Chega de badalhoquice!

Dá simplesmente vómitos a badalhoqueira que o PSD anda a propagar em relação com o número de vítimas dos incêndios. Não me recordo de ter jamais presenciado, em Portugal ou fora dele, politiqueirice tão porca, tão baixa, tão nauseabunda.

Primeiro foi a macabra invenção dos suicídios, aproveitada para declarações incendiárias por esse miserável Passos Coelho. Agora é uma asquerosa “empresária da região”, certamente com motivações políticas, se não com cartão laranja, a inventar uma lista de mortos com nomes repetidos. E, novamente, Passos Coelho, Hugo Soares e outros badalhocos vieram repetir a ignomínia e tentar lançar a confusão com a exigência de o governo revelar a suposta “lista completa” das vítimas. Na esteira da centelha lançada pelo título principal do Expresso de sábado passado, os noticiários das 20h de hoje, em todos os canais, dedicaram a essas invenções e mentiras cerca de vinte minutos a meia hora. Isto apesar de todos os presidentes de câmara da região terem vindo pessoalmente desmentir as aldrabices patrocinadas pela direcção do PSD. A única coisa de que as televisões se esqueceram foi de entrevistar a “empresária da região” ou, pelo menos, revelar o nome dessa responsável pela hedionda aldrabice, que, pelos vistos, deve andar na clandestinidade.*

Esta corja toda, desde a “empresária” até ao Passos Coelho, anda a brincar com o fogo, porque ao politizarem desta maneira abjecta uma tragédia, estão na prática a incentivar terrorismo incendiário, certamente com o fim de criar as por eles tão apetecidas “más notícias”.  A necessidade de responsabilizar os disseminadores de mentiras incendiárias foi hoje defendida pelo presidente da câmara de Pedrógão. Quando é que esses malfeitores todos vão ser responsabilizados pelo que andam a fazer? A PJ, o MP, o PR não intervêm?

A que novos patamares de baixeza moral descerá o PSD de Passos Coelho, Montenegro, Hugo Soares, Rangel & Cia?

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* Não pude ver tudo o que estava a dar em seis canais ao mesmo tempo. Sobre este assunto, ver aqui os comentários.

15 thoughts on “Chega de badalhoquice!”

  1. Bem dito, Júlio. Quase não dá para acreditar no que o Expresso se transformou: num bando de aldrabões apostados em inspirar gente do calibre deste Hugo Soares, Passos e companhia.

  2. a empresaria chama-se isabel monteiro e tem-se desdobrado em entrevistas promocionais nos últimos dias, ontem esteve na tvi/aldrabice com judite de sousa a confirmar as tangas que tinha declarado aos jornais sol e i. acho que tem ou teve uma empresa de comunicação e não paga aos fornecedores. tentou ficar famosa há uns anos com uma cena de envio de cobertores para o kozovo, mas parece que também não colou.

    http://www.tvi24.iol.pt/videos/sociedade/pedrogao-grande-empresaria-explica-como-chegou-a-73-mortos/59764cbf0cf21d6c536035ff

  3. Também acho! Abaixo as seguradoras também, esse grupelho nojento provavelmente a soldo do PSD, e a sua agenda política de pagar indemnizações às pessoas: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/pedrogao-seguradoras-nao-conseguem-pagar-as-familias-porque-estado-mantem-lista-em-segredo-189237
    E evidentemente o nojo da Associação de Vítimas, essa corja de “laranjinhas” (provavelmente constituída por primos e familiares do Coelho e do Relvas), que só quer é lançar lama para o nome do Governo, que tão bem esteve neste tema, deus o valha.
    É giro, vejo muitas referências às pessoas do PSD, mas para o cidadão anónimo, para as pessoas afetadas no terreno, o povo enfim, não há uma palavra? Uma referência? Uma explicação?

  4. Júlio, tens de mudar de televisão.

    Entrevistada pela Judite de Sousa, TVI e depois passou para a TVI24 e entrevista na SIC ou na RTP 1.

    Nota. Concordo com o essencial, discordo do estilo eriçado que surpreendentemente assinala a arte do postante nos últimos tempos (de que o momento alto foram os pontapés caluniosos no cadáver ainda quente do Medina Carreira) .

  5. Este assunto, junto com muitos outros promovidos pelos mesmos do costume , fede . Atingiu-se o grau zero do despautério a que chegou o confronto político e ao mesmo tempo é elucidativo daquilo a que estaríamos condenados se voltássemos cair sobre a alçada de semelhantes alimárias .

  6. Ó, Eric, Na sequencia da morte de Medina Carreira o cheiro dos elogios era tão forte e ofensivo das fossas nasais que por motivos de saúde pública convinha que alguém desanuviasse o ar. Foi o que Júlio fez.

  7. Miguel, cada um ostenta ao peito as medalhas que consegue arranjar durante a vida. E dar pontapés em cadáveres, digamos que é uma enorme cobardia.

  8. Em tempo, que como se sabe até a profanação de cadáver desde que feita sob anonimato não é nenhum crime no Aspirina B.

    Júlio
    4 DE JULHO DE 2017 ÀS 17:24
    O maior, se não único, contributo de Medina para o debate mediático sobre a economia portuguesa foi o catastrofismo. No primeiro grande empréstimo que Portugal contraiu era ele o ministro das Finanças, mas passou o resto da vida a vociferar contra a dívida pública e a dívida externa. Um marreta crónico e muito presumido, que menoscabava e até insultava quem tivesse opiniões diferentes. Tinha um ódio visceral à esquerda e sobretudo ao PS, que o tinha tirado do merecido anonimato. Como outros pseudo-iluminados da sua família ideológica, viveu zangado por nunca lhe terem oferecido o cargo de salvador da pátria. Trabalhou sobretudo como advogado fiscalista e consultor fiscal, actividades rendosas num país em que o principal desporto, antes do futebol, é a fuga ao fisco.

  9. Ó Eric, essa tua moral de pacotilha já cheira mal. Vai tomar sol antes que vires cadáver, respeitável!

  10. Da série “Miguel, cada um ostenta ao peito as medalhas que consegue arranjar durante a vida.”, actualização. Por exemplo, vê lá como esta medalha é para mim reluzente, percebi agora que fui bloqueado saiba-se lá porquê pelo assessor de imprensa de José Sócrates…

    Hilariante, en marche como disse o outro!
    http://i43.tinypic.com/2vuih7d.jpg

  11. Eric, mesmo eriçado nada do que Júlio disse é mentira. Também era melhor que perante o eriçado Medina Carreira adoptassemos o tom de sacristia.

    A morte não suspende a verdade nem abre livre caminho aos defensores do falecido para abusarem e naturalizarem um discurso de santidade. Pronto, evitemos insultar a mãe dos defuntos por esses dias. Mas Júlio não lha insultou.

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