem às funções vitais, recusando qualquer aspecto transcendente. A atitude tem razões louváveis e pragmáticas, defendendo a justiça social e direitos humanos contra a hipocrisia de muitos religiosos. Mas nunca drasticamente a existência daqueles mesmos que diz defender.”

[…] A recessão afecta todos, e todos sofrem injustiça, cortes, austeridade. Mas a forma como cada um enfrenta o sofrimento faz toda a diferença. O ateísmo da maioria dos activistas introduz no drama económico elementos devastadores.”

[…]Quem não tem a perspectiva da eternidade só pode ver uma crise financeira como o inferno. O único resultado plausível é o desespero.”

Resumo:

Irmãos que tendes fome, buscai consolo no Além. Sede místicos, que isso passa. Teletransportai-vos.

Conclusão:

Afinal, há quem consiga caminhar sobre brasas sem se queimar. É tudo uma questão psicológica. Mesmo assim, com limites e normalmente contra remuneração. Ateus.

9 thoughts on “De como os ateus só pensam em comida”

  1. Não sei se é devido a um esforço herculeo ou se ando a abusar da leitura de Montesquieu, mas confesso que às vezes, duvido um bocadinho que o César das Neves exista… No entanto, não consigo pensar em nada de mais parecido com o inferno do que a perspectiva que esse animal viva a sua vida mortal por ai algures neste mundo em crise, e que seja possivel vê-lo e mesmo tocar-lhe. Beaark.

  2. há cada caralho!nem o padre melo,que andou na rede bombista, e que vai ter estatua em braga, tinha coragem para proferir esta imbecilidade!

  3. Porra, que se este cabrão não está todo apanhado dos cornos eu sou o Luís de Camões.
    Não haverá mesmo ninguém que tenha dó deste desgraçado e o mande internar?

  4. “Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Que faço aqui? ”

    César diz-nos lá quanto é que ganhas para fazer essas partes, mostra lá o IRS, e eu ajudo-te a arranjar respostas para as tuas perguntas.

  5. O abominável das neves!

    O economista papa-hóstias que declarou na televisão que com democracia não há equilíbrio orçamental.

    O curador do esfíncter embalsamado do Salazar.

    Espera lá, o cu do Botas não teria o vírus do papiloma humano?

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