Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão.
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Um dos meus problemas num blog

Das pessoas que conheço, só insulto, embora com ternura, os amigos. Tenho o grave problema de fazer cerimónia com os conhecidos. A minha timidez em justiçar quem mal conheço dá-me imensos problemas e retira-me, somando à preguiça, capacidade de escrever com regularidade. Percebam o meu drama: fiz dois artigos para a “Máxima” quando a Helena Matos era chefe de redacção e isso tem-me até agora coibido de escrever sobre o que acho dos seus textos. Embora, quanto mais a leio, tenha cada vez mais vontade de dizer-lhe que para ser de direita não é obrigatório deixar a inteligência no vestiário antes de escrever.
Mas adiante, acontece-me com algumas pessoas o que sucedeu com o prolífico Vilhena do “Cavaco” e da “Gaiola Aberta” . Há uns anos, a Paula Moura Pinheiro, a Conceição Lino e a Júlia Pinheiro tinham um programa de entrevistas na rádio, várias vezes tentaram entrevistar o supracitado Vilhena. Debalde. Na última vez, ele acedeu a explicar o motivo de tanto silêncio: “sabem, eu vivo de desenhar, nas minhas capas, as meninas da televisão nuas, mas se as conheço perco coragem. E as senhoras são tão bonitas e são três, ia perder muito dinheiro com isso”.

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